Capelinhos foi ilustrado e poetizado em livro
Todo o vulcão é espantoso, dependendo da distância e do tempo a que nos encontramos.
Cinquenta anos têm os Capelinhos. Há cinquenta anos morreram os Capelos.
“Vulcão Aberto” de António Silveira e Maria do Céu Brito, prefaciado pelo Professor Doutor Victor Hugo Forjaz, do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores, analisa, pela imagem, pela poesia e pela paixão os 50 anos de um jovem vulcão. É ciência, é arte, é poesia e inegavelmente registo e história.
Cinquenta anos têm os Capelinhos. Há cinquenta anos morreram os Capelos.
“Vulcão Aberto” de António Silveira e Maria do Céu Brito, prefaciado pelo Professor Doutor Victor Hugo Forjaz, do Departamento de Geociências da Universidade dos Açores, analisa, pela imagem, pela poesia e pela paixão os 50 anos de um jovem vulcão. É ciência, é arte, é poesia e inegavelmente registo e história.
O livro apresentado pelo Professor Félix Rodrigues, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, durante a semana Cultural "Outono Vivo", na Praia da Vitória, Ilha Terceira-Açores, é uma obra transdisciplinar.
Diz Maria do Céu Brito: “Explosões violentas, jactos de cinza, nuvens de vapor negro, efervescente; repuxos, correntes de lava e deslizamentos de terras, alteraram a geologia da ilha - soterraram as casas e os solos produtivos; destruíram as culturas, as plantas, as árvores e os pastos dos animais; envenenaram as águas, as aves e os peixes. A atmosfera de cinza e de enxofre; os constantes abalos de terra; o mar aceso com descargas eléctricas transformaram a ilha numa paisagem negra e desoladora”. Mas não é disto que o livro trata.
Este ódio é, neste livro, seguido de uma transformação em amor:
Diz Maria do Céu Brito: “Explosões violentas, jactos de cinza, nuvens de vapor negro, efervescente; repuxos, correntes de lava e deslizamentos de terras, alteraram a geologia da ilha - soterraram as casas e os solos produtivos; destruíram as culturas, as plantas, as árvores e os pastos dos animais; envenenaram as águas, as aves e os peixes. A atmosfera de cinza e de enxofre; os constantes abalos de terra; o mar aceso com descargas eléctricas transformaram a ilha numa paisagem negra e desoladora”. Mas não é disto que o livro trata.
Este ódio é, neste livro, seguido de uma transformação em amor:
O fogo aqui não arde sem se ver,
A não ser,
Por paixão.
O fogo aqui não queima sem razão,
A não ser,
Para se o temer.
A cinza dos Capelinhos que já foi ar,
Depois de massacrar,
É descrita como querendo retornar,
A exalar,
No mesmo lugar,
O aroma da vida.
Perdida.
A não ser,
Por paixão.
O fogo aqui não queima sem razão,
A não ser,
Para se o temer.
A cinza dos Capelinhos que já foi ar,
Depois de massacrar,
É descrita como querendo retornar,
A exalar,
No mesmo lugar,
O aroma da vida.
Perdida.
António Silveira, retrata a face do vulcão como se de um jovem açoriano se tratasse. Regista as cinzas dos Capelinhos ainda impregnadas de bombas vulcânicas como acne na face de um adolescente. Aí, a vida rebenta, explode, agarra-se, respira, transcende-se.
Os autores procuraram olhar a vida nos pequenos musgos e líquenes que nos enfeitam a solidão de ilhéus, depois do local ter sido impregnado com a morte. O Vulcanismo sempre terrificou homens e outros animais (e, sabe quem?, até as plantas que alguns dizem ter “falar” próprio … ), afirma o Prof. Vítor Hugo Forjaz no prefácio.
Os Capelinhos nesta obra quase que são transparentes na essência, quase que são omnipotentes na sobrevivência, como a violência viva, ou a memória de uma ilha, brilhantemente retratada, com palavras cortantes, ilustrada, com encostas recortadas, areias espalhadas e odor a maresia, entre real e fantasia.
“Vulcão Aberto” é uma biblioteca inteira de emoções. Lê-se tantas vezes quantas a nossa necessidade de entender a paisagem e os sentimentos que os Capelinhos nos despertam.
Os autores procuraram olhar a vida nos pequenos musgos e líquenes que nos enfeitam a solidão de ilhéus, depois do local ter sido impregnado com a morte. O Vulcanismo sempre terrificou homens e outros animais (e, sabe quem?, até as plantas que alguns dizem ter “falar” próprio … ), afirma o Prof. Vítor Hugo Forjaz no prefácio.
Os Capelinhos nesta obra quase que são transparentes na essência, quase que são omnipotentes na sobrevivência, como a violência viva, ou a memória de uma ilha, brilhantemente retratada, com palavras cortantes, ilustrada, com encostas recortadas, areias espalhadas e odor a maresia, entre real e fantasia.
“Vulcão Aberto” é uma biblioteca inteira de emoções. Lê-se tantas vezes quantas a nossa necessidade de entender a paisagem e os sentimentos que os Capelinhos nos despertam.
(In Diário Insular)
Etiquetas: António Silveira, Capelinhos, Félix Rodrigues, Livro, Maria do Céu Brito, poesia, Victor Hugo Forjaz, Vulcão
3 Comments:
nike blazer pas cher
ray ban sunglasses
polo ralph lauren
coach factory outlet
cheap ray bans
oakley sunglasses wholesale
polo ralph lauren
coach outlet online
coach bags
michael kors canada
zzzzz2018.4.20
nike huarache
fitflops shoes
issey miyake perfume
coach outlet online
seahawks jersey
supreme shirt
air huarache
ralph lauren outlet
yeezy
christian louboutin shoes
zzzzz2018.8.20
nike shoes for men
canada goose outlet
coach outlet online
red bottom
uggs outlet
football pas cher
nike air max 95 ultra
supreme clothing
nike outlet
canada goose uk
Enviar um comentário
<< Home