Uma Escola Superior de Saúde captaria mais alunos para a UA
Diário Insular (DI)-Que condições é preciso reunir para que a Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo faça a transição para Escola Superior de Saúde?
Miguel Gomes(MG)-O desejo de evolução da ESEnfAH-da Universidade dos Açores para Escola Superior de Saúde possui mais de uma década e tem vindo a evoluir ou regredir segundo as contingências políticas, os projectos de desenvolvimento e a sua exequibilidade assim como a evolução da rede de estabelecimentos e oferta do Ensino Superior em Portugal. Uma das questões políticas mais prementes que se esperava ver resolvida era a atenuação do sistema binário Universitário/Politécnico, que a legislação actual infelizmente acentua. Como já foi publicamente divulgado, a cópia dos modelos de Escolas Superiores de Saúde que proliferam pelo continente é uma Escola votada ao insucesso (pela oferta de cursos e a relação procura/empregabilidade). A lei 62/2007 do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior coloca um desafio à própria Escola e Universidade na reorganização das suas unidades orgânicas e na gestão adequada de sinergias entre diferentes áreas científicas para uma oferta diversificada de qualidade científica e pedagógica, com empregabilidade no tecido empresarial e do estado a nível regional e nacional, inseridos numa Europa de Bolonha.
DI-O novo cenário que se está a desenhar pela Assembleia Estatutária da Universidade dos Açores pela aplicação da Lei do RJIES, promoverá as condições necessárias para a transição, nomeadamente em novas ofertas formativas transdisciplinares na Academia com ligações protocoladas com outras instituições de Ensino.Em que consistiria essa escola superior de saúde?MG-Seria uma Escola com a oferta formativa que o Campus de Angra do Heroísmo já dispõe e certamente novas ofertas curriculares que surgirão da análise das capacidades e competências das futuras estruturas e unidades orgânicas da Universidade.
DI-Quais seriam as vantagens da ESEnfAH passar a Escola Superior de Saúde?
MG-A principal vantagem seria rentabilizar os recursos científicos e pedagógicos existentes, as infraestruturas que irão ser construídas, e a oferta formativa que satisfaça a procura de profissionais de saúde nas actuais áreas de formação e na diversificação da oferta de novos cursos de 1º e 2º Ciclo no paradigma de Bolonha, pós-graduações e cursos de pequena duração. Promoverá certamente uma maior captação de estudantes do 1º, 2º e 3º Ciclo de formação e uma dinamização da formação da área da Saúde no Campus de Angra do Heroísmo. O Secretário Regional dos Assuntos Sociais já avançou que apoiaria essa transição. É com enorme satisfação que verificamos que existe por parte do Governo Regional uma abertura para apoiar essa transição. Será potencializada a reflexão que neste momento se processa na Universidade dos Açores face à aplicação da Lei do RJIES e será apresentada à comunidade Académica que depois de analisar a proposta e a verter em Estatutos terá um período definido pela lei para a sua implementação, ou seja dentro de sensivelmente dois anos, contudo a última palavra será sempre do Governo Central, nomeadamente, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
(In Diário Insular)
Etiquetas: Miguel Gomes, Politécnico, saúde, Universidade Açores Enfermagem cursos
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