Rede divulga jardins de Angra do Heroísmo
Está criada a Rede de Jardins de Angra, que conta actualmente com 19 jardins. O projecto está, de acordo com a responsável, Margarida Pires, apenas a aguardar a conclusão dos últimos trâmites burocráticos. Na prática, a rede, que surge em consequência do trabalho realizado por Margarida Pires, no âmbito da disciplina de Projecto do curso de licenciatura em Guias da Natureza da Universidade dos Açores, pretende dar visibilidade aos jardins privados e de edifícios públicos existentes no centro histórico de Angra e nas freguesias mais próximas da cidade, bem como incentivar a manutenção destes espaços. A rede terá a parceria da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Delegação de Turismo da Ilha Terceira e Associação Regional de Turismo. “Neste momento falta apenas reunir com a delegação de turismo, Câmara Municipal e ART e dizer os jardins que aderiram e que características têm. Com a câmara talvez seja possível agendar encontros e conferências. Trazer alguém que fale sobre jardins, que esclareça possíveis interessados em aderir, bem como as pessoas e entidades que já fazem parte da rede. Com a delegação de turismo, será feita a articulação com o sector turístico. É preciso também deixar uma base de contactos na delegação de turismo, câmara e ART para que a agências de viagens os usem”, esclarece. Além disso, a Câmara de Angra está disponível para apoiar a recuperação de alguns jardins, enviando um jardineiro ou um técnico para avaliar a situação em que o espaço se encontra e até cedendo plantas.
Turismo
Margarida Pires acredita que os jardins de Angra do Heroísmo podem funcionar como uma atracção turística para nichos de mercado.Os jardins que aderiram à rede serão divulgados na brochura anual da ART. “O ideal seria apostar numa brochura com fotografia cuidada e estou a pensar pedir a alguém como o professor Eduardo Dias, que foi meu mentor neste projecto, que ajude na parte da caracterização dos jardins, a nível das espécies existentes. Alguém como o professor Maduro Dias poderia ajudar com a parte histórica…”, exemplifica.Margarida Pires acredita que existe interesse do mercado turístico: “Sei que no ano passado nos visitaram grupos de franceses que faziam os ‘Jardins do Atlântico’. Na altura visitavam apenas o jardim Duque da Terceira. Agora, existem mais jardins que podem ser visitados”.
Cidade ajardinada
A relação entre Angra do Heroísmo e os jardins é histórica. Desde o século XVI que existem relatos das casas com grandes espaços ajardinados. Muitos, com o passar do tempo, foram-se perdendo.“A impressão com que fiquei é que, depois do sismo de 80, os jardins foram desaparecendo e diminuindo. Na Rua Direita há poucos, existem alguns na zona da Miragaia, inclusive um dos Baldaia, em muito bom estado, muito bonito. Já em São Pedro há uma série de jardins lindíssimos, com dragoeiros com centenas de anos. Em São Carlos também existem jardins de grande dimensão”, adianta.Mesmo assim, a ilha é um jardim. “Muitas das pessoas que não têm espaço em casa usam as varandas floridas. Era tradição, quando apareceram os primeiros povoadores, que uma faixa da casa se destinasse a ser uma zona ajardinada. Essa tradição continua a existir. As pessoas continuam a construir, mesmo fora de Angra, e a ter uma faixazinha destinada ao jardim”, diz.Entre os jardins que aderiram à rede estão a Quinta da Nasce Água e o da casa de Francisco Ernesto, em São Pedro. “O interessante é que temos jardins de todos os tipos, muitos deles com elementos construídos, como fontanários muito antigos… Podem ser espaços com lajes de pedra e canteiros de flores… Muitos dos jardins tem paisagens de excepção ou edifícios históricos associados”.
Dia do Jardim
Além de ter idealizado a Rede de Jardins de Angra, Margarida Pires conseguiu que fosse criado o Dia dos Jardins de Angra, que, este ano, se comemorará a 21 de Setembro.“A Delegação de Turismo assumiu a organização deste dia. O objectivo é que os vários jardins estejam disponíveis para que os turistas os visitem”, adianta Margarida Pires.“Uma outra proposta que tenho para fazer à delegação de Turismo é que, em vez de darmos uma flor aos turistas, se dê um dragoeiro, que é vegetação endémica da Macaronésia. Podíamos ter uma parceria com os serviços agrícolas, que certificariam a planta”, lança.Na opinião de Margarida Pires, “um dragoeiro pequeno pode ir num vaso colorido, com um folheto que explique a sua história, que é a árvore da vida e que dura centenas de anos. É uma prenda duradoura”.
Além de ter idealizado a Rede de Jardins de Angra, Margarida Pires conseguiu que fosse criado o Dia dos Jardins de Angra, que, este ano, se comemorará a 21 de Setembro.“A Delegação de Turismo assumiu a organização deste dia. O objectivo é que os vários jardins estejam disponíveis para que os turistas os visitem”, adianta Margarida Pires.“Uma outra proposta que tenho para fazer à delegação de Turismo é que, em vez de darmos uma flor aos turistas, se dê um dragoeiro, que é vegetação endémica da Macaronésia. Podíamos ter uma parceria com os serviços agrícolas, que certificariam a planta”, lança.Na opinião de Margarida Pires, “um dragoeiro pequeno pode ir num vaso colorido, com um folheto que explique a sua história, que é a árvore da vida e que dura centenas de anos. É uma prenda duradoura”.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Alunos, Guias da Natureza, jardim
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