Contestação dos estudantes de enfermagem
Segundo os estudantes, a região tem falta de pessoal de enfermagem nas unidades de saúde, contudo as vagas estão congeladas e quem termina o curso não tem emprego. Mais de duas dezenas de finalistas fizeram questão de se deslocarem ao Solar dos Remédios (sede da tutela da saúde regional) para exprimirem os seus argumentos junto de Domingos Cunha, secretário da tutela.
Catarina Borges, finalista de enfermagem, garante que são perto de uma centena de estudantes (em Angra do Heroísmo e Ponta Delgada) que terminam o curso no final deste semestre (Julho) e que, “provavelmente, nenhum terá emprego na região”. “Ou vamos para o desemprego ou temos de emigrar para as Canárias”, sintetiza, revoltada com o sistema.
Os futuros enfermeiros fizeram questão de se aglomerarem junto à tutela para demonstrarem o “descontentamento” pelo cenário sombrio da falta de emprego na região. Segundo eles, tudo porque existe uma gestão “incorrecta das políticas de saúde”.
“Nós estamos à porta do desemprego”, assegura a estudante Ana Neves, lembrando que os colegas do ano anterior estão no desemprego.
Os jovens, que aguardavam no átrio dos Remédios pelos três colegas que foram recebidos pelo secretário, foram unânimes em afirmar que há uma tentativa de transformar os hospitais em empresas e “uma clara falta” de gestão no sector.
Secretário promete soluções
Domingos Cunha, secretário regional dos Assuntos Sociais, após ouvir os estudantes garantiu que o governo está “sensível e percebe a inquietação dos jovens enfermeiros”.
A tutela assume que está a criar condições para que estes jovens se possam fixar na região e lembra que nos últimos anos foram recrutados 419 novos enfermeiros para as unidades de saúde das ilhas.
Este ano, afirmou Domingos Cunha, o sistema regional volta a descongelar vagas para absorver mais “50 enfermeiros para os Centros de Saúde e para as Unidades de Saúde de Ilha”.
Em relação aos hospitais da região – transformados em Entidades Públicas Empresariais (EPE) – de acordo com a tutela, não necessitam de descongelar vagas para contratar enfermeiros.
O governante afiança que antes do final desta legislatura serão contratados mais 52 enfermeiros para o Hospital de Ponta Delgada e 23 para o de Angra do Heroísmo.
“A Rede de Cuidados Continuados também vai necessitar de enfermeiros”, alerta o secretário, recordando que existe ao dispor dos jovens enfermeiros vários incentivos para criarem empresas na área dos cuidados de saúde.
Porém, o responsável pelo sector da saúde admite que - a saírem das escolas de enfermagem a uma média de 100 profissionais por ano - dentro de quatro ou cinco anos os quadros públicos da região deixarão de ter condições para absorver todos os jovens enfermeiros.
Esperança no emprego
A representante da Ordem dos Enfermeiros na região já tinha confirmado que, dos enfermeiros que acabaram o curso em Julho de 2007, “existia ainda um grande número que não tinha sido colocado”.Contudo, assumiu que esta falta de colocação se deveu a um atraso no início da contratação dos enfermeiros devido, em parte, à recente passagem dos hospitais dos Açores a entidades públicas empresariais. “Foi um ano de transição em que as metodologias de contratação não estavam muito clarificadas”, reconheceu, recentemente, a representante da Ordem, ao adiantar que os hospitais têm pedidos de contratação de 120 enfermeiros.A Ordem dos Enfermeiros também afirma que muitas unidades de saúde da região têm falta de enfermeiros para responder às necessidades.
Os partidos da oposição também já fizeram saber que não percebem como é que uma região que necessita de enfermeiros nos serviços de saúde tem profissionais no desemprego.
Etiquetas: Alunos, Dmingos Cunha, ESEAH, Manifestação
2 Comments:
ola tudo bem gosto da univirsidade dos açores
e boa.
tem la a trabalhar a minha mae chamada fatinha eu chamo-me catarina azevedo
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