Açorianos têm fraca consciência ambiental
A fraca consciência ambiental dos açorianos, foi um dos pontos em destaque, ontem, na sessão de abertura do seminário “Ambiente e Desenvolvimento Sustentável”, no Dia Mundial do Ambiente.O inspector regional do Ambiente, Francisco Vaz de Medeiros, fez na sua apresentação um balanço, a partir dos números anunciados, que indica que “há uma fraca consciência ambiental, um desconhecimento da lei em vigor e ainda uma frágil situação económica que impossibilita os investimentos para os agentes se legalizarem”.Francisco Vaz de Medeiros sublinhou ainda o contributo da Inspecção Regional do Ambiente (IRA) para o desenvolvimento sustentável, na medida em que, “após um primeiro contacto, as pessoas têm acordado para os problemas”, desta forma há um “efeito dissuasor, a partir de uma prevenção e de punição”, desta forma afirma que tem “regulado os mercados, de maneira a evitar a concorrência desleal”, comparando a acção da IRA com a da Inspecção Regional das Actividades Económicas.O inspector do Ambiente termina enunciando os desafios que a IRA tem pela frente, que considera serem: a diminuição do número de infracções e o aumento da consciência ambiental nas populações”, para que se “melhore a qualidade ambiental e para que haja um equilíbrio entre o crescimento económico e a qualidade ambiental”.No Dia Mundial do Ambiente, o professor da Universidade dos Açores, Félix Rodrigues, falou sobre a Educação Ambiental e sobre o Desenvolvimento Sustentável.“Estes são conceitos discutíveis, que têm se ser pensados. O primeiro passo para a educção ambiental é a sensibilização, de forma a que se discutam e se alterem atitudes”, explicou Félix Rodrigues.“A educação ambiental deve ser para todos e sempre”, porque “estamos todos preocupados com o ambiente porque o alterámos”, avança.O professor salientou a ideia que o desenvolvimento sustentável é “a fusão entre o natural e o social” e para que isso aconteça é necessário que “cada indivíduo dê o seu contributo, porque o que cada um dá tem um impacto no global”.Conclui que se devem aproveitar “as mais valias de cada elemento da sociedade” e “encontrar soluções regionais para os problemas locais, em vez de importá-las”.Outro dos professores da Universidade dos Açores que interveio no seminário foi Francisco Cota Rodrigues, que falou sobre a água subterrânea na Terceira. Após explicações sobre escoamentos, infiltrações, retenções, aquíferos basais e suspensos, bem como as vantagens e desvantagens de cada um, concluiu que no futuro se “deve aumentar a exploração dos aquíferos de base e simultaneamente explorar os aquíferos suspensos, fazendo uma mistura, de forma a obter água de melhor qualidade”.O presidente da empresa municipal Praia Ambiente, Paulo Messias, evidenciou no, seu discurso, as iniciativas da empresa, nomeadamente na área dos resíduos sólidos, “ a implementação do canal HORECA, a recolha de recicláveis junto de hotéis, restaurantes e cafés e a recolha porta a porta de materiais recicláveis no centro urbano, serviços já expandidos a áreas periféricas, que “têm tido os melhores resultados”.Paulo Messias salientou ainda o Plano de Valorização dos Óleos Alimentares Usados com a principal intenção de os transformar em bio-combustível. “As acções tomadas actualmente, para além dos efeitos imediatos, devem ter efeitos que subsistam no tempo para que aqueles que nos seguem sejam herdeiros de um planeta mais limpo ”, destacou o presidente da Praia Ambiente.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Cota Rodrigues, Dia Mundial do Ambiente, Educação Ambiental, Félix Rodrigues, recursos hídricos, Seminário
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