Biocombustíveis não trazem vantagens para os Açores
Os biocombustíveis não são uma opção vantajosa para o arquipélago. Quem o considera é o director regional do Comércio, Indústria e Energia, José Luís Amaral, que defende que o desenvolvimento das energias renováveis não deve ser feito “à custa de um componente alimentar”.
(In Diário Insular)
“Os biocombustíveis produzidos a partir de cereais estão a fazer aumentar o preço dos mesmos e das rações, o que, para a nossa Região, não é nada vantajoso. Mantenho a minha posição, de que este não é o caminho a seguir”, sustenta Mário Alves, docente do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. Quanto à opção pelo hidrogénio, defendida pelo professor da Universidade dos Açores e director do LAMtec, José Luís Amaral admite que é a “energia do futuro, mas continua ainda a ser isso mesmo, uma opção muito valiosa a longo prazo”. “É algo que está a ser desenvolvido, inclusive nos Açores, em laboratório, mas ainda não é possível a sua produção e aplicação em massa. Não se trata de uma aposta rentável num prazo de tempo mais ou menos curto”, adianta o director regional responsável pela pasta da Energia. Recorde-se que Mário Alves defendeu, na edição de um de Abril do ano passado de DI Revista, que “é o hidrogénio que vai estar por trás da grande transição para as energias renováveis”. Defendeu ainda que as energias renováveis se podem tornar na indústria mais poderosa do arquipélago. “Tem potencial para isso. Desde logo, se tornarmos a Região independente em termos energéticos, o volume de negócio anual líquido andará na casa dos 250 milhões de euros”, afirmou.
(In Diário Insular)
Etiquetas: Açores, Biocombustíveis, energias alternativas, hidrogénio, José Luis Amaral, Mário Alves
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