Alimentos ditos saudaveis têm novas regras
A União Europeia prepara novas regras para evitar a publicidade enganosa nos produtos alimentares.
Caso não se provem cientificamente que alguns produtos não estão, de facto, a contribuir para que os consumidores vivam mais, poderá ser considerada publicidade enganosa. Por outro lado, prevê-se a impossibilidade de figuras públicas ou médicos poderem promover benefícios para a saúde de determinado alimento.
A base desta legislação foi lançada por um regulamento da Comissão Europeia no final de 2006, que entrou em vigor este ano. Este documento vai agora dar origem a uma série de regras para um sector em expansão mas que se ressentia, até aqui, de um vazio legal. 
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Questionado sobre os impactos que tais medidas poderiam ter na comercialização dos produtos Açorianos, o Professor Félix Rodrigues do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores afirma que apesar de, por exemplo, terem sido determinados níveis elevados de ácidos gordos essenciais na carne e no leite açorianos, que se crêem ser benéficos para a saúde, podendo ter efeitos em termos de prevenção do cancro, pela investigação de docentes do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, como é o caso dos trabalhos dos Professores Oldemiro Rego, Henrique Rosa, Alfredo Borba, Célia Silva e Carlos Vouzela, tal lógica nunca foi aproveitada pela indústria de laticínios local. Neste contexto o impacto de tal legislação reveste-se de contornos positivos em vez de aspectos negativos para a agro-indústria açoriana. A ausência de publicidade aos produtos açorianos, nessa perspectiva, será transformada numa mais valia se em detrimento de se publicitar aquilo que efectivamente não se tem certezas científicas, se passar a indicar a composição média dos produtos, num mercado cada vez mais esclarecido, onde as conclusões sobre a qualidade de um produto serão tiradas pelos próprios consumidores.
De acordo com o Diário de Notícias, poderão continuar a observar-se nos rótulos frases como: "o cálcio faz bem aos ossos". Neste caso, a ciência comprova e a ideia é de fácil entendimento para o consumidor comum. Mas qualquer expressão adicional a esta lista vai ser alvo de uma aprovação prévia antes de ser lançada no mercado. E terá de ser validada cientificamente. Um processo que é mais exigente sempre que as alegações sejam em relação ao risco de doença - "evita o aparecimento de cancro", por exemplo. Ou quando se dirigem especificamente às crianças. As regulação estende-se também às alegações feitas através de "representação pictórica, gráfica ou simbólica".
(In RDP-Açores)Etiquetas: ácidos gordos, Alfredo Borba, Carlos Vouzela, Célia Silva, Félix Rodrigues, Henrique Rosa, Legislação, Oldemiro Rego, Produção animal, Produtos Açorianos
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