quinta-feira, dezembro 31, 2009
quarta-feira, dezembro 30, 2009
Escola de Enfermagem assinala 31 anos
terça-feira, dezembro 29, 2009
Universidade dos Açores comemora 34 anos
Cheias em ribeiras podem ser prevenidas
Questão de limpezaMas José Carlos Fontes defende que mais importante do que prever enxurradas é evitá-las respeitando a natureza e mantendo as ribeiras limpas. De acordo com o investigador da Universidade dos Açores existem várias zonas em risco na Terceira, nomeadamente a Ribeirinha e a Ribeira do Texto, na freguesia do Porto Judeu.“As pessoas estão a tomar conta da secção da ribeira, fazendo a construção de canis, por exemplo”, avisa. Por outro lado, a limpeza é determinante, porque o facto de as ribeiras não estarem limpas cria atrito e diminui a velocidade a que a água corre. “Isso acaba por provocar um maior aumento do nível da água e as cheias”explica. São de evitar também “as pontes, improvisadas”, porque podem ficar detritos bloqueados que obstruem o leito.O especialista identifica vários factores de risco. “Podem surgir problemas quando se fazem alterações do coberto florestal, fazendo a mudança da floresta para pastagens, quando se impermeabilizam solos para fazer passar auto-estradas. Tudo isso muda o ciclo hidrológico e conduz a diferentes infiltrações”, revela.
domingo, dezembro 27, 2009
Mário Soares apadrinha doutoramento de Mário Ruivo
Segundo anunciou hoje a academia açoriana, a homenagem a Mário Ruivo pelo seu trabalho em defesa dos oceanos integra o programa do 34.º aniversário da UAç, que é assinalada no dia seguinte com a inauguração das novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.
A academia açoriana diz que a entrada em funcionamento do novo equipamento, que resultou da remodelação do antigo Hospital Walter Bensaúde da Horta, «comprova o desenvolvimento incessante da universidade», confirmando a sua dimensão tripolar (distribuição de departamentos pelas ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial).
No dia de aniversário a UAç assina também uma adenda ao acordo estabelecido com a Universidade de Coimbra para o funcionamento do curso de Medicina que implicará o alargamento de dois para três do número de anos em que a formação é assegurada nos Açores.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
O rasgo e o risco
E não é preciso ser muito criativo nem tremendamente corajoso para nos darem a todos bons presentes de Natal. Aqui vão algumas sugestões:
- Primeiro, mudem a lei eleitoral para criar um círculo extra que utilize os votos que não são usados nos círculos territoriais. O sistema já existe nos Açores, funciona, alarga a liberdade efectiva de voto aos cidadãos de todos os círculos e, sobretudo, termina devagarinho com a náusea sem imaginação e medrosa do Bloco Central.
- Segundo, comecem a fazer concessões do ensino secundário a entidades privadas e cooperativas com base em 60% do custo público de ensino por aluno. Os pais de todo o mundo estão dispostos a pagar a educação dos seus filhos, que agora são menos, apenas exigindo que seja uma boa educação. Com isso reduzem-se custos do orçamento de Estado, podem reduzir-se os impostos e melhora-se a educação.
- Terceiro, acabem com o vínculo à função pública nas Universidades e nos Hospitais; e reduzam os preços dos serviços regulados nos bancos, na energia, nos transportes e nas telecomunicações para os níveis internacionais. Só assim é que os empregados mais bem pagos do país das Universidades, Hospitais, Bancos, Empresas Públicas e Empresas Concessionadas passarão a ser mais competitivos melhorando a qualidade de serviço e o seu preço; também dando o exemplo que é coisa que vai faltando.
Boas Festas de Natal - 2009
É uma aldeia sagrada,
sexta-feira, dezembro 18, 2009
Universidade dos Açores assinala 34º aniversário no pólo da Horta
(in Diário Insular)
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Má limpeza da ribeira não explica a catástrofe
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Estamos devidamente preparados para as catástrofes naturais?
No Estação de serviço de Serviço de ontem, tentou-se perceber se os mecanismos necessários de resposta a estas situações funcionam correctamente. O que ainda pode ser feito para minimizar os prejuízos nestes episódios?
O jornalista Victor Alves recebeu nos estúdios de Angra do Heroísmo o Professor Universitário Félix Rodrigues, para ajudar a perceber o que está a ser feito e o que ainda se pode fazer.
Precipitação na Terceira chegou aos 117 litros por metro quadrado
MAU TEMPO
Segundo o IM, o arquipélago dos Açores “está sob a influência de uma depressão, pelo que a instabilidade é muito forte, podendo ocorrer aguaceiros fortes e trovoadas em qualquer uma das nove ilhas açorianas” até amanhã.Os meteorologistas admitem a melhoria do tempo na sexta-feira. Mas, no sábado, as previsões apontam para o regresso da chuva ao arquipélago, devido a um sistema frontal.O Instituto de Meteorologia (IM) colocou sob aviso amarelo todo o arquipélago dos Açores devido à previsão de chuva e vento forte.Ao final da tarde de ontem, a Protecção Civil indicava que estava previsto manter a Região em alerta laranja até à uma da manhã desta madrugada, altura em que seria feito nova avaliação.
VOOS CANCELADOS
Na manhã de ontem, devido ao mau tempo, a SATA cancelou dois voos entre a Terceira e São Jorge.Segundo o porta-voz da companhia aérea açoriana, estes cancelamentos afectaram 47 passageirosJosé Gamboa, contudo, revelava na altura que a transportadora previa transportar os passageiros dos dois voos cancelados entre a Terceira e S. Jorge até ao final de ontem.
terça-feira, dezembro 15, 2009
Música de Natal perde carácter religioso
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Exposição de presépios "O Menino Mija"
Esta é mais uma iniciativa da CulturAngra, integrada na programação natalícia de 2009 com a colaboração daquele Museu e dos centros de Convívio dos Altares, Posto Santo, Ladeira Grande, Serreta, Ribeirinha e Santa Bárbara.
Paralelamente, e fazendo jus ao termo popular “O Nosso Menino mija”, podem provar-se licores variados e doçaria tradicional, podendo, deste modo, ajudar os centros de convívio da terceira idade do Concelho.
De acordo com nota informativa da Culturangra, que faz uma abordagem ao presépio tradicional da ilha, os presépios terceirenses, além de beberem da tradição portuguesa, que provavelmente se iniciou com Machado de Castro, reproduzem esteticamente as nossas freguesias rurais, como uma Aldeia Sagrada onde o Menino-Deus nasce.
A recriação do nascimento de Jesus mistura-se com cenas do quotidiano da vida do campo como também da vida religiosa. No Presépio, a Sagrada Família está sempre presente num ambiente modesto, onde a simplicidade se mistura com a magia dos contos de fadas, de castelos, igrejas, reis e pastores.
O Presépio tradicional terceirense é o lugar de todos os tempos: do início da Era Cristã, pelos trajes dos Magos, de Nossa Senhora e São José; da idade Média, pelos castelos, distribuição das casas e tarefas campesinas; da época dos desbravamentos e descobertas, pela arquitectura das casinhas e igrejas; do Século XVIII e XIX, pelos trajes populares relacionados com o folclore de algumas regiões do país, e produção da laranja; de meados do século XX com as tradições populares e da produção de trigo e festas religiosas e tradicionais.
O Presépio terceirense é também o lugar da biodiversidade das ilhas: dos musgos, fetos, e musgões; do cedro do mato, das “Lágrimas de Nossa Senhora”, da erva-patinha, da vassoura, da rapa e tamujo.
Para além disso, o presépio terceirense traduz a geodiversidade da ilha nas escórias vulcânicas, nas lavas encordoadas e nas grutas alargadas assim como também é o lugar de todas as correntes artísticas, como o barroco popular, o naif das galinhas e peças do presépio, com uma sinceridade pouco encravada pelas convenções, e a arte e ilusão.
O presépio terceirense utiliza uma miscelânea de materiais: as peças de barro de vários artistas, locais e continentais; as peças de cerâmica chinesas da actualidade; a marfinite das recordações de viagens e o plástico dos toiros, cisnes e patinhos.
O presépio terceirense é uma história por contar, uma obra para olhar. Podemos vê-lo com desdém ou com admiração. Se não fazemos parte desse presépio não o percebemos, se o valorizamos é porque temos memórias de criança.
O jogo interessante do aquecimento global
Não é preciso dar relevância à reunião e ao problema uma vez que é um tema correcto e apregoado por jornalistas, cientistas, políticos e até empresas. Até parece que os criminosos do ambiente passaram a ser os seus polícias e juízes. No entanto pode parecer interessante explicitar três possíveis novidades.A primeira novidade apareceu no Economist de 5 de Dezembro. De acordo com aquela reputada revista “O problema não é a falta de tecnologias, que podem ser mobilizadas apenas com 1% do Produto Global, embora a salvação do sistema bancário tenha custado na recente crise 5% desse mesmo produto. O problema está na forma como distribuímos aquele custo adicional de 1% do Produto Global”. É essa distribuição que se discute em Copenhaga mais uma vez através de uma acordo sobre a afectação de cortes de emissões e a forma de distribuir os custos desses cortes nas emissões.A segunda novidade, sabiamente anunciada dias antes da Cimeira, é que as projecções sobre o aquecimento global podem estar erradas, não porque os modelos de análise sejam maus mas porque os próprios dados terão sido forjados para que o Homem fosse o grande culpado de um pretenso processo de aquecimento global. Acho que a denúncia é irrelevante. Por um lado porque o aquecimento global faz parte de uma “Realidade III de Popper” que, mesmo que não exista, suscita reacções como se existisse. Por outro lado porque essas reacções são em si mesmo benéficas, como a melhoria das soluções energéticas, uma maior conservação da biodiversidade, mais racionalidade nos transportes, edifícios e cidades e, sobretudo, mais sentido de vida em comum entre os humanos.A terceira novidade é que os Açores são contribuintes líquidos para o sequestro de carbono e se não estivéssemos do lado do mundo desenvolvido teríamos possibilidade de vender esses direitos de emissões. Não sei porque é que as Autoridades Regionais ainda não se lembraram deste factor de captação de receitas que é muito mais palpável e efectivo em termos de protecção do ambiente e da sustentabilidade do que os apregoados custos de insularidade que, para nós que escolhemos cá viver, são claramente benefícios.
terça-feira, dezembro 08, 2009
Presépios açorianos são forma de arte popular
Arte de Natal
Estrela ou cometa?
sábado, dezembro 05, 2009
Palestra: A Estrela de Belém: Cometa, Alinhamento de planetas, Nova ou Supernova?
Esta palestra integra-se nas actividades desenvolvidas pela Culturangra nesta quadra Natalícia de 2009 com o tema “Viva a Magia do Natal”.
Miguel Ferreira iniciou a palestra com a apresentação da “Adoração dos Reis Magos”, do pintor Giotto di Bondone (1267-1337), onde a Estrela de Belém é representada como um cometa. O próprio Giotto testemunhou o aparecimento do Cometa Halley em 1301, julgando-se que a representação que faz da Estrela de Belém é a do Cometa Halley que ele próprio observou.
A possibilidade da Estrela de Belém ter sido um cometa brilhante foi discutida e posteriormente rejeitada, pois os cometas permanecem visíveis a olho nu durante semanas no céu, antes do amanhecer ou a seguir ao pôr-do-Sol. Seria difícil um cometa guiar os Magos (Sábios, astrónomos ou astrólogos). O Cometa Halley, observado pela última vez no início de 1986, também iluminou o céu de Agosto a Setembro do ano 11 Antes de Cristo, sendo impossível que este cometa brilhante tenha aparecido aquando do nascimento de Cristo. Também é improvável que outro grande cometa tenha aparecido no tempo da “Estrela de Belém” e nunca tenha sido registado. Mais curioso é o facto de o Rei Herodes ter chamado os Magos para lhe dizerem, conforme o descrito no Evangelhos de São Lucas, que objecto celeste era aquele que seguiam? Se fosse um cometa ou uma estrela muito brilhante toda a gente a veria. Ora o evangelho diz apenas que os Magos vieram do Oriente.
A fonte do evangelho mais antiga que se conhece é a grega. O historiador grego Heródoto de Halicarnasso (séc.V), deixou escrito que «magos» (no texto grego a palavra referida é magoi e vem no plural) era o nome dado a uma casta de sacerdotes eruditos que estudavam os livros sagrados e observavam os céus e que viviam na região de Média, na Pérsia, que é hoje o Irão. Grande parte da Pérsia seguia a religião zoroastriana, fundada por Zaratustra há mais de 3500 anos. Esta religião tinha tradições messiânicas e seguia ideias de dualismo moral, como o céu e o inferno, semelhantes às da religião judaica, pelo que algumas teorias apontam para que os Magos tenham sido uma espécie de sacerdotes astrólogos, seguidores do zoroastrismo.
Os Romanos, ao assinalar a morte do General Romano Agripa, refeririram a aparição do cometa Halley no ano 11 AC. Sendo assim, os cometas eram vistos como um sinal celeste errado para assinalar o nascimento de um rei. A Estrela de Belém dificilmente seria um cometa.
Não há registo de nenhuma Nova, Supernova ou Hipernova à época do nascimento de Cristo. Vários séculos antes de Cristo, os chineses sabiam a duração do ano e usavam um calendário de 365 dias. Esta civilização deixou registos e anotações precisas de cometas, meteoros e meteoritos desde 700 A.C. Seria estranho que não tivessem registado uma nova estrela Brilhante no Céu.
O alinhamento de planetas pode provocar o aumento aparente do brilho de dois astros, que possam ser confundidos com uma estrela por gente pouco entendida na arte de estudar os céus, mas tal fenómeno seria facilmente detectado por astrónomos, como eram os Magos.
A Estrela de Belém, não tem uma explicação física. Ou é uma metáfora, ou então, à luz da fé, um fenómeno metafísico.
Ataque com calor é a nova esperança contra as térmitas
sexta-feira, dezembro 04, 2009
Chineses portugueses
Se bem se lembram a discussão começou quando alguém do público acusou os chineses da crise económica que afecta a todos, mas mais uns do que outros. Respondi de forma um pouco brusca que não concordava, que está provado que os imigrantes provocam crescimento e reduzem os efeitos da crise e que os sentimentos contra os imigrantes, para além de não serem coerentes num país de emigrantes, são também a semente da exclusão social - criada na proximidade ou estimulada à distância – e, para além do mais, uma das razões que justificam o apoio popular para guerras e conflitos.
Um dos meus colegas defendeu e bem a pessoa com quem eu tinha sido brusco. Soube mais tarde que a pergunta do público não era inócua uma vez que existem processos de licenciamentos de estabelecimentos chineses que podem ser postos em causa por antipatias irracionais face ao que nos é estranho. Com brusquidão e entendimento o facto não nos pode passar indiferente! Digam-me lá: Apoiamos os investimentos chineses nos Açores e estimulamos as relações com esses empresários globais para exportarmos produtos açorianos para a China? Ou fechamo-nos em copas e aceitemos que comerciantes menos eficientes combinem preços mais caros para todos nós? Provavelmente muitos de vós preferem a segunda solução mas é nesta pequena - grande escolha que reside a opção entre a dependência e o desenvolvimento dos Açores. Só é desenvolvido quem quer só que, quando não quer, prejudica muitos, até os chineses portugueses que estão por cá.
Apresentação do Centro Regional de Peritos em Desenvolvimento Sustentável nos Açores (RCE-AÇORES) e lançamento de livro
O agora formado RCE-AÇORES tem como missão apoiar uma rede de organizações e indivíduos comprometidos com a educação para o desenvolvimento regional sustentável, dentro e entre as várias ilhas do arquipélago dos Açores, visando criar mecanismos que permitam a participação efectiva da sociedade civil neste esforço, apoiando projectos que permitam aos cidadãos reflectirem sobre as suas relações com o ambiente natural e social e procurando disseminar o seu conhecimento e experiência de sustentabilidade a todos os sectores da população.
Este sucesso não teria sido possível sem a colaboração das instituições parceiras: Ecoteca da Ilha Terceira, Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Câmara Municipal da Praia da Vitória, Gabinete de Promoção Ambiental dos Açores, Museu de Angra do Heroísmo, Os Montanheiros, Gê-Questa, Associação das Mulheres de Pescadores e Armadores da Ilha Terceira, Ilhas em Rede - Associação de Mulheres na Pesca nos Açores, Associação para a Defesa do Património Marítimo dos Açores, Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade, Rede de Eco-Escolas dos Açores e BioAzorica.
A ocasião servirá igualmente para o lançamento da obra Predicting extinctions on oceanic islands: arthropods and bryophytes. de Borges P.A.V. & Gabriel, R.G. (2009), que resulta do Prémio BES – Biodiversidade (Menção Honrosa) que os autores, em representação do Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITA-A), receberam em 2008 com o projecto “Predicting extinctions on oceanic islands: The Azorean paradigm”.
O prémio BES e a aprovação do RCE-Açores vieram em muito prestigiar o trabalho de investigação do Grupo de Biodiversidade da Universidade dos Açores.
O evento estará aberto a todos os interessados.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
A Estrela de Belém: A perspectiva da Astronomia
Na tradição cristã os reis magos deslocaram-se a Belém para adorar o recém-nascido Jesus, tendo sido guiados por uma nova estrela.
Haverá uma explicação científica para o aparecimento de uma "nova estrela" nesta época? Ou devemos interpretar estes relatos de forma metafórica?
Nesta apresentação irá ser aprofundada uma pouco esta questão, até onde a ciência nos permitir ir.
Projecto “Limpar Portugal”
Sendo fundamentalmente uma iniciativa de educação ambiental e sendo forte esta vertente em termos de formação académica e pessoal duma instituição universitária como a nossa apelamos à participação de todos nesta iniciativa.
Este grupo está disponível para qualquer esclarecimento. Para qualquer questão escrever para cmendes@uac.pt ou cmelos@uac.pt ou ligar para: 911705818/964343563.
TESTES ARRANCAM ATÉ MARÇO Tratamento térmico no combate às térmitas
A assinatura de um protocolo entre a edilidade e o Executivo vai financiar, em 160 mil euros, os primeiros testes que decorrerão ao longo do primeiro trimestre do próximo ano.
O método, desenvolvido por austríacos e norte-americanos, consiste no lançamento de ar quente a temperaturas de 50 graus, bem como de humidade, nos espaços infectados com térmitas e representa a nova aposta da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e do Governo Regional para inverter a propagação crescente da praga no concelho.
Ontem à tarde, após uma reunião que juntou a presidente da autarquia, Andreia Cardoso, a secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques e coordenador do Grupo de Biodiversidade do Departamento de Ciências Agrárias, Paulo Borges, foi anunciada a celebração de um protocolo que financiará, em 160 mil euros, testes experimentais num edifício público do centro histórico de Angra ao longo do primeiro trimestre de 2010.
Comprovar a eficácia desta tecnologia baseada em altas temperaturas no extermínio das térmitas e posteriormente disseminar a técnica junto das habitações afectadas é o objectivo do apoio financeiro.
O projecto vai envolver duas empresas especializadas na matéria, uma norte-americana e outra austríaca e, caso se revele eficaz a sua aplicação, o Governo Regional compromete-se, segundo Ana Paula Marques, a “comprar a patente” com o objectivo de fornecer formação não só às empresas do sector, mas a todos os agentes que lidem com a problemática, como arquitectos, engenheiros, entre outros.
Uma vez que infestação de térmitas já está comprovadamente instalada noutras ilhas, a escolha de Angra do Heroísmo para a realização dos primeiros testes, justificou Ana Paula Marques, está relacionada com o avançado estado de monitorização da praga nesta cidade.
Em termos de custos, informou Paulo Borges, este tratamento térmico poderá representar, no futuro, um gasto na ordem dos mil euros para os cidadãos com habitações infestadas.
Mega-campanha anti-térmitas
A secretária regional anunciou ainda a implementação de uma “mega-campanha” de divulgação de medidas preventivas sobre as térmitas junto dos órgãos de comunicação social das ilhas já cadastradas, segundo o levantamento da situação efectuado pela Universidade dos Açores, com o problema.
A campanha de sensibilização e informação às populações vai ser feita anda por “direct mail”, revelou a governante.
Ana Paula Marques relembrou ainda as alterações que o Executivo está a preparar em relação ao programa de apoios para a erradicação da praga em habitações particulares.
“Será mais abrangente”, disse, adiantando que, os beneficiários serão avaliados pela gravidade da situação e não pelas carências económicas das famílias afectadas.
“Os apoios serão substancialmente alargados”, reforçou a titular, acrescentando que os insecticidas, por exemplo, “poderão ser objecto de apoio”.
A certificação dos edifícios “livres de térmitas” é outros dos requisitos que a nova legislação, referenciou, vai igualmente acautelar.
Porque se trata de uma praga que lida directamente com a questão da gestão dos resíduos das madeiras infectadas, Ana Paula Marques revelou ter já agendadas reuniões com as câmaras do
Comércio e com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOP) para sensibilizar o sector.
Térmitas poderão alterar legislação do centro histórico
A secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social reconheceu a necessidade de se alterar a legislação que regula a cidade património mundial de Angra do Heroísmo, no tocante à permissão de outros materiais, além da madeira, como estruturas à base de metal, devido à propagação das térmitas.
“Se for necessário mudar a legislação, assim o faremos”, disse Ana Paula Marques, adiantando que a opção do Governo será aquela que “for melhor para a segurança dos cidadãos”.
“Não sinto que os grandes centros históricos tenham perdido com o uso de estruturas de metal”, disse a governante.
Embora sem conseguir contabilizar financeiramente os estragos resultantes das térmitas nas habitações da Região, a responsável refere-se trata-se de uma praga “que tem causado muitos prejuízos”, afectando tanto o património privado como o público.
(in Humberta Augusto (texto e fotos) em A União)