segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Estação do Projecto CLIMAAT vandalizada

A estação meteorológica do projecto CLIMAAT do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, instalada na Fortaleza de São Sebastião, em Angra do Heroísmo, foi vandalizada, tendo desaparecido algum material informático que assegura o seu funcionamento. Eduardo Brito de Azevedo, coordenador do projecto CLIMAAT, disse ao DI que é a segunda vez que a estação meteorológica que recolhe dados sobre o estado do tempo em Angra do Heroísmo foi assaltada. De acordo com os registos do centro de controlo do projecto CLIMAAT, a estação ficou inactiva por acção de desconhecidos às 13h15 da passada segunda-feira.A caixa onde se encontra o material informático que assegura o funcionamento na estação foi vandalizada e foram levados alguns dos componentes necessários para assegurar a transmissão de dados para o centro de controlo. A câmara que capta as imagens da baía de Angra do Heroísmo também foi alvo de vandalismo mas acabou por não ser levada. Para Eduardo Brito de Azevedo, “esta é uma ocorrência estranha pelo facto da estação estar instalada no interior do Castelinho onde funciona uma pousada e existem câmara de vídeo vigilância que controlam as entradas e saídas”. O projecto CLIMAAT dispõem de estações meteorológicas na Terceira, São Miguel, Faial, Pico, Santa Maria, São Jorge, Graciosa e Flores e tem em vista estudar o clima das regiões insulares atlânticas.
Somos assíduos frequentadores do site climaat.angra.uac.pt (um projecto Interreg que envolve a Universidade os Açores, a Madeira e as Canárias sobre o clima e a meteorologia dos arquipélagos atlânticos) pela simples razão de que a informação meteorológica é muito completa e sobretudo porque é acompanhada com imagens, em tempo real, de diversos pontos dos Açores (só falta o Corvo). Ou seja, é deveras interessante, a partir de qualquer computador pessoal, saber como está, neste preciso momento (obviamente de dia), o tempo no canal Faial/Pico, ou S. Jorge/Pico, ou em Ponta Delgada, ou nas Flores. E isso consegue-se porque a Universidade instalou, em todos esses locais (dez, para sermos mais concretos) câmaras de vídeo que, com intervalo de minutos, enviam uma imagem que pode ser visualizada em qualquer computador, a partir de qualquer ponto do mundo. Só que nada resiste quando os meliantes querem destruir o trabalho de quem serve a comunidade. Aconteceu por estes dias (pela segunda vez), que o sistema instalado no Forte de S. Sebastião, sobranceiro ao Porto das Pipas, foi destruído. Em nome de quê? Roubo do equipamento ou simples desejo de destruir? Quer seja uma coisa, ou outra, que sinal é enviado para quem consulta? Em vez da imagem do tempo, em tempo real, damos a imagem de uma região de energúmenos que não conseguimos respeitar uma simples câmara (web cam) que presta um serviço público muito interessante a todos os internautas. E há que pôr cobro a isto.
(In Diário Insular)

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