Emissões de CO2 nos Açores em 2007
Os dados actuais referentes às emissões de dióxido de carbono equivalente da Região Açores, foram apresentados pelo Director Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos, José Virgílio Cruz, ontem, durante o seminário “Alterações Climáticas – Impactos para os Açores”, que decorreu em Ponta Delgada, promovido pela Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada. Por se tratarem de dados relativos a um estudo que ainda não foi apresentado, José Virgilio Cruz explicou que os números ainda não estão completamente validados. Contudo, os números mostram que se passou, em 1990, de 1410 quilotoneladas de CO2 equivalentes para 2242 quilotoneladas em 2004, o que se traduz em cerca de dois por cento do que é produzido na totalidade do território nacional. Segundo o director Regional do Ordenamento do Território e dos Recursos Hídricos “se assumíssemos o valor de referência de Quioto, veríamos que estamos 20 por cento acima dos 39 por cento que nos caberia ao nível Açores”. No entanto, referiu que é preciso “contemporizar” os valores atendendo a que no mesmo intervalo de tempo o PIB regional cresceu 72 por cento, a produção de energia 69 por cento e o valor acrescentado bruto dos transportes e da agricultura. Félix Rodrigues, docente do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores abordou os impactos sócio-económicos e ambientais das alterações climáticas e a sua repercussão na economia regional. Segundo disse, devido à dependência do exterior da nossa Região, onde as importações por via marítima assumem importância, se aumentarem os ciclones e outras manifestações climatéricas resultantes das alterações nos níveis de CO2 atmosféricos globais poderá conduzir a uma diminuição do tráfego marítimo. Por outro lado, Félix Rodrigues referiu, ainda, que a ocupação da orla marítima, onde se concentram 80 por cento dos açorianos e a sua vulnerabilidade a uma eventual subida do nível médio da água do mar, no futuro, terão reflexos a nível social e económico.
De acordo com Félix Rodrigues, os dados apresentados publicamente o ano passado pela Universidade dos Açores, sem qualquer financiamento do Governo Regional para este estudo, são quase coincidentes com os agora revelados pelo estudo encomendado à Universidade do Minho pelo Governo Regional.
O Dr. Diamantino Henriques, do Instituto de Meteorologia, abordou os processos físicos associados ao aquecimento global, efeito de estufa, efeitos radiativos e emissões de carbono.(In Diário Insular)
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