Terceira recebe mestrado em Educação
A ilha Terceira volta a receber a segunda edição do mestrado em Educação. A primeira vez que o mestrado foi disponibilizado no pólo da Universidade dos Açores na ilha foi em 2006/2008, sendo que já decorreram várias edições em São Miguel.De acordo com o coordenador do curso de mestrado, Francisco Sousa, a edição de 2009/2011 funciona na especialidade de concepção e desenvolvimento de projectos educativos, com 24 vagas.As candidaturas abriram no dia seis de Julho, encerrando a 16 deste mês.“A decisão de abrir o curso este ano na Terceira nesta especialidade baseia-se na análise dos resultados de uma sondagem previamente realizada junto de potenciais interessados. A sondagem revelou a existência de um número relativamente elevado de potenciais candidatos, ao contrário do que tinha acontecido em idêntica sondagem realizada um ano antes”, explica.Francisco Sousa interpreta o aumento do número de interessados no mestrado como estando ligado à “plena tomada de consciência por parte dos professores do ensino não superior (principais, embora não exclusivos, destinatários deste mestrado) das implicações da aquisição do grau de Mestre à luz do novo Estatuto da Carreira Docente, ultrapassada uma fase de algum desencanto, gerado aquando da publicação desse mesmo estatuto”.Além disso, acredita que outra razão se pode prende com a “constatação de que, com a concretização do chamado processo de Bolonha”a obtenção do grau de Mestre passou a ser condição necessária para a aquisição de habilitação profissional para a docência”.“Embora os professores que adquiriram habilitação profissional para a docência ao abrigo de legislação anterior ao chamado processo de Bolonha não percam essa habilitação no caso de não obterem entretanto o grau de Mestre, a inevitável entrada no sistema de muitos jovens docentes com o grau de Mestre poderá eventualmente funcionar como incentivo à aquisição desse mesmo grau por parte dos profissionais que já trabalham no sistema”, fundamenta.
Escola a mudarNa opinião do coordenador do mestrado, esta área de especialização adquire cada vez mais importância numa Escola em mutação.“Ao contrário da escola de há 20 anos, é uma escola dominada por uma ‘cultura de projecto’. Já não vivemos numa escola em que tudo é uniformemente prescrito pelos responsáveis pelo macro-sistema numa lógica de regulação puramente burocrática. A evolução das dinâmicas sociais e do papel do Estado tem sujeitado as instituições - particularmente as instituições educativas - a formas de regulação no âmbito das quais a legitimação do trabalho dos profissionais é cada vez mais baseada na capacidade de gerir projectos concebidos em função de contextos específicos”, afirma. Francisco Sousa frisa que “as escolas vivem hoje uma situação de grande abundância de projectos: os que definem as suas orientações políticas e estratégias - projecto educativo de escola, projecto curricular de escola, projecto curricular de turma -; os que são propostos ou exigidos pela tutela em áreas específicas (e.g., “projecto afectivo-sexual”); os que partem da iniciativa de entidades externas ao sistema educativo (e.g., “Parlamento dos jovens”, “Escola Segura”); os que se enquadram em programas nacionais e internacionais aos quais as escolas se podem candidatar por iniciativa própria, etc”. O coordenador conclui assim que o mestrado visa reforçar as competências dos profissionais na gestão de projectos educativos. “Maximizando o aproveitamento das oportunidades geradas por esta ‘cultura de projecto’ e, por outro lado, minimizando riscos de deriva”.
Escola a mudarNa opinião do coordenador do mestrado, esta área de especialização adquire cada vez mais importância numa Escola em mutação.“Ao contrário da escola de há 20 anos, é uma escola dominada por uma ‘cultura de projecto’. Já não vivemos numa escola em que tudo é uniformemente prescrito pelos responsáveis pelo macro-sistema numa lógica de regulação puramente burocrática. A evolução das dinâmicas sociais e do papel do Estado tem sujeitado as instituições - particularmente as instituições educativas - a formas de regulação no âmbito das quais a legitimação do trabalho dos profissionais é cada vez mais baseada na capacidade de gerir projectos concebidos em função de contextos específicos”, afirma. Francisco Sousa frisa que “as escolas vivem hoje uma situação de grande abundância de projectos: os que definem as suas orientações políticas e estratégias - projecto educativo de escola, projecto curricular de escola, projecto curricular de turma -; os que são propostos ou exigidos pela tutela em áreas específicas (e.g., “projecto afectivo-sexual”); os que partem da iniciativa de entidades externas ao sistema educativo (e.g., “Parlamento dos jovens”, “Escola Segura”); os que se enquadram em programas nacionais e internacionais aos quais as escolas se podem candidatar por iniciativa própria, etc”. O coordenador conclui assim que o mestrado visa reforçar as competências dos profissionais na gestão de projectos educativos. “Maximizando o aproveitamento das oportunidades geradas por esta ‘cultura de projecto’ e, por outro lado, minimizando riscos de deriva”.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Educação, Francisco Sousa, Mestrados
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