terça-feira, julho 14, 2009

Europa quer jovens a aprender no estrangeiro

A Comissão Europeia quer mais jovens em programas de mobilidade. O organismo da União Europeia publicou ontem o Livro Verde “Promover a Mobilidade dos Jovens para fins de Aprendizagem”, lançando também uma consulta pública que se prolonga até ao dia 15 de Dezembro.O objectivo é “iniciar o debate sobre a melhor maneira de potenciar as oportunidades de que os jovens europeus dispõem para desenvolverem os seus conhecimentos e competências no estrangeiro”. Actualmente, de acordo com números da Comissão, apenas 0,3 por cento dos jovens entre os 16 e 29 anos, de toda a União Europeia, já participou em programas de mobilidade. A respeito da publicação do livro verde, o comissário Europeu para a Educação, a Formação, a Cultura e a Juventude, Ján Figel já afirmou que “a mobilidade, numa perspectiva de aprendizagem, é muito positiva para os indivíduos, as escolas, as universidades, os estabelecimentos de formação e a sociedade em geral”“Precisamos de incentivar a mobilidade, de forma a que ir ao estrangeiro para aprender passe a ser a regra e não a excepção. Este aspecto é tão importante para a pujança e a sustentabilidade do relançamento económico da UE como para a coesão social das sociedades europeias no séc. XXI”, concluiu.
Região a ganhar...

Questionada sobre a importância dar um novo fôlego aos programas de mobilidade, do ponto de vista da Região, a directora regional da Educação, Fabíola Cardoso disse que o arquipélago tem muito a ganhar. “Penso que aqui deve ser relevada a ultraperifericidade dos Açores e os ganhos que se podem obter com uma presença mais alargada dos nossos jovens na Europa Continental, nomeadamente em termos de empreendedorismo, de criação de emprego, de experiências de aprendizagem diversificadas e dos resultados que estas experiências podem trazer na vida activa de um adulto”, afirma a DI.Lembrando que a Região participa nos programas Eurodisseia, Comenius e Erasmus, Fabíola Cardoso considera que “os Açores e os seus órgãos de governo próprio conhecem já a generalidade dos programas à disposição dos vários parceiros sociais, que importa agora colocar, nomeadamente no caso da Educação, ao serviço de uma estratégia global para a mobilidade.
Considera pró-reitor da universidade dos açores, Alfredo Borba
Programas de mobilidadedão “novas perspectivas”

A existência de programas de mobilidade que permitem aos jovens estudarem, adquirirem novas competências e participarem em projectos de investigação no estrangeiro são especialmente importantes em regiões pequenas e periféricas como os Açores, acredita o pró-reitor da Universidade dos Açores, Alfredo Borba. Em declarações a DI, este afirma que estes programas permitem, “sobretudo, criar novas perspectivas”.“Os programas de mobilidade são algo que possibilita aos alunos conhecerem novas realidades, terem acesso a informação que é muitas vezes difícil de obter num meio pequeno como o nosso. Além disso, torna possível que estes mesmos jovens se integrem em projectos de investigação de grande dimensão, o que, de outra forma, seria muito difícil”, explica. Alfredo Borba avança que a mobilidade é colocada em prática pela Universidade dos Açores, incluindo o pólo da Terceira desta universidade, “há muitos anos”.“Temos o programa Erasmus e enviamos alunos para os Estados Unidos, América do Norte e do Sul, nomeadamente para o Brasil”, exemplifica.Recorde-se que a Comissão Europeia publicou ontem o Livro Verde “Promover a Mobilidade dos Jovens para fins de Aprendizagem”.A Comissão quer incentivar a criação de mais programas de mobilidade bem como aumentar o número de jovens que participam. Está lançada uma consulta pública que se prolonga até 15 de Dezembro de 2009.

(in Diário Insular)

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