Espécies endémicas em risco de extinção
Metade das plantas endémicas dos Açores correm risco de extinção. Trata-se de uma situação poderá ter implicações no ciclo da água de algumas ilhas.
Cerca de metade das 32 espécies endémicas dos Açores em risco de extinção podem desaparecer em pouco tempo se não forem tomadas medidas para as proteger. De acordo com estudos científicos, essa possibilidade de extinção é cada vez mais evidente devido a alterações verificadas nas áreas onde as espécies endémicas ainda existem. “Houve uma alteração profunda da ocupação do solo com o aumento progressivo das áreas de pastagem e com situação das águas superficiais das lagoas e ribeiras, que tem levado a uma quebra profunda da extensão dos habitats naturais”, refere o investigador da Universidade dos Açores, Eduardo Dias. Assegura que algumas das plantas endémicas que estão referenciadas como estando em perigo estão tecnicamente extintas porque apenas restam alguns exemplares. Entre as plantas que correm grande perigo de extinção estão a Marsilea azorica, Prunus azorica, Euphasia grandiflora e Ammi trifoliatum. Eduardo Dias manifesta a sua apreensão com o facto de não haver planos de recuperação das espécies em risco de extinção, uma vez que não existe nenhum impedimento técnico para que isso aconteça. “Existe capacidade para se criar planos para restaurar espécies que estão em alto risco de extinção”, afirma. Caso perca algumas das suas plantas endémicas, a Região fica a perder não só no que se refere à preservação da sua flora, como também nos recursos hídricos. De acordo com Eduardo Dias, “uma parte importante dessas espécies estão relacionadas com a manutenção dos aquíferos superficiais e da regularização da água. A sua extinção implica perca de capacidade de controlar o meio ambiente e obriga a investimentos avultados para podermos ter água”.
Medidas em curso
Medidas em curso
Por seu turno, o secretário regional do Ambiente e do Mar, Álamo Meneses, garante que estão a ser tomadas medidas para proteger a flora endémica. Álamo Meneses reconhece que “é necessário fazer mais”, mas assegura que está a ser feito “um grande esforço” para repor a vegetação endémica em algumas ilhas. “Estamos a criar reservas naturais em todas as ilhas que envolvem acções que vão no sentido de proteger as espécies endémicas”, acrescentou.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Álamo de Meneses, Conservação e restauro, Eduardo Dias, Plantas endémicas
1 Comments:
Acho muito bem tomarem-se medidas para que estas espécies não se extingão, pois elas é que tornam a flora mais bela e criam biodiversidade!
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