sábado, março 15, 2008

Espécies devem ser registadas

As espécies vegetais do arquipélago existentes no Germobanco devem ser registadas. A ideia é defendida pelo professor da Universidade dos Açores, David Horta Lopes, que sustenta que “se deve tentar o registo destas espécies, até para que outros não o tentem mais tarde”.

O professor da Universidade dos Açores falava após a inauguração, ontem, de uma câmara frigorífica destinada à preservação de espécies de maior dimensão, como o inhame ou a batata-doce, que vem reforçar a capacidade do Germobanco.A opinião é reforçada pelo director do Centro de Biotecnologia dos Açores, Artur Machado. “Temos um enorme manancial a aproveitar, que é um sub-produto do projecto Germobanco. Contamos, por exemplo, com noventa espécies de macieira, que é preciso registar. Numa era de globalização, estas espécies são de grande valor, mesmo do ponto de vista económico. A maior parte da fruta que se consome nos Açores é importada, o que acarreta grandes custos, nomeadamente com a subida do preço dos combustíveis. Podemos apostar nestas espécies para abastecer o nosso mercado ou mesmo utilizá-las como moeda de troca por outras”, adiantou.Na inauguração da nova câmara frigorífica para conservação de espécies vegetais de maior dimensão, o presidente da Fruter, Sieuve de Menezes afirmou que o projecto Germobanco serviu para unir Madeira, Açores e Canárias. “Foi um projecto a nível da Macaronésia, que eu costumava dizer que era a Mac. Hoje quase podemos dizer que temos a República da Mac”, disse.Especialistas dos Açores, Madeira e Canárias estão reunidos, até ao final da tarde de hoje, no workshop “Preservação e valorização de recursos fitogenéticos nas ilhas da Macaronésia”.Recorde-se o projecto Germobanco conta já com mais de 700 entradas na Região, no que diz respeito à recolha de material biológico de espécies vegetais tradicionais.

(In Diário Insular)

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