Recursos Energéticos dos Açores
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Este blog é da responsabilidade do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores e pretende dar conta das actividades desenvolvidas ao longo de 2006 - Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, bem como das actividades realizadas na mesma área temática,ou não, nos anos posteriores.
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As Vinhas do Mar
* Teresa Lima
O vinho é um "fruto da terra e do trabalho do homem" expressão que põe em evidência o facto de que a sua produção é em grande parte resultado do saber e da arte humana. A História prova-nos que o vinho esteve associado a todos os momentos felizes das pessoas e nações que marcaram a vida da humanidade. A introdução da vinha nos Açores remonta ao seu povoamento cerca de 1450 e pensa-se que foram os frades Franciscanos que a introduziram. No caso concreto da Ilha Terceira, onde se encontra a região vitivinícola dos Biscoitos, a introdução da vinha presume-se que terá acontecido com a chegada do primeiro capitão do Donatário Jácome de Bruges e comitiva (Sampaio, 1904). Gaspar Frutuoso refere as castas que foram introduzidas, nomeadamente Verdelho, Moscatel Mourisco e Assara(espécie de Moscatel?). "A mais antiga notícia da introdução da vinha e do aproveitamento dos terrenos designados de biscoito", na ilha de Jesus Cristo, a Terceira, é, provavelmente a que consta de «...uma carta datada de 15 de Dezembro de 1503, outorgada por Antão Martins, Capitão da Praia, em benefício do almoxarife da mesma capitania, João Ornelas da Câmara, estabelecia, como uma das obrigações, o plantio, em certo "biscoitos" de 300 bacelos, 60 amoreiras, 30 figueiras, e outros tantos marmeleiros, destinando-se o espaço restante a pastagens para o gado bovino, ovino, porcino e cavalar». «O vinho do Pico foi o vinho dos Czares, o dos Biscoitos foi o vinho das Caravelas da rota das Índias e das Especiarias. Entre os produtos essenciais ao abastecimento das armadas figurava o vinho"Verdelho". Nessa época, e ainda hoje, a maior mancha de biscoito na ilha Terceira, fica na freguesia, denominada de "Paroquial de S. Pedro do Porto da Cruz" e, também do Sr. S. Pedro do Porto da Cruz, onde morava Pero Enes do Canto, que mais tarde é designado Provedor das Armadas. É nesta nesta freguesia que ele compra uma propriedade de grande produção de vinho. Na sua qualidade de provedor das Armadas tinha o dever por obrigação da reparação e segurança das armadas, bem como o abastecimento... de vinho às naus que vinham carregadas de riquezas e especiarias.Em 1853, com o aparecimento do "burril", Uncinula nector(Svhw) a produção de vinho verdelho na ilha Terceira e nas restantes ilhas começou a decrescer bruscamente, não chegando para o consumo local. Os viticultores nada puderam fazer para impedir esta doença criptogâmica. Em 1870, uma nova praga, pelo afídeo Phylloxera vastatrix, atacou as vinhas destruindo-as de forma drástica. A área de verdelho dos Biscoitos foi praticamente eliminada. A partir dessa altura a maior parte dos viticultores começou a intensificar a casta Isabella e outros híbridos, de grande aceitação como produtor directo por ser produtiva, mais resistente às doenças e mais fácil de cultivar. Nos Biscoitos as vinhas de Verdelho ficaram praticamente abandonadas durante quase 20 anos. Ao fim deste tempo uma personalidade empreendedora e interessante, Francisco Maria Brum, mais conhecido por Chico Maria, empenhou-se na reabilitação do Verdelho dos Biscoitos, comprando muitas das vinhas abandonadas. Levou das suas vinhas do Porto Martins algumas puas de plantas de Verdelho que tinham resistido à filoxera, que não tinham sido atingidas por esta nefasta praga e posteriormente procedeu à sua propagação nos Biscoitos utilizando como porta-enxertos a Vitis rupestris.Graças ao seu empreendimento, Francisco Maria Brum, em 1890, fundou a primeira Adega Regional do seu tempo. Os resultados dos testes iniciais foram satisfatórios e a produção galopante. Em 1901, a produção traduziu-se em três pote de vinho de verdelho, no ano seguinte numa pipa. Em 1903, foram 6 pipas e meia; no ano seguinte, 11 pipas. Em 1907, a produção atingiu 29 pipas de verdelho. Na administração da Adega (Casa Agrícola Brum) sucedeu-lhe o filho Manuel Gonçalves Toledo Brum, falecido em 20 de Março de 1959, transitando a fazenda para o o seu único filho, Fernando Linhares Brum. Passando depois para o filho deste Luís Mendes Brum. Muito recentemente, 27 de Dezembro de 2007, passou para a 5ª Geração, para os filhos de Luís Brum.Neste momento nos Biscoitos(2008) apesar da predominância das castas americanas, e seus híbridos, as culturas da verdelho e de outras castas europeias, nomeadamente Terrantês, Boal, Fernão Pires continuam e estão a ser muito valorizadas.Note-se que a região vitivinícola dos Biscoitos é detentora da maior mancha contínua de Verdelho, nos Açores assim como na Macarronésia. Enquanto que nas Canárias, o Verdelho aparece como tempero na elaboração dos vinhos, nos Biscoitos fazem-se vinhos de verdelho. O Vinho Verdelho actual consta de 85% a 90% da variedade verdelho e a percentagem restante das referidas castas europeias. Nos Biscoitos o vinho de qualidade é o de Verdelho que pode ser de mesa, regional ou licoroso (IPR). Actualmente, a nível da Região Autónoma dos Açores, o vinho de Verdelho dos Biscoitos licoroso tem um lugar privilegiado, a tal ponto que muitas recepções oficiais incluem um "Biscoitos de Honra". Também tem tido assento nalguns acontecimentos solenes a nível Nacional. No Palácio de Sant'Ana no Jantar oferecido aos Reis de Espanha o brindaram com o Vinho de Verdelho Licoroso Seco Chico Maria da Casa Agrícola Brum. No Palácio de Queluz aquando do jantar de gala que antecedeu o casamento do Duques de Bragança, o vinho licoroso da Casa Agrícola Brum esteve também presente.
Em 1989 foi montado o primeiro laboratório de enologia dos Açores, na Universidade dos Açores, no Departamento de Agrárias. Foi feita uma caracterização físico-química dos vinhos do Pico e também dos Biscoitos, os resultados apontavam para vinhos que usufruíam de poucos cuidados tecnológicos. A Secretaria Regional de Agricultura de então admitiu um técnico para o vinho e outro para a vinha.E, em 1993 começou a aparecer vinhos de mesa com qualidade. O dec-lei de 25 de Janeiro de 1994, cria as Zonas Vitivinícolas, dos Biscoitos, da Graciosa e do Pico. As zonas criadas permitem o fomento e a protecção das castas tradicionais mais importantes, de modo a incrementar a genuinidade e a qualidade dos vinhos brancos. Segundo esse decreto a região dos Biscoitos foi demarcada para a produção de vinho licoroso de qualidade produzido em região determinada(VLQPRD) assim como a do Pico. A da Graciosa para a produção de VQPRD. As castas recomendadas para VLQPRD dos Biscoitos são Verdelho, Arinto e Terrantés. Como castas autorizadas, Boal, Malvasia, Sercial, Fernão Pires, Generosa e Galego-Dourado. Na laboração são seguidos os métodos e práticas enológicas tradicionais. Os mostos destinados aos vinhos de designação VLQPRD devem ter um título alcoométrico em potência mínimo natural de 12% vol. Estes vinhos só podem ser engarrafados após um estágio de 3 anos em madeira e devem apresentar um título alcoométrico volúmico total não inferior a 16% vol. O rendimento máximo por hectare é de 50hl. A genuinidade e a qualidade do vinho dos Biscoitos, bem como dos vinhos do Pico e da Graciosa, de indicação de proveniência regulamentada (IPR), passou a ser garantida pela Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA), instalada em 1995. Esta tem também como atribuições o fomento e o controlo dos VLQPRD, dos VQPRD e dos Vinhos Regionais. A categoria de Vinho Regional dos Açores foi criada em 2005.Outro acontecimento muito significativo para o vinho dos Biscoitos teve lugar em 1990, aquando do centenário da Casa Agrícola Brum, com a criação do Museu do Vinho, que tem desempenhado um papel muito significativo na divulgação da História Vitivinícola Regional e Enoturismo. Em, 1993, foi fundada a Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, com sede no Museu do Vinho. Esta tem como lema a defesa, promoção, valorização e divulgação do vinho verdelho dos Biscoitos e do vinho de qualidade dos Açores. A Confraria tem sido um veículo importante na divulgação dos vinhos Açorianos de qualidade a nível regional, nacional, internacional e também na preservação das vinhas dos Biscoitos inclusivamente como valor ambiental. No ano de 1997, foi criada nesta mesma freguesia uma delegação da Associação dos Jovens Enófilos, com um presença importante na divulgação do vinho dos Açores de qualidade e na preservação da paisagem da vinha.Em Novembro de 1996, foram certificados IPR o VLQPRD da Casa Agrícola Brum, com a marca Brum e o VLQPRD da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, com a marca Lagido. Em Junho desse ano havia também sido certificado o primeiro VQPRD dos Açores, com a marca Pedras Brancas, da Adega Cooperativa da Graciosa.Nos Biscoitos em 1998 foi criada uma Adega Experimental do Serviço de Desenvolvimento Agrário da Ilha Terceira. Está apetrechada com modernos equipamentos indispensáveis à tecnologias do vinho. Aqui são vinificadas as uvas provenientes das vinhas destas serviços e dos seus campos experimentais. Para além disso é também utilizada em acções de formação, informação e divulgação. Outro evento de interesse para o vinho dos Biscoitos é a Festa da Vinha e do Vinho que se realiza desde 1992, no primeiro fim-de-semana de Setembro, no Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum. Esta festividade e é organizada pelo INATEL.Com a criação das zonas vitivinícolas, muitos dos pequenos produtores dos Biscoitos começaram também a sentir desejo de certificar os seus vinhos. Para isso teriam de criar condições nas sua Adegas, o que nem sempre tem sido fácil, dados os elevados custos do material e equipamentos. Daí um grupo de vitivinicultores se ter mobilizado no sentido da criação de uma Adega Cooperativa, que em 1999 começou a laborar um vinho branco de mesa, essencialmente à base da casta Verdelho. Esta adega começou com 26 associados e actualmente conta com cerca de 50. Comercializam o vinho de Verdelho com a marca Moledo.Todavia, cerca de 10 produtores particulares continuam a laborar os seus vinhos verdelhos de mesa nas suas respectivas adegas, o que é de louvar também. Alguns com apoio da Adega Experimental da SDAT.A Adega Pedras do Lobo labora um vinho de Verdelho, feito com as castas Verdelho Branco e Verdelho Roxo, em 1998 foi considerado um dos 10 melhores vinhos brancos nacionais.
Os vitivinicultores dos Biscoitos têm consciência que a internacionalização dos produtos cresce e as exigências do consumidor são enormes, pelo que continuam a apostar no fabrico de vinhos pelos processos artesanais, mas tecnologicamente evoluídos.
(In Bagos D'Uva)
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“Na altura, comecei a interessar-me pelas florestas naturais dos Açores que são sítios muito interessantes e importantes por muitas razões”, diz, para início de conversa. “As florestas naturais dos Açores têm um regime de precipitação que se assemelha ao das florestas tropicais, mas as temperaturas não são tão elevadas, o que as torna florestas temperadas, onde há uma grande abundância de briófitos”. Ao todo são mais de 400 espécies nos Açores na sua maioria musgos – 282 na Região, contra 1292 na Europa e 12 mil em todo o mundo. Seguem-se as hepáticas folhosas – 151 nos Açores, 453 no continente europeu e oito mil à escala planetária – e as antocerotas – cinco na Região, oito na Europa e 200 em todo o mundo. Segundo Rosalina Gabriel, os musgos servem para muito mais do que apenas para o presépio de Natal. “Os briófitos desempenham funções tão importantes como a retenção de água e nutrientes, a intersecção de nevoeiros, interacção com outros organismos, formação de solo e minimização da erosão”. Outro dos mitos associados aos musgos é o de que são todos iguais. Mas como se distinguem afinal os musgos das hepáticas e das antocerotas? “Os musgos quando olhados de cima parecem o raio de uma roda de bicicleta, enquanto as hepáticas têm um eixo a partir da qual são simétricas e as antocerotas são cápsulas de crescimento indeterminado e assemelham-se a vagens de feijão verde”, explica a investigadora. Uma ideia errónea igualmente enraizada é a de que os musgos são parasitas das plantas ou a de que a sua presença numa árvore indica que ela não está bem de saúde. “Os musgos fazem parte do reino vegetal”, sublinha Rosalina Gabriel, referindo que “libertam oxigénio e consomem dióxido de carbono tal como as plantas grandes”. Os musgos são também um “indicador de bom ar”. “A sua presença nas árvores não faz mal, ao contrário do que muita gente pensa, mas é sim um indício de que não há poluição atmosférica naquele local”, adianta a investigadora, salientando que “a sua presença abundante nos não só nas florestas, como nos telhados e nos pátios, é, por conseguinte, um bom sinal”.
Outro mito sobre os musgos é o de que quando estão castanhos é porque estão mortos. Tal como as sementes, os musgos conseguem suspender a vida. “Os musgos têm uma relação muito importante com a água, de que necessitam para a sua sobrevivência”, explica Rosalina Gabriel. “No entanto, se não há humidade, deixam de crescer mas não morrem”, continua, destacando que “conseguem ficar mais de 50 anos secos e depois retomar a actividade metabólica”, “uma característica notável, que pode ser útil, por exemplo, em viagens espaciais”, realça, com orgulho, enquanto nos mostra uma apresentação em powerpoint sobre a biodiversidade e o valor patrimonial dos musgos dos Açores.
A investigadora refuta também a tese segundo a qual os musgos são perigosos porque fazem escorregar. “As pessoas gostam de os ver no interior das cavidades vulcânicas, mas depois dizem que fazem escorregar se estiver húmido”.
No entender de Rosalina Gabriel, “os musgos têm tão mau nome porque muitas vezes são confundidos com as algas, que têm paredes mais gelatinosas”. Apesar de não terem vantagens económicas imediatas e dos golfistas não gostarem de os ver nos seus “greens”, a presença de musgos em pastagens ou outros terrenos não significa que estes tenham impermeabilizado ou que precisem de ser cavados. Outra ideia errada é a de que o gado não come musgos, acrescenta.
Lista vermelha
Ninguém estuda musgos é outro dos mitos. Nos Açores são, aliás, muitos os investigadores que se dedicam a esta área, designadamente Eva Sousa, Sandra Câmara, Nídia Homem, Cecília Sérgio, René Schumacker, Erik Sjögren, Jan-Peter Frahm, Berta Martins, Kjell Flatberg, Elisabete Maciel e Jeffrey W. Bates, para além de Rosalina Gabriel. Para além disso, Nídia homem e Rosalina Gabriel preparam-se para lançar, no início de Fevereiro, o livro “Briófitos Raros dos Açores”. A obra pretende divulgar
as 60 espécies existentes nos Açores que se encontram na lista vermelha da Europa, ou seja, que estão classificadas como raras ou vulneráveis. O Grupo da Biodiversidade dos Açores do Centro de Investigação de Tecnologias Agrárias dos Açores (CITA-A), instalado no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores terá também, até Março, disponível na Internet um site onde será possível pesquisar a distribuição por freguesia de todas as espécies vegetais e animais terrestres das nove ilhas dos Açores. “O objectivo é fomentar o gosto pelo que as pessoas têm na sua freguesia e ajudar a ligar as pessoas ao local”, destaca Rosalina Gabriel. “Esta iniciativa visa também perceber padrões e motivarmo-nos a melhorar os nossos dados, que são baseados em toda a bibliografia disponível sobre espécies do arquipélago” . Entre mãos, o Grupo da Biodiversidade dos Açores tem também, actualmente, o projecto Top 100 das 100 espécies mais fáceis de gerir da Macaronésia. “Trata-se de um Livro Verde das espécies que pragmaticamente conseguimos proteger, porque com um mínimo de custos podemos fazer qualquer coisa por inúmeras espécies, enquanto se realizam estudos sobre as outras”, sustenta a investigadora. “Claro que é importante proteger o Priôlo, por exemplo, mas se nos preocuparmos apenas com esta ave podemos perder outras 40 espécies”, alerta, sublinhando que o intuito da iniciativa é “tentar não deixar essas outras espécies que são mais fáceis de proteger para trás”. Um outro projecto relacionado com os musgos que está a ser desenvolvido pela equipa de Rosalina Gabriel visa avaliar a quantidade de materiais pesados nas turfeiras do interior da ilha Terceira. “Os musgos são muito resistentes a várias coisas, como a herbivoria, porque poucos animais os comem, mas são muito sensíveis à poluição aquática e atmosférica”, refere, adiantando que “como não têm raízes dependem das correntes aéreas e acabam por acumular alguma quantidade de metais”. Até agora, os dados analisados não são reveladores de uma grande concentração de metais no interior da ilha, mas o grupo pretende estender o estudo à zona litoral da ilha, onde a situação poderá ser diferente. Rosalina Gabriel destaca ainda a publicação recente, pela Secretaria Regional do Ambiente, de blocos de notas com briófitos, que considera “importante para divulgar estas espécies junto das pessoas”.
O Grupo da Biodiversidade dos Açores foi igualmente distinguido recentemente com um dos prémios BES-Biodiversidade, pelo seu estudo dos processos envolvidos na extinção potencial de insectos, aranhas e musgos nas florestas nativas da Região. Intitulado “ Predicting extinctions on oceanic islands: The Azorean paradigm”, o trabalho proposto por Paulo Borges, docente do Departamento de Ciências Agrárias da universidade açoriana, mereceu uma Menção Honrosa, ex-aequo com outros dois projectos, num total de quatro premiados de entre os 34 projectos concorrentes ao nível do país. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar na sede do BES, em Lisboa, com a presença de Ricardo Salgado, presidente do banco, Francisco Nunes Correia, Ministro do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Lígia Amâncio, vice-presidente da FCT, Teresa Andresen, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, e João Meneses, presidente do ICN. A distinção veio, assim, valorizar o importante trabalho na área da biodiversidade que a equipa liderada por Paulo Borges tem vindo a desenvolver, ao longo dos últimos 10 anos. “Desde 1998, temos vindo a editar uma série de publicações científicas sobre a biodiversidade açoriana e a emitir pareceres para o Governo Regional sobre as zonas do arquipélago que necessitam de ser protegidas, contribuindo, assim, para a já anunciada criação de vários parques naturais”, referiu Paulo Borges, em declarações ao DI. Para o investigador, este prémio é o “reconhecimento de toda a informação científica produzida pelo grupo e publicada em revistas internacionais e da sua aplicação prática na conservação da natureza nos Açores, através da ajuda à tomada de decisão pelo Governo Regional”. “É um prémio que muito honra não só a Universidade dos Açores como todos aqueles que trabalham na área da biodiversidade e que connosco têm colaborado”, afirmou. A distinção irá permitir ainda a publicação de um livro sobre a biodiversidade dos artrópodes baseado em fotos de grande qualidade. O projecto conta com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente.
(In DI-Revista)
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A acção decorreu durante quatro horas. Foi dividida em três partes. A primeira parte fez-se uma abordagem aos países produtores de vinho tendo em conta as áreas de produção de vinha, os volumes produzidos de vinho e seus valores económicos a nível mundial, europeu, nacional e regional. A nível nacional e regional fez-se também referência às regiões demarcadas de vinhos de qualidade e às dos vinhos regionais.Na segunda parte através de um DVD foi-lhes permitido visualizar atitudes comportamentais das pessoas no consumo moderado de vinhos e sua associação aos hábitos alimentares. Tiveram também oportunidade neste meio áudio visual de captar o conceito de "terroir" e as tecnologias de vinhos brancos e tintos. Na terceira parte teve lugar um exercício de apreciação de vinhos através de uma ficha intitulada "Saber Beber", onde se solicita a resposta a três questões. Nas respostas detectou-se uma sensibilidade e predisposição para a apreciação dos três produtos em questão. Esta aula foi criteriosamente elaborada, tendo em atenção a limitação imposta pela carga horária, de modo a que as matérias fossem devidamente absorvidas pelos participantes na medida em que as matérias fossem devidamente absorvidas pelos participantes na medida em que o vinho deve ser tratado como um produto turístico.
Neste domínio, a Universidade dos Açores através da Professora Teresa Lima desenvolveu um projecto ENOTURMAC que trouxe pela primeira vez aos Açores a dinâmica de pensar o "Vinho como Produto Turístico".
No final foi feito um apelo aos futuros Guias da Natureza para se empenharem na preservação e desenvolvimento do Património Vitivinícola dos Biscoitos.O entusiasmo que se criou entre a docente e os alunos foi significativo para o sucesso desta aula. Seria importante que, numa acção futura desta natureza, o tempo fosse alargado.
(In Bagos d'Uva)
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Domingos Cunha, secretário regional dos Assuntos Sociais, após ouvir os estudantes garantiu que o governo está “sensível e percebe a inquietação dos jovens enfermeiros”.
A tutela assume que está a criar condições para que estes jovens se possam fixar na região e lembra que nos últimos anos foram recrutados 419 novos enfermeiros para as unidades de saúde das ilhas.
Este ano, afirmou Domingos Cunha, o sistema regional volta a descongelar vagas para absorver mais “50 enfermeiros para os Centros de Saúde e para as Unidades de Saúde de Ilha”.
Em relação aos hospitais da região – transformados em Entidades Públicas Empresariais (EPE) – de acordo com a tutela, não necessitam de descongelar vagas para contratar enfermeiros.
O governante afiança que antes do final desta legislatura serão contratados mais 52 enfermeiros para o Hospital de Ponta Delgada e 23 para o de Angra do Heroísmo.
“A Rede de Cuidados Continuados também vai necessitar de enfermeiros”, alerta o secretário, recordando que existe ao dispor dos jovens enfermeiros vários incentivos para criarem empresas na área dos cuidados de saúde.
Porém, o responsável pelo sector da saúde admite que - a saírem das escolas de enfermagem a uma média de 100 profissionais por ano - dentro de quatro ou cinco anos os quadros públicos da região deixarão de ter condições para absorver todos os jovens enfermeiros.
Esperança no emprego
A representante da Ordem dos Enfermeiros na região já tinha confirmado que, dos enfermeiros que acabaram o curso em Julho de 2007, “existia ainda um grande número que não tinha sido colocado”.Contudo, assumiu que esta falta de colocação se deveu a um atraso no início da contratação dos enfermeiros devido, em parte, à recente passagem dos hospitais dos Açores a entidades públicas empresariais. “Foi um ano de transição em que as metodologias de contratação não estavam muito clarificadas”, reconheceu, recentemente, a representante da Ordem, ao adiantar que os hospitais têm pedidos de contratação de 120 enfermeiros.A Ordem dos Enfermeiros também afirma que muitas unidades de saúde da região têm falta de enfermeiros para responder às necessidades.
Os partidos da oposição também já fizeram saber que não percebem como é que uma região que necessita de enfermeiros nos serviços de saúde tem profissionais no desemprego.
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