sexta-feira, setembro 07, 2007

Sustainability in Pratice - Conferência Internacional que decorre em Londres

Duas Professoras do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores desenvolveram um projecto de investigação com o propósito de identificar as atitudes ambientais dos açorianos e promover a cidadania pró-activa. Parte dos resultados desta investigação e de outras investigações levadas a cabo por docentes do Departamento de Ciências Agrárias e Ciências da Educação da Universidade dos Açores foram apresentados na Conferência Internacional, realizada em Londres ontem e hoje, dias 6 e 7 de Setembro, intitulada "Sustainability in Practice". No estudo das Professoras Emiliana Silva e Rosalina Gabriel verificou-se que os açorianos mais velhos revelam ter valores ambientais menos significativos do que os outros grupos etários estudados, nas três classes testadas (dos 18 aos 25 anos; dos 26 aos 45 anos e com mais de 45 de idade), o que quer dizer que o seu nível de interesses ambientais é mais baixo do que os mais novos. No entanto, todos os inquiridos revelavam níveis moderados e elevados de valores ambientais.
Outra comunicação apresentada na conferência de Londres, da autoria das Professoras Ana Arroz, Rosalina Gabriel, Cristina Palos e da Mestre Luzia Rodrigues, tinha como título "O nosso futuro desenhado pelas crianças: Imagens ambientais e preocupações". Nessa comunicação, os investigadores referem que a infância é geralmente retratada como um estádio feliz da vida, caracterizado pela existência de um sentido de segurança e de confiança, no entanto, as crianças são capazes de reflectir sobre o mundo e fenómenos abstractos. A comunicação resulta de uma investigação levada a cabo na Universidade dos Açores sobre as perspectivas ambientais das crianças e do futuro, tentando captar as suas expectativas. Notam-se três tendências distintas nas visões das crianças acerca do ambiente e do futuro: 1- Que o mundo mudará devido à tecnologia, sem qualquer concepção negativa do ambiente ou do futuro, 2- Que o ambiente entrará num processo de deterioração, devido ao envelhecimento da terra e aos fenómenos de poluição e 3- Que o mundo será um local cada vez mais arriscado para se viver.
A última comunicação apresentada, da autoria dos Professores Ana Arroz, Cristina Palos, Isabel Estrela Rego e Paulo Borges, centrava-se na análise do esforço necessário e conjunto da Ciência, da Sociedade, Políticos e Media, para gestão adequada do risco de infestação das habitações açorianas por térmitas.Segundo aqueles investigadores, a praga das térmitas nos Açores está longe de ser controlada e que a maioria dos Açorianos não têm uma percepção adequada dos riscos associados a esta praga urbana.

(In Diário dos Açores, Jornal Diário)

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