sexta-feira, março 07, 2008

Espécies não-autóctones

Açores, Madeira e Canárias preparam há cerca de um ano um “livro negro” das 100 espécies não autóctones mais perigosas dos três arquipélagos da Macaronésia, que deve ser lançado em Maio. Em causa estão espécies como o escaravelho japonês ou as térmitas. De acordo com o professor da Universidade dos Açores, Paulo Borges, um dos responsáveis pelo projecto, o livro vai consistir em “100 fichas, ilustradas por fotografias, com a caracterização da espécie e a respectiva forma de combate”.O projecto, realizado no âmbito do programa Interreg- Bionatura, pretende reunir informação para que as entidades competentes possam investir no sentido do controle ou erradicação de pragas e também para orientar futuras medidas, adianta ainda Paulo Borges.
COMISSÃO PREOCUPADA...

Entretanto, a Comissão Europeia lançou, segunda-feira, uma consulta através da Internet sobre a melhor forma de abordar o problema da intrusão de espécies não autóctones nos vários países-membros.Os resultados da consulta devem ser utilizados para a preparação de uma comunicação da Comissão sobre espécies invasoras, a adoptar no final do ano.Segundo Paulo Borges, as espécies não autóctones são um problema real no arquipélago. “Basta ver que a única espécie autóctone em termos de animais vertebrados, de maior porte, é o morcego”, afirma. Além disso, no que se refere às plantas, 650 espécies das perto de 1000 existentes no arquipélago são não autóctones, isto é, perto de 70 por cento. Já 60 por cento dos insectos são também não autóctones. “No caso das aves a percentagem é mais baixa, mas também existem algumas espécies não autóctones”.“São milhares de espécies que o homem trouxe consigo ao longo dos séculos e que são perigosas para o equilíbrio da fauna e da flora. Entre estas estão algumas bastantes problemáticas, como o pardal, o escaravelho japonês e as térmitas”, conclui o professor da universidade açoriana.

(In Diário Insular)

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