quinta-feira, agosto 30, 2007

Controlo do Escaravelho japonês

A rede de vigilância para o controlo e combate ao escaravelho japonês foi alargada a todo o arquipélago. De acordo com o Gabinete de Apoio à Comunicação Social (Gacs), o Governo tomou esta decisão para evitar a sua disseminação. Recorde-se que a presença deste insecto foi detectada na década de 70, do século passado, na ilha Terceira-Açores e onde deu origem a uma praga. De referir que este insecto ataca produções hortoflorícolas e, além da Terceira, a sua presença já foi detectada nas ilhas do Faial, São Miguel e Pico.
O professor David Horta Lopes do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, os Professores Mumford e Leach do Centre for Environmental Technology do Imperial College of Science, Technology and Medicine Silwood Park, do Reino Unido e o Professor Mexia do Departamento de Protecção de Plantas e Fitosociologia do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, após terem analisado, durante nove anos (1990 a 1998) as populações larvares e adultas do escaravelho japonês em oito zonas da Ilha Terceira, identificaram flutuações e zonas de multiplicação deste insecto associadas a um padrão de disseminação.
Com base na análise destes dados de campo e dos dados climáticos, em especial da direcção predominante do vento, da temperatura e sobretudo da precipitação, foram identificadas zonas de disseminação primárias e secundárias dentro da área ocupada pela P. japonica na Ilha Terceira.
Da aplicação do modelo "Japanese Beetle Rule Model" foi possível não só identificar o padrão de disseminação de umas zonas para as outras, mas também prever, na Primavera, antes da presença dos adultos desta praga, o seu nível populacional de modo a ser possível racionalizar as formas empregues no seu combate.

Neste momento encontra-se em curso uma acção de colocação de armadilhas nos navios que fazem as ligações entre ilhas para evitar a propagação do escaravelho japonês pelas restantes ilhas do arquipélago. No combate às populações de escaravelhos detectadas, o Governo Regional informa que vai apostar em soluções de luta biológica e química, apertando, nomeadamente, a malha da colocação de armadilhas e reforçando os meios técnicos e humanos afectos à actividade. De acordo com os regimes semanais dos serviços regionais de Agricultura, a presença e distribuição da praga desta espécie que é apelidada como invasora, variam tanto em função de factores meteorológicos como ao longo dos anos. Tal variação afecta não só os indivíduos adultos como, também, interfere nas densidades larvares.


Na nota informativa emitida pelo Governo, explica-se que as consequências da praga em termos de exportação dos mais variados produtos hortoflorícolas açorianos. Acentua-se que a actividade exportadora está condicionada a inspecção sanitária e à emissão de certificados legais.


(Adaptado do Açoriano Oriental)

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