quinta-feira, outubro 02, 2008

MOST OUTSTANDING VOLCANIC CAVES OF AZORES ISLANDS AS POTENTIAL GEOSITES OF THE “AZORES GEOPARK”

Resume-se o trabalho de M.P. Costa J.C. Nunes , E.A. Lima , A.M. Porteiro , J. P. Constância , F. Pereira , P. Barcelos & P.A.V. Borges, sobre classificação das cavidades vulcânicas dos Açores, publicado na UNESCO Global Geoparks Network.
The impressive geodiversity of Azores archipelago and the high value (or relevance) of the sites that it includes justifies the proposal of the “Azores Geopark”, which is being prepared by the Azores Government, to present it to UNESCO and to propose their integration on the European and Global Geoparks Networks.
Given the archipelagic nature of the Region, it is proposed that the Azores Geopark includes a set of areas, well studied and delimited, spread all over the nine islands of the archipelago and neighboring seafloor. These areas are considered to be representative of the Azorean geodiversity and are selected among a broader group of sites taking into account the value of the geosites, trough a process of evaluation, on a quantification basis.
The ongoing Azores Geopark proposal includes 30 volcanic caves of Rank A (Table 1) among the 271 caves of the IPEA database, that were sorted (e.g. Rank A, B, C and D) in accordance to their importance in terms of scientific, singularity and beauty and integrity attributes. The ranking of Azorean caves is among the several contributions by “GESPEA”, the Working Group on Volcanic Caves of Azores, and is one of the functions of “IPEA”, the Azorean Speleological Inventory and Classifying System database.
This database incorporates six major classification issues (e.g. scientific value, potential for tourism, access, surrounding threats, available information and conservation status) and each classification comprises five classes (I to V) where the volcanic caves are sorted as a result of a weight calculation based on nine criteria: biologic component, geologic features, accessibility, singularity and beauty, safety, caving progress, threats, integrity and available information.
Table 1. Azores Volcanic Caves of Rank A.


Volcanic Cave Island
Furna do Enxofre Graciosa
Algar/Gruta do Alto do Morais Pico
Algar/Gruta do Canto da Serra Pico
Furna das Cabras II Pico
Furna de Henrique Maciel Pico
Furna do Frei Matias Pico
Furna Nova II Pico
Gruta da Ribeira do Fundo Pico
Gruta das Canárias Pico
Gruta das Torres Pico
Gruta do Cão Pico
Gruta do Mistério da Silveira I Pico
Gruta do Soldão Pico
Gruta dos Azevinhos Pico
Gruta dos Montanheiros Pico
Gruta dos Túmulos Pico
Furna Vermelha Pico
Gruta do Salazar Pico
Algar das Bocas do Fogo S. Jorge
Gruta da Rua do Paim São Miguel
Gruta de Água de Pau São Miguel
Algar do Carvão Terceira
Galeria da Queimada Terceira
Gruta da Madre de Deus Terceira
Gruta da Malha Terceira
Gruta das Agulhas Terceira
Gruta do Caldeira Terceira
Gruta do Chocolate Terceira
Gruta do Natal Terceira
Gruta dos Balcões Terceira

(In UNESCO)

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quinta-feira, julho 24, 2008

Empresas Açorianas na área da microbiologia precisam-se

Para os Açores, a produção de bactérias pode representar um negócio muito lucrativo.
Afinal, não é novidade. Existem pequenas ilhas no Pacífico que já o fazem e nem se está a falar de uma indústria poluidora. “Pode dar origem ao que se chama ‘spin-offs’, empresas que se podem dedicar ao crescimento de bactérias que produzem substâncias úteis para fazer antibióticos ou outros produtos, e à sua exportação”, explica adiantando que “todos os resíduos têm de ser despoluídos antes de serem lançados fora. Nenhuma empresa é licenciada sem ter métodos
de contenção”. Os cuidados de contenção dos microrganismos são importantes.
“As bactérias podem ser benéficas nas grutas, mas fora tornarem-se invasoras. Isso vê-se a nível macro. A hortênsia é muito gira, mas está-se a tornar invasora, a roca-de-velha também. Há zonas do interior da ilha que parecem campos cultivados”, alerta. O equilíbrio das próprias grutas pode estar em risco. Lurdes Enes espera que a investigação em colaboração com a Universidade do México venha a abrir caminho para a sua protecção.

“Com este trabalho os ‘Montanheiros’ poderão propor acções de protecção das grutas ao Governo Regional ou a outras entidades de direito”, diz, olhando para Pardal, o membro da associação de exploração espeleológica que tem guiado o grupo pelas grutas da ilha.
É Pardal (Fernando Pereira) que fala de algumas situações mais preocupantes. “Com a gruta do Carvão, em São Miguel, tiveram de mudar os esgotos da cidade para não prejudicar o espaço, mas ainda hoje as pessoas colocam lixo lá e há até uma ‘tia’ que tem o tubo da máquina de lavar directamente para a gruta. Também aqui, no Porto Martins, existe a gruta da Madre de Deus, em relação à qual é preciso ter cuidado, e a câmara tem tido isso em conta, porque se está a falar de uma zona em que existe perigo para as próprias casa que posam ser construídas”. Os conselhos para conservar as grutas são simples, mas muitas vezes esquecidos. “As pessoas não devem comer, beber, fumar, usá-las como casa de banho, deitar lixo. Não devem alterar seja o que for, trazer rochas ou pedacinhos da parede, escrever nas paredes como os dedos ou seja lá como for. Para além disso há que considerar a zona circundante da gruta. Se houver fertilizações azotadas abundantes, o azoto vai entrar lá para dentro e fazer crescer outro tipo de bactérias que não as nativas. Vai perturbar o equilíbrio. Não se deve fazer construções em zonas que prejudiquem as
grutas ou usá-las como fossas sépticas”, adianta Lurdes Enes, que, ao longo dos próximos três anos, deverá explorar cerca de 10 por cento das grutas dos Açores. Dois mil e nove é o ano do Pico, uma ilha muito interessante, sobretudo devido à elevada prevalência de espécies endémicas. “Será interessante ver se esse endemismo também existe nas bactérias”. Por enquanto, Lurdes Enes vai frisando que as grutas são para proteger. Afinal, está-se a falar não só de locais muitas vezes de rara beleza, mas que encerram pequenos tesouros subterrâneos. Bactérias que podem servir para criar antibióticos, enzimas para detergentes e substâncias para outras indústrias, e até ser preciosas no combate a alguns tipos de cancro. É verdade.
As bactérias são valiosas.

* Todas as fotografias são propriedade de Kenneth Ingham. Estas fotografias podem ser usadas gratuitamente para publicações cientificas, palestras, iniciativas sem fim lucrativos com vista à conservação das grutas, e para trabalhos sem fins lucrativos que directamente beneficiem a organização responsável pelas grutas íncluidas nesta reportagem . Assistência por: Airidas Dapkevicius, Pedro Cardoso. Outros participantes: Diana Northup, Jennifer (Jenny) Hathaway, Félix Rodrigues, Fernando Pereira, Maria de Lurdes Nunes Enes Dapkevicius, Ana Rita Varela.
(In DI - Revista)

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sexta-feira, julho 04, 2008

Bactérias das grutas açorianas

Investigadores da Universidade dos Açores isolaram um micro-organismo com propriedades antibióticas.
foi no âmbito de um projecto de investigação da biodiversidade em grutas vulcânicas.

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sexta-feira, junho 27, 2008

Portal da Biodiversidade dos Açores

Finalmente o Portal da Biodiversidade dos Açores (http://www.blogger.com/www.azoresbioportal.angra.uac.pt) está Online.
O Portal da Biodiversidade dos Açores foi desenvolvida no âmbito dos Projectos INTERREG III B “Atlântico” (2003-2005) e “BIONATURA" (2007-2008) cujos parceiros nos Açores foram respectivamente a Direcção Regional do Ambiente e do Mar e a Agência Regional da Energia e Ambiente - ARENA. O Chefe de fila do Projecto foi a Consejeria de Medio Ambiente y Ordenacion Territorial do Governo das Canárias. Pela primeira vez é possível visualizar a distribuição detalhada de uma espécie no arquipélago e obter a sua cartografia com base na literatura. Para algumas espécies foi ainda possível apresentar imagens. Para espécies muito raras em perigo só se apresenta a presença/ausência nas ilhas. Este projecto envolveu quatro equipas de investigação da Universidade dos Açores:


a) Coordenação geral e estudo da fauna de artrópodes terrestres e outros invertebrados (Annelida, Nematoda) sob coordenação de Paulo A.V. Borges do Departamento de Ciências Agrárias (CITA-A; Grupo da Biodiversidade dos Açores). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Enésima Mendonça, Francisco Dinis, Fernando Pereira e Sandra Jarroca;

b) Estudo da fauna de gastrópodes terrestres (Malacologia), organismos marinhos litorais e vertebrados sob coordenação de António Frias Martins, Ana Cristina Costa e Regina Cunha do Departamento de Biologia (UA-CIBIO). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Pedro Rodrigues e Paula Lourenço;

c) Estudo das plantas vasculares sob coordenação de Luís Silva do Departamento de Biologia (UA-CIBIO). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Mónica Martins, Rodolfo Corvelo e Nuno Pinto;

d) Estudo de briófitos e líquenes sob coordenação de Rosalina Gabriel do Departamento de Ciências Agrárias (CITA-A, Grupo da Biodiversidade dos Açores). Esta equipa inclui ainda os Bolseiros Sandra Câmara, Eva Borges, Berta Martins, Fernando Pereira e Nídia Homem. Se pretender obter mapas de riqueza de espécies para determinada área geográfica poderá contactar o coordenador do projecto.

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