África Annes estudo de riscos
Sismos, radiação electromagnética, touradas, térmitas e obesidade são os riscos que vão ser estudados de forma inédita pela Universidade dos Açores.
Programas de rádio e televisão, workshops, publicações e congressos serão os resultados produzidos por uma equipa de investigação que fará uma abordagem multidisciplinar desses riscos.
O estudo sobre a avaliação e a percepção do risco é o objecto de estudo intitulado “Africa-Annes” que a Universidade dos Açores está de momento a iniciar. O estudo foi financiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT).
Programas de rádio e televisão, workshops, publicações e congressos serão os resultados produzidos por uma equipa de investigação que fará uma abordagem multidisciplinar desses riscos.
O estudo sobre a avaliação e a percepção do risco é o objecto de estudo intitulado “Africa-Annes” que a Universidade dos Açores está de momento a iniciar. O estudo foi financiado pela Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT).
Os trabalhos que envolvem o Departamento de Ciência Agrárias (DCA) e o de Educação (DCE) dos Pólos de Angra do Heroísmo e de Ponta Delgada já arrancaram e vão ter ao longo dos próximos três anos o seu desenvolvimento. À frente da equipa está o investigador do DCA, Félix Rodrigues juntamente com Ana Arroz, Ana Cristina Palos, Emiliana Silva, Rosalina Gabriel, Paulo Borges, Isabel Estrela Melo e Susana Caldeira. O que se pretende não é estudar os fenómenos na sua área de investigação tradicional, mas sim na óptica de como são geridos em termos de informação e de comunicação: “o modo como percepcionamos os riscos influencia a forma de agirmos”, explica ao jornal Félix Rodrigues. “Não queremos que a informação apareça ininteligível pela linguagem científica”.
É por isso que, de forma inédita, os trabalhos do “Africa-Annes” vão envolver não só especialistas da geofísica, da biologia ou da saúde, constituindo-se assim “uma equipa multidisciplinar”. Aqui, a “psicologia vai ter um papel fulcral”, conta-nos, acrescentando: “queremos analisar a forma como se pensa”. Depois, explicou, irá ser materializado toda esta informação em “diferentes estratégias para cada uma das áreas do risco”.
É por isso que, de forma inédita, os trabalhos do “Africa-Annes” vão envolver não só especialistas da geofísica, da biologia ou da saúde, constituindo-se assim “uma equipa multidisciplinar”. Aqui, a “psicologia vai ter um papel fulcral”, conta-nos, acrescentando: “queremos analisar a forma como se pensa”. Depois, explicou, irá ser materializado toda esta informação em “diferentes estratégias para cada uma das áreas do risco”.
No calendário de actuação do estudo estão já apontadas diversas iniciativas: “temos previstos programas de televisão, programas de rádio, intervenções em jornais, criação de panfletos, publicação de um livro no final do trabalho, publicação de seis artigos em revistas científicas internacionais, oito artigos em revistas nacionais; 10 a 12 comunicações/encontros tanto de âmbito nacional como internacional e a organização de dois workshops, um nacional e outros internacional na ilha Terceira”, anuncia ao nosso jornal.
Para já estão definidos os riscos a serem estudados no âmbito do “Africa-Annes”. Além do risco sísmico “que será tratado na perspectiva da comunicação e da transmissão de informação”, fazem parte da pesquisa o risco de radiação electromagnética de origem natural ou antrópica. Outra das realidades tão conhecidas e populares entre os terceirenses são as touradas. “ao contrário dos riscos que surgem de forma alheia às populações, nas touradas à corda há uma submissão intencional a esse risco ”. O risco da introdução de pragas com ênfase dada às térmitas e o risco da obesidade completam a lista “de áreas muito diferentes” que serão objecto de estudo. No futuro é possível que este conjunto de riscos possa ser aumentado dado o interesse, disse o docente Félix Rodrigues, que se tem verificado: “temos tido manifestações, por parte de diversas pessoas, em participar”.
No final, conta o docente, o que se espera do conjunto de iniciativas a promover é “saber formar para agir sobre os riscos”. “Queremos que os resultados sirvam para os decisores saberem não só comunicarem os riscos à opinião pública como para estabelecerem planos de acção”, disse o investigador. “O objectivo é encontrar ferramentas para apoiar a decisão e a forma de comunicação relativa aos diferentes tipos de risco”. Neste capítulo, a realidade insular revela-se propícia ao trabalho que está já planeado uma vez que a investigação vai incidir sobre riscos com maior propensão a nível regional, mas a realidade nacional também será abordada, “fazendo uso da especificidade da Região que permite isolar determinadas situações risco”. A denominação de “Africa-Annes”, explicou ainda o especialista, deriva de uma personagem literária, proveniente de uma obra da escritora açoriana Madalena Ferran que conta a história de uma mulher, proveniente de Tânger, que chegou aos Açores no século XIV e deparou-se com um conjunto de fenómenos que apresentavam riscos que carecem explicação: “o nome encaixa-se perfeitamente do projecto”.
Para já estão definidos os riscos a serem estudados no âmbito do “Africa-Annes”. Além do risco sísmico “que será tratado na perspectiva da comunicação e da transmissão de informação”, fazem parte da pesquisa o risco de radiação electromagnética de origem natural ou antrópica. Outra das realidades tão conhecidas e populares entre os terceirenses são as touradas. “ao contrário dos riscos que surgem de forma alheia às populações, nas touradas à corda há uma submissão intencional a esse risco ”. O risco da introdução de pragas com ênfase dada às térmitas e o risco da obesidade completam a lista “de áreas muito diferentes” que serão objecto de estudo. No futuro é possível que este conjunto de riscos possa ser aumentado dado o interesse, disse o docente Félix Rodrigues, que se tem verificado: “temos tido manifestações, por parte de diversas pessoas, em participar”.
No final, conta o docente, o que se espera do conjunto de iniciativas a promover é “saber formar para agir sobre os riscos”. “Queremos que os resultados sirvam para os decisores saberem não só comunicarem os riscos à opinião pública como para estabelecerem planos de acção”, disse o investigador. “O objectivo é encontrar ferramentas para apoiar a decisão e a forma de comunicação relativa aos diferentes tipos de risco”. Neste capítulo, a realidade insular revela-se propícia ao trabalho que está já planeado uma vez que a investigação vai incidir sobre riscos com maior propensão a nível regional, mas a realidade nacional também será abordada, “fazendo uso da especificidade da Região que permite isolar determinadas situações risco”. A denominação de “Africa-Annes”, explicou ainda o especialista, deriva de uma personagem literária, proveniente de uma obra da escritora açoriana Madalena Ferran que conta a história de uma mulher, proveniente de Tânger, que chegou aos Açores no século XIV e deparou-se com um conjunto de fenómenos que apresentavam riscos que carecem explicação: “o nome encaixa-se perfeitamente do projecto”.
(In A União)
Etiquetas: Açores, África-Annes, Ana Arroz, Cristina Palos, Emiliana, Félix Rodrigues, investigação, Isabel Estrela Rego, Paulo Borges, Projectos, Risco, Rosalina, Suzana Caldeira
2 Comments:
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