sábado, abril 30, 2011
Conferência em Angra com Bagão e Fortuna
Praga ameaça pomares das ilhas atlânticas
sexta-feira, abril 29, 2011
Contributo para o Conhecimento da Mosca-do-Mediterrâneo na Ilha Terceira.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor Paulo Alexandre Vieira Borges, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores Tomaz Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho, David João Horta Lopes e Ana Maria Martins Ávila Simões, todos professores auxiliares da Universidade dos Açores.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Contributo para o Conhecimento da Mosca-do-Mediterrâneo na Ilha Terceira.
Prorrogada inscrição para maiores de 23 anos
quinta-feira, abril 28, 2011
Apresentação do último livro de Bento XVI "Jesus de Nazaré"
A apresentação da obra far-se-á pelo Padre Doutor Cipriano Franco Pacheco, Doutor em filosofia, docente do Seminário de Angra do Heroísmo e da Universidade dos Açores, na qualidade de Secretário Diocesano para a Cultura e Ecumenismo.
terça-feira, abril 26, 2011
Associativismo, Participação e Consciência Ambiental
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor Paulo Alexandre Vieira Borges, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores Lia Maldonaldo Teles de Vasconcelos, professora auxiliar da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Ana Cristina Pires Palos, Ana Margarida Moura de Oliveira Arroz e Álvaro António Gancho Borralho, todos professores auxiliares da Universidade dos Açores.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Associativismo, Participação e Consciência Ambiental.
domingo, abril 24, 2011
PSD quer certificar manteiga regional
“É um produto que tem um valor intrínseco nutricional próprio, que advém das nossas condições naturais de produção", afirmou Duarte Freitas, salientando que "com estas mais-valias toda a fileira [do leite] pode ter outro tipo de qualificação”.
Nesse sentido, o líder parlamentar do PSD/Açores anunciou que o partido vai apresentar uma proposta de resolução no parlamento regional para que o executivo inicie o processo de certificação da manteiga açoriana.
Na reunião com o director do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores os social-democratas debateram a possibilidade “de uma cooperação técnica” para os estudos que levem à certificação deste produto.
Duarte Freitas considerou, a propósito da valorização dos produtos gastronómicos açorianos, que “se tem perdido demasiado tempo em não se fazer uma maior alusão ao nome Açores”.
“É um nome conhecido e considerado a nível nacional e internacional e que deve ser um chapéu-de-chuva para a comercialização de todos os nossos produtos, sejam o peixe, o turismo, a carne ou os lacticínios”, defendeu.
Duarte Freitas recordou que “a mesma proposta já foi feita para o leite”, assegurando que “um governo social-democrata terá uma atenção muito especial e concreta com a valorização da marca Açores, que tem sido falada mas não concretizada ao longo dos últimos anos”.
O líder parlamentar do PSD/Açores salientou que, por vezes, “há um excesso de burocracia que, com a desculpa da União Europeia, entrava os processos quando outros países, ainda que cumprindo as regras, facilitam os processos”.
Nas declarações que prestou aos jornalistas, Duarte Freitas reafirmou ainda que um futuro Governo da República liderado pelo PSD "vai ter um Ministério da Agricultura", afastando os receios criados pela indicação de que esse ministério poderia ser extinto.
(In Lusa/Açoriano Oriental)
Ame o homem uma pedra, e pronto.
Gosto muito de pedras.
Prefiro-as no meu caminho
Do que dentro dos sapatos.
Haverá desimpedimentos,
Sem aborrecimentos?
Gosto muito de areia,
Feita de pedra fina,
Debaixo dos meus pés
E fora dos meus olhos.
Prefiro a subtileza
À falta de clareza.
Gosto muito de calçadas,
Descalças de preconceito,
Onde se anda sempre a eito.
Gosto muito de bordões,
Que se impõem como templos,
E nos apoiam, proféticos,
Nos desequilíbrios éticos.
Gosto muito, mesmo muito,
Das pedras do meu mundo,
Porque se um homem é pó,
Uma pedra quererá dizer-lhe
Que depois de aqui viver,
Voltará a agrupar-se,
Numa rocha sedimentar,
Que marcará o seu lugar.
A vida e o seu ciclo dão-nos imensas lições acerca da persistência ou efemeridade das coisas, do valor que estas têm ou do valor que lhe atribuímos. As pedras, para nós ilhéus, têm significados profundos, como se falassem connosco. Não são forçosamente obstáculos, podem ser conforto.
Emanuel Félix, num poema intitulado "Pedra-Poema para Henry Moore" refere que não ocorre transformação das pedras pelo amor ou ódio que a elas temos. Creio que se engana, pois o amor ou o ódio a uma pedra transforma-a num símbolo, num ícone, num obstáculo ou num objecto de valor, como no caso dos diamantes, que apesar de brilharem continuam a ser pedras.
Um homem pode amar uma pedra
uma pedra amada por um homem não é uma pedra
mas uma pedra amada por um homem
O amor não pode modificar uma pedra
uma pedra é um objecto duro e inanimado
uma pedra é uma pedra e pronto
Um homem pode amar o espaço sagrado que vai de um homem a uma pedra
uma pedra onde comece qualquer coisa ou acabe
onde pouse a cabeça por uma noite
ou sobre a qual edifique uma escada para o alto
Uma pedra é uma pedra
(não pode o amor modificá-la nem o ódio)
(Emanuel Félix)
Comummente ao caminharmos, delapidamos o que de belo encontramos, se o sentido da caminhada for o ódio às pedras do caminho, só passível de ser recuperado com a força da alma, se o sentimento for o amor, que nos liberta, encarando as pedras como necessárias e não como muralhas.
Emanuel Félix termina o poema, cujo extracto se apresentou anteriormente, afirmando que não há mal nenhum em amarmos as pedras, mas aconselha-nos a não nos esquecermos o que são elas na realidade:
Mas se a um homem lhe der para amar uma pedra
não seja uma pedra e mais nada
mas uma pedra amada por um homem
Ame o homem a pedra
e pronto
Como o amor e o ódio, são sentimentos antagónicos, e de um, facilmente se salta para o outro, bem poderia Emanuel Félix ter terminado o seu poema com os seguintes versos:
Odeie o homem a pedra
e pronto
mas o ódio é sem dúvida, menos majestoso do que o amor.
(In Diário Insular)
quinta-feira, abril 21, 2011
DEPOIS DE ENSAIADO NA TERCEIRA Combate à mosca da fruta estende-se a São Jorge
“Esta mosca, conhecida por 'mosca da fruta', pica os frutos, dos quais saiem depois lavras que destroem os frutos, o que é visível, por vezes, com a queda precoce dos frutos e consequentes prejuízos económicos para as culturas”, afirmou David Horta Lopes, coordenador do projecto CABMEDMAC, do Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias da Universidade dos Açores, em declarações à Lusa.
Segundo o seu coordenador, "o projecto pretende reduzir o impacto da Mosca-do-Mediterrâneo na produção frutícola", através da descoberta de "outras formas de limitar as suas populações, para além da intervenção através da luta bioquímica".
“Entre 2005 e 2009, quando o projecto decorreu na Terceira, foi possível identificar muito bem a situação nesta ilha, já que se localizaram focos da mosca nas zonas sul e urbanas”, afirmou o investigador, acrescentando que, além da monitorização das populações da praga, o projecto de investigação permite também aferir "a evolução dos prejuízos nas culturas e testar diferentes formas de combate".
David Horta Lopes revelou à Lusa que "o projecto vai ser agora estendido a S. Jorge", para que se possam ensaiar nesta ilha técnicas de combate alternativas à química, que passam pela "utilização de machos esterilizados, produzidos na Biofábrica da Madeira, contribuindo de maneira decisiva para o aumento da produtividade e da qualidade dos frutos produzidos".
"A implementação de redes de armadilhas e a aplicação de parasitóides são outros dos trabalhos que vão decorrer nos próximos dois anos", acrescentou.
O investigador salientou que a monitorização arrancou em Março na Terceira e em S. Jorge, seguindo-se agora "testes de formas de combate", admitindo que a investigação possa vir a ser "alargada no futuro às ilhas de S. Miguel, Faial e Pico".
Este projecto vai desenvolver-se também na Madeira, em Tenerife, Canárias, e em Santiago, Cabo Verde.
"É um projecto de cooperação entre Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde destinado a contribuir para o maior conhecimento das moscas da fruta", afirmou David Horta Lopes.O projecto envolve técnicos da Cooperativa FRUTER e do Serviço de Desenvolvimento Agrário de S. Jorge e da Terceira, contando ainda com a participação da Universidade de La Laguna, nas Canárias, da Direcção Regional de Agricultura da Madeira, do Instituto Nacional de Investigação Agrária de Cabo Verde e de consultores científicos do Instituto Superior de Agronomia e do Imperial College, de Londres.
Mosca da fruta une regiões da Macaronésia
Reitoria açoriana com dois candidatos da "casa"
quarta-feira, abril 20, 2011
Economia regional em curso de verão
Redes regionais
XXIV Semana Académica
terça-feira, abril 19, 2011
Alerta vermelho
Corte nas transferênciasCorte nas transferências pode agravar crise regional.
Quais acredita que vão ser os impactos da atual crise nacional na Região, sobretudo após este pedido de resgate financeiro?Se no contexto do chamado "resgate" (para usar o termo que me coloca na questão) houver redução das transferências referidas acima, a situação agravar-se-á, dada a elevada dependência do orçamento regional face a essas transferências, e também a dificuldade em obter financiamento alternativo por via das exportações, face aos constrangimentos apontados acima. Isto não significa que seja impossível resolver esses problemas, apenas que são mais difíceis de resolver do que possa parecer. Num contexto em que se criou uma elevada dependência do financiamento externo, e onde a gestão dessas transferências passou a ocupar um papel mais importante do que a procura de alternativas a essas transferências, perdeu-se de certo modo noção do que podem ser as dificuldades resultantes da perda dessas transferências.
Como vê o pedido de resgate financeiro? Era realmente necessário?O que era absolutamente necessário era que o Estado Português se pudesse financiar em condições diferentes daquelas em que se tem estado a financiar, com taxas de juro elevadíssimas no presente contexto. Outra questão é como se consegue esse financiamento. Como qualquer financiamento, a questão é qual o custo do financiamento, e a atitude negocial. Aqui o Estado Português pode ter várias posturas. A posição mais dura seria forçar a restruturação da dívida usando como argumento a possibilidade de não pagamento da totalidade da dívida caso as condições de financiamento não sejam mais favoráveis. A posição diamentralmente oposta seria simplesmente aceitar todas e quaisquer condições e medidas que forem exigidas. Os decisores políticos terão uma posição entre estas duas posições extremas, consoante sentirem maior pressão da população (que levaria à tendência para seguir a primeira via, como acontece na Islândia) ou maior pressão para aceitar o que for exigido ao país (casos da Grécia e Irlanda). No caso de Portugal, os decisores políticos revelam uma maior tendência para a segunda via, dado que estão a sentir mais pressão das instâncias internacionais no sentido de aceitar o que é exigido ao país, do que da população.
Um artigo publicado recentemente no New York Times culpa as agências de rating. Como vê o papel deste tipo de organização?Seria necessária mais transparência nesse campo. As agências de rating mostraram-se incapazes de avaliar corretamente diversos ativos financeiros antes da crise de 2008 (iniciada com a crise de liquidez de 2007), e a sua capacidade de avaliar corretamente por exemplo a dívida Portuguesa é, no mínimo, duvidosa. Há um problema mais profundo, que resulta do facto de existir nas áreas da Economia e Finanças a crença generalizada de que é possível compreender toda a realidade em números e uma grande confiança nos modelos matemáticos de estimação do risco. Isto acontece devido à tendência para ver a Economia como uma ciência exata e não como uma ciência social, onde a incerteza é uma constante e onde os modelos de estimação do risco estarão muitas vezes errados, ao contrário do que se supõe. Para além disso, acaba por se usar os modelos para justificar o que já se queria "provar" a priori, e não para uma avaliação imparcial e isenta do risco. A opacidade do processo permite esse uso.
Como acha que o país pode sair da crise?Portugal está "desempregado", isto é, não é claro, dada a divisão internacional de trabalho resultante do processo de globalização, em que setores Portugal poderá especializar-se de modo a aumentar as suas exportações para o nível que seria necessário. Portugal tem de "encontrar um emprego", isto é, setores que permitam que as suas exportações permitam financiar as importações, e a economia do país. Não sei se isso poderá acontecer sem alguma coordenação da política industrial europeia. Não é certamente Bruxelas que saberá em que setor cada região e Estado-Membro poderá ser mais produtivo, mas também é verdade que nunca na história houve progresso nessa linha sem articulação da política industrial numa zona económica integrada, como aconteceu nos EUA, Alemanha, Japão, China, por exemplo, ou aliás, em todo o lado.
O que podem os cidadãos comuns fazer para minimizar os efeitos da crise nas suas vidas?O que cada um pode fazer individualmente, e por si só, não sei. Cada um conhecerá a sua situação melhor do que outra pessoa. Quando o problema é estrutural, como é o caso, as soluções implicam mudança estrutural. Dentro do problema estrutural, sobra pouca margem de manobra a cada cidadão como indivíduo, se a sua ação é vista como isolada de um contexto estrutural. Exigir aos decisores políticos que consigam negociar um financiamento em condições menos gravosas, colocando pressão sobre esses decisores que contrabalance a pressão e incentivos que recebem de outros atores do processo, seria uma possibilidade. Mas não existe em Portugal uma cultura de exigência perante os decisores políticos.
segunda-feira, abril 18, 2011
Depois de um período de reflexão e ponderação: Jorge Medeiros apresentou candidatura a Reitor da Universidade
Fukushima: Um nome que não se esquecerá
domingo, abril 17, 2011
Açores dão a conhecer projetos a grupo europeu
sábado, abril 16, 2011
Jorge Medeiros entra na corrida à reitoria
sexta-feira, abril 15, 2011
Ensino sobre Natureza tem de ser apaixonante
quinta-feira, abril 14, 2011
12 de Maio, Campus de Angra do Heroísmo, conferência "Portugal na Nova Ordem Financeira Europeia", com os professores Bagão Félix e Mário Fortuna
ISCED perspectiva abertura de cursos de mestrado
A pretensão foi manifestada hoje, segunda-feira, à Angop, no Huambo, pelo director- geral do ISCED, Miranda Lopes Miguel, tendo informado que a instituição já tem criadas todas as condições exigidas para o efeito, estando apenas a aguardar pela autorização das estruturas superiores que regulam estes cursos no país.
“Temos a documentação muito bem avançada a nível das estruturas superiores, e aguardamos pela aprovação para iniciarmos com os mestrados. Da nossa parte todas as condições impostas foram criadas, o processo está bem encaminhado e creio que possamos abrir pelo menos um mestrado ainda este ano”, informou.
Miranda Lopes Miguel explicou que numa 1ª fase o ISCED prevê implementar uma edição da Universidade de Açores (Portugal), com quem a sua instituição tem uma colaboração já muito antiga, e pelo facto da documentação sobre a abertura de tal edição estar muito próxima de ser aprovada pelas estruturas superiores.
Explicou que a mesma vai beneficiar, em certa medida, os perfis dos formandos em Geografia e Biologia, uma vez que o mestrado destina-se a formar especialistas em ciências ambientais e da natureza.
“Teremos outros mestrados, logo a seguir ao de ciências do meio ambiente e conservação da natureza, entre os quais o de didáctica de ensino e desenvolvimento curricular, uma edição do ISCED/Lubango. Existem vários mestrados aprovados, só temos que reeditá-los, caso estejamos interessados em implementá-los na nossa instituição”, frisou.
Considerada maior instituição de ensino superior nesta província, o ISCED já formou, desde 2005, cerca de três mil e 500 estudantes.
Deste número de graduados, figuram estudantes que concluíram os seus programas curriculares em 1991.
Em funcionamento desde 1988, o Instituto Superior de Ciências da Educação do Huambo viu a sua actividade interrompida durante cerca de 10 anos, devido ao conflito armado, reatando apenas em 2001.
O ISCED forma professores nas especialidades de Física, Matemática, Biologia, Geografia e Psicologia. Tem uma população discente estimada em, pelo menos, cinco mil estudantes matriculados em dois períodos: regular (manhã e tarde) e pós-laboral (de noite).
Na província do Huambo, antigo centro académico angolano, estão em funcionamento além do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), a Faculdade de Medicina, de Ciências Agrárias (FCA), de Direito, Economia, Medicina Veterinária e o Instituto Superior Politécnico.
O Instituto Superior Politécnico, com seis cursos, e o ISCED, com cinco, são as instituições de maior referência por absorverem, todos os anos, maior número de estudantes.
A falta de cursos de mestrados nesta província tem motivado muitos estudantes a se deslocarem ao estrangeiro, enquanto outros têm optado em fazer cursos a distância com recurso a Internet.
Huambo forma quadros em ciências ambientais
Educação para a Sustentabilidade no Ensino Superior
Duncan Reavey da University of Chichester, no Reino Unido, defendeu esta quarta-feira num workshop sobre Educação para a Sustentabilidade no Ensino Superior, realizado no Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, que é necessário implementar novas estratégias de ensino, desde o ensino básico ao ensino superior, que possam motivar e promover a sustentabilidade. Apesar desse conceito ser ambíguo ou dicotómico, é fundamental que cada indivíduo tenha uma agenda pessoal, como educador, como investigador, como político ou como cidadão, a par de uma agenda colectiva promotora de sociedades sustentáveis.
No Reino Unido, há uma aposta forte do Governo na promoção da Educação Superior para a Sustentabilidade através de programas como o “People & Planet” (Pessoas e Planeta) ou da seriação dos desempenhos universitários nessa área, como na “Green League 2011”.
O investigador britânico afirmou ser fundamental que tanto a sociedade como os estudantes sejam capazes de aprender a colocar questões sobre o rumo das soluções que procuram a sustentabilidade da sua terra, e que essa busca incessante de soluções, deverá ter uma abordagem curricular transversal no ensino superior.
A mensagem forte de Duncan Reavey é que para aprendermos devidamente o que é sustentabilidade, temos que sentir, amar e viver, o local onde moramos.
Relativamente à Universidade dos Açores e à educação para a sustentabilidade levada a cabo pela instituição, Rosalina Gabriel do Campus de Angra do Heroísmo, aquando da sua comunicação nesse workshop afirmou haver apenas uma carta de intenções da academia no que se refere à Educação para o Desenvolvimento Sustentável, mas tem sido dados grandes passos ao nível regional, tanto com o apoio da Universidade dos Açores como pelo entusiasmo dos membros do RCE (Centro Regional de Peritos em Desenvolvimento Sustentável nos Açores), que tem como missão apoiar uma rede de organizações e indivíduos comprometidos com a educação para o desenvolvimento regional sustentável, dentro e entre as várias ilhas do arquipélago dos Açores e que visa criar mecanismos que permitem a participação efectiva da sociedade civil neste esforço. O RCE Açores é um dos três centros existentes em Portugal reconhecidos pela UNESCO.
Emiliana Silva, organizadora do workshop, comparou as percepções ambientais de diferentes populações dando ênfase ao estudo que desenvolveu no âmbito do programa europeu TEMPUS, nos Balcãs. Enquanto que nos Açores não há diferenças de género entre o posicionamento antropocêntrico ou ecocêntrico dos açorianos, nos Balcãs os homens assumem posições mais ecocêntricas do que as mulheres. Trata-se de uma realidade cultural, que de acordo com a investigadora resulta do facto da mulher, nessas sociedades, ter menos capacidade de intervenção ou de professar opinião do que os homens. Tais dificuldades poderão condicionar a velocidade com que se caminha para a sustentabilidade nos diferentes países dessa região.
Em resumo, pode afirmar-se que existem imperativos da ordem ética e moral que impõe às sociedades actuais a lógica do desenvolvimento sustentável. Parece haver sim, uma desadequação entre a teoria e a prática no que respeita à implementação de uma lógica de sustentabilidade que procura atingir um mundo saudável, ordenado e participativo.
quarta-feira, abril 13, 2011
T.U.S.A. é melhor tuna do mundo
terça-feira, abril 12, 2011
EM ESPANHA TUSA vence prémio de melhor tuna do mundo
Para além de serem agraciados com o titulo de “melhor tuna do mundo”, os jovens terceirenses trouxeram para casa também os prémios de Melhor Pandeireta e Melhor Porta-estandarte.
O certame, organizado pela Tuna de Ciências da Universidade de Granada, contou com 30 tunas oriundas de Espanha, Holanda, México, Porto Rico, Colômbia, Peru, Holanda e Portugal, sendo esta a primeira vez que uma tuna nacional vence o primeiro prémio.
Segundo Manuel Pinheiro, magister da T.U.S.A, apresentaram-se a concurso grupos com “grande experiência musical, muito perfeccionistas nas suas actuações”, o que obrigou os elementos da Universidade dos Açores “a estarmos ao nosso melhor nível, o que nos obrigou a um grande trabalho de preparação deste festival”.
A tuna de Angra começou por actuar nas meias-finais, no dia 8 de Abril, sendo uma das seis apuradas para a grande final, onde apresentou quatro temas originais, “ A despedida”, “ Amor Distante”, “Cidade do estudante” e um instrumental.
De acordo com Manuel Pinheiro, o júri valorizou, não apenas a qualidade vocal e instrumental do grupo, mas especialmente a sua presença em palco “gostaram muito da nossa interacção com o público”, explica.
Sucesso além fronteiras
A T.U.S.A levou até terras espanholas a totalidade dos seus 38 elementos, naquela que foi a primeira actuação da tuna em palcos internacionais.
“Correu tudo muito bem, foi muito cansativo, só de carro foi uma deslocação de doze horas, mas estávamos muito bem preparados e fomos muito bem recebidos por todos”, refere o magister
O convite para participar naquele que é o grande evento mundial de tunas, surgiu na sequência de contactos entre a T.U.S.A e a tuna de Granada para a participação destes no Ciclone, festival organizado pelos estudantes da Terceira.
Como explica Manuel Pinheiro, “eles já nos tinham visto e sempre gostaram das nossas actuações, dai o convite para irmos ao Encontro Mundial”.
A excelente prestação em Espanha levou a que a Tuna da Universidade dos Açores tenha em mãos convites para actuações não só no país vizinho mas também na Holanda ou Porto Rico, destinos “proibitivos” para a T.U.S.A em termos financeiros.
“Esta viagem foi muito difícil em termos financeiros”, explica o líder do grupo, apesar de terem contado com apoios da Universidade dos Açores e da Câmara de Angra do Heroísmo, entre outras entidades, o que inviabiliza mais deslocações ao estrangeiro nos próximos tempos.
Agora que são a “melhor tuna do mundo”, o magister da T.U.S.A fala na “grande responsabilidade” que os elementos da tuna terão para fazer valer esse título, que apanhou todos de surpresa, “o objectivo era chegar à final”.
CANDIDATO A REITOR Segunda residência universitária na Terceira é indispensável para Alfredo Borba
Em tempos que, financeiramente “não se adivinham de fáceis”, o actual pro-reitor apela ao contributo da investigação na rentabilização da academia açoriana e deixa antever que o Departamento de Ciências Agrárias pode expandir-se para São Miguel e Horta.
Um milhão e meio de euros é o valor calculado para a construção de uma segunda residência universitária na ilha Terceira que o candidato ao cargo de reitor da Universidade dos Açores (UAç), Alfredo Borba, projecta construir nos arredores do centro histórico de Angra, no Fanal.
Ontem, na apresentação da sua candidatura, que quase encheu o auditório do complexo pedagógico do campus de Angra do Heroísmo, o actual pro-reitor falou tratar-se de uma infra-estrutura “indispensável”: “a residência é indispensável. Se pensarmos que temos uma população estudantil com mais de mil alunos, cuja maior parte não é da ilha e que temos uma residência com cem camas, acho que seria essencial haver mais uma residência, e acima por cima, uma residência com serviços de apoio aos estudantes, como a que está prevista para o Fanal”.
O candidato refere que esta residência de estudantes universitários “já tem projecto pronto, já tem terreno – que foi dado pela câmara municipal –, falta agora arranjar o financiamento”.
Um financiamento de 1,5 milhões de euros que, reforçou, vai contar com o seu “empenhamento”.
Um empenhamento que garante ir igualmente colocar na infra-estruturação ainda em curso nas instalações universitárias terceirenses: “neste momento, estamos a acabar as obras dos arranjos exteriores (campus do Pico da Urze), depois temos um projecto pronto para o pavilhão gimnodesportivo, que será construído com a câmara municipal e estamos a preparar o concurso para o projecto do edifício das ciências da saúde, que abrangerá a actual Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo”.
Contas feitas: “1,5 milhão para a residência, 2 milhões para o pavilhão gimnodesportivo e pensamos que andará à volta de 5 a 6 milhões para a escola superior de enfermagem”, calculou Alfredo Borba.
Neste capítulo, o candidato defende igualmente a construção de uma residência universitária no Campus da Horta, além da conservação e restauro do parque de edifícios do Campus de Ponta Delgada.
Investigação deve financiar UAç
O candidato voltou a reforçar a necessidade “da investigação dar um maior contributo para o financiamento” da própria academia açoriana: “há muito trabalho que é feito fora da UAç noutros organismos. Esse trabalho tem de ser regulamentado, protocolado, para que o trabalho seja da UAç e para que a UAç aufira do financiamento desses projectos e cobre os devidos overheads para o seu financiamento”
“Grande parte do financiamento da Uaç tem de vir de verbas próprias”, sem que haja, alertou “duplicação, nem concorrência desleal” com prejuízo para com a universidade açoriana.
Isto porque, antecipou, “não se adivinham tempos fáceis”, em termos de recursos financeiros.
Nos recursos humanos, disse, é preciso “equilibrar” quadros, propondo a abertura de concursos para professores associados: “neste momento temos uma pirâmide invertida: temos mais professores catedráticos do que associados e isso não é normal”, disse, explicando a actual situação com “constrangimentos legais e financeiros nos últimos tempos”.
“Chegou o momento de abrir vagas para professores associados com vista a restabelecer essa pirâmide”. Até porque, explicou, o novo Estatuto da Carreira Docente Universitária (ECDU) estabelece que as academias têm de possuir 50 a 70 por cento dos seus docentes no quadro. Neste momento, a UAç possui 200 e tal docentes, entre eles 20 catedráticos e menos de metade de professores associados”.
Enfermagem por resolver
Questionado pela plateia, Alfredo Borba refere que o processo de integração de ambas as escolas superiores de enfermagem (Angra e P. Delgada) na UAç necessita de “particular atenção”, dizendo ser necessário “racionalizar a actual oferta formativa” e, mais importante, saber como serão geridas as escolas, afirmando estar em cima da mesa “fusão das duas escolas”: “é preciso resolver isso porque é complicado manter duas instituições com os mesmos objectivos”, adiantando que, segundo contactos estabelecidos, a Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada “não quer” essa fusão e Angra sim.
Alfredo Borba, nascido no Pico, licenciado em Engenharia Zootécnica, doutor em Ciências Agrárias, docente da academia açoriana desde 1983 e professor catedrático desde 2006, foi o primeiro candidato, e actualmente único, a apresentar-se ao acto eleitoral do próximo dia 31 de Maio, decorrendo até 20 de Abril o prazo de candidaturas.
Ciências agrárias expandidas para São Miguel e Horta
Apesar de não fazer parte do seu programa de candidatura ao cargo de reitor da Universidade dos Açores, Alfredo Borba não esconde que o Departamento de Ciências Agrárias (DCA) já deveria ter iniciado uma trajectória de expansão.
Explicando, desde logo, que esta ambição cabe “conselho de gestão” do DCA, “pessoalmente acho que qualquer um dos cursos do DCA, como Ciências Agrárias, Guias da Natureza, Higiene e Gestão do Ambiente - cursos que já tenham alguns anos de docência – podiam ser replicados noutro campos” da UAç, em São Miguel e no pólo da Horta.
Humberta Augusto (texto e foto) haugusto@auniao.com
Alfredo Borba propõe academia de vocação internacional
O novo diálogo proposto por Borba deve ter expressão - por esta ordem - entre saberes, ao nível interno da academia e com o meio açoriano. O candidato prometeu um novo sistema de comunicação online da universidade que permita partilhar com os açorianos, em tempo útil, o saber produzido na academia.
Alfredo Borba quer uma universidade que dê respostas ao desenvolvimento dos Açores - também ao nível politécnico -, que cultive o mérito, que capte novos alunos e que seja capaz de se projetar no exterior.
A resposta aos problemas financeiros deve ser dada através da investigação, duma nova relação com os parceiros e de cursos de 2º (mestrados) e 3º (doutoramentos) níveis.
segunda-feira, abril 11, 2011
Workshop Educação Sustentável no Ensino Superior/Sustainability Education in the Higher Education
A era pós-Fukushima
Turismo, Sustentabilidade e Natureza
ALGUMAS ÚNICAS A NÍVEL MUNDIAL Arquipélago tem 270 grutas vulcânicas
O arquipélago dos Açores possui 270 cavidades vulcânicas únicas a nível mundial, mas apenas cinco estão abertas ao público, apesar dos especialistas consideram que mais de uma dezena poderiam ser visitadas, constituindo um atractivo turístico.
“No contexto nacional, as grutas dos Açores são diferentes, porque são cavidades vulcânicas. Temos grutas únicas a nível mundial”, afirmou João Carlos Nunes, do Grupo de Trabalho para o Estudo do Património Espeológico dos Açores (GESPEA), em declarações à Lusa.
O Algar do Carvão, na Terceira, ou a Furna do Enxofre, na Graciosa, são cavidades que este especialista frisou serem "únicas" no panorama vulcano-espeológico, quer pela grande dimensão, como pelas singularidades que conferem um "elevado interesse estético", além de albergarem uma importante fauna adaptada à vida subterrânea.
A natureza vulcânica do arquipélago e a presença de escoadas lávicas do tipo basáltico fazem com que as ilhas açorianas apresentem um "diversificado património espeleológico", com "muitas dezenas de quilómetros de caminhos subterrâneos, onde se escondem muitos segredos e estranhas formas de vida".
Actualmente apenas cinco grutas nos Açores estão abertas ao público, das quais duas na Terceira (Algar do Carvão e Gruta do Natal), uma em S. Miguel (Gruta do Carvão), outra na Graciosa (Furna do Enxofre) e a restante no Pico (Gruta das Torres).
João Carlos Nunes assegurou, no entanto, que "há seguramente mais de uma dúzia que poderiam ser visitáveis", acrescentando que "não são necessários investimentos avultados" para que possam ser visitáveis, exigindo apenas a criação de "infra-estruturas e zonas de protecção", além da "concordância dos particulares, uma vez que muitas destas grutas estão em terrenos particulares".
"As grutas dos Açores são também um contributo importante ao nível da comunidade escolar, porque permitem uma aprendizagem de aspectos particulares do nosso vulcanismo e geologia", frisou, salientando ainda que a abertura ao público de mais grutas permitiria "diversificar a oferta turística".
Nesse sentido, defendeu que se trata de "sítios de interesse turístico, porque podem ser visitados quando as condições atmosféricas não permitem visitas a miradouros ou outros pontos turísticos".
Para divulgar trabalhos em curso nesta área, um dos quais do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores sobre o estudo dos micro-organismos que vivem em cavidades vulcânicas, o GESPEA promoveu ontem um seminário sobre cavidades vulcânicas dos Açores, denominado 'Um mundo de biogeodiversidade por descobrir'.
(In A União)