terça-feira, junho 30, 2009

Finaciamento da Universidade dos Açores

A Software Framework for Measuring Efficiency

Veska Noncheva 1,2,* , Armando Mendes 1 , Emiliana da Silva 3

1. CEEAplA, Azores University, 9501-801 Ponta Delgada, Portugal
2. Faculty of Mathematics and Informatics, University of Plovdiv "Paisii Hilendarski", Plovdiv, Bulgaria
3. CEEAplA, Azores University, 9700-851 Angra do Heroísmo, Portugal

The producers always aim at increasing the efficiency of their production process. However, the producers do not always succeed in optimizing their production. In the last years, the interest on Data Envelopment Analysis (DEA) as a powerful tool for measuring efficiency has increased. This is due to the large amount of data-sets available for description of the phenomena under study, and at the same time, to the need of timely and not costly information.
The "Productivity Analysis with R" (PAR) framework establishes a user-friendly data envelopment analysis environment with special emphasis on variable selection and aggregation, and summarization and interpretation of the results. The starting point is the following R packages: DEA [ Diaz-Martinez and Fernandez-Menendez, 2008 2008] and FEAR [Wilson, 2007] 2007]. The DEA package performs some models of Data Envelopment Analysis presented in [Cooper et al., 2007]. FEAR is a software package for computing nonparametric efficiency estimates and testing hypotheses in frontier models. FEAR implements the bootstrap methods described in [Simar and Wilson, 2000].
PAR is a software framework using a variety of models estimating efficiency and providing results explanation functionality. PAR framework has been developed to distinguish between efficient and inefficient observations of performances and to advise explicitly for producers’ possibilities to optimize their production. PER framework offers several R functions for a reasonable interpretation of the data analysis results and text presentation of the information obtained. The output of the efficiency study with PAR software is self explanatory.
We are applying PAR framework to estimate the efficiency of the agricultural system in Azores [ Mendes et al., 2009]. All Azorean farms will be clustered into homogeneous groups according to their efficiency measurements to define clusters of "good" practices and cluster of "less good" practices. This makes PAR appropriate to support public policies in agriculture sector in Azores.
This work has been partially supported by Regional Directorate for Science and Technology of Azores Government through the project M.2.1.2/l/009/2008, "Productivity Analysis of Azorean Cattle-Breeding Farms with R Statistical Software".


(in Proceedings of the 38th Annual Hawaii International Conference on System Sciences)

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segunda-feira, junho 29, 2009

Combate às térmitas nos Açores- Entrevista a Paulo Borges

O ABATE das árvores

João Guilherme Ferreira Batista -Agrónomo Professor da Universidade dos Açores – DCA Terra Chã
Nos tempos que correm, propícios a promessas e obras de circunstância, as árvores serão talvez, entre os seres vivos, dos que mais sofrem, tanto mais que não se manifestam, nem podem votar, ou quiçá, desiludidas, votem em branco. Vem esta crónica a propósito do abate inusitado de árvores situadas em espaços públicos, que se tem vindo a verificar em Angra do Heroísmo, ao longo dos últimos tempos. Dentro do reino vegetal, as árvores constituem seres evoluídos, complexos, que funcionam de um modo fascinante para quem se dedica ao seu estudo e que, apesar dos avanços mais recentes em ciência, muito ainda está por descobrir. Para a Humanidade, sobretudo desde que se constituiu em sociedades, as árvores foram desde sempre objectos de culto, motivo de admiração, prazer e fonte de rendimento, talvez mesmo prestígio para as quem as possuía e delas cuidava. Actualmente até parece existir um certo tipo de atavismo relativamente às árvores, talvez pelo facto de em tempos idos, terem servido para “pendurar” os desviados da sociedade. Presentemente são os desvios da sociedade, que “penduram” as árvores. As árvores instaladas em espaços urbanos constituem um património e não apenas um ornamento de ocasião, como uma qualquer peça de vestuário, que se usa e deita fora. São um repositório de histórias, momentos especiais da vida, pessoais ou colectivos, que também contribuem para fortalecer a identidade das urbes. A sua escolha e implantação, deverá ser criteriosa. Sempre o foi, talvez mais no passado do que no presente. Existem várias causas naturais, que justificam o abate de árvores. Sismos, ciclones, derrocadas, incêndios, doenças, entre outras causas, obrigam a inevitáveis substituições. Cortar por circunstâncias de ocasião, é simplesmente inaceitável, tanto mais que existem actualmente, modernos e eficientes meios para as podar, tratar e até mesmo transplantar exemplares de grande porte. A sustentabilidade ambiental, de que actualmente tanto se fala, também passa pela manutenção de árvores, espaços verdes, os “pulmões” das cidades. Também aqui o abate de uma árvore está a contribuir para piorar a nossa qualidade de vida, a do ar que respiramos. Finalmente, se existem obras tão essenciais, que tenham que ser implantadas em locais onde existam árvores, por vezes centenárias, porque razão não se tenta integrá-las no projecto arquitectónico?

(in Diário Insular)

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domingo, junho 28, 2009

Effect of A-Tocopherol on in Vitro Production of Bovine Embryos

Realizou-se no dia 22 de Junho, pelas 10 horas, no Auditório do Pólo da Terceira da Universidade dos Açores, as provas de Mestrado em Produção Animal, requeridas pela licenciada Carla Andreia Freitas Marques.As provas foram avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor Joaquim Fernando Moreira da Silva, professor auxiliar da Universidade dos Açores, sendo vogais os Doutores Rosa Maria Lino Neto Pereira, investigadora auxiliar da Estação Zootécnica Nacional, Célia Costa Gomes da Silva, professora auxiliar da Universidade dos Açores, e António Eduardo Nobre Chaveiro, especialista em Reprodução Animal. As provas constaram da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Effect of A-Tocopherol on in Vitro Production of Bovine Embryos.

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Lançamento do livro "É Possível viver assim?" - Entrevista a Tomaz Dentinho

Inauguração do edifício de Acção Social do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores

sábado, junho 27, 2009

Comunicações

Serão apresentadas no 15º Congresso da APDR, na cidade da Praia, Cabo Verde, as seguintes comunicações de investigadores e docentes do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.
Gestão de Recursos Hídricos em Pequenas Bacias Hidrográficas com Intensificação Agrícola de Vasco Martins da Silva e Luísa Calado.
A erosão costeira como factor condicionante da sustentabilidade Gestão de Zonas Costeiras de Paulo Borges, Goreti Lameiras e Helena Calado.
Análise de Custos das Pescarias da Ilha Terceira Gestão de Zonas Costeiras de Gisele Toste, Fabíola Gil, Mário Rui Pinho e Tomaz Dentinho
Análise da Eficiência Técnica da Pesca da Ilha Terceira Gestão de Zonas Costeiras de Eusébio Marote , Fabíola Gil, Gisele Toste e Tomaz Dentinho.Uma Abordagem Multicriterio à Gestão de Resíduos Sólidos na Ilha Terceira Gestão e Conservação da Natureza de Bela Dutra e Emiliana Silva.
Contributo para a conservação da espécie Azorina Vidalii (Wats.) FEER Gestão e Conservação da Natureza de Glória Monteiro e Eduardo Dias.
Os investimentos das empresas brasileiras em Portugal: Diversos casos de estudo em empresas de grande porte Inovação e Difusão Tecnológica de Cristiano Cechella, Joaquim Ramos Silva, Paulo Ávila da Silveira e Tomaz DentinhoEducação ambiental e desenvolvimento regional. A adolescência e a cultura da vinha Agricultura e Desenvolvimento Rural de Maria Teresa Ribeiro de Lima, Lisa Silva e João Fernando Drumonde Neves.
Gestão Integrada dos Recursos Hídricos - Gestão e conservação dos recursos hídricos e património florestal natural Energia, Água e Sustentabilidade de Maria da Conceição Rodrigues e Eduardo Manuel Brito de Azevedo.
Percepções dos Terceirenses sobre alterações climáticas globais de Félix Rodrigues, Manuela Figueiredo e Luísa Lima.
Etmobotânica de São Jorge, São Miguel e Terceira: Resgatar o passado para garantir o futuro, de Félix Rodrigues, Marco Botelho, Ana Vilela, Cristina Mendonça e Maria de los Angeles Mendiola.
Desenvolvimento ao ritmo dos afectos de Félix Rodrigues, Eva Vidal e Cristina Palos.

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1º Congresso de Desenvolvimento Regional de Cabo Verde

Realiza-se na cidade da Praia, na ilha de Santiago, Cabo Verde, o 1º Congresso de Desenvolvimento Regional de Cabo verde, 15º Congresso da APDR, 2º Congresso Lusófono de Ciência Regional, 3º Congresso de Gestão e Conservação da Natureza.
O Congresso decorre de 6 a 11 de Julho.Comissão OrganizadoraJorge Sousa Brito(Reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde)jsb@unipiaget.cv Tomaz Ponce Dentinho(Presidente da APDR)tomazdentinho@uac.ptComissão LocalIsaías Barreto Rosamailto:jsb@unipiaget.cv Jacinto José Estrelamailto:jsb@unipiaget.cv SecretariadoRita Azevedo(Secretária da APDR)apdr@mail.telepac.pt
Marta Vasconcelosmailto:Vasconcelosmov@unipiaget.cvComité CientíficoAntónio Almeida (Funchal)André Antunes (Praia)António Pais Antunes (Coimbra)António Baptista (Praia)António Félix Rodrigues (Angra do Heroísmo)António Franco (Díli)António Ferreira Figueiredo (Porto)António Simões Lopes (Lisboa)Argentino Pessoa (Porto)Benjamim Corte Real (Díli)Carlos Azzoni (São Paulo)Cássio Rolim (Curitiba)Cláudio Furtado (Praia)Eduardo Haddad (São Paulo)Emiliana Silva (Angra do Heroísmo)Fabíola Sabino Gil (Angra do Heroísmo)Fátima Almeida (Mindelo)Francisco Tavares (Assomada)George Fortes (Praia)Helena Calado (Ponta Delgada)Henrique Soares Albergaria (Coimbra)Idrissa Embaló (Bissau)Isaura Carvalho (São Tomé e Princípe)Isildo Gomes (Praia)João Paulo Barbosa de Melo (Coimbra)João Policarpo Lima (Recife)Joaquim Guilhoto (São Paulo)Jorge Reis Silva (Covilhã)Jorge Sousa Brito (Praia)José Andrade (Praia)José Cabral Vieira (Ponta Delgada)José Cadima Ribeiro (Braga)José Luis Caballos (La Laguna)José Manuel Viegas (Lisboa)José Maria Semedo (Praia)José Roberto Lima Andrade (Sergipe)José Silva Costa (Porto)Lívia Madureira (Vila Real)Luís Ferreira (Porto)Luís Fonseca (Faro)Luís Moreno (Lisboa)Manuel Brito Semedo (Praia)Maria Emília Pepeka (Huambo)Maria Teresa Vaz Noronha (Faro)Mário Fortuna (Ponta Delgada)Maurício Serra (Santa Catarina) Miranda Miguel (Huambo)Miriam Braun (Toledo – Paraná)Nuno Ornelas Martins (Porto)Paulino Lima Fortes (Mindelo)Paulo Carvalho (Coimbra)Paulo Guimarães (Columbia)Pedro Ramos (Coimbra)Serafin Corral Quintana (La Laguna)Teresa Pinto Correia (Évora)Tomaz Ponce Dentinho (Angra do Heroísmo)Xavier Dega Vence (S. Compostela)Zita Benguela (Huambo)

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Demonstração de técnicas de comate às térmitas- Entrevista de Paulo Borges

sexta-feira, junho 26, 2009

Térmitas são praga grave: vale a pena dar-lhes combate

Novas técnicas de combate às térmitas vão ser demonstradas, na próxima semana, na Região Autónoma dos Açores.
Especialistas internacionais vão estar em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, para dar a conhecer as novas técnicas de combate, afirmou à Antena 1 / Açores o investigador Paulo Borges, da Universidade dos Açores. Paulo Borges é um dos especialistas que se tem dedicado ao estudo das térmitas, uma praga que tem vindo a aumentar no arquipélago. Os casos mais graves são os de Angra do Heroísmo, Horta e Ponta Delgada, mas estão já a surgir problemas também na ilha de Santa Maria. O investigador foi hoje ouvido pela Comissão Política do Parlamento açoriano para dizer que a situação é grave, mas, sem estudos científicos, todas as acções representarão dinheiro mal gasto, sendo necessário que o combate às térmitas precisa de uma acção conjunta do Governo, autarquias, prioprietários e investigadores.

(In Carlos Tavares com Redacção da Antena 1 / Açores)

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Açores: Arquipélago poderá acolher "laboratório internacional distribuído" para o estudo das alterações climáticas no Atlântico Norte

O Arquipélago dos Açores pode vir a acolher um "laboratório internacional distribuído" destinado ao estudo das alterações climáticas no Atlântico-Norte, revelou hoje o ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago.
O projecto pioneiro foi revelado durante a assinatura, na cidade da Horta, de um protocolo de cooperação estabelecido entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos da América.
Segundo o governante, a criação deste laboratório constitui uma "oportunidade científica" para complementar "a malha de investigação observacional" que existe em várias partes do globo, ligadas ao estudo das alterações climáticas.
"O problema das alterações climáticas como oportunidade e não apenas como slogan é fundamental não apenas para a investigação científica mas também para todo o mundo", justificou Mariano Gago.
O ministro da Ciência adiantou que o protocolo de cooperação hoje assinado contempla um "estudo de viabilidade" para a instalação desse laboratório, que deverá englobar a observação por satélite, a observação de superfície e também de profundidade do Oceano Atlântico.
No seu entender, este projecto de "enorme ambição e dificuldade", só poderá ter sucesso se for "aproveitado pela Universidade de Massachusetts" e também pelas universidades portuguesas que tenham interesses nesta área de investigação científica.
Mariano Gago lembrou também que este laboratório é "um projecto europeu que está há anos em cima da mesa sem solução", por isso mostrou-se esperançado que o protocolo hoje assinado permita "ajudar a resolver os problemas científicos que estão em aberto no estudo das alterações climáticas.
Além deste estudo, o protocolo entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Universidade de Massachusetts pretende desenvolver duas outras áreas de investigação, ligadas às energias renováveis e às ciências do mar.
No caso das energias renováveis, a intenção é desenvolver iniciativas comuns integradas no "Ilhas Verdes", um projecto internacional dedicado ao estudo de energias alternativas em ilhas e arquipélagos.
Por outro lado, a investigação ligada às ciências do mar visa aproveitar o trabalho e o conhecimento que os investigadores do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores tem desenvolvido sobre o "mar produndo".
O governante explicou também que este protocolo tem "objectivos políticos e estratégicos", já que pretende reforçar a aproximação entre os Açores e o Estado norte-americano de Massachusetts, onde cerca de 50 por cento da comunidade é de origem açoriana.
Mariano Gago visitou depois as futuras instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas na cidade da Horta, que estão em fase final de construção e deverão proporcionar melhores condições de trabalho aos investigadores e funcionários do Pólo da Horta da Universidade dos Açores, em instalações pré-fabricadas há mais de duas décadas.
Confrontado pelos jornalistas com os problemas financeiros da Universidade dos Açores, que alegadamente não tem dinheiro para pagar os vencimentos dos funcionários e professores até ao final do ano, o ministro recusou-se a falar no assunto, afirmando que não era o momento oportuno.
(in LUSA)

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Ministro do Ensino Superior assina nos Açores protocolo com a Universidade de Massachusetts

Trata-se de um importante protocolo entre a Fundação para a Ciência e a Academia norte-americana, mas o principal problema reside ainda na área financeira da Universidade dos Açores. Nos últimos dias, voltou a ser conhecido um problema que, aliás, já é recorrente: a falta de verbas para se poder pagar os salários, sendo, portanto, essa, a prioridade do Reitor da Universidade. Avelino Meneses deve aproveitar a presença do ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, para tentar garantir um reforço de verbas para o efeito. O encontro vai realizar-se na tarde de hoje, no Departamento de Oceanografia e Pescas, na cidade da Horta, ilha do Faial, onde será assinado o protocolo entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Universidade de Massachusetts, num projecto em que aquele Departamento é uma entidade parceira.O objectivo do protocolo é atribuir bolsas de estudo a estudantes portugueses e norte-americanos para a realização de trabalhos ligados às energias renováveis e à biologia marinha.Um dos projectos que mais envolve o Departamento de Oceanografia (DOP) é a instalação, na ilha do Faial, de um Observatório Internacional, acessível a investigadores de todo o Mundo.Mariano Gago aproveitará a deslocação ao Faial para visitar também as futuras instalações do pólo da cidade da Horta da Universidade dos Açores, que se encontram em fase final de construção.O Reitor da Academia açoriana vai aproveitar a ocasião para tentar assegurar um reforço de verbas, que permita ultrapassar os constrangimentos financeiros da instituição.Avelino Meneses já fez saber que a Universidade não tem dinheiro para pagar salários aos professores e funcionários, até final do corrente ano.

(In Ricardo Freitas / Carlos Tavares Antena 1).

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quinta-feira, junho 25, 2009

Imagens de Artrópodes em detalhe de Enésima Mendonça - Sincroscopy


Imagens de artrópodes dos Açores obtidas a partir da utilização de sistema sincroscopico, da autoria de Enésima Mendonça, estão disponíveis no portal da Biodiversidade dos Açores.

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Indignação pelo abate de árvores!

Sílvia Quadros -Engenheira do Ambiente e Assistente da Universidade dos Açores

Na noite do passado dia 16 de Junho foram cortadas as árvores do Largo da Igreja, na freguesia da Terra Chã, bem como dois plátanos pertencentes à alameda do Campus de Angra – Terra Chã, da Universidade dos Açores! Como munícipe, residente na freguesia da Terra Chã e docente no Campus de Angra, venho aqui manifestar o meu protesto por esta acção da Junta de Freguesia da Terra Chã, integrada no projecto de requalificação do Largo da Igreja. Não sou contra a requalificação deste largo, embora considere outras acções na freguesia de Terra Chã mais urgentes, como por exemplo a beneficiação do sistema de abastecimento de água, a inventariação de cães perigosos, a recolha de lixo disperso e a melhoria da mobilidade pedestre na freguesia. Apesar de atribuir maior importância às acções referidas, considero válidas as razões apresentadas para a beneficiação do Largo da Igreja: melhoria da segurança rodoviária e criação de uma entrada pedonal nas instalações da universidade. O que contesto é o facto de não terem sido preservados e integrados no actual projecto os elementos com valor paisagístico e de sombreamento ali existentes, como eram as árvores do Largo da Igreja e dois plátanos pertencentes à alameda do Campus de Angra – Terra Chã, da Universidade dos Açores. Porque razão estes elementos não foram integrados no projecto de requalificação do Largo da Igreja? Não conhecerão os senhores Presidente da Junta de Freguesia da Terra Chã e a Sr.ª Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo outras obras de requalificação em que se preservam as árvores já existentes? Devemos persistir na mentalidade retrógrada de inundar de betão os espaços públicos, ou devemos ser um pouco mais criativos e respeitosos pelos elementos naturais e integrá-los nas novas estruturas? Poderão argumentar que as árvores que existiam no Largo da Igreja, apesar do seu porte, do enquadramento da paisagem, do sombreamento que proporcionavam e do valor emocional que representavam para os funcionários e docentes deste campus, não eram espécies com valor reconhecido. Se esse for o argumento, então que nos garantam o plantio de espécies endémicas ou naturais no espaço ocupado pelas árvores abatidas! Outro aspecto que merece ser realçado no actual projecto é a diminuição das áreas de infiltração que conduz a situações indesejáveis (aumento do escoamento superficial de água pluvial na via pública e à diminuição da infiltração de água). Embora estejam em causa áreas pequenas, um projecto da Câmara Municipal, entidade que gere os sistemas públicos de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, deveria ser exemplar na preservação e aumento das áreas de infiltração. Sugiro, portanto, que em próximas intervenções em espaços públicos, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e Juntas de Freguesia, considerem os elementos naturais e que tentem conciliar a sua preservação com o “desenvolvimento” que preconizam para o município.
(in Diário Insular)

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Governo e Universidade dos Açores são parceiros

A consideração é de Lina Mendes, que falava na cerimónia de inauguração do edifício da Acção Social e Apoio ao Aluno, do campus de Angra do Heroísmo.
A cooperação institucional entre o Governo Regional e a Universidade dos Açores tem sido decisiva para o desenvolvimento do arquipélago. A consideração é da secretária regional da Educação e Formação, que falava sábado, na cerimónia de inauguração do edifício da Acção Social e Apoio ao Aluno, do campus de Angra do Heroísmo da Universidade, em nome de Carlos César. De acordo com Lina Mendes, “esta inauguração marca o ultrapassar de mais uma etapa do desejo de todos nós de ter, aqui na Terceira, um campus universitário novo, adequado às exigências de modernização da sociedade açoriana, que está em curso”, sublinhou.As “especificidades e características” da Região requerem “uma atenção redobrada”, referiu Lina Mendes, acrescentando que é por isso que o Governo dos Açores apoia financeiramente a instituição universitária “e recorre ao seu saber” sempre que necessário. A governante referiu que, só na última legislatura, o Executivo Regional financiou a Universidade dos Açores e duas instituições dela dependentes, num montante de cerca de 25 milhões de euros. Para a obra agora inaugurado, o Governo açoriano contribuiu com 35% do orçamento, o que contabilizou cerca de um milhão de contos.Lina Mendes reconheceu o “esforço da Universidade em adaptar-se às necessidades do mercado”, fazendo votos para que, no futuro, a instituição continue a preparar “gente de horizontes abertos, consciente do importante papel social que irá ter no desenvolvimento do arquipélago”.O edifício inaugurado este fim-de-semana alberga uma cantina com capacidade para 220 pessoas sentadas e todo o leque de serviços de apoio social aos estudantes.

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quarta-feira, junho 24, 2009

É possível viver assim?

Realiza-se no próximo dia 26 de Junho, pelas 15H00, no anfiteatro do Pico da Urze da Universidade dos Açores a apresentação do livro "É possível viver assim?", da autoria de Luigi Giussani.
A apresentação do livro será feita pelo Padre João Seabra, Assistente do Movimento Comunhão e Libertação em Portugal.
A sessão será presidida pelo Padre Hélder Fonseca, Vigário Geral da Diocese de Angra e Ilhas dos Açores.

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Calendário Cósmico

Nos Açores, os eventos do “Calendário Cósmico”, que decorrem no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Astronomia, distribuem-se por quatro épocas paradigmáticas – os Equinócios e os Solstícios –, tendo-se realizado na ilha Terceira, a 21 de Junho (Solstício de Verão), no Salão Nobre da Secretaria Regional da Educação e Formação, pelas 15h00, em Angra do Heroísmo, uma sessão comemorativa desse evento.

A sessão foi constituída por uma conferência e documentário informativo que teve como fio condutor Angra e a Festa do Sol – as Sanjoaninas, os quais contaram com a presença de Miguel Ferreira do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores (astrofísica), Moisés Espírito Santo (etnografia) e a Doutora Antonieta Costa (etnografia).

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Imagens de Pedro Cardoso disponíveis no Portal da Biodiversidade dos Açores

Imagens de Pedro Cardoso, sobre biodiversidade açoriana estão disponíveis no Portal. Univ. Açores, Angra do Heroísmo. http://www.ennor.org http://naturgrafia.blogspot.com/.



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Artur machado em Estação de Serviço

As raças açorianas estão bem aproveitadas?
É já um dado assumido que as ilhas açorianas são ricas em diversidade de raças açorianas. Existem bons exemplos de preservação. É o caso da raça do ramo grande que numa década viu aumentar o efectivo para 4 vezes mais, ou até do priolo, em S. Miguel. onde, para a sobrevivência da espécie até se plantaram pomares. No reverso da medalha….a vaquinha do Corvo acabou na extinção. Dela resta um exemplar embalsamado no museu Carlos Machado. A salvo estão outros animais como o burro da Graciosa e o ponéi da Terceira mas que ainda não foram reconhecidos como raça. A pergunta que se colocou nesse debate foi: as raças açorianas estão bem aproveitadas?
Artur Machado tem sido responsável pelo levantamento genético de várias raças como o cão barbado e o pónei da Terceira. Artur Machado, Professor e Investigador da Universidade dos Açores, foi o convidado da jornalista: Marta Silva.
(In RTP-Açores)

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terça-feira, junho 23, 2009

Lucros de explorações agrícolas podem aumentar nos Açores

Podem aumentar o lucro de uma exploração agrícola, entre 10 a 25%, num ano. Chamam-se equipas multidisciplinares de apoio à produção leiteira, uma ideia americana que a Universidade dos Açores e a Assosciação Agrícola da Ilha Terceira procuram concretizar na Região.
Esta semana, técnicos na Universidade norte-americana de Pensilvânia estiveram no arquipélago para explicar como funcionam e que benefícios trazem essas equipas de apoio. As equipas multidisciplinares de apoio aos produtores agrícolas colocam-se no terreno como conselheiras da actividade e o apoio técnico pode ir do alimento ao gado à contabilidade da exploração ou à sua vertente jurídica.Na prática, o agricultor abre as portas da sua exploração para um diagnóstico e, depois disso, um conjunto de soluções é-lhe apresentado para melhorar a produção e maximizar os lucros.O modelo de funcionamento destas equipas norte-americanas está amplamente difundido na Pensilvânia, daí que a Universidade local esteja a apoiar a Universidade dos Açores e a Associação Agrícola da Ilha Terceira, na implementação de idêntico modelo no arquipélago.Esta semana, investigadores americanos reuniram com agricultores e técnicos em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira e também na ilha de São Miguel, para explicar o funcionamento dessas equipas: o principal atractivo da ideia é a rentabilização que oferece, como é o exemplo colhido naquele Estado norte-americano, em que cada vaca rende mais 250 dólares por ano ao agricultor.A Associação Agrícola da Ilha Terceira e a Universidaqde dos Açores lideram este projecto sem o apoio governamental, mas ambas as instituições esperam ter as equipas no terreno, muito em breve.

(in Rui Messias / Carlos Tavares Antena 1 -Açores)

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Cooperação entre o Governo e a Universidade decisiva para o desenvolvimento

A cooperação institucional entre o Governo Regional e a Universidade dos Açores tem sido decisiva para o desenvolvimento do arquipélago.
A afirmação é da secretária regional da Educação e Formação, falando hoje, em representação do chefe do executivo, Carlos César, na cerimónia de inauguração do edifício da Acção Social e Apoio ao Aluno do campus de Angra do Heroísmo da Universidade.
“Esta inauguração marca o ultrapassar de mais uma etapa do desejo de todos nós de ter, aqui na Terceira, um campus universitário novo, adequado às exigências de modernização da sociedade açoriana, que está em curso”, sublinhou.

As “especificidades e características” da Região requerem “uma atenção redobrada”, disse Lina Mendes, acrescentando que é por isso que o Governo dos Açores apoia financeiramente a instituição universitária “e recorre ao seu saber” sempre que necessário, para o incremento de políticas que respeitam “aquelas marcas”.
A governante lembrou que, só na última legislatura, o executivo regional financiou a Universidade dos Açores e duas instituições dela dependentes num montante de cerca de 25 milhões de euros. Para a obra do edifício hoje inaugurado, o Governo açoriano contribuiu com 35% do orçamento, cerca de um milhão de contos.
Lina Mendes reconheceu o “esforço da Universidade em adaptar-se às necessidades do mercado” e fez votos para que, no futuro, a instituição continue a preparar “gente de horizontes abertos, consciente do importante papel social que irá ter no desenvolvimento do arquipélago”.
O edifício hoje inaugurado alberga uma cantina com capacidade para 220 pessoas sentadas e todo o leque de serviços de apoio social aos estudantes.
(in GACS)

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Conferência de reitores com Açores presentes

O reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, participou, em La Laguna, Tenerife, Canárias, na Conferência de Reitores das Universidades Africanas e Europeias, da rede Unamuno, que integra as universidades das regiões ultraperiféricas da União Europeia. A ocasião serviu para, conjuntamente com os reitores de todas as universidades participantes, assinar a Declaração de La Laguna, visando consolidar a cooperação inter-universitária entre aquelas universidades.

(in Diário Insular)

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segunda-feira, junho 22, 2009

Ecoturismo ainda pouco explorado nos Açores

“A Natureza é o produto central dos Açores e constitui uma área que o arquipélago deveria apostar mais no turismo” , considera Regina Cardoso, finalista do curso de Guias da Natureza da Universidade dos Açores, que irá organizar hoje e amanhã, em Angra do Heroísmo, uma conferência sobre ecoturismo.
No canso concreto da Terceira, Regina Cardoso sustenta que a aposta na promoção turística da ilha deveria passar por um maior enfoque na sua beleza natural e por explorar as áreas protegidas.

Segundo a futura guia da natureza, “ as pessoas tem ideia que as áreas protegidas não devem ser tocadas mas não é bem assim, deixá-las ao abandono não é maneira de as conservar e desenvolver, temos que dinamizar esses locais”.
A aluna dá como exemplo a zona da Serra de Santa Bárbara, que entende “ deveria ser feito um esforço para dar a conhecer os trilhos pedestres daquela zona”, avançando que a Terceira tem “muitos trilhos que poderiam ser explorados e muitos outros que nem foram descobertos ainda, isto sem falar das grutas, com mais meios e apoios poderiam ser criadas condições para termos mais abertas ao público”.
Natureza e turismo em discussão
O projecto de final de curso de Regina Cardoso centra-se no ecoturismo. A combinação de turismo e natureza é, para a aluna, uma aposta que os Açores deveriam abraçar, explorando mais aquela que apelida como o seu produto central - a Natureza.
Mesmo considerando que o ecoturismo tem vindo a ter um papel cada vez maior na oferta turística da região, Regina Cardoso defende que o potencial de crescimento é ainda muito grande, ideia central da conferência que começa hoje na Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo.
A finalista do curso da Universidade dos Açores convidou para esta conferência na representantes da Quercus, do Instituto da Conservação da Natureza – “ especialistas em ecoturismo do Continente onde este está mais desenvolvido”, explica – da Universidade dos Açores e ainda o director do ecomuseu de S. Jorge “ uma pessoa que já conhecia de palestras e gostei muito do seu projecto que tem dinamizado muito s. Jorge a nível do ecoturismo”.
Nesta conferência serão ainda apresentados mais quatros projectos de finalista do curso de Guias da Natureza sobre “Segurança nos trilhos pedestres”, “ Depósito ilegal de resíduos”, “ Criação de uma rede de jardins em Angra do Heroísmo” e “Avaliação do wale watching”.
Do programa da conferência consta ainda um passeio pela ilha em jipe e uma actividade de observação de cetáceos.
Regina Cardoso é uma dos 23 finalistas do curso de Guias da Natureza da Universidade dos Açores. Ao longo de três anos, a formação englobou áreas como a espeleologia, montanhismo, trilhos pedestres, wale watching e mergulho, para além de formação em História e da componente teórica.
A agora finalista diz-se muito satisfeita com a aposta que fez de continuação de estudos na área do turismo, já em relação ao futuro nada está definido mas a meta será o de poder exercer a função de guia da natureza na Terceira.
(In Renato Gonçalves em A União)

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Saber ser empreendedor

Blandina Costa
Ensinar a ser empreendedor é uma tarefa a que muitas universidades e escolas do país já aderiram. E querer abrir um negócio próprio não é condição necessária para frequentar os cursos. Afinal, ser empreendedor a trabalhar por conta de outrem é também um factor de sucesso na carreira. O importante é saber escolher. A componente prática dos cursos, em que se testa uma ideia concreta de negócio, e se partilha as experiências de quem já fez o mesmo, permitindo que os alunos auto-avaliem o seu perfil empreendedor, são requisitos importantesA ideia de criar um negócio próprio provavelmente já lhe passou pela cabeça. Por brincadeira, em conversa com amigos ou num tom mais sério lançou a ideia para o ar. Mas se alguns embarcam na aventura, muitos acabam, no entanto, por deixar morrer a ideia do que poderia ser uma alternativa de vida. Sabendo que a falta de conhecimentos básicos sobre como lançar um negócio e dar-lhe vida é, muitas vezes, um travão ao lançamento de um projecto empresarial próprio, muitas universidades e escolas do país lançaram nos últimos anos cursos de empreendedorismo. Não é difícil encontrá-los de Norte a Sul do país, passando pelas regiões autónomas. Mas afinal o que ensinam estes cursos, a quem se destinam e será que são mesmo uma opção para quem quer lançar um negócio próprio?Antes de mais, quem já lida com o ensino do empreendedorismo há alguns anos começa por frisar que os cursos de empreendedorismo não são só para quem quer lançar um negócio, mas destinam-se a criar e a fomentar uma atitude empreendedora, seja para quem quer lançar um negócio próprio seja para quem trabalha por conta de outrem. Francisco Banha, presidente executivo da GesEntrepreneur, uma empresa vocacionada para o ensino do empreendedorismo, e que é também responsável pela disciplina de Entrepreneurship no MBA do ISEG, diz que criar "um negócio no futuro é apenas um resultado. Todos os empregadores querem trabalhadores com um espírito empreendedor." E acrescenta: "A educação em empreendedorismo tem como objectivo desenvolver um conjunto de atitudes e competências como a autonomia, a criatividade, o espírito de iniciativa e a inovação."
Pedro Saraiva Empreendedor é alguém que tem coragem de converter um sonho em realidadeUm curso deve determinar até que ponto se tem ou não um perfil empreendedor. É, por isso, que uma das etapas do curso de empreendedorismo desenvolvido pela Universidade de Coimbra passa pelo preenchimento de um inquérito de auto-avaliação que pretende determinar o perfil de empreendedor de cada aluno. Ser empreendedor, diz Pedro Saraiva, vice-reitor da Universidade de Coimbra, "é ser alguém que tenha capacidade de sonhar, a coragem de converter esses sonhos em realidade, sabendo que vai ser obrigado a tomar decisões em ambiente de incerteza e de risco, que vive em permanente aventura e que vai ter de antecipar mudanças, posicionando-se pela positiva." E é preciso testar e ver se se tem ou não estas características.Com a experiência de dez anos de ensino do empreendedorismo, a Universidade de Coimbra aprendeu também que a componente prática dos cursos é uma vertente importante. "Tentamos que seja uma aprendizagem prática, em que se trabalha uma ideia concreta e o curso é desenvolvido trabalhando essa mesma ideia", explica Pedro Saraiva. Essa é também a filosofia de ensino da GesEntrepreneur ao importar a metodologia do 'learn by doing' que Chris Curtis implementou no Canadá. "A melhor maneira de formar um empreendedor é proporcionar-lhe condições para que ele possa fazer as coisas acontecerem. Assim, em vez de tentarmos levar o mundo exterior à sala de aula, levamos os formandos ao mundo exterior, fazendo-os sair da sua zona de confiança", acrescenta Francisco Banha.
Um viveiro de ciência

Da formação em empreendedorismo que a Universidade de Coimbra tem desenvolvido nos últimos 10 anos já nasceram 107 empresas - a uma média de mais de 10 por ano -, foram criados 1.110 postos de trabalho quase todos de licenciados e doutorados e algumas já estão mesmo presentes noutros países. São sobretudo empresas de base tecnológica que germinaram nas várias faculdades e institutos da universidade, tendo estas um volume de negócios de cerca de 55 milhões de euros por ano. Empresas hoje muito conhecidas como a Critical Software ou a Crioestaminal contam-se entre estes números. O segredo do sucesso está no facto do ensino do empreendedorismo vir associado a um "viveiro de produção de ciência", explica Pedro Saraiva, vice-reitor da Universidade de Coimbra. O universo de 1.500 cientistas e docentes universitários que trabalham em sectores de actividade como as tecnologias de comunicação, ciência viva, energia e ambiente e materiais - áreas onde se pode criar oportunidades de mercado -, mas também noutras faculdades como a de Letras, juntam-se por exemplo ao Instituto Pedro Nunes (incubadora de empresas) para criar um potencial empreendedor pouco habitual em Portugal. O ensino do empreendedorismo na Universidade de Coimbra faz-se em várias frentes: cursos para a população em geral com uma duração em regra de duas semanas, realizada em várias localidades do país e até fora (Lubango em Angola foi um caso de sucesso), e em que se trabalham ideias de negócios com os formandos; iniciativas de sensibilização, como seminários, com empreendedores que servem de modelo; concursos de ideias de negócio; e os cursos de empreendedorismo tecnológico que partem das tecnologias que saem dos laboratórios das universidades e que são trabalhadas por equipas mistas de investigadores e mentores de outros negócios. Prova de que o trabalho tem dado resultados é que, das últimas edições do prémio BES Inovação, os grandes prémios incidiram sobre projectos de ciência e tecnologia desenvolvidos a partir da Universidade de Coimbra. Um terceiro factor fundamental apontado por Pedro Saraiva é o facto de os cursos proporcionarem aos formandos a possibilidade de partilharem a experiência com outras pessoas que passaram pelo mesmo, através de testemunhos práticos.
Francisco Banha

Os empregadores querem trabalhadores com espírito empreendedor "A essência é a atitude empreendedora", resume o vice-reitor da Universidade de Coimbra, explicando que os cursos procuram dosear de forma equilibrada estas componentes com as noções sobre a gestão de um negócio, a análise económico-financeira, a gestão de recursos humanos ou o marketing e estudos de mercado. A componente prática tem sido cada vez mais valorizada e Francisco Banha diz mesmo que essa é a vocação dos cursos de empreendedorismo: "A educação em empreendedorismo pretende esbater a enorme barreira que ainda hoje separa a Escola das restantes organizações sociais" e fazer a ponte entre o campo educativo e o mercado de trabalho.O ensino do empreendedorismo não se limita a cursos específicos sobre o tema. Cada vez mais, as universidades têm optado por criar a disciplina e torná-la acessível a uma diversidade de cursos, nuns casos como opção, noutros como disciplina obrigatória. "Nós acreditamos verdadeiramente que o empreendedorismo deve ser uma área transversal e tanto assim é que criámos a disciplina e temos tentado oferece-la a todas as licenciaturas da Universidade dos Açores", afirma Gualter Couto, director do Centro de Empreendedorismo da Universidade dos Açores. Criado em 2006, para colmatar a falta de iniciativa empreendedora, dinamismo, inovação e competitividade da região, o Centro concebeu não só cursos específicos sobre o tema, como tem tentado introduzir a matéria nos vários cursos da universidade. Desde o ano lectivo de 2007/2008, a disciplina é uma opção nas licenciaturas de Economia e Gestão e uma cadeira obrigatória na licenciatura de Serviço Social. Gualter Couto só lamenta que não haja mais adesão interna. "Já oferecemos essa disciplina aos restantes departamentos da Universidade mas infelizmente as mentalidades ainda não estão tão abertas como se desejaria a novas iniciativas como esta."
David Ligeiro

Planeia lançar-se por conta própria no mercado angolano As opiniões dividem-se quando se fala no impacto que o processo de Bolonha (que implicou uma reestruturação dos cursos universitários) teve no ensino do empreendedorismo. Se para Pedro Saraiva, da Universidade de Coimbra, Bolonha trouxe uma cobertura curricular obrigatória ou opcional que antes não existia nos cursos; para João Carvalho das Neves, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão, ou ISEG, e com larga experiência de ensino nesta área, veio desestruturar muita coisa que existia, nomeadamente, no ensino do empreendedorismo. "Em licenciaturas de três anos não dá para ter tudo. Era uma cadeira de 4º ano e agora ficou para o segundo ciclo de Bolonha e, como há uma grande variedade de mestrados, não foi possível introduzir a disciplina em todos. O que acaba por não ter expressão", lamenta.Para que o ensino do empreendedorismo no meio académico possa ter sucesso, preparando as gerações futuras, João Carvalho das Neves diz que as várias faculdades e departamentos de uma universidade têm de trabalhar em conjunto, aliando as vertentes da gestão ao trabalho de investigação e tecnologia. Além disso, lança uma ideia: porque é que o Estado, em vez de entregar fundos de capital de risco a uma sociedade gestora, não faz a experiência de entregar esses fundos nas mãos de universidades com um historial comprovado na área do empreendedorismo. O retorno seria, provavelmente, compensador.
A pensar num negócio

David Ligeiro tem 25 anos e, há pouco mais de dois anos, decidiu ir viver e trabalhar em Angola. É funcionário da UniOne, uma empresa de consultoria que apoia empresas que se querem implantar em território angolano, e já tem planos para lançar um negócio próprio no país. Para isso, o curso de empreendedorismo da Universidade de Coimbra, organizado pela primeira vez em 2008 no Lubango, em Angola, tem-se revelado um instrumento precioso para organizar as ideias futuras. "A aprendizagem é fundamental, principalmente para evitar cometer erros básicos que podem facilmente ser evitados utilizando conhecimentos fundamentados, que não sejam apenas empíricos", explica David Ligeiro. E aquilo que aprendeu tem também sido muito útil na organização e desempenho do seu trabalho diário. Sabe que o exemplo é importante e, por isso, decidiu também dar o seu testemunho. A UniOne faz parte do projecto Junior Achievement - uma rede que desenvolve programas de apoio a alunos de diversas escolas a constituir a sua "mini-empresa", ensinando e acompanhando todos os passos de criação e vida de uma empresa - e David Ligeiro é um dos voluntários. Ensina a fazer aquilo que um dia quer pôr em prática: a criação de uma empresa, neste caso, de Imagem, Design e Publicidade. PAlém de ser uma das suas áreas de eleição, sabe que este sector tem pouca oferta em Angola e "o potencial é enorme".

(In Jornal de Negócios)

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Força Aérea não deu autorização para obras

O Comando da Zona Aérea dos Açores afirmou, ontem ao DI não ter dado autorização para a intervenção no pólo da Terra Chã, da Universidade dos Açores, do qual é proprietário, no âmbito das obras de requalificação do largo desta freguesia.Interrogados por DI sobre as obras em causa, o Comandante do Comando da Zona Aérea dos Açores, Rui Mora de Oliveira responde que “não foi dada pela Força Aérea qualquer autorização para a efectivação das obras citadas”.A propósito das medidas a tomar em relação à omissão, o comandante avança que “ao assunto foi dado o tratamento adequado através dos canais competentes”.
Reações

O presidente da Junta de Freguesia da Terra Chã, Armando Braga, refere ter sido contactado pela Força Aérea, no sentido de “dar a conhecer a troca de correspondência entre a junta e a universidade, dos pedidos e das respostas, bem como o respectivo projecto”.Considerando a falta de comunicação ao proprietário do espaço, DI contactou o Pró-Reitor da Universidade dos Açores, Alfredo Borba, questionando o mesmo sobre esta situação. Alfredo Borba remeteu a resposta ao Reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, que foi o responsável pelo parecer positivo às obras.Por motivo de ausência do arquipélago e por estar incontactável, não foi possível ouvir o Reitor da Universidade dos Açores, a respeito de ter dado um aval positivo ao início das obras, mesmo depois do departamento de Ciências Agrárias ter-se manifestado contra e sem ter contactado o proprietário do terreno.No que diz respeito ao abate das árvores, DI contactou o secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, que esclareceu que não foi emitido nenhum parecer pela secretaria, pelo facto de “este não ser necessário”, considerando dois factos, “não ser uma espécie de árvore protegida e não ser uma zona protegida”.

(in Diário Insular)

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Equipas de apoio à lavoura maximizam os rendimentos

LISA HOLDEN, da Universidade da Pensilvânia, explicou a técnicos da Terceira a formulação das equipas de apoio.
Universidade dos Açores e a AAIT importam para a Terceira as equipas técnicas de apoio à produção agrícola, modelo em uso nos EUA, e que maximiza os rendimentos.
Está em curso a formação de equipas de apoio técnico aos produtores agrícolas da Terceira, no âmbito da extensão rural.Estas equipas, segundo DI apurou, vão ajudar os agricultores terceirenses a diagnosticarem as suas explorações e a encontrarem soluções para maximizar os seus lucros.“Estas equipas são requisitadas pelo próprio agricultor, em função das suas necessidades, que podem ir do alimento do gado até à contabilidade ou a questões jurídicas. No fundo, os técnicos funcionarão como uma espécie de conselho de administração. Perante os problemas, os técnicos sugerem soluções e o agricultor decide se as quer implementar ou não. nas nossas explorações perde-se muito dinheiro. Estas equipas ajudam a evitar isso”, explica Paulo Ferreira, da Universidade dos Açores.A academia e a Associação Agrícola da Terceira (AAIT) promovem este projecto, contando com a ajuda da Universidade da Pensilvânia.“Esta universidade é nossa parceira porque tem vindo a desenvolver este modelo ao longo de vários anos, com benefícios reconhecidos naquele estado norte-americano”, adianta Paulo Ferreira.Segundo os promotores, várias empresas e entidades locais mostraram interesse no projecto, caso da Unicol.O Governo Regional não aderiu oficialmente à iniciativa.
Mais lucros
Esta semana, Alan Bair e Lisa Holden, da Universidade da Pensilvânia, explicaram a agricultores e técnicos da Terceira e de São Miguel o modelo.“Para nós, este programa é muito importante para a lavoura. Aliás, a adesão dos agricultores terceirenses à reunião com os especialistas americanos prova o reconhecimento de que estas equipas lhes podem ser muito benéficas”, assume Paulo Simões, presidente da AAIT.O principal atractivo do programa é a rentabilidade que permite às explorações.“Na Pensilvânia, onde estas equipas trabalhararam, cada vaca rendeu mais 250 dólares por ano ao produtor”, adianta Paulo Ferreira.“É nossa convicção que o trabalho destas equipas cá podem aumentar os lucros anuais das nossas explorações entre dez a 25 por cento”, sublinha Paulo Simões.Ambos adiantam que a Universidade, a AAIT e a Unicol disponibilizam os seus técnicos para este projecto e que, agora, depende dos agricultores o início dos trabalhos no terreno.
(in Diário Insular)

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domingo, junho 21, 2009

Festa do Sol

O cortejo de abertura das Sanjoaninas 2009, que teve como elemento central o sol, foi marcado pela presença das cores quentes associadas ao astro-rei, uma vez que esse elemento esteve patente nos cinco carros alegóricos e no guarda-roupa da maioria das duas centenas de figurantes. O primeiro carro alegórico do desfile, dedicado à rotação da terra em torno do sol, transportou o chefe de protocolo, Carlos Rosa.
No segundo carro, que transportou a camareira Vera Morais e os cinco pajens, Filipa Pinto, André Andrade, Catarina Wu, Marta Silva e Joaquim Silveira, o tema escolhido foi as horas, daí a presença do relógio que marca a passagem do tempo.
A acompanhar o carro dois grupos de figurantes que representaram o fuso horário e as guerras do zodíaco.O solstício de Verão foi o tema que inspirou o terceiro carro. Trata-se do dia mais longo do ano, que marca a passagem da Primavera para o Verão, enquanto que o quarto carro inspirado no equinócio de Inverno, apresentou uma alusão às outras duas estações – Outono e Inverno. Ambos os carros contaram com a participação de figurantes e transportaram as damas Mónica Sousa, Sandra Ventura, Patrícia Santos e Bárbara Rodrigues. Quatro grupos de figurantes completaram o conjunto dedicado às quatro estações.O desfile terminou com o carro rainha das Sanjoaninas 2009, Mónica Seidi, onde se destacaram os elementos figurativos em forma de sol. Também no vestido da rainha estiveram presentes as cores quentes associadas ao sol.Festa da alegriaA anteceder o cortejo da abertura, teve lugar o discurso da presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Andreia Cardoso, que destacou o facto de as Sanjoaninas serem a “festa da alegria” e da participação e “do sentimento de orgulho em ser angrense”.De acordo com Andreia Cardoso “o cunho popular que faz das Sanjoaninas as maiores festas profanas dos Açores e que projectam Angra para lá do Atlântico”.A autarca disse estar ciente que “não existem modelos perfeitos para as festas” mas que foi efectuado um trabalho ao longo do ano por parte da comissão e da edilidade angrense de modo a proporcionar “momentos de diversão, de animação, numa mescla de actividades que possam ir ao encontro dos angrenses”. Por outro lado, a presidente da edilidade angrense disse que as festividades são um momento de convívio que mobiliza todas as gerações.
(in Diário Insular)
Félix Rodrigues, da Universidade dos Açores, comentou o desfile para a RTP, enquandrando a temática no Ano Internacional da Astronomia.

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Cortejo de abertura das Sanjoaninas 2009 (Festa do Sol)

Neste vídeo pode ver -se os três primeiros carros do desfile das Sanjoaninas 2009. Numa noite de Verão, milhares de pessoas concentraram-se na Rua da Sé para assistir ao cortejo de abertura das Sanjoaninas 2009.
O Sol inspirou este primeiro momento das festividades populares da ilha Terceira que se prolongam por dez dias.Cinco carros, incluindo o da rainha,Mónica Seidi, e duzentos figurantes desfilaram na Rua da Sé.
Luís Pedro Ribeiro concebeu este Cortejo.

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ABERTURA DAS SANJOANINAS - O Sol brilha para todos


O astro-rei destaca-se, por excelência, na “Festa do Sol”, tema central da edição de 2009 das Sanjoaninas que arrancaram ontem, à noite, com o desfile de abertura pelas artérias principais de Angra do Heroísmo.
São duas centenas de figurantes, o séquito real, distribuídos por cinco carros alegóricos ornamentados, predominantemente, em tons de laranja e amarelo, ainda que a paleta de cores inclua preto e branco, a par de um conceito projectado em quadros representativos do Solstício de Verão, Equinócio de Inverno, quatro estações, quatro elementos e o Zodíaco, entre pássaros exóticos e peixes tropicais.
“O Sol enquanto astro foi fácil de dar forma, no entanto, por se tratar de utopias, os temas foram complicados de materializar”, confessa o responsável pelos cortejos e decorações, questionado sobre a confecção e execução do trabalho. Luís Pedro Ribeiro, refere, por isso, o apoio da sua equipa, sendo que a conciliação da vida pessoal com as tarefas das festividades “nem sempre acontece”.
“Os imensos adereços do cortejo foram todos feitos por nós”, revela Ribeiro, salientando a confecção do vestuário por três costureiras – Etelvina, Maria João e Maria Emília. “O vestuário é altamente contrastante e diferente uns dos outros. Todos estarão muito bonitos no desfile”, adianta.
Assim, o primeiro carro, que irá transportar o chefe de protocolo, representa o binómio noite/dia; o segundo carro, destinado à camareira e pajens, figura as horas, meses e fuso horário. Em seguida, o terceiro carro levará duas damas, num cenário idealizado com base no Solstício de Verão, e o quarto destaca o Equinócio de Inverno, com a presença de outras duas damas.
Quanto ao momento mais esperado do desfile de abertura das Sanjoaninas, o quinto e último carro, protagonizado pela rainha, Mónica Seidi, salienta o calor e a energia do Sol enquanto astro-rei.
Enquanto as coreografias dos figurantes do desfile de abertura estiveram a cargo, respectivamente, de Lurdes Ávila, Irina Mendes, Lara Costa, Liliana Azevedo e Cristina Ribeiro, a abrangente selecção musical, da ópera ao rock, passando pelo dance music, coube a Irina Mendes e Luís Carreiro.
Por sua vez, o séquito real irá ser penteado e maquilhado, em respectivo por Paulo Massinga Cabeleireiros e Vanda Massinga Estética.
Todo este trabalho de ornamentação, porém, não se revela novidade para Ribeiro, uma vez que faz parte da equipa da comissão das Sanjoaninas há longa data. Na hora do desfile, confessa, mostra-se ansioso e naturalmente toma atenção aos eventuais comentários que ouve à sua volta. Mas o brilho pertence aos figurantes. “Mais importante que a confecção e ornamentação dos carros é, sem dúvida, os elementos do desfile”, afirma.
Para esta noite, o responsável pelos cortejos e decorações da comissão das Sanjoaninas espera que as pessoas compareçam em massa ao centro histórico de Angra do Heroísmo. “E que não chova. Porque tudo é feito para o dia e para aquela hora.”, conclui.
Séquito Real
Rainha: Mónica Reis Simões Seidi, 24 anos de idade;
Camareira: Vera de Morais, 24 anos;
Chefe de Protocolo: Carlos da Rosa, 20 anos;
Damas: Mónica de Sousa, 21 anos; Sandra Ventura, 17 anos; Patrícia Santos, 17 anos; e Bárbara Rodrigues, 15 anos;
Pajens: Filipa Pinto, 3 anos; André Andrade, 5 anos; Catarina Wu, 5 anos; Marta Silva, 5 anos; e Joaquim Silveira, 6 anos.
Programa para hoje
18h00
Inauguração da Feira Regional de Artesanato
Local: Cais da Alfândega
19h00
Abertura ao público da Feira Regional de Artesanato
Local: Cais da Alfândega
21h30
Salva de 21 Morteiros
Abertura da Iluminação
Discurso da Presidente da C.M.A.H.
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Abertura dos Espaços Gastronómicos
Locais: Alto das Covas – Prior do Crato – Pátio da Alfândega – Cais da Alfândega
21h45
Desfile de Sociedade Filarmónica de Instrução e Recreio dos Artistas e Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral
Marcha Oficial das Sanjoaninas 2009 – “Festa do Sol”
Locais: Rua da Sé, Rua de São João, Rua dos Minhas Terras, Rua Direita, Praça Velha
22h00
Cortejo de Abertura “A Festa do Sol”
Locais: Rua da Sé, Rua de São João, Rua dos Minhas Terras, Rua Direita, Praça Velha
Concerto: João da Ilha
Local: Palco Sagres – Bailão
23h00
Concerto: Amnnezia
Local: Palco Sagres – Bailão
00h00
Concerto: RIP
Actuação de DJ Katfyr
Local: Palco Sagres – Bailão
Concerto: João Félix
Local: Cais da Alfândega
00h30
Concerto: Noites de Cabo Verde
Local: Alto das Covas
Concerto: Anéis de Marfim
Local: Cais da Alfândega

(in A União)

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Festa do Sol - Sanjoaninas 2009 (cortejo de abertura)

sábado, junho 20, 2009

PRECONIZA ANDREIA CARDOSO - Património natural a explorar na Terceira

A presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo considerou ontem que "aumentar o tempo de permanência dos turistas no concelho e na ilha implica necessariamente explorar a vertente do património natural"
A afirmação foi feita por Andreia Cardoso no momento de apresentação da conferência sobre ecoturismo, a decorrer nos dias 18 e 19 de Junho e organizada por uma finalista da licenciatura em Guias da Natureza da Universidade dos Açores.
Andreia Cardoso salientou o interesse da autarquia em apoiar esta conferência uma vez que Angra do Heroísmo “é uma cidade muito conhecida pela sua componente histórica, mas não tanto pelo seu património natural”.
A autarca angrense salientou a importância do ecoturismo porque “ao promover o património natural, preserva-o e potencia-o enquanto produto turístico”.
A conferência sobre ecoturismo tem lugar no auditório da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, constituindo o projecto final da licenciatura em Guias da Natureza da aluna Regina Cardoso.
Este curso da Universidade dos Açores tem por finalidade apresentar projectos de relação com a sociedade e com o desenvolvimento na área do Turismo.
Para o director do curso, Eduardo Dias, a conferência é “oportuna” porque surge num “momento de revisão das áreas protegidas dos Açores, de discussão do desenvolvimento sustentado e de franca expansão do turismo”.
Para o especialista da Universidade dos Açores, “ também é um momento oportuno para a cidade de Angra se envolver nesta discussão”.
Eduardo Dias destacou, a propósito, o apoio concedido pela Câmara de Angra na medida em que “permite uma estreita relação entre a Universidade e a sociedade”.
A temática do ecoturismo vai ser discutida em Angra do Heroísmo por diversos especialistas designadamente do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, da Quercus e da Universidade dos Açores.
Vão ser também apresentados projectos de outros alunos da licenciatura de Guias da Natureza que estão directa ou indirectamente relacionados com o ecoturismo.

(In A União)

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Corte de árvores gera confusão

O corte das árvores, na entrada do pólo de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores, no âmbito das obras de requalificação do largo, está a gerar polémica e a dividir opiniões. Este projecto, na sua origem, incluia uma intervenção na entrada do pólo que, de acordo com o Pró-Reitor da Universidade dos Açores, Alfredo Borba, “foi submetida a um parecer, por parte do reitor da instituição, Avelino Meneses, que por sua vez pediu um parecer às unidades orgânicas envolvidas”. Alfredo Borba avança que “o departamento de Ciências Agrárias manifestou-se contra, sendo que o departamento de Ciências da Educação não se opôs”, posto isto, “foi emitido um parecer positivo” para a obra em causa.“Na minha opinão pessoal, não sou a favor do corte das árvores e penso que deveria ter sido feita a nova entrada antes do começo das obras”, afirma o pró-reitor, referindo-se ao aspecto funcional do “campus”.DI falou com alguns alunos que manifestaram desagrado com o corte das árvores com 60 anos, sendo que uma aluna, Soraia Mendes, realçou o facto de serem árvores que “levam muito tempo a crescer”.A propósito, o professor João Batista, do departamento de Ciências Agrárias, considera que “as árvores, mais do que um interesse ornamental, têm um interesse histórico”, e pelas quais diz ter “uma grande estima”. Continua, referindo que o ideal seria que “as árvores tivessem sido integradas no contexto das obras”.Contactado por DI, o presidente da Junta de Freguesia da Terra Chã, Armando Braga, explica que “o corte das árvores era inevitável para a execução das obras” e que o mesmo “estava previsto no projecto”, que considera ser “de extrema importância para a freguesia”.A par da questão das árvores levanta-se, ao mesmo tempo, outra questão, que diz respeito ao facto de o terreno pertencer à Força Aérea Portuguesa, que segundo o que DI apurou não foi informada sobre as obras. “Temos autorização do reitor, não entrámos no terreno sem mais nem menos”, sublinha Armando Braga, que se diz, ao mesmo tempo, “disponível para entrar em diálogo com a Força Aérea”, se necessário. DI contactou a Força Aérea Portuguesa e teve conhecimento que será emitido um parecer, durante o dia de hoje, a respeito das obras na entrada do pólo de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.
(in Diário Insular)

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Intervenção do presidente do Governo no lançamento da 1ª pedra das obras de remodelação e ampliação da Creche e Jardim-de-Infância "Girassol"

“Uma breve intervenção começando por vos dizer que presido, com muita satisfação, a este acto simbólico em que se assinala o início da obra de remodelação e ampliação da creche e jardim-de-infância “Girassol”. Trata-se de um compromisso que assumi em devido tempo e que entra hoje numa nova fase de cumprimento, depois da elaboração do respectivo projecto de arquitectura que acaba de ser apresentado. Num investimento de cerca de 780 mil euros, estas obras permitirão uma completa remodelação do actual edifício, que se encontra desactivado devido às suas más condições de conservação, redefinindo, simultâneamente, as suas áreas funcionais e adaptando a estrutura às exigências do trabalho a desenvolver na comunidade. Ficarão aqui instalados uma creche para 58 crianças, com idades até aos 3 anos, e uma sala de jardim-de-infância com capacidade para 25 crianças entre os 3 e os 5anos. Com este empreendimento, conseguimos, também, alcançar a cobertura da rede de equipamentos na área da infância que prevíamos para a ilha Terceira. A rede de equipamentos e serviços sociais na área das creches e pré-escolar, nas suas componentes educativas e de apoio à família, funciona como um factor de igualdade de acesso e como garantia de uma educação de qualidade para todos. É, por essas razões, que o Governo tem empreendido a criação de muitos equipamentos que ficam à guarda e gestão de instituições creditadas que se dedicam à prestação de serviços sociais e à solidariedade social.Por vezes não apreendemos bem a dimensão dos progressos que conseguimos realizar nestes últimos anos. Todavia, não foram poucos os avanços adquiridos: na área da infância e juventude estão criadas 56 creches a nível regional, apoiando perto de duas mil crianças, ou seja, sensivelmente o dobro do que acontecia há uma década; o mesmo aconteceu com as estruturas de ATL, que agora são cento e vinte, abrangendo cinco mil crianças. Na generalidade das valências da área da infância e juventude a Região dispõe, actualmente, de trezentos e onze equipamentos – o triplo de há dez anos. Estamos, pois, muito melhor nesta como, aliás, em muitas outras áreas.Aproveito esta ocasião para realçar o dinamismo e a capacidade de mobilização e proximidade evidenciada pela Casa do Povo da Terra Chã. Esta freguesia é um espaço do perímetro urbano da cidade de Angra do Heroísmo, que tem retratado ao longo dos tempos os ciclos de vivências e mudanças sociais que se fazem sentir nos Açores. Foi, e ainda é, um marco de referência no ciclo da produção hortícola, agrícola e na fruticultura. O Pólo da Terra Chã da Universidade dos Açores trouxe cientistas, intelectuais, muita juventude e uma dinâmica cultural de relevo para a comunidade. Aqui se implementaram os cursos ligados à terra, as ciências agrárias, mas também as ciências humanas ligadas aos cursos de educação de infância e ensino básico. A freguesia mudou, assim, o seu tecido social e também a sua imagem quando acolheu, na sequência do terramoto de 1980, os desalojados vítimas daquela calamidade e também os trabalhadores que garantiram a reconstrução da cidade património mundial. Tornou-se, por excelência, uma área multicultural onde ainda hoje convivem e coabitam homens e mulheres de etnias diferentes, com tradições e modos de vida diferenciados.Justificam-se, por isso, outros investimentos na freguesia, entre os quais saliento a construção, muito em breve, de 46 novas habitações na zona ampliada do Bairro da Terra Chã, cujo concurso público de empreitada está a decorrer, com um preço base de dois milhões e oitocentos e cinquenta mil euros, visando o realojamento de agregados familiares locais carenciados. É com o propósito de continuarmos a promover e a garantir o desenvolvimento social das crianças e das famílias desta freguesia, do Concelho de Angra, e dos Açores em geral, que aqui estamos a trabalhar e a investir. Isto é que é fazer política.Os novos desafios que se colocam às famílias – que decorrem, entre outros factores, da dificuldade de conciliar a vida profissional dos pais com a prestação de cuidados aos filhos e, também, das exigências de uma parentalidade mais responsável e comprometida – obrigam os serviços públicos a uma resposta cada vez mais eficaz, elevando a qualidade da intervenção técnica e a especialidade da aplicação de métodos e de estratégias de gestão e de práticas pedagógicas inovadoras, que queremos com consequências positivas no crescimento das nossas crianças e no desenvolvimento das suas competências e aptidões. Vamos, pois, continuar este esforço que temos vindo a fazer com sucesso. Dirijo uma palavra final a todos os que prestam serviço em valências como as que estão em causa neste equipamento: a sua competência, o seu profissionalismo e a sua sensibilidade são determinantes na preparação de gerações e o seu empenhamento substitui todas as insuficiências que uma Região como a nossa ainda tem na prestação deste tipo de serviços e de cuidados às nossas crianças. Confiamos muito na sua proficiência, tal como na disponibilidade dos que emprestam a sua colaboração a esta Casa do Povo e que também são parte imprescindível desta iniciativa do Governo. A todos, muito obrigado.”
(in Canal de Notícias dos Açores)

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Trinta Marchas nas Sanjoaninas deste ano

Trinta marchas de S. João desfilam este ano, na noite de 23 de Junho, pelo centro de Angra do Heroísmo, anunciou a organização.
A noite das marchas é, a par da feira taurina, dos momentos mais importantes das festas Sanjoaninas de Angra do Heroísmo que este ano tem como tema o Sol.As festividades abrem a 19 de Junho com um cortejo onde se incorpora a rainha, Mónica Seidi.

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sexta-feira, junho 19, 2009

Festa do Sol inspira cortejo das Sanjoaninas

LUÍS PEDRO RIBEIRO, Engenheiro Zootécnico, licenciado pela Universidade dos Açores, é o autor dos carros alegóricos que desfilam na próxima sexta-feira em Angra do Heroísmo.
Este ano o cortejo de abertura das Sanjoaninas é inspirado pelo sol. A rotação da Terra, o fuso horário e o solstício de Verão são alguns dos temas em destaque.

A dois dias do início das festas, ultimam-se os preparativos para o desfile de abertura das Sanjoaninas 2009. Para trás ficam meses de trabalho intenso e muitas noites sem dormir. Sob o tema “A Festa do Sol” o cortejo é dividido em cinco grupos. Como o tema deixa antever, o sol será o centro das atenções da cerimónia. Luís Pedro Ribeiro concebeu a ideia do desfile, assim como os cinco carros alegóricos. No fim do trabalho, o autor mostra-se satisfeito com a equipa de apenas cinco pessoas. “Nunca na vida trabalhei com um grupo tão pequeno e tão unido”, salienta. Percorrem as ruas de Angra do Heroísmo 200 figurantes com diferentes coreografias, para além do séquito real. Sem levantar muito o véu, Luís Pedro Ribeiro revelou ao DI os temas que separam os cinco grupos. A abrir o cortejo surge o carro do chefe de protocolo desta edição das Sanjoaninas, Carlos Rosa. O elemento representa a rotação da Terra em torno do sol e por isso o carro retrata o dia e a noite. Os figurantes foram coreografados por Lurdes Ávila, terceirense a residir no Porto, que participará igualmente no desfile. O segundo tema centra-se nas horas. Com coreografia de Irina Mendes, o quadro subdivide-se em dois grupos, um dedicado ao fuso horário e outro às guerreiras do zodíaco. O carro alegórico transporta a camareira, Vera Morais e os cinco pajens, Filipa Pinto, André Andrade, Catarina Wu, Marta Silva e Joaquim Silveira. O terceiro carro é inspirado no solstício de verão, o dia com duração mais longa do ano. O dia marca a passagem da Primavera para o Verão e por isso o quadro foca-se nas duas estações. Enquanto no quarto quadro é salientado o equinócio de Inverno. Neste caso o carro é ilustrado pelo Outono e pelo Inverno. Tanto no terceiro como no quarto grupo os figurantes surgem antes e depois do carro alegórico. Ambos são coreografados por Lara Costa. Os carros transportam as damas Mónica Sousa, Sandra Ventura, Patrícia Santos e Bárbara Rodrigues. O desfile termina como de habitual com a rainha das festas, Mónica Seidi, que se apresenta num carro em forma de sol. A coreografia do último grupo fica a cargo de Liliana Azevedo e de Cristina Ribeiro. A música fica a cargo de Luís Carreira em colaboração com Irina Mendes.
(in Diário Insular)

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Alunos e docentes do pólo universitário da Terra Chã estão descontentes com o corte de árvores centenárias

A iniciativa partiu da Junta de Freguesia da Terra Chã e deixou alunos e professores descontentes pela alegada falta de consideração pelo meio ambiente.
Na manhã de ontem, alunos e professores do Campus da Terra Chã, presenciaram um cenário que os deixou descontentes. Algumas àrvores centenárias à entrada do recinto foram derrubadas por causa das obras de melhoramento do largo principal da freguesia.Em causa estão preocupações ambientais por parte dos alunos, uma vez que a atitude é considerada pela população universitária uma falta de preocupação e desrespeito pela biodiversidade. Uma das espécies derrubadas foi o feto arbóreo, típico de zonas tropicais, e que leva muitos anos a atingir o tamanho do exemplar em questão.Os terrenos onde está a Universidade dos Açores - e onde se encontravam as espécies abatidas - pertencem à Força Aérea, que também se mostra descontente por não ter sido informada das obras de ampliação do largo.

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Sustentabilidade da produção leiteira nos Açores (3)

José Estevam da Silveira Matos (*)



CAPÍTULO III – A SUSTENTABILIDADE AMBIENTALO LICENCIAMENTO DAS EXPLORAÇÕES E OS CONDICIONAMENTOS AMBIENTAIS
No futuro a principal limitação à expansão das explorações leiteiras será certamente o problema ambiental, sendo já disso exemplo o actual regime de licenciamento das explorações leiteiras.
A sustentabilidade ecológica só poderá ser alcançada pela limitação no uso dos recursos não renováveis e a valorização dos produtos gerados em processos que contribuem para o equilíbrio ambiental, o que implicará ajustes ao actual sistema de produção, privilegiando-se práticas que combinam qualidades essenciais para a sustentabilidade, como sejam o baixo consumo de energia fóssil, quer directa, quer indirectamente – menor consumo de adubos, valorizando-se a fixação simbiótica de azoto; menor consumo de cereais importados, valorizando-se a produtividade da pastagem, através de práticas agrícolas mais adequadas, selecção de cultivares de forrageiras mais eficientes na captação da energia solar; e a cria de animais melhor adaptados ao pastoreio e à produção de sólidos do leite (Por ex. Jersey, Normanda, SRB). Nesta perspectiva lança-se a questão para debate se os produtores de leite dos Açores poderão vir a ser contribuintes positivos para o mercado global do carbono e também actores na produção de energias renováveis?

Por outro lado perguntamo-nos até que ponto os nossos produtores pecuários podem também contribuir para a produção de energia, minimizando o impacto ambiental das suas explorações, aproveitando a vantagem da sua localização no terreno. Afinal eles estão lá todos os dias, no sítio do vento; estão habituados a manter máquinas; são eles próprios utilizadores de energia, para a ordenha e para a refrigeração do leite. Haveria que garantir apenas um preço justo e ajudas à instalação de geradores eólicos!
Regime jurídico de licenciamento das explorações bovinas da Região Autónoma dos AçoresEncontra-se em vigor na Região o Decreto Legislativo Regional nº 16/2007/A que cria o regime de licenciamento das explorações bovinas dos Açores. Neste Decreto dispõem-se orientações de ordenamento do território que obrigam a respeitar e a criar condicionalismos em relação a questões ambientais importantes como seja, por exemplo, a protecção dos recursos hídricos superficiais. Também o Decreto-Lei nº 235/97 transpõe para o direito nacional a Directiva Comunitária nº 91/676/CC ( do Conselho de 12 de Dezembro de 1991), conhecida como a “Directiva dos Nitratos”, que diz respeito à protecção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola. Esta directiva originou a elaboração do “Código de Boas Práticas Agrícolas”, a delimitação das Zonas Vulneráveis e a criação dos respectivos “Programas de Acção”. Como se depreende desta legislação, o licenciamento das explorações leiteiras encontra-se condicionado não só ao cumprimento de regras relativas à higiene e sanidade dos rebanhos (brucelose, tuberculose, mamites, etc.) e do bem-estar animal, mas também a normas que procuram minimizar os impactos ambientais da pecuária (eco-condicionalidade).
Mas, enquanto que a monitorização das Boas Práticas, relativas à higiene e sanidade animal e ao bem-estar animal, se encontram consolidadas por rotinas mais antigas, não se passa o mesmo com monitorização dos impactos ambientais. Importa também neste aspecto definir muito claramente que parâmetros devem ser monitorizados e quais os seus limites críticos, devendo ser estes quantificáveis e de simples determinação.

VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE LEITE BIOLÓGICO NOS AÇORES

De há muito que a agricultura biológica deixou de ser um sistema alternativo de produção apenas defendido por meia dúzia de líricos idealistas paladinos de utopias.
O mercado dos lacticínios bio, na Europa, ultrapassou já os 2 biliões de euros, manifestando um crescimento de 26,2% ao ano. A sua importância varia consideravelmente entre os vários países, sendo líder do sector a Dinamarca, onde 65% do mercado dos produtos biológicos cabe aos lacticínios. O leite é o produto mais procurado (50%), seguido do iogurte (30%) e o queijo (10%).
São várias as motivações que podem levar o agricultor a reconverter o seu tipo de exploração, bem como os factores que fazem aderir o retalhista e o consumidor, ou que o inibem. Por exemplo, os factores relacionados com o grande aumento da produção biológica na Áustria, Alemanha e Dinamarca, são 5: 1. Incentivo financeiro aos produtores por parte dos governos2. Informação dos produtores e consumidores – existência de institutos de investigação exclusivamente dedicados à investigação e promoção dos produtos biológicos3. Acesso e disponibilidade de produtos biológicos no mercado4. Marketing (Logomarca) e protecção legal – serviços de inspecção eficazes5. Existência de planos de desenvolvimento para o sector.
Ora, porque razão os nossos produtores não aderem a este modelo, uma vez que até o sistema de produção praticado nos Açores lhe está muito próximo?! Essencialmente, porque a quebra de rendimento nos primeiros três anos de conversão ao modelo de produção biológico - período em que o produtor ainda não beneficia das mais-valias associadas ao rótulo “bio” - é substancial: cerca de 25% e não há qualquer apoio para que o produtor possa fazer frente a tal quebra no seu rendimento. Torna-se assim necessário o apoio financeiro no período de transição à semelhança do que acontece a Alemanha, Áustria e Dinamarca, bem como, também agora, no Continente (MADRP – pacote de apoio ao leite biológco – artigo 68º); com apoio científico e técnico, necessário a um maneio diferente do solo e da pastagem, sem o uso de fertilizantes sintéticos, e ao maneio sanitário dos animais sem o uso de antibióticos e pesticidas, para que o modo de produção “BIO” seja encarado como uma alternativa pelos nosso produtores de leite.
Sistemas integrados de produção de leite, “grass fed”, ou leite da ervinha verde dos Açores, permitiriam uma evolução por etapas, no sentido de uma produção mais sustentável, com produção de um leite mais rico em sólidos, com menos água, com menor impacte ambiental, com custos de produção mais baixos, sem que as margens brutas sejam afectadas. O segredo estará em gerir diminuindo os imputes e maximizando os outputs, à custa dos recursos próprios – da erva. Um leite mais competitivo.
INOVAÇÃO: EXTENSÃO RURAL, INVESTIGAÇÃO E EXPERIMENTAÇÃO AGRÍCOLA

O que dizer da extensão, da investigação e experimentação agrícola, ou melhor, da sua falta?! Seguro é que não possível competir no mercado global do leite, em igualdade com países como, por exemplo, os EUA, a Nova Zelândia, o Canadá, ou, ainda mais próximo de nós, a Holanda, sem que se aposte na inovação e, para que esta seja conseguida, é fundamental o investimento na formação profissional e na extensão rural, através de uma maior ligação da Universidade dos Açores ao mundo rural e no caso, à produção de leite e à indústria de lacticínios. Certo é que o tão propalado “divórcio” , o isolamento em “torre de marfim”, das universidades, de que muitas vezes se fala, resulta mais da falta de recursos, do que da exiguidade das vontades dos universitários!
CONCLUSÕES

Os grandes desafios da pecuária açoriana passam em grande parte pelo melhoramento qualitativo dos sistemas já praticados, maximizando-se a utilização dos recursos locais, o que não significa atingir necessariamente uma maior produtividade biológica, mas, produzir em respeito pelas limitações do meio ambiente e das condições estruturais, culturais e sociais existentes - sustentabilidade. Produzir bem, com qualidade, transformando-se localmente os produtos da agricultura; exportando-se produtos de maior valor acrescentado; privilegiando-se os procedimentos biológicos, em detrimento de tecnologias esbanjadoras em energia fóssil, que a Região não possui, enfim, uma Produção Natural. Vender melhor, melhor distribuindo o que se produz, reequacionando-se o custo dos transportes e a comercialização do produto acabado com recurso a técnicas de “marketing”, mas, fidelizando-se o consumidor ao produto “Produzido nos Açores” através de uma imagem que corresponda à verdade, a elevada qualidade e com selo de garantia de origem.
A ultrapassagem destes desafios exigirá um esforço no sentido de serem vencidas algumas das limitações que contribuem para uma menor competitividade do sector. A saber: EMPRESÁRIO: Impõem-se medidas que ajudem a rejuvenescer o tecido empresarial agrícola e contribuam para a sua formação e valorização profissional; EMPRESA AGRÍCOLA: O emparcelamento da propriedade, apoiada em nova legislação sobre a propriedade da terra; INDÚSTRIA: Diversificação e mais inovação produtos transformados; QUALIDADE: Implementação de medidas de controlo de qualidade, em todas as suas vertentes, construindo-a da produção ao consumo (“do prado ao prato”), reforçando-se a fiscalização e só certificando o que realmente possui qualidade; INVESTIGAÇÃO-EXTENSÃO-FORMAÇÃO: O apoio a projectos que optimizem o binómio animal-pastagem e que contribuam para um melhor conhecimento dos produtos tradicionais e melhoria da sua qualidade e ainda para a introdução de novas tecnologias; na agricultura e nas pescas. MARKETING – COMERCIALIZAÇÃO: Comercialização dos produtos lácteos regionais, mormente, o queijo, a manteiga e o leite, com Indicação Geográfica Protegida (IGP), à semelhança do que acontece com o produto denominado “Carne dos Açores” , fazendo-se valer a imagem do sistema natural de produção, à base de erva, com animais em liberdade, que resulta na produção de um leite e em produtos transformados com características químicas e organolépticas beneficiadas por este modo de produção.
(*) Professor Catedrático da Universidade dos AçoresSíntese da comunicação apresentada no 9º Encontro de Química dos AlimentosQualidade e Sustentabilidade - Uma abordagem integrada. Angra do Heroísmo. 29 de Abril a 2 de Maio 2009.

(In Diário Insular)

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quinta-feira, junho 18, 2009

Licenciatura de Guias da Natureza ganha projecção fora dos Açores

A licenciatura de Guias da Natureza, do pólo de Angra do Heroísmo, da Universidade dos Açores, tem vindo a ganhar projecção fora do arquipélago açoriano. De acordo com o director do curso, Eduardo Dias, “no último ano temos registado um crescente interesse de alunos do continente e Madeira”, o que na opinião do professor, “é uma vantagem e ao mesmo tempo um problema”, já que “é um curso muito direccionado para os Açores”, por isso a licenciatura “pode vir a ser repensada, em termos programáticos”, de forma a proporcionar uma “formação mais ampla”. Eduardo Dias refere que “foi contactado por um politécnico do continente que sugeriu que o curso abrisse no mesmo”. Esta licenciatura existe há três anos, sendo os licenciados deste ano os primeiros. De acordo com o director este curso “tem uma vocação ampla” e “50 por cento da sua componente é prática e leccionada no exterior”. “Durante os três anos da licenciatura, os alunos têm contacto com as várias áreas, relacionadas com a natureza, já que temos parcerias com entidades privadas que proporcionam este contacto”, explica. Eduardo Dias sublinha que “cerca de metade dos nossos alunos já exerce uma actividade profissional”, tendo por isso “um leque de idades muito variado”.“Os alunos saem com conhecimento e respeito pelo meio natural, para actuarem nestas áreas”, conclui.
(in Diário Insular)

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Projecto de ecoturismo lança debate em Angra

O debate sobre ecoturismo foi lançado e discutido ontem em Angra, no âmbito da apresentação de um projecto de final de curso. Regina Cardoso, finalista deste curso, do pólo de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, escolheu o tema por “este reunir as duas componentes mais importantes do curso: a natureza e o turismo”. De acordo com o director do curso, Eduardo Dias, “este projecto é o primeiro passo para que Angra se integre nesta discussão de extrema importância”.“A propósito, serão apresentados e discutidos outros projectos, que se relacionam directamente com o ecoturismo, desde segurança de trilhos a jardins, passando pela baleação e muitos outros”, refere Eduardo Dias. A presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, Andreia Cardoso, sublinhou que “mais do que uma colaboração institucional e financeira no projecto desta aluna”, a autarquia angrense “tentou ter um papel mais activo”.Andreia Cardoso falou ainda da importância “dos jovens ganharem uma diâmica, depois de terminarem a licenciatura, e promoverem iniciativas na sua terra”, o que, para a autarca, é “um bom começo para a promoção, num futuro, do seu próprio emprego”. O facto de “Angra ser muito conhecida pela seu património arquitectónico e histórico, mas não tanto pela componente natural”, implica a “necessidade de explorar outras vertentes”, através do ecoturismo, que considera ser “uma vertente muito importante do turismo”, de forma a “preservar e potenciar este património enquanto produto turístico”. A este respeito, o director do curso de Guias da Natureza explica que “a Terceira não é conhecida por ter zonas naturais, por não existirem estradas nessas mesmas zonas”, facto que, na opinião do mesmo, se deve “à história e ao processo de ocupação da ilha, que manteve o interior relativamente intacto”. “A ausência de estradas no interior da ilha motivou a existência de zonas intocáveis”, avança, acrescentando que “a Terceira tem um património natural gigantesco que, felizmente, a maioria não conhece, se não este se calhar já não existia”, conclui. Hoje, dia 18 e na sexta-feira, dia 19 de Junho, a Escola de Enfermagem de Angra do Heroísmo será palco da conferência sobre ecoturismo, que inclui intervenções de especialistas convidados e actividades como “Whale Watching” e Passeio de Jipe.
(in Diário Insular)

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