Gripe A não é muito pior que uma gripe normal
“A gripe suína não é assim tão má. A epidemia não é tão grave como as pessoas pensam. Não estou muito preocupado. Não é muito pior que uma gripe normal”. As palavras são do vencedor do prémio Nobel da Medicina 2006, Craig Mello, que se encontra em visita aos Açores e confessou, ontem, ter ficado surpreendido com o controle que encontrou na chegada a Ponta Delgada.“Nos Estados Unidos estivemos muito assustados no início e agora está toda a gente muito mais calma. Ficámos surpreendidos ao chegar, ao vermos que aqui tanto interesse na gripe A”, disse, em declarações à Antena 1/Açores.O Nobel da Medicina afirmou que “honestamente (a gripe suína) acabou por não ser tão mortal como alguns chegaram a temer”. Recorde-se que a gripe A é uma doença respiratória despoletada por ortomixovírus endémicos aos porcos. Não se sabe exactamente qual é a origem do vírus HINI, mas a comunidade científica pensa que está em causa um híbrido de material genético de aves, humanos e porcos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já adiantou que a doença é uma grande preocupação, sobretudo porque não se transmite apenas através dos animais mas também de humano para humano. A OMS já classificou a doença como “uma emergência de saúde pública de âmbito internacional”.
Ilhas laboratório
Ilhas laboratório
Foi também ontem que Craig Mello considerou que os Açores se podem assumir como um bom laboratório para doenças de cariz hereditário.“Se estivermos a estudar uma doença familiar é muito útil trabalhar com uma população pequena, como vocês têm aqui nos Açores. Torna-se possível delinear a origem da doença”, afirmou. O Nobel da Medicina considerou ainda que existem “muitos jovens interessados na Ciência” nos Açores e colocou a hipótese de serem estabelecidos acordos com a Universidade dos Açores. “Podemos preparar alguns programas entre a minha universidade e a dos Açores. Vamos falar sobre essas oportunidades”, adiantou.O investigador de raízes açorianas venceu Nobel da Medicina de 2006, ex-aequo com Andrew Fire, pela descoberta do mecanismo fundamental para o controlo dos fluxos de informação genética, que pode ajudar a explicar algumas doenças, como alguns tipos de cancro.
Na esperança de que isso incentive jovens a interessarem-se pela ciência
Craig Mello confia Nobel à Região por “um ano ou mais”.
O diploma e a medalha que Craig Mello, Prémio Nobel da Medicina de 2006, recebeu há cerca de três anos, vão ficar em exposição na Região, tudo indica que no Museu Carlos Machado, em São Miguel.“É uma forma de inspirar os jovens açorianos a estudarem ciência, o que os pode levar a alguma descoberta que pode fazer a diferença”, afirmou Craig Mello, de ascendência açoriana, no final de um encontro com o presidente do Governo Regional. Mello admite deixar o diploma e a medalha no arquipélago “um ano ou mais”.“Vai ser exposto aqui nos Açores para que as pessoas possam ver como é um Prémio Nobel”, disse. Mello disse estar “muito emocionado” com esta primeira visita aos Açores. O Nobel afirmou que o conhecimento que tem do arquipélago resulta apenas das “histórias” que ouviu do avô e do pai.Muitas dessas histórias que acompanharam a infância de Mello falavam sobre “o mar, os mergulhos e o facto de os açorianos serem bons nadadores”.Craig Mello é professor de Medicina Molecular na Universidade de Massachusetts e investigador do Instituto Howard Hughes, em Maryland, nos Estados Unidos. A visita oficial termina domingo. Apesar de visitar a Unidade de Genética do hospital de Ponta Delgada, não passará pelo Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular, do hospital de Angra, que é, por exemplo, o único nos Açores apto a identificar o vírus H1N1.
Na esperança de que isso incentive jovens a interessarem-se pela ciência
Craig Mello confia Nobel à Região por “um ano ou mais”.
O diploma e a medalha que Craig Mello, Prémio Nobel da Medicina de 2006, recebeu há cerca de três anos, vão ficar em exposição na Região, tudo indica que no Museu Carlos Machado, em São Miguel.“É uma forma de inspirar os jovens açorianos a estudarem ciência, o que os pode levar a alguma descoberta que pode fazer a diferença”, afirmou Craig Mello, de ascendência açoriana, no final de um encontro com o presidente do Governo Regional. Mello admite deixar o diploma e a medalha no arquipélago “um ano ou mais”.“Vai ser exposto aqui nos Açores para que as pessoas possam ver como é um Prémio Nobel”, disse. Mello disse estar “muito emocionado” com esta primeira visita aos Açores. O Nobel afirmou que o conhecimento que tem do arquipélago resulta apenas das “histórias” que ouviu do avô e do pai.Muitas dessas histórias que acompanharam a infância de Mello falavam sobre “o mar, os mergulhos e o facto de os açorianos serem bons nadadores”.Craig Mello é professor de Medicina Molecular na Universidade de Massachusetts e investigador do Instituto Howard Hughes, em Maryland, nos Estados Unidos. A visita oficial termina domingo. Apesar de visitar a Unidade de Genética do hospital de Ponta Delgada, não passará pelo Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular, do hospital de Angra, que é, por exemplo, o único nos Açores apto a identificar o vírus H1N1.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Prémios Nobel, saúde pública
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home