Paulo Borges reafirma aposta no plano regional
Paulo Borges não compreende os motivos que levam o Secretário Regional do Ambiente a recusar um plano de combate às térmitas nos Açores.
Paulo Borges continua a defender a necessidade de se criar um plano de combate às térmitas a nível regional. O especialista em insectos da Universidade dos Açores discorda da opinião do Secretário Regional do Ambiente e do Mar. “É uma opinião que ele tem há muitos anos, infelizmente acho que a história vai demonstrar quem é que tem razão”, adianta. Paulo Borges diz não perceber o porquê da recusa do Governo Regional em preparar um plano de combate às térmitas, uma vez que já o fez em relação a outras pragas como o escaravelho japonês ou as plantas invasoras. Na opinião do investigador, a infestação de térmitas desenvolve-se a “uma escala temporal de tal modo lenta, que os governos têm tendência a não se preocupar”. No entanto, para Paulo Borges sem um plano estruturado a infestação vai-se prolongar. “Vão aparecer cada vez mais pessoas com o problema. Se as térmitas hoje afectam 20% das casas, daqui a 10 anos vão afectar 40%”, lamenta. De acordo com o investigador da Universidade dos Açores, a presença de térmitas só é visível ao fim de quatro anos, no entanto isso não significa que o problema esteja controlado. “Elas existem e vão continuar a existir e quanto mais tarde se agir, pior vai ser”, destaca. Paulo Borges realça que a falta de acções por parte do governo vai ser prejudicial para a sociedade. “As térmitas não deixam de comer só porque os políticos acham que não é preciso um plano”, enfatiza. “Provavelmente o professor Álamo não está preocupado, porque não estará no governo daqui a uns anos”, acrescenta. À falta de uma resolução do problema por parte do Governo, Paulo Borges anuncia que a situação está agora nas mãos da sociedade. No entanto, o investigador alerta a população para certas barreiras que terão de ultrapassar. “No portal das térmitas (http://www.sostermitas.angra.uac.pt/) vamos ter um roteiro de como é que as pessoas devem agir passo a passo, mas as pessoas vão querer resolver certas coisas e não vai haver uma estrutura montada e organizada para lhes resolver os problemas”, denuncia. Paulo Borges propõe que se adopte um plano de combate à praga semelhante ao que foi criado no caso dos resíduos. A solução no caso das térmitas, segundo o investigador, passa pela criação de um cargo, atribuído a uma pessoa formada na problemática, que se dedicasse a este assunto e que estabelecesse documentos de informação às pessoas.
(In Diário Insular)
Etiquetas: Álamo de Meneses, combate, Paulo Borges, Praga, Térmitas
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home