A ABORDAGEM À LEITURA E À ESCRITA NO JARDIM-DE-INFÂNCIA: CONCEPÇÕES E PRÁTICAS DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA

Os Estudos 2, 3 e 4 debruçaram-se sobre a análise das práticas pedagógicas dos educadores de infância no âmbito da linguagem escrita, procurando destrinçar, fundamentalmente, qual o papel que estes docentes desempenham no processo de abordagem emergente à linguagem escrita no jardim-de-infância. Focando aspectos como a forma de conceber o projecto de intervenção, a organização e gestão de espaços e tempos, a implementação de estratégias de intervenção junto dos grupos de crianças que frequentam cada uma das salas observadas ou as estratégias de articulação família/escola, estes Estudos oferecem-nos uma visão alargada acerca do papel dos educadores de infância neste domínio, permitindo pormenorizar os elementos que se constituem como privilegiados em termos de intervenção pedagógica. Os resultados apresentados no Estudo 4 permitem-nos, ainda, estabelecer alguma relação entre as práticas pedagógicas das educadoras de infância e a evolução das concepções infantis sobre leitura e escrita. Dos Estudos 2 e 4 fizeram parte as 18 educadoras de infância anteriormente referidas e, ainda, 146 crianças, cujos resultados de diversas provas para avaliar as suas concepções sobre leitura e escrita foram incluídos no Estudo 4. O Estudo 3 foi construído a partir da observação aprofundada das práticas pedagógicas de três educadoras de infância seleccionadas de entre as 18 observadas.Em geral, os resultados apresentados nestes estudos permitem afirmar que concepções e práticas pedagógicas dos educadores de infância no domínio da linguagem escrita podem ser caracterizadas pela descontinuidade que revelam e que se manifestam quer entre concepções e práticas, quer, mesmo no interior de concepções e de práticas. Entendendo esta descontinuidade enquanto situação pontualmente focada para o domínio em questão, mas carente de um fio condutor ou de um contínuo que lhe confira fluidez, regularidade, sistematicidade e transversalidade, concepções e práticas pedagógicas acabam por carecer de uma perspectiva de omnipresença que torne a abordagem à linguagem escrita contextualizada e significativa. Esta descontinuidade, manifestada pelos altos e baixos que ora as aproximam, ora as distanciam, de uma abordagem que se pretende emergente, são denunciadoras de hiatos na forma como os educadores concebem e implementam a sua intervenção pedagógica, numa confluência de saberes e saberes-fazer, com implicações evidentes quer ao nível da organização e gestão da intervenção docente quer, sobretudo, ao nível da forma como as crianças são levadas a pensar a linguagem escrita, que se torna claramente evidente no Estudo 4, com as diferenças evidentes na evolução registada nas concepções sobre leitura e escrita do grupo de crianças que frequentam salas cujas educadoras se afiguram mais consistentes e sistematizadas com uma perspectiva de literacia emergente.
Mesmo com alguns resultados que se revelam prometedores em termos de promoção da literacia no jardim-de-infância, dos mesmos emerge uma chamada de atenção para os docentes da educação de infância e para os seus formadores, perante a necessidade de reflectir acerca da forma como está a ser perspectivada e implementada a intervenção neste âmbito e da formação que neste campo é oferecida, na procura da necessária articulação coerente entre as diversas componentes curriculares que enformam concepções e práticas, na tentativa de responder da melhor forma possível às necessidades e interesses emergentes das crianças em idade pré-escolar no domínio da linguagem escrita.
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Segundo Diana Northup, que foi editora convidada da prestigiada revista internacional Geomicrobiology Journal, "as grutas são ainda um ambiente inexplorado no que toca à pesquisa de compostos bioactivos, como por exemplo antibióticos", que podem ser utilizados na indústria farmacêutica. A investigadora acrescenta que os biofilmes, complexos ecossistemas microbianos, das grutas açorianas "assemelham-se aos dos Estados Unidos, pelo que poderão também conter novos organismos". A maior parte da actividade bacteriana na natureza ocorre com as bactérias organizadas em comunidades sob a forma de um biofilme.A associação dos organismos em biofilmes constitui uma forma de protecção ao seu desenvolvimento, fomentando relações simbióticas e permitindo a sobrevivência em ambientes hostis.Northup estuda a biodiversidade em grutas desde 1984, tendo-se formado em Biologia na Universidade do Novo México.Desde então investiga a diversidade microbiológica em tubos de lava com vista a compreender a forma como alguns microrganismos ajudam a produzir depósitos ferromagnéticos nesses ambientes extremos ou como é que esses microrganismos participam na formação de precipitados de carbonato de cálcio, entre muitos outros aspectos incluindo estudos do impacto na biodiversidade microbiológica de grutas pela visitação humana. O projecto "Understanding Underground Biodiversity: Studies of Azorean Lava Tubes", coordenado pela Professora Maria de Lurdes Dapkevicius e onde participam os Professores do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores; Célia Silva, Félix Rodrigues, Airidas Dapkevicius, Paulo Borges e Rosalina Gabriel, foi aprovado e financiado pela Fundação Ciência e Tecnologia. 
O investigador entende que o actual sistema está demasiado "dependente de factores externos, cuja produção está directa ou indirectamente associada à utilização de produtos petrolíferos, o que, face ao aumento crescente do seu custo, conduz à necessidade de repensar o sistema, tornando-o mais eficiente e aproveitando ao máximo o potencial natural das ilhas, nomeadamente os solos e o clima". As explorações que foram analisadas, quando comparadas com outros sistemas de produção internacional, assumem um "carácter muito intensivo e demasiado dependente da energia fóssil". A energia fóssil é consumida de forma indirecta nas explorações agrícolas, designadamente, no fabrico das rações, adubos e pesticidas, em que esta energia está incorporada em cerca de 70%. "Porque para se produzir milho é necessário energia fóssil e as rações são feitas à base de milho. Então as rações acabam por ser um factor limitativo na produção de leite", ressalva. Para João Batista, o problema não reside na utilização de rações nas explorações, mas sim com a forma como está a ser utilizada. "A utilização de rações deve ser mais moderada e utilizar-se outros factores naturais, designadamente a erva, acrescentando que "os Açores têm óptimas condições para que a alimentação das vacas tenha como base a erva". Em termos de eficiência de utilização de energia, João Batista conclui que esta utilização excessiva "não é eficiente, porque pode deixar de o ser, bastando que o petróleo suba muito, como se tem verificado actualmente ou que o preço do milho para a produção de bio- combustíveis suba muito e aí as rações vão tornar-se mais caras e colocar em causa a eficiência deste sistema", concluindo que preço do leite será afectado pela negativa. De acordo com João Batista, esta linha de investigação do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores está associada a um projecto comum às universidades de Tuscia (Itália) e Wageningen (Holanda), realizando-se em Angra, no próximo dia 25 de Junho, um workshop, onde se discutirá a sustentabilidade energética da produção de leite em diferentes regiões dos três países, procurando simultaneamente alargar a análise da sustentabilidade a outros indicadores, como sejam os económicos, os técnicos e os ambientais (nutrição animal, maneio, solos, fertilizantes, entomofauna do solo, qualidade das águas, etc).
Intitulada “Sight Unseen: Diversity and Conservation of Life in Caves”, a conferência está integrada nas actividades do projecto do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores “Understanding Underground Biodiversity: Studies of Azorean Lava Tubes”, dirigido pela professora Maria de Lurdes Dapkevicius. Diana Northup estuda a biodiversidade em grutas desde 1984.
Formou-se em Biologia na Universidade do Novo México, nos EUA, a e praticamente desde então que investiga a diversidade microbiológica em tubos de lava com vista a compreender a forma como alguns microrganismos ajudam a produzir depósitos ferromagnéticos nesses ambientes extremos ou como é que esses microrganismos participam na formação de precipitados de carbonato de cálcio, entre muitos outros aspectos, incluindo estudos do impacto na biodiversidade microbiológica de grutas pela visitação humana.Diana Northup foi editora convidada da prestigiada revista internacional Geomicrobiology Journal.
Depois existem cheias e outras desgraças mas a solução é incorporar esses factores nos modelos anteriores para que tudo fique mesmo organizado, até as cheias. Os Italianos chegam atrasados e estão interessados com tudo o que diga respeito a processos de decisão; a informação é a que existe mas é na decisão que as coisas ganham importância. Os polacos são muito bons e vêm com toda a infantaria: um foi consultor no World Bank, outro será consultor do World Bank, e um terceiro tem vários artigos publicados na prestigiada revista Science. O Gregos fazem filosofia mas dizem a verdade. Os Turcos são assediados por ingleses na possibilidade de resolver um qualquer problema que precise ser abordado em inglês. E os WASPs - sejam eles da África do Sul, da Flórida ou do Canada – supervisionam tudo na sua postura british que subentende valores e soluções. Quem comanda tudo isto são os Flamengos da Flandres e da Holanda, pois é perto deles que se encontram as sedes da NATO e da União Europeia. Há ainda búlgaros simpáticos; romenos aculturados; lituanos tímidos; egípcios, azeris e jordanos calados; e marroquinos hospitaleiros. Sintomaticamente as ideias e os ideais são diferentes conforme a situação de cada país ou região. Os Jordanos não têm problemas de se ligarem aos israelitas e palestinianos para fazerem um tubo com água do Mar Vermelho para o Mar Morto, oferecendo água dessalinizada a Jerusalém e a Amman, e permitindo a recuperação do Mar Morto que, devido à retirada de 80% da água do Jordão, reduziu a superfície em 33% e corre o risco de desaparecer dentro de 50 anos. Os Sul-africanos, que durante décadas estimularam a emigração dos africanos para trabalhar em Joanesburgo impedindo-lhes também o acesso à água atribuída aos agricultores brancos, estabeleceram, há pouco tempo, o princípio de um mínimo de água para todos orientando os recursos aquíferos para as grandes cidades centrais e deixando um pouco para o ambiente. Os problemas ficaram com aqueles que nas zonas rurais continuam a não ter acesso à água porque há direitos e eficiências adquiridas pelos agricultores brancos. Um novo Zimbabué não é improvável. Os americanos estão um pouco à beira do colapso ambiental em várias zonas daquele extenso país. O Rio Apalachecoma nasce nos Apalaches passa por Atlanta, Albany e Columbus e desagua no Golfo do México na Florida. Existem direitos riparianos e cada Estado pode utilizar a água sem prejudicar os que estão a jusante. No entanto os benefícios e prejuízos evoluem no tempo e criam efeitos cumulativos. O resultado é que Atlanta está em sério risco de ficar sem água.
Para além dos cursos de carácter científico, o V Ciclo de Aprendizagem ao Longo da Vida prevê ainda a realização de iniciativas artísticas e de relaxamento, nomeadamente aulas de dança, de yoga e de música (através do grupo coral). No primeiro trimestre deste ano foram dois os cursos livres para seniores, que se debruçaram sobre as temáticas da “Alimentação e Qualidade de Vida” e da “História dos Açores”, com a participação de 55 alunos. “Atendendo à importância que estes cursos vêm conhecendo na sociedade, a Reitoria da Universidade dos Açores aposta fortemente na vertente da formação para adultos, tendo, para o efeito, nomeado uma comissão coordenadora (...) sendo este projecto já reconhecido a nível nacional pelos organismos competentes”, adianta a academia açoriana, em nota de imprensa.
O Projecto IBAs Marinhas começou em 2004, com apoio do financiamento comunitário LIFE e tem uma duração de quatro anos. A SPEA coordena este projecto, contando com os parceiros ICNB, INIAP/IPIMAR, Universidade de Aveiro, DOP e IMAR dos Açores, Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e SRARN-PNM da Madeira. A SPEA colabora também de forma muito activa com o Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa. No final deste ano será publicado o primeiro inventário nacional de IBAs Marinhas (do Inglês, Important Bird Areas). Este inventário servirá de referência para a futura extensão da Rede Natura 2000 ao meio marinho em Portugal e as metodologias desenvolvidas pela SPEA e pela BirdLife International já se aplicam actualmente em países como Grécia, Malta, França ou mesmo Nova Zelândia e Argentina. Iván Ramírez, Coordenador do Projecto IBAs Marinhas afirma que “os resultados deste projecto situam o nosso país na linha de frente da investigação marinha. Portugal é o país da União Europeia com a maior Zona Económica Exclusiva e muitas das espécies de aves que cá ocorrem estão ameaçadas. Este prémio significa o reconhecimento de uma excelente equipa de profissionais da SPEA e dos parceiros deste projecto, que passaram muitas horas em embarcações, ilhas e escritórios a investigar um dos maiores tesouros de Portugal, as aves marinhas”. Segundo o ministro, Francisco Nunes Correia, para além do reconhecimento do projecto, este prémio significa um reconhecimento do trabalho da SPEA, uma das ONG’s mais relevantes em Portugal.
A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar na sede do BES, em Lisboa, com a presença de Ricardo Salgado, presidente do banco, Francisco Nunes Correia, ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Lígia Amâncio, vice-presidente da FCT, Teresa Andresen, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, e João Meneses, presidente do ICN. O prémio vem valorizar o importante trabalho na área da biodiversidade que a equipa liderada por Paulo Borges tem vindo a desenvolver, ao longo dos últimos 10 anos. “Desde 1998, temos vindo a editar uma série de publicações científicas sobre a biodiversidade açoriana e a emitir pareceres para o Governo Regional sobre as zonas do arquipélago que necessitam de ser protegidas, contribuindo, assim, para a já anunciada criação de vários parques naturais”, referiu Paulo Borges, em declarações ao DI. Para o investigador, este prémio é o “reconhecimento de toda a informação científica produzida pelo grupo e publicada em revistas internacionais e da sua aplicação prática na conservação da natureza nos Açores, através da ajuda à tomada de decisão pelo Governo Regional”. “É um prémio que muito honra não só a Universidade dos Açores, como todos aqueles que trabalham na área da biodiversidade e que connosco têm colaborado”, afirmou. “Irá permitir ainda a publicação de um livro sobre a biodiversidade dos Açores, baseado em fotos de grande qualidade”, acrescentou. O projecto conta com o apoio da secretaria regional do Ambiente.
Todo este sucinto preâmbulo vem a propósito do competente e pertinente discurso do Reitor, o mais novo Reitor da U.A., eleito para um 2ºmandato, um jovem Doutor e Professor Catedrático, nosso conterrâneo, que fez toda a sua brilhante carreira académica na U.A., defensor e potenciador duma Universidade tripolar e grande impulsionador dos Pólos Universitários de Angra do Heroísmo e da Horta, contextos que lhe dão um poder e uma autoridade institucional e moral para, com toda a seriedade, verdade e conhecimento, reivindicar do Governo da República o justo financiamento público para a Universidade, tendo em conta as nossas especificidades, que influenciam os seus projectos, a sua acção, o seu funcionamento. São conhecidos os especiais dotes de oratória do Professor Doutor Avelino Meneses, não só no estatuto de historiador e de professor, mas também como comunicador em qualquer outra circunstância, mas não há dúvida de que, mesmo falando com toda a propriedade e eloquência, quando se fala com razão e por grandes causas, as palavras assumem outro peso, outro alcance, outra dimensão. Na sua intervenção apresentou uma definição clara de objectivos para a Universidade, a consciência dos desafios que actualmente enfrenta e enfrentará como jovem e periférica instituição universitária que é, a manutenção de um estatuto jurídico e instrumental públicos e não fundacional, sem escamotear a possibilidade de todas as parcerias de interesse bilateral com a sociedade civil, com as empresas, com as autarquias e outros centros de poder, o aprofundamento estrutural e funcional da tripolaridade, a potenciação dos diferentes campos da investigação científica, tão peculiares alguns, no âmbito da vulcanologia, da geofísica, da oceanografia e do ambiente marinho, do solo e da agropecuária, das energias alternativas e renováveis (como o aproveitamento do hidrogénio), etc.A questão essencial do financiamento das despesas de funcionamento da U.A., que não estão asseguradas na sua totalidade pelo Governo da República, gerando um problema agravado ano após ano, exige essencialmente uma resolução política.Não podem ser igualáveis os parâmetros de financiamento público das universidades, pois estão inseridas em contextos económicos, sociológicos, territoriais e outros, bem diferentes. Umas são multicentenárias, outras têm a existência de poucas décadas, umas estão integradas em grandes cidades mais desenvolvidas, outras estão sedeadas em pequenas cidades do interior menos evoluído e a realidade da nossa Universidade é muito peculiar, pois para além de ser pequena e muito jovem, como já referimos, está condicionada pela insularidade, a perificidade e a tripolaridade, com as consequências de uma maior dificuldade em captar alunos, com maiores encargos no seu funcionamento e, naturalmente, exigindo um maior esforço financeiro público.Pensemos só nos transportes. Quanto não paga mais a U.A. nas deslocações de professores e funcionários que necessitam de viajar de avião, relativamente a outras que não têm essa dependência tão acentuada? Quanto não se paga mais nos Açores na aquisição de bens e equipamentos, pois tudo o que se adquire vem do exterior, acrescendo ainda o incontornável custo dos transportes marítimos e aéreos, com tarifas elevadíssimas e sempre a aumentarem, o que representa um gasto muito superior comparativamente às universidades no Continente. Importa que os Órgãos de Governo da Região e as forças partidárias, com o envolvimento de todos os Deputados Açorianos no Parlamento Nacional, articulando com a posição da Universidade e do seu Reitor, sem fazerem deste problema uma bandeira eleitoral em ano de eleições regionais, concebam uma estratégia política e institucional que vá de encontro ao interesse legítimo da nossa Academia e ao dos Açores, ora criando legislação regional que atribua o financiamento complementar necessário, ora propondo legislação nacional que aplique uma majoração específica, ora integrando este financiamento na Lei das Finanças Regionais, ora ainda retomando a tutela financeira da Região, situação que me parece dever ser a última das hipóteses a considerar, no entanto, talvez seja o mais provável, pois a larga maioria dos políticos e burocratas continentais não percebem ou não querem perceber o que representa, a todos os níveis, “viver” nas ilhas. Com toda a transparência, o Reitor disse-nos que do orçamento da U.A. para funcionamento, uma verba de 17,7 milhões de euros destina-se a assegurar os encargos com docentes, investigadores e funcionalismo geral, que aumentou as receitas próprias para 4,9 milhões de euros, que está a conter ao máximo as despesas de aquisição de bens e de serviços e que para atingir aquela dotação precisa de um reforço de 4,4 milhões de euros.Não é pensável que não haja disponibilidade financeira estatal para tal, basta apenas vontade política.Com assinalável atraso de vários anos, e “tirado a ferros”, vai sendo construído o novo Campus Universitário da Ilha Terceira, agora com a construção do edifício destinado à acção social, em breve com o lançamento da estrutura interdepartamental e no futuro, que se espera não ser muito longo, as outras obras necessárias surgirão, ficando este Reitor ligado, na prática, ao exigido salto qualitativo na estrutura física tripolar da U.A. O mesmo se passa com o Campus Universitário da Horta, tão carecido que está de novas e adequadas estruturas, e bem o merece dado a seu valioso contributo na investigação oceanográfica.Espero, pois, melhores dias e um futuro mais risonho para a nossa Universidade.
Quanto a acções de sensibilização da população açoriana em geral, em relação à importância das energias renováveis, José Luís Amaral adianta que serão realizadas diversas actividades no mês de Maio. Também o professor da Universidade dos Açores, Mário Alves, considera o objectivo de 20 por cento atingível e aponta as melhores áreas a investir como sendo a energia eólica e os combustíveis renováveis. “A Comunidade Europeia tem dado sinais fortes a todos os estados membros de que devem apostar nas energias renováveis e estes têm seguido esses sinais, incluindo Portugal, que triplicou o peso da energia eólica. Creio que, também a nível do Governo Regional, existe essa vontade”, adianta. Quanto à possibilidade de ser feita uma aposta no hidrogénio, Mário Alves considera que, “seguramente, este estará no pacote dos combustíveis renováveis a desenvolver”. O objectivo de elevar a percentagem de energia renovável no total do consumo da União Europeia de 8,5 por cento em 2005, para 20 por cento em 2020, é avançado num vídeo colocado na Internet, no espaço da UE no Youtube, o “EUTUBE”. O vídeo pode ser consultado no endereço
Da Lagoa do Capitão conversámos com quatro lavradores, três da zona de São Roque e um do lado do sul da Ilha. Um deles tem gado de carne e de leite, este com apenas uma ordenha por dia durante dez meses do ano. Os outros só têm gado de carne. Dois deles são lavradores a tempo inteiro e ainda contam com o apoio da família no maneio de gado. Um terceiro é empregado da EDA e o quarto tem uma pequena serração e carpintaria. Gente de trabalho esta que vive no Pico. O leite é vendido para a cooperativa; há poucos meses estava a 18 cêntimos por litro mas agora já está a 25 cêntimos, graças aos efeitos da procura longínqua dos chineses e aos pagamentos mais elevados de Inverno. O gado de carne é exportado através de vários intermediários e pode render cerca de quatrocentos euros por cabeça. No entanto a maior parte do rendimento vem dos prémios às vacas aleitantes e a outros apoios das medidas agro-ambientais. Os atrasos dos pagamentos do ano passado, já realizados no Continente e em algumas ilhas, começa a levantar alguma revolta. Por outro lado uma das principais preocupações face aos planos das lagoas é a eventual perda dos prémios às vacas aleitantes e de outras medidas ditas agro-ambientais, curiosamente indexadas ao número de cabeças de gado. E é assim que as ditas medidas agro-ambientais provenientes da “sábia” União Europeia e adaptadas pelo Governo Regional provocam mais degradação ambiental do que melhoria. Na verdade os lavradores aumentam o número de cabeças até ao limite do encabeçamento permitido para receberem mais apoios.
O resultado é que existe uma mortalidade elevada do gado e a degradação do pasto é fortemente acelerada pelo pisoteio em terras encharcadas e declivosas. Tudo seria diferente se os apoios agro-ambientais fossem de facto para estimular o maneio dos lavradores a produzirem leite e carne mas também água limpa, solo bom, arranjo da paisagem e aumento da biodiversidade. O problema é que os ambientalistas julgam que a produção desses serviços ambientais são melhor protagonizados pelo Governo Regional e pelas Câmaras Municipais. E é assim que assistimos à introdução de patos pelo município degradando a qualidade da água, registamos a introdução de peixe pelo Governo Regional eliminando os pequenos peixes que serviam para ser transladados para os pequenos tanques de água para a limparem, observamos a colocação de placas, de degradados espaços de piquenique, de estradas largas por camionetas de turistas e da manutenção dos arames das cercas do gado; isto em vez de se permitir aos lavradores a criação de muros de pedra e pequenos caminhos de acesso que permitiriam criar uma paisagem com sentido e, ao mesmo tempo, fomentar a visitação de pequenos grupos em caminhos rurais. Não tenho espaço de referir as outras lagoas mas vale a pena reter algumas frases de quem sabe: “A gente já não manda no que é nosso!”; “O Ambiente lixa uns e protege os outros!”; “As leis podem ser boas mas são maus os que as executam!”.
De acordo com o governante, este documento “pretende promover junto desses investigadores e centros de investigação plataformas de investigação, cooperação e partilha, quer de estruturas, quer também de informação, por forma a que possamos criar massa crítica passível de nos colocar ao nível daquilo que se faz noutras regiões. Neste espírito, exemplificou, foram concluídas na semana passada as negociações para a criação do Instituto de Biomedicina e Biotecnologia dos Açores, no que diz respeito à vertente científica”. Em termos globais, o director regional considera “muito razoável” o envelope financeiro disponível para estas áreas nos programas operacionais Proemprego (30 milhões de euros) e Proconvergência (50 milhões de euros) até 2013. No Plano de Investimentos Anual para este ano, a Região tem uma verba inscrita de cerca de 14 milhões de euros.

Questionado sobre os incentivos governamentais existentes sobre esta matéria, o empresário defende «o trabalho independente», sendo que em termos de economia «as coisas devem existir porque há consumidores». Contudo, acrescenta, «no arranque do negócio faz sentido os apoios financeiros, mas não criando qualquer tipo de dependência». Aliás, diz ainda Francisco Diniz, as pessoas envolvidas na agricultura biológica tentam sempre ser o mais auto-suficientes possíveis em relação ao exterior «reduzindo os “in-puts”, menos adubos, menos pesticidas» e tentando arranjar soluções «dentro do nosso espaço e da nossa parcela». Desde há dois anos para cá Francisco Diniz diz que a curiosidade das pessoas aumentou em relação aos produtos biológicos, mas quanto a perspectivas futuras nada poderá adiantar. No que concerne a preços, adianta o empresário, a tendência «é para que os produtos biológicos sejam mais caros», sendo que no Continente atingem «valores exorbitantes». Em contrapartida, aqui na ilha, «tentamos que os preços sejam acessíveis» dado que as pessoas não possuem muito poder de compra, acrescenta.
A própria lei de apoio aos proprietários que queiram substituir madeiras infectadas é considerada pelo cientista como “insuficiente”. Paulo Borges adianta que é necessário tomar uma medida urgente, copiada do modelo em vigor em França, no sentido de ser proibida a venda de casas infestadas com térmitas. “Dada a dimensão que se conhece do mercado imobiliário, só isso poderia ser um contributo importante para controlar a praga”, disse.
Luís Gomes adiantou que, apesar da melhoria da qualificação dos docentes e na diversificação das áreas formativas, são necessárias melhores condições de trabalho e mais três docentes para que a escola possa melhorar o seu desempenho. Por outro lado, reconheceu que a mudança de estatuto para Escola Superior de Saúde “tem vindo a evoluir ou regredir segundo as contingências políticas”. Tendo em conta essa realidade, Luís Gomes defende a Universidade dos Açores deve alargar a sua oferta formativa nas áreas relacionadas com a saúde, podendo tirar partido dos recursos da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo para concretizar esse objectivo. Outro aspecto destacado pelo director da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo foi a realização de acções de formação destinadas a jovens enfermeiros em diversas ilhas, continente e Norte da Europa.
A obra, segundo as mesmas fontes, despertou o interesse não só de empresas locais e continentais, mas também de empresas da Madeira. Segundo DI apurou, a 19 de Fevereiro, vão ser abertas as propostas, seguindo-se a selecção da empresa que procederá à construção do terceiro edifício do novo campus universitário na ilha Terceira, que dará lugar às actuais instalações localizadas na Terra-Chã. Segundo o projecto – a que DI teve acesso – o edifício interdepartamental será construído no terreno após o edifício da Acção Social (actualmente em construção), passando sobre a estrada central ao campus, e, de certa forma, delimitando a zona edificada. “O edifício, ao ser uma estrutura que cruza a rua existente, retira-lhe a monumentalidade agora excessiva e permite formar um núcleo de vizinhança entre as estruturas. Estes edifícios conformam entre si um conjunto de espaços e de percursos que permitem um uso qualificado do campus, em consonância com as qualidades naturais do lugar. Destacaríamos, nesse sentido, a praça que se projecta entre o edifício interdepartamental e o edifício dos serviços de Acção Social como o centro cívico do campus”, escreve, na memória descritiva, o autor do projecto, no caso o arquitecto Jorge Figueira da “EX – Empresa de Arquitectura”, com sede na cidade do Porto. Orçado em cinco milhões de euros (construção e equipamentos), o edifício interdepartamental deve começar a ser construído a meados deste ano, tendo um prazo de execução de 14 meses.