Novos rumos
O primeiro módulo, que está neste momento a decorrer, é de estatística e é leccionado por Gui Menezes, Professor Auxiliar do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.Este curso tem a duração de 450 horas e é distribuído por 25 módulos, de 15 Horas cada. Há ainda “um módulo de 30 horas de visita de estudo e um seminário de 45 horas sobre gestão de áreas protegidas”. Segundo o responsável por este mestrado, leccionarão neste curso de mestrado 25 professores oriundos das universidades dos Açores, Évora, Algarve, Lisboa e Canárias. Este mestrado aborda áreas como o estudo e salvaguarda dos recursos naturais; conhecimento das relações dos humanos com o meio ambiente; investigação sobre tecnologias sustentáveis e desenho de planos e políticas. O mestrado é encarado como “um passo importante para o Pico, porque assegura um lugar no desenvolvimento”, coisa que geralmente não acontece às localidades que estão afastadas dos grandes centros universitários. Para a universidade açoriana, “este também é um marco inovador, porque é a primeira vez que o ensino superior está na ilha do Pico e se a experiência correr bem pode abrir portas a outras ilhas da região”, explica fonte ligada a este mestrado. Esta pode ser, segundo os docentes envolvidos, uma oportunidade de criar nas ilhas do triângulo um núcleo de investigação avançada sobre temáticas ligadas ao mar e à montanha. Este mestrado, já na 15ª edição, tem cerca de uma centena de teses realizadas e começa a ter algumas publicações disponíveis. Os responsáveis por este curso admitem chegar a outras ilhas que se demonstrem interessadas. “No mínimo é necessário 15 alunos”, argumentam, deixando claro que a Universidade das ilhas açorianas tem capacidade para responder a estas solicitações. A Internet e as novas tecnologias da informação são passos que estão a ser dados. O e-learning é um caminho que o Departamento de Ciências Agrárias (DCA) e o Departamento de Ciências da Educação (DCE) se preparam para promover na Universidade dos Açores (UA). O curso de mestrado em Educação Ambiental, que segundo dados divulgados, conta com 23 inscritos e vai chegar às ilhas do Corvo, São Jorge, Terceira e São Miguel. Trata-se da primeira vez, igualmente, que um mestrado é desdobrado simultaneamente em dois pólos, respectivamente o de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada. Na prática, os alunos terão ao seu dispor formação e materiais complementares em suporte digital que serão complementados com outras aulas e momentos presenciais. Nestes casos, será necessária a deslocação dos formandos aos dois pólos acima referenciados. No âmbito da formação pós-graduada no âmbito da Educação Ambiental surge, aponta a coordenação do mestrado, da necessidade de reinventar dinâmicas sociais que investiguem o combate à pobreza, alteração de padrões de consumo, coerência nas tomadas de decisão políticas, preservação de legados naturais e culturais, preservação da atmosfera, dos solos e da água, combate à desertificação e desflorestação, conservação da biodiversidade, minimização dos riscos de saúde pública, gestão de resíduos sólidos e de dinâmicas sociais que busquem a sustentabilidade, apontando para a fusão dos domínios de conhecimento anteriormente considerados estanques.(In A União)
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Complementarmente, este estudo procurou saber: se os educadores de infância e os professores do 1ºCEB apoiam a inclusão enquanto princípio filosófico e estão dispostos a implementar práticas educativas inclusivas; se existem diferenças entre as atitudes dos docentes do ensino regular, de educação especial e de apoio educativo; se a formação académica destes agentes educativos condiciona a implementação da educação inclusiva; e ainda se a sua experiência docente surge associada a atitudes distintas face à inclusão. Participaram no estudo 804 educadores de infância e professores do 1ºciclo do ensino básico, regular, especial e de apoio educativo, que representam 47% dos docentes deste Arquipélago, a quem foi administrado um inquérito especificamente desenhado e validado para esta pesquisa. Composto por dois questionários e uma escala, em formato Likert de quatro níveis, este instrumento pretende avaliar, para além da caracterização pessoal e profissional dos participantes, as suas opiniões e atitudes face à inclusão. Análises estatísticas uni e multifactoriais, em função da natureza e número de variáveis considerados, permitiram testar as questões em apreço.Os resultados desta investigação sugerem, na linha de pesquisas anteriores, que os docentes de ensino regular continuam a apresentar maiores resistências do que os docentes de educação especial, face à inclusão. Somente os docentes de educação especial apresentam atitudes clara e marcadamente pró-inclusivas; os restantes mostram-se cépticos em relação à sua implementação no contexto actual. Da mesma forma, se verificam efeitos nas atitudes em função da formação inicial e, particularmente, da formação complementar em necessidades educativas. Em relação ao nível de experiência docente, os resultados sugerem que, também de acordo com pesquisas anteriores, a experiência lectiva reforça as atitudes positivas face à inclusão.
A precariedade dos recursos, dos apoios educativos, a escassez de equipas multidisciplinares, a falta de formação na área e o tamanho da classe constituem os obstáculos mais reportados como condicionantes da implementação de uma escola inclusiva. Esta pesquisa vem sinalizar a necessidade da concepção e implementação de dispositivos formativos no sentido de promover, junto dos docentes, atitudes e práticas mais positivas face à inclusão. Uma análise mais apurada dos resultados permite direccionar os propósitos e estratégias a accionar com esta finalidade.



No entanto, o conferencista adiantou que os dados disponíveis indicam que a humanidade “ainda está a tempo de recuperar o mal que tem feito” se foram tomadas medidas para reduzir a emissão de gases para a atmosfera. “Em pouco tempo o homem provocou danos demasiados que estão a provocar alterações climáticas. Será a vossa geração que terá que resolver esse problema que é responsabilidade da minha e das anteriores”, disse.
O segundo dia de trabalhos será preenchido com “As tecnologias perante os desafios das zonas insulares”, moderado por Margarida Patrão Costa da Direcção Regional do Ambiente.“ Valorização energética de resíduos, hidrogénio e combustíveis renováveis” por Mário Alves do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores; “Inovação e valorização energética por biocombustiveis” por Pablo Kroff (Simbiente-AdP, Universidade do Minho); “Novos sistemas por vermicompostagem” com Pedro Mestre e João Completo (Lavoisier) e “A experiência de gestão de um tecnossistema de resíduos em São Miguel” de Luís Marinheiro (Hidurbe), são alguns dos temas a apresentar, bem como, “A evolução e tendência nos sistemas de contentorização de resíduos” por Rui Mão de Ferro (OTTO); “O Centro de processamento e valorização orgânica da ilha das Flores” de João Levy (Instituto Superior Técnico); “Os tecnossistemas no caso da ilha do Pico” por Paulo Monteiro (Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto).O workshop termina com uma Mesa-redonda e debate: “a implementação nos Açores: oportunidades e desafios”.


Todas as amostras recolhidas, com código a elas atribuído, tipo de material colhido, acompanhado de uma figura que amostras recolhidas, a sua localização no Campo, onde existem 32 variedades de castas, incluindo algumas mutações. Uma recolha efectuada, a nível das regiões vitivinícolas dos Açores em 1991, pela Casa Agrícola Brum. O objectivo deste pequeno Campo Ampelográfico é dar a conhecer algumas das castas mais antigas nos Açores, conduzidas aramadas, as suas diferenças e o seu comportamento, comparativa às das cultivadas no sistema tradicional (curraletas). E, na esperança de num futuro muito próximo, após a eliminação dos vírus in vitro, quiçá pelo Centro de Biotecnologia dos Açores, através de um campo com pés - mães disponíveis aos viticultores material vegetativo de qualidade, isentos de vírus para reconstituição de novas vinhas.

Trata-se de uma iniciativa em que são parceiros o Governo, a Câmara do Comércio e Indústria e a Universidade dos Açores e vai surgir na área actualmente ocupada pelo Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. Álamo Meneses falava no final de uma audiência em que recebeu o bastonário da Ordem dos Biólogos, José Guerreiro, com quem analisou diversos assuntos relacionados com o desenvolvimento económico e profissional em matérias que envolvem a biologia e, especialmente, a biotecnologia.Em declarações aos jornalistas, o secretário regional manifestou o interesse do Governo em “aproveitar e direccionar para a Região o know how e contactos com empresas que Ordem tem em relação à biotecnologia” na áreas agro-alimentar, marinha, da energia e da saúde.Aumentar a competitividade da economia e garantir emprego a licenciados e outros trabalhadores, são os principais objectivos identificados por Álamo Meneses neste processo, “até para, neste último caso, contribuir para que os Açores continuem a ter a mais baixa taxa de desemprego do País, como acontece hoje”.Segundo disse o governante, “as ideias do Governo e da Ordem dos Biólogos coincidem nesta matéria”, pelo que este encontro abriu caminho, entre outras matérias, para a “criação de uma teia de conhecimento e de atracção de recursos que possa potenciar o parque”.Por seu turno, o bastonário, que estava acompanhado pelo presidente do Conselho Regional da Ordem, José Azevedo, reconheceu que o Governo dos Açores está profundamente empenhado neste processo, o que permite, agora, procurar projectos-âncora e projectos decisivos a desenvolver com empresas açorianas. Membros da Ordem dos Biólogos nos Açores são cerca de 130, havendo, no entanto, muitos outros que ainda não estão registados na sua organização de classe.
Para o Anfiteatro da Universidade dos Açores, no campus de Angra de Heroísmo, está entretanto agendada, para o mesmo dia, a partir das 21:30 horas, uma palestra, seguida de debate, subordinada à temática “O mar, as zonas costeiras e a participação da sociedade na gestão do litoral”.Também a Ecoteca do Pico promove, na sexta-feira, duas palestras sobre a “Ecologia do Mero, Epibephelus marginatus, nos Açores” (no Auditório da Escola Básica e Integrada de São Roque do Pico) e “Espécies marinhas de interesse comercial nos Açores” (no Centro Multimédia de São Roque do Pico), sendo esta última seguida da apresentação do livro “Animais Marinhos dos Açores – perigosos e venenosos” do Professor João Pedro Barreiros do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e Vidal Haddad Junior do Brasil . Já no sábado, a mesma ecoteca organiza, também, um passeio pedestre “Coastwatch” para monitorização da orla costeira entre os portos da Madalena e do Calhau. Em São Jorge, por seu turno, a ecoteca local irá proceder, na próxima sexta-feira, à divulgação de informação sobre a pesca sustentável e de um folheto relativo à pesca e ao consumo sustentável de espécies piscícolas. De sexta a segunda-feira próximas, a Ecoteca de São Jorge tem ainda agendado a divulgação, na sala de projecção dos Bombeiros Voluntários da Calheta, do DVD interactivo intitulado “Uma Viagem Emocionante aos Ecossistemas Marinhos dos Açores”. Exposição de cetáceos, cedência de livros relacionados com o mar, exibição de documentários em DVD, exploração do CD-ROM “Peixes dos Açores” e realização do concurso de identificação das espécies piscícolas dos Açores e do concurso “Conhecer os Oceanos” são outras das actividades destinadas a assinalar o Dia Nacional do Mar. Já na ilha do Faial, a ecoteca local, em colaboração com o Observatório do Mar dos Açores, promove a realização, no Centro do Mar, de uma palestra intitulada “Pescas Sustentáveis no Arquipélago dos Açores”.Em São Miguel, a Ecoteca da Ribeira Grande irá assinalar o Dia Nacional do Mar com várias actividades relacionadas com a temática do Cagarro, enquanto que a Ecoteca de Ponta Delgada promoverá uma sessão de sensibilização sobre os ecossistemas marinhos dos Açores, poluição dos oceanos e pesca sustentável e, no dia 19, organizará, no âmbito de campanha “Coastwatch”, uma saída de campo aos Mosteiros.Por sua vez, a Ecoteca das Flores promove diversos concursos sobre o tema “Pescas Sustentáveis”, numa iniciativa destinada aos estabelecimentos de ensino e cujos trabalhos estarão patentes ao público entre os dias 19 a 30 de Novembro.
Segundo o director Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos “se assumíssemos o valor de referência de Quioto, veríamos que estamos 20 por cento acima dos 39 por cento que nos caberia ao nível Açores”. No entanto, referiu que é preciso “contemporizar” os valores atendendo a que no mesmo intervalo de tempo o PIB regional cresceu 72 por cento, a produção de energia 69 por cento e o valor acrescentado bruto dos transportes e da agricultura. Félix Rodrigues, docente do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores abordou os impactos sócio-económicos e ambientais das alterações climáticas e a sua repercussão na economia regional. Segundo disse, devido à dependência do exterior da nossa Região, onde as importações por via marítima assumem importância, se aumentarem os ciclones e outras manifestações climatéricas resultantes das alterações nos níveis de CO2 atmosféricos globais poderá conduzir a uma diminuição do tráfego marítimo. Por outro lado, Félix Rodrigues referiu, ainda, que a ocupação da orla marítima, onde se concentram 80 por cento dos açorianos e a sua vulnerabilidade a uma eventual subida do nível médio da água do mar, no futuro, terão reflexos a nível social e económico.
De acordo com o Tratado de Roma e nas várias revisões subsequentes, a política agrícola tem cinco objectivos antigos e dois objectivos recentes. Os objectivos antigos são: o abastecimento das populações, a estabilidade dos mercados, a garantia de preços razoáveis ao consumidor, o assegurar de rendimentos razoáveis ao produtor e o aumento da produtividade. Os objectivos recentes são a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento rural. A questão que se coloca é saber porque razão o Conselho Regional da Agricultura só se vai preocupar com a garantia de rendimentos aos agricultores menosprezando todos os outros objectivos?




Na ocasião, tendo também em conta a possível transformação da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo em Escola Superior de Saúde, Luís Gomes aproveitou para lançar um convite à Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal para que inclua a oferta dos mestrados na área da fisioterapia, “logo para que tal tenhamos massa crítica e potencial científico e pedagógico para os oferecer, primeiro em conjunto e depois de forma autónoma”. O presidente do conselho directivo da ESEAH, ressalvou, no entanto, que “uma Escola Superior de Saúde que procure copiar o perfil da oferta formativa existente em tantas outras do país, será uma escola votada ao insucesso”.




As tentativas de formação deslocalizada até agora efectuadas têm-se revelado muito dispendiosas, pelos custos associados às necessárias viagens dos docentes. Nos últimos anos, todavia, o desenvolvimento de tecnologias multimédia online e dos meios de comunicação ajustados à área da educação, vieram proporcionar um conjunto de novas tecnologias, tanto para o ensino a distância como para a própria sala de aula, que podem transformar esta realidade. O projecto “Universidade Digital”, financiado pela Direcção Regional da Ciência e Tecnologia (DRCT), dotou a UAç dos meios tecnológicos que permitem encarar seriamente o desenvolvimento de um ensino cada vez mais apoiado nestas metodologias, quer pela disponibilização de computadores adequados a todos os docentes, quer pela infraestrutura tecnológica que os suporta, quer ainda pela instalação de sistemas de gestão da aprendizagem e respectiva complementação com modernos sistemas de videoconferência. É possível, pois, encarar a adaptação da oferta de ensino universitária a uma realidade tripolar, através do incremento do ensino à distância, reduzindo a componente de ensino presencial exclusivamente aos conteúdos laboratoriais ou práticos que o requeiram absolutamente. Pode assim, por exemplo, oferecer-se o mesmo curso em vários pólos em simultâneo, potenciando a fixação dos estudantes. A preparação de cursos em regime de e-learning integral é o passo seguinte, que muitas universidades portuguesas estão já a dar, e que se perspectiva igualmente num futuro próximo. Esta é uma área que abrirá um campo de intervenção muito vasto, não apenas no contexto dos Açores mas mesmo a nível nacional e internacional. Mercados-alvo óbvios são, para além dos residentes em ilhas em que a UAç não está estabelecida, as comunidades açorianas espalhadas pelo mundo e, no limite, toda a comunidade de língua oficial portuguesa.Este percurso não se faz, no entanto, apenas com a tecnologia, a qual é o factor com menor peso na equação. O essencial, como se compreende, é a aquisição de competências específicas por parte dos docentes. Para responder a esta realidade, e de novo com o apoio da DRCT, a Universidade dos Açores possibilitará a um grupo dos seus docentes a frequência de um curso de competências pedagógicas e didácticas em e-learning, multimédia e outras tecnologias de informação e comunicação, de forma a permitir-lhes planear e desenvolver conteúdos multimédia de suporte ao seu trabalho docente, assim como proporcionar-lhes as metodologias pedagógicas que conduzam à melhoria do processo de transferência de conhecimento, quer seja desenvolvido em aulas presenciais, quer em aulas à distância através da internet. Proporcionar aos docentes novos formatos para apresentar e gerir conteúdos, contribuirá para melhorar a qualidade de ensino, reduzir o insucesso escolar, e ajustar a oferta de ensino à realidade geográfica da Região Autónoma dos Açores. O curso funciona como curso de pós graduação e de especialização na área da pedagogia, podendo servir de elemento de transição para curso de mestrado ou doutoramento. A equipa docente assume o formato multidisciplinar e integra membros de várias universidades e institutos: Instituto Graal de Portugal; Universidade da Extremadura em Espanha, Universidade de Innsbruck na Áustria; Universidade de Lulea na Suécia.