Florestas dos Açores
Aquando do povoamento dos Açores, 50% da Região era formada por florestas naturais. Destes 50%, apenas resta, na actualidade, 1%. As grandes responsáveis por este declíneo, admitiu Eduardo Dias, foram as árvores exóticas implantadas no arquipélago nos séc. XVIII, XIX e XX. "Pelas nossas contas, a floresta natural dos Açores na sua vertente mais selvagem e mais bem conservada compõe-se de apenas 1% do que existiu, o que constitui uma situação desesperante e periclitante para a remanescente", afirmou o professor do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, Eduardo Dias, no dia da floresta autóctone, que se assinalou a 27 de Novembro.
(In Diários dos Açores)
As grandes responsáveis pelo declínio, foram as árvores exóticas como, por exemplo, o incenso, ou faia do norte, o que é "extremamente agressivo nas áreas naturais, pois vai ganhando espaço, vai-se expandindo e destruindo as espécies que lá estão" - a laurissilva, entre outras. Outro é o caso da criptoméria, igualmente introduzida nos Açores, mas que constitui uma destruição consciente da floresta natural, assente na substituição, por plantação, das espécies existentes. "As exóticas têm um peso muito grande e a luta tem de ser estrategicamente definida". O docente afirmou não terem tido resultado, até agora, as tentativas de controlo das referidas espécies. Contudo, a alternativa apontada por Eduardo Dias, que trabalha há 20 anos em investigações relacionadas com a floresta natural dos Açores, sendo também coordenador do Gabinete de Ecologia Vegetal e Aplicada - GEVA -, é "eliminar, nas zonas virgens, os pés de incenso", ou seja, agir nos centros onde ainda há esperança de salvação para as florestas naturais. Deste modo, haverá uma maior eficácia na remoção dos incensos. Para além disso, o professor sublinhou que "há uma concepção errada sobre o que é a floresta natural dos Açores", facto que leva a que as pessoas aceitem facilmente a destruição da floresta autóctone - por desconhecimento. Assim, "é essencial que seja promovido, na Região, um processo educativo sobre a constituição da floresta natural". O docente, que ao longo dos anos tem desenvolvido trabalhos científicos centrados na biogeografia, ecologia e classificação da vegetação dos Açores, bem como na dinâmica dos sistemas insulares e conservação do património natural, foi o responsável pela equipa que desenvolveu as bases científicas e desenho da proposta técnica para os SIC´s terrestres da rede Natura 2000 dos Açores e pelos projectos "Life", pelos quais foi co-vencedor do prémio Henry Ford, em 1999.
(In Diários dos Açores)
Etiquetas: Eduardo Dias, floresta, Floresta autóctone, Gestão e Conservação da Natureza, Henry Ford, incenso, Laurissilva, prémio
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