sábado, março 22, 2008

I CONGRESSO REGIONAL NO ÂMBITO DO PROJECTO INTERFRUTA II

Apresentar os resultados do projecto Interfruta II e debater os principais problemas e desafios que se colocam às culturas da fruta e da vinha são os objectivos do “I Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura”, que tem lugar de 17 a 19 de Abril, na Terceira. O congresso divide-se pelo auditório do pólo universitário de Angra do Heroísmo no Pico da Urze, nos primeiros dois dias, seguindo-se uma manhã no Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória. De acordo com o responsável pelo projecto Interfruta II e professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, David Horta Lopes, o evento conta já com 46 inscrições, prevendo-se que estas aumentem significativamente até à data de realização. “Sabemos já, pelo número de inscrições que recebemos, que vamos ter uma forte presença de produtores. É isso que se pretende, que este seja um fórum de debate entre técnicos do Serviço Regional do Desenvolvimento Agrário, da Fruter, académicos e os próprios agricultores”, adiantou, ontem, na apresentação pública do congresso.Ao longo dos três dias de debate vão ser tratados temas como “Produção, Fenologia e Fertilização de Fruteiras”, “Biotecnologia e Apoios à Fruticultura”, “Protecção das Fruteiras”, “Biodiversidade de Protecção das Culturas” e “Viticultura”.Participam desde professores da Universidade dos Açores como João Baptista, Horta Lopes e Artur Machado até especialistas convidados como Rui Pereira, responsável pelo grupo de trabalho da Agência Internacional da Energia Atómica na da utilização de moscas esterilizadas no combate à praga da mosca da fruta.

DESMOTIVAÇÃO
Segundo David Horta Lopes, os principais problemas fitossanitários com que se debate o sector da fruticultura são a praga do bichado e a mosca da fruta.No entanto, o presidente da Fruter, também presente na sessão de apresentação do “I Congresso Regional de Fruticultura e Viticultura”, fala de desmotivação no sector.“Essa é uma situação que se agrava na fruticultura. Tem a ver com o facto de os rendimentos serem sazonais. O agricultor só vê dinheiro uma vez por ano. Por essa razão, aconselhamos sempre os produtores a dedicarem-se a várias culturas”.Porém, a “sazonalidade” dos rendimentos continua a afastar agricultores do sector. “Regista-se um decréscimo de pessoas a dedicarem-se a este sector da agricultura. Produzem banana, porque é algo que dá rendimentos ao longo de todo o ano” reforça Sieuve de Menezes.
(In Diário Insular)

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