"Parece que agora estamos de acordo"
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Depois da audição do responsável do LNEC em comissão parlamentar, há condições para mudar alguma coisa no discurso público sobre a contaminação de solos, subsolos e aquíferos na Praia da Vitória com origem na Base das Lajes?
As questões que aqui me são colocadas pretendiam ter certamente respostas técnicas, pois fui abordado nesse sentido, mas começa-se logo por esta questão que é política. Sei que é difícil distinguir uma coisa da outra, porque cada um de nós é um ser ubíquo.Quanto à pergunta que me coloca, sem dúvida que tudo mudou. Afinal, a classe política está toda de acordo quanto à "urgência da descontaminação", e a classe técnica também. Os técnicos e políticos estão todos de acordo que "de momento não há risco de poluição associada à água de consumo na Praia", daí ser necessária a monitorização dessa mesma água. A questão da necessidade de monitorização nunca esteve clara. O LNEC afirma que o furo realizado junto à Porta de Armas, que capta o aquífero basal, tem poluição. Essa é uma das grandes novidades relativamente ao estudo americano divulgado em 2008, e reafirma que o aquífero basal está contaminado e que há possibilidade de movimento de poluentes. Parece que agora estamos todos de acordo.O LNEC reafirma contaminações e potenciais contaminações fora da Base das Lajes. Mais uma vez estamos todos de acordo.A partir de agora é preciso falar claro e a uma só voz e com todas as hipóteses em cima da mesa.
O que se espera que seja feito a partir de agora?
Descontaminar já, e provar de forma inequívoca, usando os dados disponíveis tanto no estudo do LNEC como no estudo americano, quais são as fontes das várias substâncias encontradas no solo e na água. Não podemos usar a ubiquidade como critério de rejeição de hipóteses. Ou se prova que não é, ou que é, fazendo todos os tratamentos necessários aos dados.
O que se deve entender como descontaminação total, no caso em apreço?
Descontaminação total é um conceito apenas teórico. Defendo toda a descontaminação tecnicamente possível.
No caso específico do aquífero basal da Praia da Vitória, do qual é retirada água para consumo público, o que está estabelecido sobre a sua qualidade e o que se deve fazer já, a médio e a longo prazo?Os critérios de qualidade das águas subterrâneas estão definidos pelos valores paramétricos da legislação portuguesa. Uma vez que estamos em posse de dados fidedignos e de qualidade, obtidos pelo estudo do LNEC, há que complementar essas análises com outros parâmetros não previstos na legislação. Há também que estabelecer a periodicidade com que esses novos parâmetros devem ser analisados.
As questões que aqui me são colocadas pretendiam ter certamente respostas técnicas, pois fui abordado nesse sentido, mas começa-se logo por esta questão que é política. Sei que é difícil distinguir uma coisa da outra, porque cada um de nós é um ser ubíquo.Quanto à pergunta que me coloca, sem dúvida que tudo mudou. Afinal, a classe política está toda de acordo quanto à "urgência da descontaminação", e a classe técnica também. Os técnicos e políticos estão todos de acordo que "de momento não há risco de poluição associada à água de consumo na Praia", daí ser necessária a monitorização dessa mesma água. A questão da necessidade de monitorização nunca esteve clara. O LNEC afirma que o furo realizado junto à Porta de Armas, que capta o aquífero basal, tem poluição. Essa é uma das grandes novidades relativamente ao estudo americano divulgado em 2008, e reafirma que o aquífero basal está contaminado e que há possibilidade de movimento de poluentes. Parece que agora estamos todos de acordo.O LNEC reafirma contaminações e potenciais contaminações fora da Base das Lajes. Mais uma vez estamos todos de acordo.A partir de agora é preciso falar claro e a uma só voz e com todas as hipóteses em cima da mesa.
O que se espera que seja feito a partir de agora?
Descontaminar já, e provar de forma inequívoca, usando os dados disponíveis tanto no estudo do LNEC como no estudo americano, quais são as fontes das várias substâncias encontradas no solo e na água. Não podemos usar a ubiquidade como critério de rejeição de hipóteses. Ou se prova que não é, ou que é, fazendo todos os tratamentos necessários aos dados.
O que se deve entender como descontaminação total, no caso em apreço?
Descontaminação total é um conceito apenas teórico. Defendo toda a descontaminação tecnicamente possível.
No caso específico do aquífero basal da Praia da Vitória, do qual é retirada água para consumo público, o que está estabelecido sobre a sua qualidade e o que se deve fazer já, a médio e a longo prazo?Os critérios de qualidade das águas subterrâneas estão definidos pelos valores paramétricos da legislação portuguesa. Uma vez que estamos em posse de dados fidedignos e de qualidade, obtidos pelo estudo do LNEC, há que complementar essas análises com outros parâmetros não previstos na legislação. Há também que estabelecer a periodicidade com que esses novos parâmetros devem ser analisados.
(In Diário Insular)
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