segunda-feira, março 31, 2008

Candidaturas OTL Jovem 2008

As inscrições para a edição deste ano do Programa de Ocupação de Tempos Livres dos Jovens (OTL/J), promovido pela Direcção Regional da Juventude, decorrem entre 1 e 30 de Abril.
O OTL/J é um programa de educação não formal e de promoção da inserção dos mais novos na vida activa, destinado a jovens entre os 15 e os 23 anos de idade que estejam a frequentar ou que já tenham concluído, em alguns sub-programas, o 9º ano de escolaridade.
O programa abrange um total de cinco sub-programas, designados por "Ocupação em Férias", "Ambiente", "Ciência em Férias", "Jovens Solidários" e "Jovens Estudantes", além de outros projectos de integração denominados por "projectos-piloto".
As inscrições para o sub-programa "Jovens Estudantes" abrem, apenas, a 1 de Outubro.
Tendo como principais objectivos proporcionar aos jovens uma forma diferente de ocupar os seus tempos livres, através do contacto com diversas áreas de actividadeprofissional, o OTL/J visa incentivar nos jovens o espírito de iniciativa e solidariedade que possa contribuir para a melhoria das condições de vida da comunidade, através da realização de acções criativas, úteis e empenhadas.
Pretende, também, despertar nos jovens o gosto pela aquisição de novos saberes, de modo a contribuir para o seu desenvolvimento e a sua realização pessoal, bem como canalizar a disponibilidade de todos os participantes para uma ocupação útil dos seus tempos livres, na execução de tarefas indutoras de uma motivação precoce para a ciência e para a tecnologia.
Potenciar futuras actividades profissionais relacionadas com a investigação científica e as novas tecnologias, promover atitudes de respeito pela biodiversidade dos Açores enquanto património a preservar, levando os jovens a participar em actividades que contribuam para a sua divulgação, e realizar trabalho em rede com outras entidades, de direito público ou privado que, na Região, assumem responsabilidades de defesa e protecção do património ambiental, ou sejam promotoras de tais iniciativas, visando um maior desenvolvimento sustentável, são outros dos objectivos do OTL/J.
Para mais informações sobre este programa, poderão ser consultados os sítios http://www.azores.gov.pt/ ou http://www.drjuventude.eu/ ou os serviços da Direcção Regional da Juventude, em Ponta Delgada.
(In A União)

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domingo, março 30, 2008

Investigação em Ciências da Vida

O Governo dos Açores está a comparticipar, em cerca de 150 mil euros, três projectos de investigação científica na área das Ciências da Vida.
Financiados através da Direcção Regional da Ciência e Tecnologia, os referidos projectos estão a ser desenvolvidos em diferentes Unidades de Investigação da Universidade dos Açores sobre temáticas de interesse para a Região.Um destes projectos, denominado "Sistemática, Genética Populacional e Propagação de Plantas Vasculares Prioritárias, Endémicas dos Açores", da responsabilidade do investigador Luís Silva, do Centro de Conservação e Protecção do Ambiente da Universidade dos Açores (CCPA-UAç), pretende contribuir para o estudo e a conservação de plantas endémicas do arquipélagos, consideradas prioritárias. A utilização de marcadores moleculares para clarificar a sua posição taxonómica e para esclarecer as relações entre as populações das várias ilhas, e a definição de protocolos para a sua propagação, de modo a preservar o seu património genético, são alguns dos meios empregues.Outro projecto parte da iniciativa da investigadora Maria Luísa Oliveira, do Centro de Investigação de Recursos Naturais (CIRN), e prevê o controlo biológico e a avaliação da dispersão do escaravelho japonês na ilha de São Miguel. Os principais objectivos desta pesquisa passam pela selecção de bactérias e nemátodes, disponíveis comercialmente ou recolhidos em solos açorianos, tendo em conta a sua capacidade para parasitar e matar as larvas do escaravelho japonês no solo. A investigação prevê também a aplicação dos agentes de controlo biológico seleccionados e o seguimento do seu estabelecimento em condições de campo, bem como a avaliação da actividade dos agentes entomopatogénicos no controlo do escaravelho japonês e a avaliação da sua distribuição geográfica actual e potencial em São Miguel. Finalmente, a investigadora Rosalina Gabriel, do Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores (CITA-A), está a levar a cabo o projecto "Identificação de populações geneticamente distintas de espécies de artrópodes endémicas dos Açores para a conservação da biodiversidade no arquipélago", cujos objectivos visam proporcionar informação útil para a conservação de espécies endémicas das ilhas e um melhor conhecimento dos processos responsáveis pela sua diversificação. O estudo pretende, adicionalmente, delinear medidas para evitar extinções futuras de populações isoladas de espécies endémicas cuja dispersão se resuma a uma determinada ilha.

(In Canal de Notícias dos Açores)

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sábado, março 29, 2008

Amor entre cagarros

Monogâmicos, os cagarros regressam todos os anos em Março aos Açores para acasalar.
As imagens, colhidas num ninho na costa Norte da ilha Terceira, são do Paulo Henrique Silva.

I Congresso Ibero-Americano de Oceanografia

A Associação Brasileira de Oceanografia – AOCEANO e o Instituto de Ciências do Mar – LABOMAR da Universidade Federal do Ceará – UFC anunciaram a realização da terceira edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO’2008), a ser realizado entre os dias 20 e 24 de Maio de 2008, no Centro de Convenções do Ceará, na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, Brasil. Anunciaram também a realização da primeira edição do Congresso Ibero-Americano de Oceanografia, evento que pretende reunir a comunidade científica da América Latina e da Península Ibérica (Portugal e Espanha) para discutir os avanços nessa área do conhecimento, assim como viabilizar a integração entre os diversos setores vinculados à área. De seguida apresenta-se a lista parcial de trabalhos a apresentar.
Lista Parcial de Trabalhos Aprovados
O Professor João Pedro Barreiros do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, realizará uma palestra no I Congresso Ibero-Americano de Oceanografia, evento que ocorrerá concomitantemente ao III Congresso Brasileiro de Oceanografia, com o tema: "Extinções: Uma Abordagem Ecológica".

(In III Congresso Brasileiro de Oceanografia)

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sexta-feira, março 28, 2008

FLAD assina acordo com a Universidade dos Açores

Acordo de Mobilidade Antero de Quental

Foi ontem assinado o Acordo de Mobilidade Antero de Quental, lançado pela Fundação Luso-Americana com o objectivo de promover o intercâmbio de professores e estudantes entre a Universidade dos Açores (UAC) e um consórcio composto por cinco Universidades Norte-Americanas: Brown University; University of Massachusetts – Dartmouth; University of Massachusetts - Amherst; University of California – Berkeley e Bristol Community College.O programa compreende o intercâmbio, pelo período máximo de um ano, de professores e alunos da UAC a serem acolhidos em Universidades do consórcio e vice-versa. Tanto os docentes como os estudantes são seleccionados pelas respectivas Universidades, bem como os coordenadores do projecto.O financiamento é de 125 mil euros, sendo 100 mil financiados pela FLAD e 25 mil pela Fundação Calouste Gulbenkian.Poderão aderir ao Acordo de Mobilidade Antero de Quental outras Universidades americanas que assim o desejem, mediante aceitação da FLAD e da FCG.Este acordo visa aprofundar a cooperação prevista no Protocolo celebrado entre a FLAD e a Universidade dos Açores, com vista ao desenvolvimento de projectos comuns nas áreas científicas de interesse comum. Na assinatura do acordo estiveram presentes os Reitor da Universidade dos Açores, Avelino de Meneses, o Pró-Reitor Luís Andrade, os Profs. Onésimo Almeida (Brown University, que representa também a Universidade Berkeley), Victor Mendes e Anna Klobucka (Universidade de Massachussets – Dartmouth), José Francisco Costa (Bristol Community College, que representa também a Universidade de Amherst) e Manuel Carmelo Rosa, director de Educação e Bolsas da Fundação Gulbenkian. A Fundação Luso-Americana esteve representada por Rui Machete (presidente), Mário Mesquita (administrador) e por António Vicente (director-adjunto para a difusão do português nos Estados Unidos, da comunidade luso-americana e da Região Autónoma dos Açores).O acordo deve o seu nome ao escritor e poeta Antero de Quental, personalidade maior da cultura portuguesa e açoriana. Antero de Quental é, de entre os grandes nomes da cultura portuguesa do século XIX, aquele que mais se interessou pela cultura norte-americana, sendo a sua condição de açoriano responsável por essa simpatia.

(In Azores Digital)

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quinta-feira, março 27, 2008

E-learning em força na Universidade dos Açores

O E-learning tem cada vez mais adeptos na Universidade dos Açores.
Alunos e professores renderam-se a este sietama de ensino, através da internet.Em 2009, o pró-reitor, José Azevedo, prevê já cursos ministrados exclusivamente, através do ensino à distância. A universidade açoriana conta já com 152 professores a usar a plataforma de E-learning para a distribuição de conteúdos e interargir com mais de mil e cem estudantes.A plataforma é usada em cerca de 10 por cento das cadeiras ministradas, abrangendo um terço dos estudantes da UA.O pró-reitor, José Azevedo, que tem a seu cargo as áreas da tecnologia e ensino, conta para o ano ter já cursos leccionados exclusivamente nesta plataforma.A referida plataforma é utilizada pela universidade há três anos e aquele académico garante que existem as condições mínimas para se poder avançar para um curso 100 por cento à distância, sem se recorrer a aulas práticas.De momento, o sistema é utilizado um pouco em todos os cursos, mas, sobretudo, em pós-graduações, do sector da enfermagem.

(In RTP-Açores)

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EUA e Açores com maior cooperação científica

A cooperação a nível científico é o aspecto que melhor tem funcionado, no âmbito do acordo bilateral entre os EUA e Portugal, ao abrigo da utilização da Base das Lajes, pelos militares norte-americanos.
Prova disso é a vinda de mais uma cientista norte-americana para desenvolver parcerias entre os Açores e os Estados Unidos da América, envolvendo neste projecto o governo regional, a Universidade dos Açores e também o sector privado. Os estudos vão incidir, preferencialmente, nas áreas das alterações climáticas e no uso de energias renováveis. Amy Zimpfer, pertencente à Agência de Protecção Ambiental Americana, está no arquipélago para o intercâmbio, na aplicação de tecnologia, da ciência e da investigação.Geotermia, hidroenergia, energia solar e energia das ondas são os alvos potenciais de parcerias, mas a cientista aposta forte na estação de monitorização da qualidade do ar, instalada na montanha do Pico e que pode vir a tornar-se num verdadeiro pilar de investigação para todo o Atlântico Norte.


(In RTP-Açores)

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quarta-feira, março 26, 2008

Secretária do Ambiente reúne-se com o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Rural

A secretária regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, reúne-se terça-feira em Lisboa com o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, num encontro em que vai ser analisada a apresentação das candidaturas de novos sítios dos Açores às convenções de Ramsar e OSPAR.
O Governo dos Açores vai apresentar a candidatura de 11 novos sítios à Convenção de Ramsar e submeter o Monte Submarino Sedlo a classificação como Área Marinha Protegida da Convenção para a Protecção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR). As candidaturas à Convenção de Ramsar serão seleccionadas entre as zonas húmidas de elevada importância internacional, em especial como habitat para aves aquáticas. Nos Açores, as Fajãs dos Cúbres e de Santo Cristo já possuem este tipo de classificação, sendo agora candidatas o Caldeirão (Corvo), Planalto Central – Morro Alto (Flores), Caldeira (Faial), Planalto Central - Achada (Pico), Planalto Central – Pico da Esperança (São Jorge), Furna do Enxofre (Graciosa), Planalto Central – Furnas do Enxofre – Algar do Carvão (Terceira), Complexo Vulcânico do Fogo, Complexo Vulcânico das Furnas e Complexo Vulcânico das Sete Cidades (São Miguel) e Ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat (Santa Maria). O Governo já havia submetido como Áreas Marinhas Protegidas no âmbito da Convenção OSPAR os ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat, a ilha do Corvo e as fontes hidrotermais D. João de Castro, Lucky Strike, Menez Gwen e Rainbow. Esta Convenção apresenta-se como o mais reconhecido instrumento de cooperação internacional para a protecção do Nordeste Atlântico. Com a apresentação da candidatura do Monte Submarino Sedlo encerra-se o ciclo de classificação das zonas com maior sensibilidade ambiental no mar dos Açores.Para além destas, nos Açores existem também áreas classificadas como Património da Humanidade por razões ambientais (Paisagem da Vinha, Pico) e, no âmbito da Rede Natura 2000, 23 Sítios de Importância Comunitária e 15 Zonas de Protecção Especial. Caso as candidaturas agora apresentadas sejam aceites, os Açores passarão a ter 58 reconhecimentos internacionais para as suas zonas de maior importância ambiental. Para além das grandes convenções internacionais e directivas europeias, há outras classificações de menor importância, como a rede Bionatura, nas quais os Açores também têm áreas classificadas. Como resultado de uma alteração legislativa regional de grande alcance, efectuada em 2007, todas estas áreas serão em breve geridas pelos respectivos nove parques naturais de ilha e Parque Marinho dos Açores. Os novos gestores, nas opções quotidianas, terão também de salvaguardar estas áreas para que os pressupostos de classificação se mantenham. Para além da enorme importância ambiental dos Açores, as candidaturas agora apresentadas são o reflexo trabalho efectuado pela equipa de investigação da Universidade dos Açores (Departamentos de Oceanografia e Pescas, de Biologia e de Ciências Agrárias) e do empenho que o Governo faz questão de prosseguir na utilização sustentável do mundo natural deste arquipélago.

(In Canal de Notícias dos Açores)

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“Lavradores não podem pôr fora investimento na melhoria genética”

É esta a reacção do presidente da Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT) às opiniões (ver texto abaixo) que defendem o regresso a vacas de produção leiteira menor, assente numa alimentação à base de erva e silagem. Paulo Simões, em declarações ao DI, admite que essas opiniões são válidas, mas que a realidade concreta nem sempre se coaduna com a teoria, “por mais correcta que ela seja”.“Temos, neste momento, gado Holstein-frísia que ganha prémios nas feiras nacionais. O melhoramento genético que foi feito no arquipélago tem provado o seu valor. Esse trabalho levou anos e não pode ser desaproveitado”, sublinha. “Os lavradores não estão alheios aos problemas actuais. E, todos os dias, fazem contas à vida. Nos últimos anos, investiram muito no melhoramento genético dos seus animais. E esse trabalho não pode ser deitado fora de um momento para o outro. Por exemplo, podemos rentabilizar esse melhoramento através da exportação de novilhas prenhas. Neste momento, os índices de brucelose ainda não nos permitem isso, mas acredito que dentro de um a dois anos, a Terceira poderá exportar este gado, cuja qualidade genética é reconhecida nacionalmente”, assume Paulo Simões. “Mas a questão central é que não há uma solução genérica, cada caso é um caso”, alega o responsável. Paulo Simões assume que uma das soluções para que os produtores de leite consigam enfrentar a crise resultante da subida do preço dos concentrados poderá ser a redução do encabeçamento.“Uns terão de o fazer. Outros conseguem pagar os concentrados, porque a produção das suas vacas paga a ração que consomem. Há explorações onde isso é possível”, refere.“Há lavradores, por exemplo, que têm vindo a realizar cruzamentos entre gado Holstein-frísia e Jersey, conseguindo animais mais pequenos, que consomem menos – produzindo menos também – mas que asseguram uma produção boa”, exemplifica o presidente da AAIT.“O importante é que o lavrador tenha acesso à informação e ao conhecimento que vai surgindo. Esses dados são fundamentais para as suas decisões. Tem havido colaboração entre quem produz conhecimento e quem produz leite, mas entendo que deveria haver mais”, reflecte.Paulo Simões assume que, nessa linha de pensamento, a AAIT pondera a realização das jornadas de Ciências Agrárias, em parceria com a Universidade dos Açores, este ano.“Realizamos esse evento e penso ser altura de o retomar”, sublinha.

(In Diário Insular)

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terça-feira, março 25, 2008

NO PORTO MARTINS - Intervenção ambiental gera convívio

Limpar, sensibilizar e preservar. Foram estas as três palavras que motivaram cerca de 30 pessoas a participar numa acção de sensibilização ambiental, na marginal do Porto Martins, no passado sábado, promovida pelo movimento cívico SOS Terceira.
Entretanto, educar poderia ser a quarta palavra para caracterizar a acção, uma vez que esta iniciativa insere-se no trabalho “Projecto de Intervenção Ambiental”, no âmbito do Mestrado em Educação Ambiental da Universidade dos Açores. “Muitas vezes os problemas da orla costeira começam em terra ou nos barcos, mas o mar acaba por devolver esses problemas à terra”, argumenta Carlos Leal, da organização, a propósito da importância da limpeza e valorização da orla costeira, um dos principais objectivos do encontro sócio-ambiental do Porto Martins.De acordo com Carlos Leal este encontro “constitui a primeira de três etapas que integram o projecto do grupo, além de que pretende realçar o papel social do SOS Terceira, não só no sentido de apontar os aspectos negativos mas também destacar o lado positivo, neste caso da freguesia do Porto Martins”, considera. A iniciativa contou com a presença de 10 jovens, alguns vindos de uma instituição de Angra do Heroísmo, com idades compreendidas entre os 14 e os 20 anos, que tiveram oportunidade de observar e conhecer de perto a importância das plantas endémicas, através da realização de um percurso guiado. “Conseguimos envolver não só jovens da freguesia do Porto Martins, mas também de um orfanato de Angra, pessoal do SOS Terceira e da Universidade”, diz o promotor, satisfeito, acrescentando que o valor a nível de biodiversidade e a parte desportiva foram dois dos aspectos da marginal do Porto Martins que estiveram na base da escolha daquela zona. “Temos aqui um dos maiores redutos da ‘Azorina vidalii’, uma das plantas endémicas mais caracterizadoras dos Açores. Na parte desportiva, muitas são as pessoas que utilizam a zona para correr, andar de skate e bicicleta, além da prática do surf”, concretiza Carlos Leal. Ao todo, num espírito de convívio e aprendizagem, foram reunidas numa tarde cerca de 30 sacas de lixo retirado da marginal do Porto Martins. Quanto à segunda etapa do projecto, segundo Carlos Leal, “será realizada nos Biscoitos, no próximo mês de Maio”. Junta de freguesia mostra “agrado”“Com muito agrado…”. É assim que Rita Branco, presidente da Junta de Freguesia do Porto Martins, recebe esta acção de sensibilização ambiental, no sentido em que os futuros homens serão sensíveis a questões ambientais. Entretanto, a autarca realça que “o lixo que se encontra na Orla é vindo do mar e não colocado pelas pessoas na encosta”, sendo que a Junta de Freguesia do Porto Martins manifesta preocupação constante em manter a limpeza da Orla Costeira.
É de referir que para além da Junta de Freguesia do Porto Martins, a iniciativa contou com o apoio da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, Cruz Vermelha Portuguesa, Protecção Civil, Montanheiros, Ecoteca e Universidade dos Açores.
(In A União)

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Vacas "Low Tech"

DEFENDEM JOSÉ MATOS, DA UNIVERSIDADE DOS AÇORES, E ANTÓNIO VENTURA, ANTIGO PRESIDENTE DA AAIT: Lavoura deve regressar ao gado alimentado a erva.
Escalada no preço das rações preocupa produtores de leite açorianos. Os investigadores põem em causa as vacas de elevado rendimento e sugerem o regresso a animais alimentados apenas com erva.

As vacas de alto rendimento (melhoradas geneticamente para produções maiores de leite) estão a revelar-se um quebra-cabeças para os produtores açorianos, confirmou DI. O aumento do preço das rações – das quais depende a produtividade destes animais – fez reduzir os lucros das explorações agrícolas. E, sendo certa a tendência de crescimento do custo dos concentrados, o futuro não é risonho. “Os lavradores estão numa encruzilhada: apostaram no melhoramento genético para conseguirem produções em quantidade e, agora, perante o preço das rações, vêem-se em apuros para conseguir manter esses animais. E não podem reduzir os concentrados porque essas vacas precisam deles para produzir e viver”, explica António Ventura, antigo presidente da Associação Agrícola da Terceira. “Vai ser necessário voltar-se às vacas de produções inferiores, na casa dos 20 litros ao dia, que se alimentam de erva e silagem. Este tipo de animais garante, contudo, um leite de melhor qualidade”, sugere José Matos, professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, em declarações ao DI. “Em meu entender, só há duas soluções: aqueles que apostaram muito no melhoramento genético e que se encontram num patamar que impossibilita o retrocesso, devem procurar alternativas que lhes garantam a matéria-prima para os concentrados, nomeadamente o milho; as explorações onde seja possível a reconversão para um efectivo de rendimento médio, na casa dos 20 litros diários por animal, devem enveredar por aí, apostando na erva, na silagem e na selecção genética destes animais”, sublinha António Ventura.“Os produtores que possuam terras a baixa altitude podem, com o devido acompanhamento, apostar na produção de milhos, que podem usar para silagens de elevada qualidade, capazes de servir como suplemento para a alimentação dos seus animais. Esses poderão manter a alta rentabilidade dos seus animais”, alega José Matos.
MÁQUINAS DE LEITE
Nos últimos 40 anos, a palavra de ordem no sector agrícola insular foi “produzir muito”. As políticas governamentais e comunitárias encaminhavam nessa direcção, incentivando o produtor a melhorar o seu efectivo bovino para a excelência na produção em quantidade.“Apostou-se na raça Holstein-frísia. Estes animais tornaram-se verdadeiras máquinas de produzir leite”, refere António Ventura.“Estes animais exigem um complemento de nutrientes, assegurado pelos concentrados, as rações. Uma vaca que produz 30 litros de leite por dia necessita de, pelo menos, dez quilos de concentrados por dia”, explica o antigo presidente da AAIT e actual deputado na Assembleia Legislativa, integrado na bancada do PSD/Açores. Em 2007, o preço dos concentrados subiu 45 por cento. O mercado mundial está a ser influenciado pela enorme procura dos cereais, muito por culpa da crise energética derivada da escalada do preço do petróleo (que está acima dos 100 dólares), que fez voltar as atenções para o bio-combustível. Nesta equação, o preço do milho tem vindo a subir consideravelmente, já que o produto é importante para a produção de etanol, uma alternativa à gasolina.Prevê-se que a utilização de etanol triplique até 2012 nos EUA. Muitos agricultores optaram por se concentrar na produção de milho, desviando-se da produção de trigo e soja, e contribuindo para a enorme subida dos preços destes cereais. Na Europa, os Governos pretendem que os biocombustíveis representem 10 por cento dos combustíveis utilizados em transportes, até 2020. Em termos globais, para serem atingidos os objectivos de aumento de produção de biocombustíveis até 2015, os terrenos adicionais necessários para a produção de cereais seriam de 80 milhões de hectares, uma área superior a França, Portugal e Suíça juntos.
PRODUZIR MILHO
Esta conjuntura afectou o preço das rações, recaindo sobre os produtores açorianos, na sua maioria sem grande capacidade financeira para enfrentar as flutuações do mercado.“Com o valor a tender para a equivalência com o preço que o produtor recebe por cada litro de leite produzido, é óbvio que as explorações que possuem estes animais enfrentam um problema muito complicado. A erva e a silagem de boa qualidade – que temos capacidade para produzir - afiguram-se como as melhores alternativas para a resolução deste problema. Essa, a meu ver, é a melhor opção para a Lavoura açoriana”, refere José Matos.“Além disso, a produção de leite com base na erva e em silagens de qualidade permite leite de melhor qualidade, com mais proteínas, caseína e gorduras, elementos que contribuem para uma melhor classificação do leite no arquipélago”, sublinha o professor da Universidade dos Açores."Os Açores têm óptimas condições para que a alimentação das vacas tenha como base, a erva", refere João Batista, investigador do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, citado pelo Diário dos Açores, em Janeiro deste ano.“Outra das alternativas é conseguirmos, no arquipélago, produzir milho em grão, que nos permita diminuir a dependência do exterior. Já existem experiências em curso cá [a experiência afecta 700 alqueires de campo agrícola]. Se forem aproveitadas para esse fim as terras que deixaram de ser usadas para produção de leite por via dos resgates leiteiros, poderemos ter aí uma forma de contribuir para o abaixamento do preço dos concentrados”, refere António Ventura.

(In Diário Insular)

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segunda-feira, março 24, 2008

Universidade dos Açores: "Mais leve e barata"

Sabe-se agora que “nunca ninguém na Assembleia da Universidade dos Açores (UA) pôs em causa a tripolaridade”, disse ontem ao DI o Pró-Reitor para a Coordenação das Actividades da Universidade dos Açores no Pólo da Terra Chã.
Em declarações ao DI, o professor Alfredo Borba referiu que “isso nem poderia estar em causa, visto tratar-se de uma Universidade insular”, e que, “podendo no futuro existirem mais campus, os três já existentes não estão em causa”.
CELEUMA
“O que levantou alguma celeuma, - e penso que seja isso que terá levado as pessoas a questionar a tripolaridade -, prende-se com alguns modelos de organização interna, como no caso de a Universidade se dividir apenas em duas faculdades e um instituto e que poderiam retirar centros de decisão para outras ilhas, e esse foi, de facto, um dos modelos que esteve em estudo, mas que não colheu o interesse da Assembleia”, afirma Alfredo Borba.
MENOS GENTE
Refere que “acabou por haver consenso para que a UA passasse a funcionar melhor”.De entre essas decisões, realce para o facto de a Assembleia ter deixado de ter 70 membros e passar a um máximo de 25; o Senado poder vir a desaparecer e o Conselho Científico, que reunia com grandes dificuldades e raramente com a totalidade dos seus membros, passar de 200 membros para 25, passando a ficar “mais autónomo e mais ligeiro, mas sobretudo mais possível e prático”, disse ao DI Alfredo Borba.Também em termos de “peso burocrático”, a Universidade dos Açores vai ficar “mais aligeirada”, já que “os órgãos da Universidade dos Açores, no actual estatuto, são extremamente pesados e difíceis de reunir e até mesmo de mobilizar”, defende.
MAIS BARATA
E, mais que não seja pela diminuição radical do número dos membros dos diversos órgãos, a Universidade dos Açores passará a ficar realmente mais barata, já que a deslocação de centenas de pessoas entre as ilhas deixa de constituir uma despesa de peso para os cofres daquele estabelecimento de ensino superior.Também a Escola Superior de Enfermagem, sedeada em Angra do Heroísmo, não vai sofrer quaisquer alterações, sendo esse um dos sectores em que existiam temores.
(In Diário Insular)

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Exposição Arcos D'Água em São Roque do Pico






Está patente ao público no Centro Multimédia de São Roque do Pico a exposição fotográfica Arcos D’Água da autoria de Cristina Oliveira, Santa Catarina – Brasil, Vasco Oswaldo Santos, Toronto – Canadá e Maria de Deus, Ponta Delgada – Açores.
Trata-se de uma iniciativa da professora Celina Miguel da Escola Básica Integrada e Secundária de São Roque do Pico em colaboração dom o pelouro da cultura da Câmara Municipal de São Roque do Pico.
A exposição Arcos d’Água conta com o apoio do Professor Félix Rodrigues e do Centro de Investigação em Tecnologias Agrárias do Departamento de Ciências Agrárias dos Açores.

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domingo, março 23, 2008

NA ÁREA DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS: Cientista norte-americana nos Açores para parcerias

A cientista norte-americana Amy Zimpfer visita os Açores a partir da próxima semana, no âmbito do programa do Departamento de Estado Norte Americano “Embassy Science Fellow”. Amy Zimpfer, da Agência de Protecção Ambiental Americana, na Califórnia, vai reunir-se com membros do Governo, Universidade dos Açores e sector privado, com o objectivo de desenvolver parcerias entre a Região e os EUA na área das alterações climáticas e uso de energias renováveis.Ao longo seis semanas que vai passar nos Açores, a engenheira americana vai ainda perceber quais os sistemas usados nos Açores para promover o uso de energias renováveis, incentivar o uso de bio-fuel e catalisar energias, assim como trocar experiências e incentivar ligações com especialistas da agência onde trabalha.

(In Diário Insular)

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DE 17 A 19 ABRIL - Especialistas em fruticultura reunidos na Terceira

Realiza-se nos dias 17, 18 e 19 de Abril o Primeiro Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura, promovido pela Universidade dos Açores, no âmbito do projecto Interfruta II. Trata-se de um encontro que visa apresentar e debater os problemas fitossanitários, sobretudo os que se relacionam com a mosca, e abordar o estado das culturas da macieira, castanheiro, vinha e bananeiras. “Esperamos que haja uma forte participação dos produtores neste encontro e que seja um fórum de debate entre os técnicos”, adianta David Horta Lopes, responsável pela iniciativa.Assim, durante três dias estarão reunidos especialistas a nível nacional, incluindo a participação do arquipélago da Madeira, e internacional, em diferentes áreas de investigação em fruticultura e viticultura. “A nossa ideia é mostrar o contributo da Universidade, neste caso particular, para o conhecimento e a abordagem multidisciplinar aos diversos problemas”, afirma.Ao todo estão previstas cinco sessões, denominadas aos temas “Produção, Fenologia e Fertilização de Fruteiras”; “Biotecnologia e Apoios à Fruticultura”; “Protecção das Fruteiras”; “Biodiversidade e Protecção de Culturas” e “Viticultura”, sendo que as quatro primeiras decorrem no auditório da Universidade dos Açores, em Angra do Heroísmo, no Pico da Urze, e a última realiza-se no auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória. No programa do Primeiro Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura, estão previstas ainda uma visita aos pomares e vinhas da zona dos Biscoitos e uma prova de vinhos na nova Adega Cooperativa daquela freguesia. O encontro conta já com 46 inscritos e terá o apoio das Câmaras Municipais de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, Junta de Freguesia da Terra-Chã e Adega Cooperativa dos Biscoitos. Motivar produtores. Por outro lado, o presidente da Fruter manifestou a preocupação em motivar os produtores para outras produções para além da horticultura, que compreende um ciclo mais curto, e da produção da banana, rentável durante todo o ano. “Devido ao rendimento sazonal há menos gente disponível para outras áreas de produção”, afirma Sieuve de Meneses. O presidente da Fruter defende que “só quando essas produções são interessantes e apresentam rendimentos aceitáveis é que as pessoas aderem com mais facilidade”. Dadas estas circunstâncias, o empresário aconselha a “diversidade de produção” como forma de colmatar o rendimento sazonal que a fruticultura provoca no agricultor.

(In A União)

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sábado, março 22, 2008

Movimento cívico SOS Terceira


O movimento cívico S.O.S.- Terceira, no âmbito das suas actividades, realiza hoje, pelas 14 horas, uma acção de sensibilização ambiental na Marginal do Porto Martins.
O evento tem a colaboração da Junta de Freguesia do Porto Martins, da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, da Delegação de Angra do Heroísmo da Cruz Vermelha Portuguesa, da Protecção Civil, d'Os Montanheiros, da Ecoteca da Terceira e do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.
A referida acção visa sensibilizar toda a população da ilha para a relevância da educação ambiental e importância e urgência da valorização sócio-ambiental da orla costeira e pretende aproximar jovens com dificuldades sociais ao desporto e à natureza, neste caso, ao mar.
A organização do evento realizará uma limpeza da zona costeira da marginal, sensibilizará os jovens para a importância das plantas endémicas e sua preservação, a que se seguirá um lanche e a oferta de t-shirts aos jovens participantes.
(In Porto de Pipas)

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Tripolaridade mantém-se na Universidade dos Açores

Apesar de o documento que define o futuro da Universidade dos Açores (UA) ainda não estar totalmente pronto, DI sabe que já foi decidido que a tripolaridade se mantém praticamente como está.
Assim, não deverão ser criadas as duas faculdades que um documento preconizava, sendo que, em princípio, ambas ficariam sedeadas em Ponta Delgada ou então uma naquela cidade e outra em Angra do Heroísmo.Essa ideia, de acordo com informações ainda a confirmar, terá sido abandonada por uma grande maioria dos autores das alterações orgânicas a efectuar na UA, apesar de, no início das reuniões da Assembleia, o projecto da criação de duas faculdades parecer “ter pernas para andar”. A Assembleia da Universidade dos Açores tem um “estatuto de “sigilo”, com a finalidade de não serem exercidas pressões do exterior, no sentido de provocar quaisquer alterações, o que torna mais difícil, pelo menos para já, serem conhecidos os detalhes do que ali se passa. DI sabe que a Universidade dos Açores vai manter-se dividida por departamentos e que, na generalidade, nada irá mudar, pelo menos que possa levar a que a tripolaridade seja posta em causa.Sabe-se também que a existência da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo não vai estar em causa, permanecendo também tal como está. As decisões finais serão passadas para o papel, nos primeiros dias de Abril, e terão que ser entregues antes de meados de Junho ao Ministério da tutela. O Governo Regional terá também uma palavra nesta matéria.

(In Diário Insular)

I CONGRESSO REGIONAL NO ÂMBITO DO PROJECTO INTERFRUTA II

Apresentar os resultados do projecto Interfruta II e debater os principais problemas e desafios que se colocam às culturas da fruta e da vinha são os objectivos do “I Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura”, que tem lugar de 17 a 19 de Abril, na Terceira. O congresso divide-se pelo auditório do pólo universitário de Angra do Heroísmo no Pico da Urze, nos primeiros dois dias, seguindo-se uma manhã no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória. De acordo com o responsável pelo projecto Interfruta II e professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, David Horta Lopes, o evento conta já com 46 inscrições, prevendo-se que estas aumentem significativamente até à data de realização. “Sabemos já, pelo número de inscrições que recebemos, que vamos ter uma forte presença de produtores. É isso que se pretende, que este seja um fórum de debate entre técnicos do Serviço Regional do Desenvolvimento Agrário, da Fruter, académicos e os próprios agricultores”, adiantou, ontem, na apresentação pública do congresso.Ao longo dos três dias de debate vão ser tratados temas como “Produção, Fenologia e Fertilização de Fruteiras”, “Biotecnologia e Apoios à Fruticultura”, “Protecção das Fruteiras”, “Biodiversidade de Protecção das Culturas” e “Viticultura”.Participam desde professores da Universidade dos Açores como João Baptista, Horta Lopes e Artur Machado até especialistas convidados como Rui Pereira, responsável pelo grupo de trabalho da Agência Internacional da Energia Atómica na da utilização de moscas esterilizadas no combate à praga da mosca da fruta.

DESMOTIVAÇÃO
Segundo David Horta Lopes, os principais problemas fitossanitários com que se debate o sector da fruticultura são a praga do bichado e a mosca da fruta.No entanto, o presidente da Fruter, também presente na sessão de apresentação do “I Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura”, fala de desmotivação no sector.“Essa é uma situação que se agrava na fruticultura. Tem a ver com o facto de os rendimentos serem sazonais. O agricultor só vê dinheiro uma vez por ano. Por essa razão, aconselhamos sempre os produtores a dedicarem-se a várias culturas”.Porém, a “sazonalidade” dos rendimentos continua a afastar agricultores do sector. “Regista-se um decréscimo de pessoas a dedicarem-se a este sector da agricultura. Produzem banana, porque é algo que dá rendimentos ao longo de todo o ano” reforça Sieuve de Menezes.
(In Diário Insular)

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sexta-feira, março 21, 2008

A mosca da fruta

A Ceratitis capitata, mais conhecida por mosca do mediterrâneo (http://profitomac.interfruta.net/ver.php?id=34&member) ou mosca da fruta, é um organismo muito dinâmico possuindo um grande poder de adaptação.
De acordo com Bodenheimer (1951) e Orlando (1980), o adulto desta espécie é muito polífago podendo infestar entre 250 a 400 hospedeiros. Visto que esta espécie possui um vasta gama de hospedeiros, potenciais de infestação, constituiu uma séria ameaça como praga mundial de frutos frescos (Rossler, 1988).
Tendo em conta a sua relevância como praga, no âmbito dos estudos que foram desenvolvidos pelo Projecto INTERFRUTA e INTERFRUTA II (Projecto de Promoção da Fruticultura – Açores, Madeira e Canárias), o estudo sobre os adultos de C. capitata, foi dividido em duas partes, sendo ambas realizadas simultaneamente. Uma parte correspondeu à dispersão de C. capitata e outra parte foi relativa à sua incidência na infestação de frutos numa perspectiva de avaliação de prejuízos.
Segundo o Engenheiro Reinaldo Pimentel, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, "a avaliação dos prejuízos envolve a recolha de um determinado número de frutos, que em condições óptimas de laboratório, caso a fruta esteja de facto infestada, irá permitir a emergência de adultos desta praga. De acordo com o número de adultos emergentes e o peso da fruta recolhida é possível determinar o grau de infestação desta praga numa determinada cultura".
Consultar "A Fruticultura na Macaronésia – O contributo do Projecto Interfruta para o seu desenvolvimento”, cujos editores são D. Lopes A. Pereira, A. Mexia, J. Mumford e R. Cabrera. (livro publicado em 2005 pelo projecto INTERFRUTA) e página online http://www.interfruta.net/.
(In Bagos D'Uva)

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Mais Brasil

Continuo no Brasil, desta feita em São Paulo, para participar no Oitavo Congresso Mundial da Associação Internacional de Ciência Regional. A vinda do Rio para São Paulo foi bonita e difícil. Bonita porque o Brasil é de facto muito bonito, não só pela cidade de Petrópolis onde assistimos à missa e visitamos o Palácio Imperial, mas também toda a estrada ao longo do Rio Piabanha interior. A viagem também foi difícil porque, para além de ser comprida, transportava alguns passageiros vítimas de uma intoxicação alimentar que ainda dura, apesar dos remédios e do passar do tempo. No último texto dizia-vos que aqui se comia muito porque se cozinhava bem, o que é verdade. Hoje digo - vos que nos hotéis não será tanto assim pelo que testemunhamos. A vantagem é que estamos a emagrecer e a lembramo-nos da Semana Santa pelo jejum compulsório a que estamos obrigados.
O espantoso destas conferências internacionais é a criação, oferta, procura e consumo de idéias de gente proveniente de todo o mundo. Não está muita gente mas está gente muito boa. E depois estão os brasileiros que nos saúdam, com desígnio, “bem vindos a casa”. Os temas são diversos como convém quando juntamos gente preocupada com o desenvolvimento regional sustentável: energia, desenvolvimento rural, transportes, demografia, política social, mercado do trabalho, economia urbana, modelação, comércio, conhecimento, ambiente,...enfim, tudo o que tem a ver com o homem e com o território. Vale a pena contar-vos um pouco o que foi discutido numa mesa redonda envolvendo os Presidentes da Regional Science Association International, Roger Stough e Roberta Capelo, Jean-Claude Thill editor da revista Papers of Regional Science, Youshiro Higano, Presidente da Associação do Pacífico, e Carlos Azzoni nosso anfitrião em São Paulo.
Roberta Capelo disse que a Ciência Regional não podia dedicar-se somente aos aspectos espaciais mas que tinha de se orientar mais para os aspectos territoriais: também a preocupa a interacção entre a Ciência Regional e a Política Regional. Roger Stough falou nos fenômenos que estão a mudar o mundo com a redução do peso dos Estados em favor das regiões e dos Super Estados, ou a revolução das novas tecnologias da informação, ou – a outra escala – o papel dos líderes e de outros recursos humanos e institucionais no desenvolvimento local, o que torna a análise do desenvolvimento bastante mais complexa pois passamos de modelos baseados em recursos tangíveis para formalizações que têm de considerar recursos intangíveis. Jean Claude Till referiu que a Ciência Regional deve relacionar-se com outros saberes que tratam assuntos semelhantes como o que ocorre na área da econometria espacial. Carlos Azzoni contou que só depois de resolvida a inflação no Brasil é possível os economistas dedicarem-se às questões espaciais, para notarmos que existe desigualdade, que existe concentração do desenvolvimento e que o ambiente é fundamental para o desenvolvimento regional. Finalmente Youshiro Higano justificou que não basta ter como preocupação o Aquecimento Global pois a resultução desse fenômeno passa pela resolução dos problemas de gestão da água, da energia e de outros fluxos materiais.
Ouvimos muitos outros trabalhos interessantes nomeadamente sobre modelos de equilíbrio geral apresentados por brasileiros; e apresentamos três pequenos textos que fomos fazendo ao longo dos últimos meses. Um com o Nuno Martins sobre as Escalas das Teorias do Desenvolvimento; outro com o Cristiano Cechella sobre comércio internacional e investimento estrangeiro; e um terceiro, sobre modelos de interacção espacial com uso do solo apresentado com o Paulo Silveira. Pelo que vimos de outros trazemos coisas novas mas também temos muito que aprender. É isso que torna os congressos enriquecedores.

(Prof. Tomaz Dentinho In A União)

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quinta-feira, março 20, 2008

Catálogo ilustrado sobre tubarões e raias dos Açores lançado em Junho

É um livro com rigor científico mas pensado para o grande público. O “Catálogo Ilustrado de Tubarões e Raias dos Açores” está já concluído e deve ser lançado em Junho, provavelmente durante as festas Sanjoaninas.


O livro foi escrito por João Pedro Barreiros, professor da Universidade dos Açores, também responsável pelas ilustrações, e pelo especialista brasileiro em tubarões, Otto Gadig.“São 37 espécies de tubarões e treze espécies de raias. A maior parte dos tubarões é de grande profundidade e de pequeno tamanho. Mas existem outros, os emblemáticos, que toda a gente conhece, como o tubarão branco e o tubarão baleia, que também vão passando pelos Açores”, explica João Pedro Barreiros, no seu gabinete no campus da Terra-Chã. O principal objectivo da obra é dar a conhecer estas espécies a todo o tipo de público. “Explico o que são tubarões, o que são raias e os principais problemas que existem, que têm principalmente a ver com excesso de pesca. São animais que estão a ser sobrepescados em muitas partes do mundo. Há ainda um capítulo sobre os ataques dos tubarões, sobretudo para desmistificar essa questão”.
ATAQUES DE TUBARÃO
Porquê desmistificar? “Os acidentes de tubarão são ridículos em termos globais. O equivalente a um fim-de-semana nas estadas de Portugal. Convivemos com estas espécies. Por exemplo, durante o Verão, existem tubarões martelo na baía da Praia da Vitória. São fêmeas que vão parir no local e não comem nada nesse período nem atacam ninguém. Pelo contrário, são tímidas. O mesmo acontece com as crias, que são muito pequenas e inofensivas. Trata-se de informar e de retirar esse estigma, de desmistificar”.João Pedro Barreiros afirma que são os tubarões que têm razões para recear os humanos. “Nós é que lhes fazemos mal, enquanto humanidade. Os tubarões estão a ser alvo de uma pesca agressiva, para retirar as barbatanas que depois são secas e vendidas no mercado oriental a preços exorbitantes. O preço da barbatana de tubarão está a atingir valores assustadores, o que torna este tipo de captura muito aliciante em termos económicos e coloca a espécie em perigo”, explica.“Aqui estão protegidos, mas mesmo assim existem quotas de pesca de tubarão que não deviam existir”, reforça.Pensa-se que os tubarões existam há perto de 450 milhões de anos, ocupando várias zonas do globo, desde os mares tropicais, aos oceanos Árctico e Antárctico e também, neste caso, os Açores.Existirão também cerca de quatro centenas de espécies de tubarões conhecidas.

(In Diário Insular)

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Rio de Janeiro

Nunca tinha estado no Rio. Chegámos na sexta-feira dia 14 de Março vindos do Sul pela hora do almoço. Viemos lá de Parati como vos contei no sábado passado. No Rio ficámos hospedados num dos hotéis da frente marítima de Copacabana o que não é nada mau. Fomos almoçar numa das ruas paralelas de trás fugindo às indicações caras do homem da recepção e ficámos contentes com o arroz com feijão, e com as batatas com carne. Aqui come-se demais. À tarde fomos fazer a conferência prometida na Universidade Cândido Mendes e, ao fim do dia, fui jantar com um amigo antigo para os fins da baia de Ipanema. De facto aqui come-se demais mas é porque se cozinha muito bem. Ainda me desafiou para um passeio sobre o Rio num avião ligeiro mas o tempo não ajudou esse sonho e tive de me contentar em ir à base do Pão de Açúcar, ao portuguesíssimo centro mesmo quando invadido por arranha-céus nova iorquinos, ao magnífico Corcovado e ao enorme sambódromo e maracanã. No caminho até passámos pelo meio de uma favela que, de perigoso, só tinha uma ladeira íngreme e escorregadia. De manhãzinha ainda tomei um banho à chuva mas tinha de ser. A verdade é que não seria impossível tanto verde se não chovesse. Mesmo que a chuva seja quente.
A Universidade Cândido Mendes é uma das muitas privadas do Rio de Janeiro e dedica-se fundamentalmente a direito, economia e ciências sociais. Tem mais de quinze mil alunos separados por onze campus nas várias cidades do Estado do Rio de Janeiro e também em Vitória. A sede é um enorme arranha-céus mesmo por detrás do Palácio Imperial no centro do Rio. Na conferência falei de modelos de economia regional e fui dando exemplos sobre os Açores e, com alguma temeridade, sobre o Brasil também.
Espantosamente percebi que em Ipanema os adolescentes saem à noite sem qualquer preocupação especial sobre segurança. Parece que um esquema do rendimento mínimo por família está a gerar muito bons efeitos na criminalidade e também um maior policiamento que aqui e em Luanda chega por vezes aos limites de execuções sumárias pela polícia. Na praia, mesmo à chuva, várias motos-quatro com polícias passeiam para baixo e para cima.
O centro do Rio é um espanto mas só depois de percebermos a estrutura de Angra e de Lisboa no meio dos disparates das modas americanas que colocaram arranha-céus por detrás do “Terreiro do Paço daqui”, uma catedral moderníssima mesmo ao lado do “Rossio daqui” chamado agora de Praça do Tiradentes, e um enorme quantidade de edifícios degradados e igrejas antigas com uma prática que quase que ataca os fiéis com altíssimos altifalantes. Mas se tomarmos o pulso da cidade começamos a perceber onde fica o “Atanásio daqui” e também a “Suissa” e a “Brasileira”. Por outro lado o povo que se passeia nas ruas e nas lojas dá a ideia de que toda a “baixa” se transformou no Martim Moniz porque a Igreja de “São Domingos daqui” também deixou de fazer a sua função osmótica e integradora. É que os americanizados trouxeram os arranha-céus mas fugiram para o Leblon, para São Paulo e para Brasília. O Rio é como uma nova Baía, órfã de ser capital do Brasil e do Reino e refém do povo que por aqui ficou na passagem do poder.
O que salva o Rio é o Cristo Redentor eleito há pouco tempo como a maior maravilha do mundo. Mesmo envolto em chuva e nevoeiro impedindo a vista maravilhosa sobre todos os rios do Rio, a verdade é que continua a ter muitos visitantes que, mais do que olhar para baixo, querem estar mais perto daquela estátua imponente de braços abertos. Pena é que, ao contrário das igrejas com altifalantes aos berros lá de baixo, a capela lá de cima está fechada com uma grade, por detrás da qual está um guarda esparramalhado sobre o balcão. Imagens estranhas.
Que pena é termos medo de tomar um copo num dos cafés por onde passámos quando descíamos pelo meio da favela. Ali é que está o bom do Rio. O resto é decrépito ou insustentável.

(Prof. Tomaz Dentinho In A União)

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quarta-feira, março 19, 2008

As ilhas do Vinho

Com organização do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, da Universidade dos Açores e Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa à qual se associou a Câmara Municipal da Madalena, decorreu de 6 a 8 do corrente, na Madalena, no salão nobre da Câmara, o colóquio “As ilhas do vinho”.Na sessão de abertura, com a presença de Margarida Machado, directora do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, João Paulo Oliveira, director do Centro de História de Além-Mar, Jorge Rodrigues, presidente da Câmara Municipal da Madalena congratulou-se pela realização deste colóquio na Madalena, numa altura em que se comemoram 285 anos da criação do concelho (8 de Março), referindo: “As marcas desse passado árduo e longínquo chegaram até aos nossos dias através dos maroiços, através dos currais da vinha, através das fendas abertas na rocha de onde emanavam as parreiras que davam origem ao vinho verdelho, hoje considerado um entre os vinhos históricos de Portugal”. Para o presidente da Câmara “A classificação da zona do Lajido da Criação Velha como património da humanidade, é o maior tributo e reconhecimento que podia ser prestado a quem tanto sofreu na conquista da terra e na busca do pão”, e, referindo-se aos maroiços, acrescentou: “pela sua singularidade, pela sua imponência, pelo significado histórico, pelas suas características construtivas e pelo objecto da sua construção, mereciam ser considerados como monumentos nacionais”.Coube a Avelino Meneses, reitor da Universidade dos Açores, proferir a primeira conferência do Colóquio sob o tema. “O vinho na construção dos Açores: da colonização do Pico à emergência do Faial”. Nesta importante conferência, que abrangeu “uma lata idade moderna, desde meados do século XV, até aos alvores de XIX” Avelino Menezes afirma: “A saliência do Faial/Pico é firmada na excelência do ancoradouro da Horta e no avanço da viticultura picoense que fomenta a conquista de proeminência no império luso-brasileiro e origina o interesse de estrangeiros, particularmente os ingleses. Nestas circunstâncias, a revalorização dos Açores na correspondência entre mundos, destaca a preponderância da Horta, que beneficia da exportação do vinho e da aguardente do Pico.” E acrescenta: “ A partir do século XVII, o desenvolvimento da viticultura no grupo central, altera a fisionomia dos Açores, particularmente nas ilhas do Faial e Pico. No Pico, o fenómeno é indissociável do nascimento do concelho da Madalena, em 1723.”O reitor da universidade dos Açores refere ainda: “A partir de meados de 600, o desenvolvimento da viticultura no Pico e a influência dos nórdicos no ultramar valorizam extraordinariamente a então vila da Horta.”A grande qualidade do painel de conferencistas, contribuiu para o elevado nível científico das conferências proferidas ao longo do dia 7, abordando a temática da vinha e do vinho nos Açores, mas também outros temas relacionados com a ilha do Pico.Este importante colóquio encerrou no sábado, dia 8, com uma mesa-redonda subordinada ao tema “O impacto das zonas classificadas do Pico na projecção dos Açores”. Composta por Zilda França da Universidade dos Açores, Laurisabel Serpa do Museu do Pico, Frederico Cardigos, director regional do Ambiente, Manuel Tomás, presidente do conselho executivo da Escola Cardeal Costa Nunes e João Madruga da Universidade dos Açores, como moderador, a mesa-redonda debateu vários temas ligados ao Pico, desde as questões ambientais, zonas classificadas e património da humanidade, o património do canal, (os barcos e as lanchas que se perderam), etc. temas que suscitaram um debate bastante participado pelos presentes.No final da mesa-redonda, Jorge Rodrigues, disse estar satisfeito com o colóquio considerando ter sido o maior organizado no concelho, pela abrangência dos temas, pelos intervenientes na sua organização e pela elevadíssima qualidade dos conferencistas.O presidente da Câmara referiu ainda que por deliberação camarária será promovida uma nova edição do livro de Susana Costa, (conferencista presente no colóquio com o tema “O património das ilhas do vinho”), sobre a história do Pico até ao século XIX.Também por iniciativa da Câmara as conferências proferidas neste colóquio serão lançadas em livro.O facto do colóquio decorrer em dia normal de trabalho terá contribuído para uma menor afluência de público, destacando-se contudo a presença de jovens alunos da Escola Profissional do Pico.

(In Azores Digital)

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Uma tarde na Região Vitivinícola dos Biscoitos

Na tarde de ontem (14 de Março de 2008) , os alunos do Curso de Técnico de Laboratório, Kery, Marisa, Marco e Tiago, visitaram uma vinha do Serviço de Desenvolvimento Agrário da Ilha Terceira e a Adega da Casa Agrícola Brum. Estes alunos são da Escola Padre Jerónimo Emiliano de Andrade e encontram-se na Universidade dos Açores- Departamento de Ciências Agrárias no Laboratório de Enologia e Laboratório de Química Analítica- a fazer a componente prática do referido curso. Esta decorre à quinta-feira e sexta- feira de tarde.
A Tutora destes alunos é a Professora Doutora Teresa Lima responsável por esses Laboratórios, uma vez que estes estudantes nos seus estágios têm observado e executado análises físico-químicas, com vinhos da Região Vitivinícola dos Biscoitos, e também ajudado na montagem das aulas práticas laboratoriais e sensoriais de enologia.
A tutora pensou ser importante a visita às vinhas donde provêm esses vinhos, sensibilizando-os para a importância social, económica, ambiental, cultural e turística da vinha e do vinho.
Ser amigo do vinho é respeitá-lo.
Depois da vinha, visitaram a Casa Agrícola Brum Lda, onde foram calorosamente recebidos por uma das proprietárias, Sócia-Gerente D. Maria de Lurdes Garcia Pinheiro Brum e o Sr Luís Brum. Os alunos provaram o “Donatário” de 2006 e o licoroso “Chico Maria”. Foram alertados para o consumo moderado de modo a que o futuro consumidor encontre no vinho uma fonte de prazer através da prova e não um produto do qual se abusa e faz mal.
O consumidor esclarecido é mais selectivo na escolha do vinho e mais moderado no seu consumo.

(In Bagos D'Uva)

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VII Encontro Internacional de Inovação Educacional

Os Encontros de Inovação Educacional pretendem ser um espaço de partilha de práticas e de investigação, no âmbito da inovação educacional, permitindo o enriquecimento mútuo de investigadores, profissionais da educação, da formação, da educação para a saúde e da intervenção comunitária.
Los Encuentros de Innovación Educativa pretenden ser un espacio de intercambio de conocimientos sobre prácticas y sobre la investigación, en el campo de la innovación educativa, permitiendo el enriquecimiento mutuo de investigadores, profesionales de la educación, de la formación, de la educación para la salud y de la intervención comunitaria.

Organização conjunta do Departamento de Ciências da Educação da Universidade dos Açores, do Núcleo Regional dos Açores do Movimento da Escola Moderna, da EBI Tomás de Borba e da Delegação nos Açores da Associação de Professores de Matemática

Dias 24 e 25 de Abril de 2008, no Auditório do Campus do Pico da Urze da Universidade dos Açores em Angra do Heroísmo na Ilha Terceira.
Estes Encontros de Inovação constituem espaços de partilha de experiências de inovação, de boas práticas e de investigação no âmbito da Inovação Educacional permitindo o enriquecimento mútuo de investigadores, profissionais da educação, da formação, da educação para a saúde e da intervenção comunitária.
A inscrição dos profissionais interessados poderá ser feita, on-line, até 15 de Abril de 2008, através do seguinte sítio:
http://encontroinovacao.wordpress.com/

(In Associação Nacional de Animação e Educação)

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terça-feira, março 18, 2008

Tripolaridade pode estar em risco

Existem nas ilhas Terceira e Faial sérias reservas perante alguns documentos que estão na mesa de trabalhos da Assembleia da Universidade dos Açores (UA), com vista ao futuro daquele estabelecimento de ensino superior. O que mais preocupa alguns responsáveis prende-se com a possibilidade de um eventual encerramento, no caso da ilha Terceira, da Escola Superior de Enfermagem.No entanto, as preocupações têm ainda um maior alcance pelo facto de se saber que um dos projectos em discussão pela Assembleia prevê a criação de duas faculdades, uma de Letras e outra de Ciências, ambas sedeadas na ilha de São Miguel. A Assembleia da UA está reunida com a finalidade de proceder à sua Reforma Orgânica, à luz do Regime Jurídico para as Instituições do Ensino Superior (REGIS), e que terá de estar nas mãos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior até meados do mês de Junho, onde o documento receberá, ou não, o aval de Mariano Gago, embora seja crível que os documentos agora em discussão estejam prontos já no final deste mês.

PREOCUPAÇÕES

Segundo disse ao DI Norberto Messias, professor da UA, “existem riscos sérios em relação à Escola Superior de Enfermagem, o que leva a que haja uma grande preocupação quanto a possíveis futuras alterações, tal como aconteceu com o CIFOP”. Ontem, o Pró-Reitor, Alfredo Borba, que participa na Assembleia, disse ao DI que “está a seguir todo o processo com a maior das atenções”, mas não quis adiantar quaisquer pormenores. Verdade é que terceirenses e faialenses têm, juntos, apenas dois representantes na Assembleia, sendo as decisões tomadas por uma maioria, onde 18 dos membros residem na ilha de S. Miguel, o que parece causar algumas preocupações.

“É PRECISO LUTAR”

Uma fonte altamente colocada no ensino nacional disse ontem ao DI que “é necessário que as sociedades terceirense e faialense estejam atentas e, sobretudo, que comecem, desde já, a assumir posições públicas, caso contrário a tripolaridade da Universidade nos Açores pode ficar seriamente comprometida”. Para já, o Governo Regional está de fora e, em declarações ao DI, o secretário regional da Educação e Ciência disse que “não quer interferir no processo até que esteja concluído”.
(In Diário Insular)

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Parati

Estou em Parati, a uns quilómetros a Sul do Rio de Janeiro, junto à costa. “Para ti”, “Pára-te” ou um nome qualquer índio, a verdade é que este é um dos locais mais maravilhosos do mundo que conheço. Talvez parecido com Korshua na Croácia mas para melhor e mais português, o que é uma enorme vantagem.
Como vos disse ontem, num relato filosófico, chegámos a São Paulo por volta das quatro horas e conseguimos estar na estrada com um carro alugado a álcool já passava das seis da noite. Indicaram-nos que o caminho para São José dos Campos era mais rápido pela auto-estrada “Ayrton Senna” pois a “Dutra” tem muito trânsito de camiões onde pagam menos portagem. Jantámos e dormimos naquela cidade que tem um milhão de habitantes e fica a cerca de 100 quilómetros a norte de São Paulo; é lá que se fazem os automóveis da General Motors e também os aviões de marca brasileira O Brasil é grande, verde, simpático e maravilhoso, é essa a primeira impressão.
Dia treze acordámos cedo e dirigimo-nos para a costa para chegar a Parati passando por Ubatuba; tinha sido essa a indicação boa que nos tinham dado. Chegámos às dez e meia mas ainda a tempo de apanharmos um dos barcos fantásticos que nos levam a passear pelas ilhas em redor ao som de boa música brasileira tocada ao vivo. São cinco horas de maravilha. “Abençoado por Deus e bonito por natureza!”.
Até me deu para sonhar no quinto império. A ver se vos explico o meu sonho que, não só é realizável, mas também parte de dois dados bem reais. O primeiro dado é que o Brasil é um país fantástico que importa exportar para muitos cantos do mundo. O segundo dado é que o Brasil foi possível porque Alcácer Quibir nos fez espanhóis por algum tempo na Europa, mas nós transformámos o que era espanhol em brasileiro na América. De facto não conseguimos unir a Península a nosso favor, de Sagres a Guadarrama, mas conseguimos fazer isso mesmo à escala do Continente Sul-americano, de Natal à Rondónia. De alguma forma sofremos pelos brasileiros já que era essa a nossa obrigação de pais, mas que de outras vezes nos esquecemos de desempenhar.
Será que podemos tirar ilações para o terceiro milénio a partir destes dados seminais? Vejamos, fazemos parte da Europa e corremos riscos sérios de, por essa via, ser integrados em Espanha. Porque não aproveitamos as lições da ocupação filipina para que, com desígnio, abrasileirarmos os espaços hispânicos, anglo-saxónicos e franceses por esse mundo fora como outrora fizemos no sertão brasileiro que era espanhol por direito? Pode ser pensável, mas temos que assumir que os portugueses de agora são fundamentalmente Velhos do Restelo e que precisamos de lusófonos mais arrojados para a importante missão que temos pela frente. Para isso há que, primeiro, trazer muito mais brasileiros e outros lusófonos para Portugal para que se introduzam numa atitude de serviço por essa Europa fora. Depois, quando esses povos começarem a ter medo, os lusófonos europeus serão certamente empurrados para a América, para África, para a Oceania e até para a Índia e para a China, quando estes países orientais e civilizados reencontrarem a enorme vantagem de misturar o arroz com o feijão, acompanhado de vinho, com de boa música e bons poemas, o que só a língua portuguesa permite sem serem preciso os efeitos especiais das caras bonitas de Hollywood, o drama do dizer espanhol ou o francês em tom sussurrado e feminino. Até o mundo árabe pode se redimindo com um punhado de guineenses e árabes brasileiros.
Podem dizer que isto é de loucos mas não é por acaso que os Espanhóis estão a criar dificuldades aos brasileiros no aeroporto de Madrid, no trânsito que fazem para Lisboa para aproveitarem os voos mais baratos da Ibéria. Para além do mais até a chuva que cai lá fora, por detrás das janelas e portas que conhecemos, é bonita no som, na água e no aconchego sem frio que se cria deste lado. Porque não dá-lo a todo o mundo a começar nas favelas do Rio.
(Prof. Tomaz Dentinho In A União)

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segunda-feira, março 17, 2008

Pastagem açoriana é uma mais valia

Numa altura de imparável subida dos preços do petróleo e dos cereais nos mercados internacionais, a pastagem açoriana foi apresentada como uma mais valia económica.
A região tem vantagens comparativas na produção de leite e, consequentemente, dos lacticínios. A alimentação à base de erva é o factor que coloca os Açores à frente dos seus principais e directos concorrentes. E, é precisamente isto que foi dito, em Lisboa, no Comité Nacional do Leite e dos Lacticínios, pelo açoriano José Matos. O professor da Universidade dos Açores foi um dos representes da região na reunião daquele Comité, que decorreu na capital portuguesa. As vantagens comparativas dos Açores para a produção de leite e seus derivados foram aí realçadas. Os Açores produzem 30 por cento do leite português.
(In RTP-Açores)

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Especialistas açorianos discutiram o futuro do leite

Vários investigadores da Universidade dos Açores participaram num seminário organizado pelo Comité Nacional do Leite sobre o estado actual do sector e desafios futuros. A iniciativa, que se realizou em Lisboa nos dias 14 e 15 de Março, contou com a participação de José Matos, investigador Universidade dos Açores (UA); de Maria Cabral, do IAMA; de Oldemiro Rego (UA) e de Félix Rodrigues, também da universidade açoriana.
No primeiro dia de trabalhos, Arlindo Cunha, antigo ministro da agricultura e docente da Universidade Católica, proferiu uma conferência sobre "o Sector Leiteiro na Encruzilhada do Debate sobre a PAC após 2013 e das Negociações da Ronda de Doha da Organização Mundial do Comércio". A segunda conferência foi sobre "a Produção de Leite Perante a Mudança de Paradigma Energético" e foi apresentada por José Matos do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores em Angra do Heroísmo (DCA). Finalmente, a "Estrutura e Inovação na Produção Primária - Aplicação de Metodologia Prospectiva" (Susana Beira); a "Segurança Alimentar na Produção Primária" (João Niza Ribeiro) e os "Perigos Químicos no Leite e Repercussões na Segurança Alimentar" (Berta São Braz) foram os outros temas do primeiro dia de trabalhos. As outras duas intervenções do primeiro dia de trabalhos pertenceram a Maria Cabral, do IAMA, que versou sobre "Evolução da Qualidade do Leite nos Açores" e a Oldemiro Rego, do DCA, que abordou a "Influência da Dieta sobre a Composição de Ácidos Gordos da Gordura do Leite.
A "Gestão dos Nutrientes nas Explorações Leiteiras e o Ambiente" (Nuno Moreira) e o "Bem-estar Animal das Explorações de Leite - critérios e Factores de Risco" ( George Stilwell) foram as duas conferências que abriram o segundo dia de trabalhos, onde interveio ainda Félix Rodrigues, do DCA, com uma conferência sobre o "Regime Jurídico do Licenciamento das Explorações Bovinas da Região Autónoma dos Açores - Teoria, Prática e Legislação", a qual encerrou os trabalhos do seminário.
(In Confederação dos Agricultores de Portugal)

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Lavoura: Mudar de estratégias

As quotas leiteiras estão mortas. Este facto implica uma nova estratégia na produção, sob pena de a rentabilidade, a capacidade de intervenção na política regional e a relevância da Lavoura na economia dos Açores passarem a ser residuais. Aqui há uns anos, ainda hoje, não se deu ouvidos àqueles que disseram que se devia optar por uma política de produção de leite a baixos custos, o que não quer dizer menores lucros. Em vez disso, cedeu-se às exigências daqueles que foram ver explorações no estrangeiro e no Continente sem saber ler, digerir, comparar o que viram com a nossa realidade, não souberam ler os sinais dos tempos e defenderam soluções desajustadas.A solução da Lavoura não passa obrigatoriamente pela autofagia, não é só pôr Lavradores na rua. É preciso não repetir os erros dos países nórdicos, que retiraram Lavradores demais, e que para remediar esses mesmos erros reintroduziram-nos na Lavoura a peso de ouro, mas já com irremediáveis consequências de degradação social. O nosso modelo, tanto na produção de leite como na de lacticínios, está muito mais perto do da Nova Zelândia do que dos modelos europeus ou norte-americanos. À Nova Zelândia foram também inspirar-se os latino-americanos que, não só se propõem fornecer o anel do Pacifico, como também já pensam em vender para a Europa. Europa que usa os cereais de pior qualidade para as rações e biocombustivel. A carne dos porcos e galinhas, que não comem erva, vai subir de preço e quem der erva ou outra forragem ao gado começa a ficar em vantagem. Tendo visão, coragem política e verdadeiro sentido de Estado, noutros lados, já na Mesopotâmia, os Governos concentraram-se em dar oportunidades aos Lavradores para melhorarem os seus conhecimentos, a sua capacidade de gestão e premiaram os mais interessados e eficientes. Noutros lados, de mais brandos costumes, vamos navegando de crise para crise, sempre aflitos.Com a quota morta, o preço do leite vai descer à produção. A questão agora é esta: Com os factores de produção a subir de preço e o leite sem aumentar, pelo menos em termos reais, como é que os Lavradores vão viver? É necessário mudar atitudes e procedimentos.A primeira tem que vir dos políticos: este é um assunto de Estado, não é para servir de arma de arremesso em lutas partidárias, é motivo para um pacto de regime, deve ser tratado com elevação. Está em jogo a vida, o futuro de muita gente, uma parte apreciável da economia dos Açores. Alguns fornecedores da Lavoura têm que ser mais honestos, passam-se coisas… A Lavoura tem que perceber que tem que mudar muita coisa, que a mudança não é má, desde que bem fundamentada.A rentabilidade da Lavoura é possível, desde que seja apoiada na racionalização da utilização dos factores de produção, na optimização da utilização da terra, que pode produzir mais, na optimização das potencialidades dos nossos Lavradores. Isto melhora a sustentabilidade económica, ambiental e social da produção de leite e carne. Os adubos já subiram três vezes este ano e vão subir mais. O Azoto pode ser produzido em grande parte pelas leguminosas, façam-se calagens, estudem-se os melhores rizóbios, procurem-se culturas e cultivares que fixem mais azoto, evitem-se os desperdícios de estrume. Trabalhar as terras, fazer colheitas, é caro: organizem-se os Lavradores em círculos de máquinas. Menos máquinas a trabalhar mais horas fazem mais serviço, pagam-se mais depressa, com menos dívida. Lavradores a comprar em conjunto peças, combustíveis, pneus, têm maior poder negocial, compram em condições mais vantajosas. Em estudos feitos no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, mostrou-se que o factor determinante no sucesso de uma exploração é a capacidade de gestão, não a quantidade de vacas que se tem ou a sua produção. É preciso não esquecer que as lavouras, rentáveis, de 30 vacas, da Califórnia são objecto de estudo. Nem todos têm a capacidade inata para ser um bom gestor, mas pode-se aprender. Aprender com os teóricos, aprender com os seus pares. Nunca entendi, não é fácil entender, porque razão os sucessivos Governos que temos tido não apoiaram, incentivaram, os Agrupamentos de Gestão. Os Lavradores são apoiados por técnicos, isentos, e na troca de experiencias, aprendem uns com os outros, melhoram claramente o seu rendimento, é assim que se faz noutros lados.Leite é leite, mas o que se faz com ele pode fazer com que valha € 1 ou € 100. O Governo Regional tem que condicionar os apoios á indústria de lacticínios de modo a privilegiar fortemente a produção de lacticínios de alto valor acrescentado. É agora que está na altura de planear esses investimentos.Somos uma região exportadora de lacticínios, devíamos ter um sistema de pagamento do leite que reflectisse essa realidade, premiando claramente os sólidos.Há muitas mudanças, não dramáticas a fazer. A maior de todas é a própria atitude em relação á mudança. Depois de ficar claro que é importante mudar, tudo se torna mais fácil. É necessário que estas e outras ideias sejam discutidas abertamente, sem medo, e que quem tem mandato para mandar, não navegue á bolina, perde-se muito dinheiro, muitas oportunidades. É preciso mais coragem.A terra do “ Antes livres que em paz sujeitos”, anda em paz demais.

(Paulo Caetano Ferreira In Diário Insular)

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Engenharia Financeira para dar continuidade ao projecto Germobanco

O secretário regional adjunto do vice-presidente alertou, em Angra do Heroísmo, para a necessidade de se recorrer à "engenharia financeira" para dar continuidade ao projecto Germobanco III das regiões da Macaronésia.
Carlos Corvelo falava quarta-feira na sessão de encerramento do workshop "Preservação e Valorização de Recursos Fitogenéticos nas Ilhas da Macaronésia", que, durante dois dias, decorreu na Universidade dos Açores (UAç), no Pico da Urze. Segundo o governante, este projecto, criado no âmbito da iniciativa comunitária INTERREG III B, sob liderança da Associação de Produtores de Frutos, de Produtos Hortícola e Florícolas da Ilha Terceira (FRUTER), trouxe "desenvolvimento científico e tecnológico à Região" e a "promoção de parcerias" entre as instituições de investigação, tecido produtivo e órgãos de governo próprio."O trabalho realizado justifica a continuidade do projecto", disse, admitindo, porém, que, no respeitante ao Programa Transnacional Madeira/Açores/Canárias 2007-2013, os recursos são "muito limitados". Nesse quadro, o Programa de Apoio a Projectos de Investigação Científica e Tecnológica com Interesse para o Desenvolvimento Sustentado dos Açores, do Plano Integrado de Ciência e Tecnologia da Região (PICT), constitui a "pista" mais viável para a prossecução do Germobanco, considerou. O programa, cujas informações podem ser consultadas no site da Direcção Regional da Ciência e Tecnologia (http://www.azores.gov.pt/Portal/pt/entidades/srec-drct) prevê apoios à participação de unidades de investigação e desenvolvimento em redes e projectos internacionais. Carlos Corvelo apontou, igualmente, o INTERREG IV como forma de financiamento desta e de iniciativas de semelhante abrangência. "Consideramos que estão criadas as bases para o desenvolvimento de bancos de germoplasma agrícola com o objectivo de valorização das variedades agrícolas locais e de conservação da biodiversidade genética das espécies", afirmou.O secretário regional adjunto do vice-presidenteconsiderou, ainda, "fundamental" a parceria da UAç tanto nesta iniciativa, como na INTERFRUTA, no MARMAC, no CLIMAAT ou no MACAIS. Ao todo, tanto a segunda como a terceira geração do Germobanco representaram um investimento de 785 mil euros (670 mil euros assegurados pelo FEDER).

(In Canal de Notícias dos Açores)

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domingo, março 16, 2008

Germobanco dos Açores

Alunos Avaliam Universidade dos Açores

A Universidade dos Açores apresenta hoje o resultado do estudo aos inquéritos que efectuou aos alunos que frequentam os seus cursos de licenciatura, no corrente ano lectivo. Estes inquéritos foram preenchidos on line, nos meses de Janeiro e Fevereiro, e destinaram-se a recolher, de forma anónima, a opinião dos alunos sobre diversos aspectos relacionados com as disciplinas que frequentaram no 1.º semestre. Trata-se de uma iniciativa que se afigura da maior importância para o controlo da qualidade do ensino ministrado na nossa Universidade, que passará a ter uma aplicação regular. As questões procuraram averiguar a opinião dos alunos sobre diversos aspectos do dia-a-dia das aulas, agrupando-se nos 4 temas seguintes:1. Organização geral da disciplina, designadamente, clareza dos conteúdos, pertinência dos trabalhos realizados, definição das regras de avaliação, articulação das temáticas do programa e sua convergência com os objectivos gerais do curso;2. Desempenho geral da docência, desde a clareza na exposição, articulação entre as aulas teóricas e práticas, disponibilidade para atender os alunos até à objectividade nas classificações e à pontualidade e assiduidade dos docentes;3. Envolvimento geral na disciplina, como a assiduidade dos alunos, a participação nas aulas e o tempo dedicado ao estudo;4. Grau de dificuldade da disciplina, relativamente ao tempo de estudo que exige, assim como a quantidade de provas e trabalhos obrigatórios.Em termos globais, a apreciação dos alunos revelou-se muito positiva em cada um dos pontos acima referidos, tendo havido 70% dos que responderam a considerarem as disciplinas dos seus cursos bem estruturadas; 69% a manifestarem o seu apreço pelo desempenho dos respectivos professores; 69% a dizerem que frequentam as aulas com assiduidade e que intervêm com regularidade nos respectivos trabalhos e 46% com a opinião de que o grau de dificuldade da disciplina é elevado (35%) e muito elevado (11%), contra 44% que o consideram normal.Foram recolhidas 5989 respostas, o que representou uma taxa de participação na ordem dos 46%. Trata-se de um índice que revela, por parte dos alunos, o reconhecimento da importância que reveste a sua participação na vida da Universidade e que foi obtido graças ao apoio concedido pelo sector informático dos Serviços Académicos e pelo Gabinete de Planeamento da Universidade dos Açores.Esta prática representa a abertura de um canal de intervenção organizada dos estudantes na Universidade e responde à preocupação de manter e incrementar um ensino de qualidade nos nossos cursos.

(In Azores Digital)

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sábado, março 15, 2008

Espécies devem ser registadas

As espécies vegetais do arquipélago existentes no Germobanco devem ser registadas. A ideia é defendida pelo professor da Universidade dos Açores, David Horta Lopes, que sustenta que “se deve tentar o registo destas espécies, até para que outros não o tentem mais tarde”.

O professor da Universidade dos Açores falava após a inauguração, ontem, de uma câmara frigorífica destinada à preservação de espécies de maior dimensão, como o inhame ou a batata-doce, que vem reforçar a capacidade do Germobanco.A opinião é reforçada pelo director do Centro de Biotecnologia dos Açores, Artur Machado. “Temos um enorme manancial a aproveitar, que é um sub-produto do projecto Germobanco. Contamos, por exemplo, com noventa espécies de macieira, que é preciso registar. Numa era de globalização, estas espécies são de grande valor, mesmo do ponto de vista económico. A maior parte da fruta que se consome nos Açores é importada, o que acarreta grandes custos, nomeadamente com a subida do preço dos combustíveis. Podemos apostar nestas espécies para abastecer o nosso mercado ou mesmo utilizá-las como moeda de troca por outras”, adiantou.Na inauguração da nova câmara frigorífica para conservação de espécies vegetais de maior dimensão, o presidente da Fruter, Sieuve de Menezes afirmou que o projecto Germobanco serviu para unir Madeira, Açores e Canárias. “Foi um projecto a nível da Macaronésia, que eu costumava dizer que era a Mac. Hoje quase podemos dizer que temos a República da Mac”, disse.Especialistas dos Açores, Madeira e Canárias estão reunidos, até ao final da tarde de hoje, no workshop “Preservação e valorização de recursos fitogenéticos nas ilhas da Macaronésia”.Recorde-se o projecto Germobanco conta já com mais de 700 entradas na Região, no que diz respeito à recolha de material biológico de espécies vegetais tradicionais.

(In Diário Insular)

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sexta-feira, março 14, 2008

Germobanco pode ser alargado a outras ilhas

“Este é um projecto muito importante em termos científicos, como repositório genético. É uma espécie de Arca de Noé das espécies da Região. Por isso, continuaremos a apoiá-lo, quer através do programa transnacional, que está muito limitado financeiramente, como através dos apoios que a própria Região tem para o desenvolvimento científico e tecnológico”. A declaração é do secretário regional adjunto do vice-presidente do Governo Regional, Carlos Corvelo, que adianta ainda a vontade de alargar o Germobanco a outras ilhas do arquipélago.“Queremos alargar este projecto a outras entidades, mas não só. Também deve englobar outras ilhas dos Açores, que têm espécies diferentes para recolher, estudar e preservar”, afirma. O secretário regional falava na inauguração, ontem, de uma câmara frigorífica para preservação de espécies vegetais de maior dimensão. Existiam já outras quatro câmaras frigoríficas, utilizadas especialmente para a conservação de sementes. Carlos Corvelo aproveitou a ocasião para salientar a parceria “exemplar” entre as universidades, os poderes públicos e as associações de produtores, quer no Germobanco como no Interfruta.Recorde-se que o Germobanco é financiado pelo programa comunitário a INTERREG III B e tem como objectivo preservar algumas das culturas das regiões da Macaronésia que dispõem de características genéticas próprias. Foi criado um banco de germoplasma de espécies vegetais agrícolas dos Açores, Madeira e Canárias.A Associação de Produtores de Frutos, de Produtos Hortícola e Florícolas da Ilha Terceira (FRUTER) tem como associados neste projecto a Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário, a Universidade dos Açores, bem como os parceiros da Madeira e Canárias.
(In Diário Insular)

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quinta-feira, março 13, 2008

Governo congratula-se com o Germobanco III da Macaronésia

O secretário regional adjunto do vice-presidente congratulou-se, hoje, com a evolução do projecto Germobanco III das regiões da Macaronésia, criado no âmbito da iniciativa comunitária INTERREG III B, sob liderança da Associação de Produtores de Frutos, de Produtos Hortícola e Florícolas da Ilha Terceira (FRUTER).
Carlos Corvelo falava na inauguração de uma câmara frigorífica para preservação de espécies vegetais de maior dimensão, que vem juntar-se a outras quatro já existentes, especialmente conservando sementes.A FRUTER tem como associados neste projecto que preserva variedades de espécies regionais antigas como milho, maçã, batata-doce, inhame, castanha, a Direcção Regional do Desenvolvimento Agrário e a Universidade dos Açores, além de parceiros na Madeira e nas Canárias.Carlos Corvelo apontou “esta Arca de Noé” como um dos muitos bons exemplos de cooperação entre as regiões atlânticas que o INTERREG tornou possível e garantiu que, apesar das limitações financeiras, a Região vai continuar a bater-se na Comunidade, “para que se reforce este espaço Açores-Madeira-Canárias, no âmbito da cooperação transnacional”.O Executivo regional vai garantir, também, a continuidade do projecto com verbas próprias, nomeadamente no âmbito dos apoios ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia.O secretário regional considerou, ainda, que foram também exemplares as relações entre as universidades, os poderes públicos e as associações de produtores, “tanto no Germobanco como no Interfruta”, outra iniciativa que envolveu os três arquipélagos atlânticos.

(In Açores.Net)

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quarta-feira, março 12, 2008

Resgate Leiteiro

Sessenta e sete lavradores da Terceira vão abandonar a produção de leite no decorrer deste ano.Num total de 105 candidaturas ao resgate da quota lançado pelo governo no final de 2007, apenas 67 candidatos foram aprovados.Para a Associação Agrícola da Ilha Terceira (AAIT) este é um sinal claro de que a produção de leite deixou de ser atractiva para a lavoura. Paulo Simões Ferreira, presidente da AAIT, assegura que, em princípio, toda a quota será entregue e absorvida pelos produtores terceirenses no activo, porém, não deixa de ser impressionante, alerta, a quantidade de produtores que mostraram disponibilidade em abandonar a profissão. “ Apesar dos aumentos verificados no preço de leite, a fileira está em dificuldades” – refere. Segundo este dirigente agrícola, a subida do preço de leite à produção em 2007, compensou os aumentos dos preços das rações e do gasóleo, no entanto o aumento verificado no preço do adubo é vertiginoso e difícil de suportar. “Um saco de adubo que custava 14 euros no início de 2007, custa agora 23”, exemplifica, alegando que muitas explorações ainda têm dificuldades em suportar os custos de produção.Na região, 310 produtores de leite candidataram-se à venda de direitos de produção num volume global de 27 mil toneladas. Segundo o governo, cerca de 65 por cento dos candidatos à entrega de quota são de idade superior a 40 anos, tendo 113 produtores de S. Miguel concorrido à operação com uma oferta de direitos de produção de 13 mil toneladas.No Faial 30 produtores pretendem vender direitos de produção num total de 1,8 mil toneladas e na Terceira estava em causa uma quota global de 8,7 mil toneladas.Em S. Jorge o volume de quota candidata a resgate atinge 1,8 mil toneladas, na Graciosa as 932 toneladas e no Pico e Flores 704 e 38 toneladas, respectivamente.Em contrapartida, cerca de 1.320 produtores da Região solicitaram ao Governo direitos de produção num total de 144 mil toneladas.Os números mais recentes na posse do Executivo indicam que o número de titulares de direitos de produção leiteira baixou nos Açores de 3.840 para 3.617, entre 2006 e 2008.Tal redução deverá ter que ver com a permanente reestruturação em curso no sector e com o reajustamento da referência às explorações principais dos produtores.O governo justifica este resgate leiteiro como uma reorganização do sector agrícola, possibilitando que alguns empresários se retirem “de forma digna” da fileira do leite.Para a tutela da agricultura esta reestruturação será processada de forma planeada e “sem perder de vista as questões sociais e económicas dos produtores que são resgatados”.Por outro lado, face às ilhas envolvidas neste resgate, os responsáveis governativos asseguram que vai haver perigo de desertificação, “porque os valores resgatados são muito inferiores aos valores de pedidos de quota que existem nessas ilhas”. “O montante de leite resgatado em cada ilha será distribuído pela mesma ilha, significando que não haverá quebras na sustentabilidade da produção e das indústrias associadas”, alega a secretaria da Agricultura.SeminárioA fileira do leite na região volta a estar em destaque esta semana. Vários investigadores da Universidade dos Açores vão participar num seminário organizado pelo Comité Nacional do Leite sobre o estado actual do sector e eventuais desafios futuros.A iniciativa, na oitava edição, conta com a participação de José Matos, investigador Universidade dos Açores (UA); de Maria Cabral, do IAMA; de Oldemiro Rego (UA) e Félix Rodrigues, também da universidade açoriana. Este encontro, que se realiza em Lisboa, nos dias 14 e 15 de Março, vai proporcionar uma discussão técnica sobre temáticas como: “a economia e políticas”; “higiene e segurança alimentar” e “produção de leite, ambiente e licenciamento”.
(In A União)

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VIII Seminário do Comité Nacional do Leite

V I I I S E M I N Á R I O D O C N L
SECTOR LEITEIRO PORTUGUÊS
QUESTÕES ACTUAIS, DESAFIOS DE FUTURO



Auditório da FMV – ALTO DA AJUDA – LISBOA
14 e 15 de Março de 2008

DIA 14 DE MARÇO DE 2008


09.30 Abertura
Engº Sevinate Pinto
(Assessor para a Agricultura de Sua Excelência o Presidente da República)
CONFERÊNCIA DE ABERTURA
10:00 O Sector Leiteiro na Encruzilhada do Debate sobre a PAC após 2013 e das Negociações da Ronda de Doha da Organização Mundial do Comércio.
(Dr. Arlindo Cunha -Universidade Católica- Porto)
10:45 Pausa para café
ECONOMIA e POLÍTICAS
11:00 Moderador – Prof. Carlos Noéme (ISA)
11:20 O Leite, o Território e a Competitividade.
Prof. Leonardo Costa (Universidade Católica - Porto)
11:40 A Produção de Leite Perante a Mudança de Paradigma Energético.
Prof. José Estevam Matos (UA)
12:00 Estrutura e Inovação na Produção Primária - Aplicação de Metodologia Prospectiva.
Dr.ª Susana Beira (ICBAS)
12:15 Debate
13:00 Almoço
HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
Moderador – Prof. Virgílio Almeida (FMV)
14:30 Segurança Alimentar na Produção Primária.
Prof. João Niza Ribeiro (SEGALAB/ICBAS)
15:00 Perigos Químicos no Leite e Repercussões na Segurança Alimentar.
Prof.ª Berta São Braz (FMV)
15:20 Evolução da Qualidade do Leite nos Açores.
Dra. Maria de Fátima Mendes Cabral (IAMA)
15:40 Influência da Dieta sobre a Composição de Ácidos Gordos da Gordura do Leite.
Prof. Oldemiro Rego (UA)
16:00 Debate


DIA 15 DE MARÇO DE 2008


PRODUÇÃO DE LEITE, AMBIENTE E LICENCIAMENTO
Moderador – Prof. Fontainhas Fernandes (UTAD)
10:00 A Gestão dos Nutrientes nas Explorações Leiteiras e o Ambiente
Prof. Nuno Moreira (UTAD)
10:30 Bem-estar Animal das Explorações de Leite Critérios e Factores de Risco
Prof. George Stilwell (FMV)
11:00 Regime Jurídico do Licenciamento das Explorações Bovinas da Região Autónoma dos Açores - Teoria, Prática e Legislação
Prof. Félix Rodrigues (UA)
11:30 Debate
12:00 Encerramento dos trabalhos
Ministro da Agricultura do desenvolvimento Rural e das Pescas *
*a confirmar

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terça-feira, março 11, 2008

Tratamento de Feridas e Viabilidade Tecidular

Decorreu entre 5 e 8 de Março de 2008 mais um módulo do Curso de Pós-Graduação em Tratamento de Feridas e Viabilidade Tecidular, resultado da parceria entre a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal e a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo - Universidade dos Açores.
Os Professores Tom Defloor, Presidente da European Pressure Ulcers Advisor Painel com sede na Universidade de Gent na Bélgica e o Professor Hugo Partsch (na foto) Emeritus Head do Departamento de Dermatologia do Wilhelminen Hospital - Vienna – Áustria estiveram na ilha Terceira para leccionar temas como “Úlceras por Pressão e Úlceras da Perna” ao grupo de 26 enfermeiros de diversas ilhas dos Açores que participam nesta Pós graduação certificada pela European Wound Management Association com sede em Londres.
Os distintos docentes tiveram oportunidade de visitar alguns pontos turísticos da Ilha Terceira entre os quais o Museu do Vinho nos Biscoitos digno representante da nossa tradição e cultura cuja hospitalidade dos seus anfitriões fica registada em todos os que visitam aquela pérola da museologia açoreana.

(In Bagos d'Uva)

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