Ruralidade e Território
Erisangela Soares de Melo, Eliane Aparecida Pereira de Abreu e João Policarpo, afirmam que a analise das actividades agrícolas no Estado de Alagoas no Brasil evidencia duas Regiões com culturas e estruturas bastante distinta: na Região Leste, costeira, constata-se presença de latifúndio para monocultura da cana-de-açúcar; por outro lado, na Região Agreste ocorre predominância da pequena propriedade e maior diversificação das culturas agrícolas. Com base nas diferenças entre as Mesorregiões apresentadas, este trabalho teve como objectivo analisar a concentração de terra nas Mesorregiões Agreste e Leste do Estado de Alagoas, buscando identificar o impacto das actividades agrícolas na renda e indicadores sociais dos municípios integrantes de cada uma destas Regiões.
Rosalina Gabriel e Emiliana Silva afirmam que nos Açores, as noções de ruralidade e/ou urbanidade são tão difíceis de definir como noutras partes do Mundo e dependerão de factores como a dimensão dos aglomerados populacionais, a proximidade das freguesias aos centros urbanos e a interpenetração de actividades económicas. Para medir atitudes face ao ambiente de habitantes em centros rurais e urbanos, utilizou-se o Novo Paradigma Ecológico e três escalas relacionadas com a água, os resíduos sólidos e a biodiversidade. De acordo com os resultados obtidos, a maioria da população açoriana inquirida apresenta atitudes favoráveis ao ambiente, posicionando-se dentro dos valores do Novo Paradigma Ecológico. No entanto, tal como seria de esperar, este posicionamento não é homogéneo. Os resultados da análise de independência qui-quadrado revelam que existem diferenças significativas entre os habitantes das ilhas Terceira e São Miguel, os residentes em espaços rurais e urbanos, o grupo etário a que pertencem e o seu grau de escolaridade. As questões que moldam as atitudes ambientais são complexas e não podem ser compreendidas a partir de um único factor, tornando-se útil compreender as diferenças entre os vários grupos de modo a poder informar selectivamente as pessoas, melhorando por exemplo a aceitação de políticas agrícolas respeitadoras do ambiente.
Nos últimos anos, diversos programas de certificação ou iniciativas de produção sustentável se destacaram nas diferentes regiões produtoras de café no Brasil. Porém, não se sabe como tais iniciativas poderão auxiliar na solução dos problemas sociais e ambientais relacionados à produção de café e na melhoria das condições de vida dos produtores, afirmam Flávia Maria de Mello Bliska; Sérgio Parreiras Pereira e Gerson Silva Giomo. No Brasil, maior produtor mundial e segundo maior consumidor, a produção de café é muito importante para o desenvolvimento rural. Portanto, conhecer os impactos da certificação de cafés sustentáveis é especialmente importante. Os objectivos do estudo que apresentaramforam: (1) Comparar os impactos económicos, ambientais e sociais locais, regionais e globais, dos cafés sustentável e convencional, sobre o meio ambiente (qualidade da água, biodiversidade, conservação do solo), e sobre as condições de vida dos produtores rurais; (2) Identificar quem se beneficia ou quem arca com os custos do café sustentável, em comparação com o café convencional; (3) Explorar as directrizes e as barreiras da produção e do consumo do café sustentável ao longo da sua cadeia produtiva. O estudo apresentado foi realizado entre 2005 e 2006, mediante aplicação de questionário a produtores, e complementado com entrevistas semi-estruturadas, realizadas com exportadores, torrefadores e informantes chave da cadeia produtiva.
A comunicação “Microproduções agrícolas e desenvolvimento sustentável em regiões periféricas” de Luís Tibério ; Artur Cristóvão e Sónia Abreu teve por base resultados obtidos no âmbito da Acção de Investigação “Microproduções Agrícolas e Desenvolvimento Local no Douro-Duero”, inserida no Projecto INTERREG III A “Aproveitamento e Valorização dos Recursos”, desenvolvido em parceria por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Salamanca. A área geográfica de incidência do estudo corresponde ao território fronteiriço abrangido pelos Parques Naturais do Douro Internacional (PNDI) e Arribas do Douro (PNAD). A realidade socio-económica em geral e, em particular, a actividade agrária desenvolvida naquele território servem de referência à reflexão que se propuseram fazer em torno do potencial contributo da pequena agricultura tradicional e familiar para o desenvolvimento sustentável de territórios rurais periféricos. A reflexão foi contextualizada pela apresentação de um conjunto de elementos, de carácter geral, que explicam o interesse actual pelas produções tradicionais, enquanto instrumento de desenvolvimento dos seus territórios de origem. Com base na investigação realizada no âmbito da acção referida foram apresentadas as principais potencialidades e limitações ao desenvolvimento das pequenas produções agrícolas locais. Concluíram com a apresentação de um conjunto de elementos que julgaram fundamentais para que estes produtos possam constituir um instrumento de desenvolvimento territorial sustentável, entendido este nos seus múltiplos desafios: económico, social, ecológico e de mercado. Abel Ciro Minniti Igreja ; Geovana Tirado ; Flávia Maria de Mello Bliska e Sônia Santana Martins, analisaram a evolução recente da pecuária bovina de corte e da indústria de abate e processamento de bovinos no Estado de São Paulo, e sua inserção na economia brasileira e no mercado internacional de carne bovina. O objectivo é auxiliar na formulação de políticas sectoriais coerentes com a viabilidade do sector de carne bovina naquele Estado, tendo em vista a melhoria da capacitação tecnológica, o aumento das pré-condições dinâmicas de produtividade e competitividade, o desenvolvimento de recursos humanos, a agregação de valor e o desenvolvimento equilibrado e sustentável, do ponto de vista regional e sectorial.
Rosalina Gabriel e Emiliana Silva afirmam que nos Açores, as noções de ruralidade e/ou urbanidade são tão difíceis de definir como noutras partes do Mundo e dependerão de factores como a dimensão dos aglomerados populacionais, a proximidade das freguesias aos centros urbanos e a interpenetração de actividades económicas. Para medir atitudes face ao ambiente de habitantes em centros rurais e urbanos, utilizou-se o Novo Paradigma Ecológico e três escalas relacionadas com a água, os resíduos sólidos e a biodiversidade. De acordo com os resultados obtidos, a maioria da população açoriana inquirida apresenta atitudes favoráveis ao ambiente, posicionando-se dentro dos valores do Novo Paradigma Ecológico. No entanto, tal como seria de esperar, este posicionamento não é homogéneo. Os resultados da análise de independência qui-quadrado revelam que existem diferenças significativas entre os habitantes das ilhas Terceira e São Miguel, os residentes em espaços rurais e urbanos, o grupo etário a que pertencem e o seu grau de escolaridade. As questões que moldam as atitudes ambientais são complexas e não podem ser compreendidas a partir de um único factor, tornando-se útil compreender as diferenças entre os vários grupos de modo a poder informar selectivamente as pessoas, melhorando por exemplo a aceitação de políticas agrícolas respeitadoras do ambiente.
Nos últimos anos, diversos programas de certificação ou iniciativas de produção sustentável se destacaram nas diferentes regiões produtoras de café no Brasil. Porém, não se sabe como tais iniciativas poderão auxiliar na solução dos problemas sociais e ambientais relacionados à produção de café e na melhoria das condições de vida dos produtores, afirmam Flávia Maria de Mello Bliska; Sérgio Parreiras Pereira e Gerson Silva Giomo. No Brasil, maior produtor mundial e segundo maior consumidor, a produção de café é muito importante para o desenvolvimento rural. Portanto, conhecer os impactos da certificação de cafés sustentáveis é especialmente importante. Os objectivos do estudo que apresentaramforam: (1) Comparar os impactos económicos, ambientais e sociais locais, regionais e globais, dos cafés sustentável e convencional, sobre o meio ambiente (qualidade da água, biodiversidade, conservação do solo), e sobre as condições de vida dos produtores rurais; (2) Identificar quem se beneficia ou quem arca com os custos do café sustentável, em comparação com o café convencional; (3) Explorar as directrizes e as barreiras da produção e do consumo do café sustentável ao longo da sua cadeia produtiva. O estudo apresentado foi realizado entre 2005 e 2006, mediante aplicação de questionário a produtores, e complementado com entrevistas semi-estruturadas, realizadas com exportadores, torrefadores e informantes chave da cadeia produtiva.
A comunicação “Microproduções agrícolas e desenvolvimento sustentável em regiões periféricas” de Luís Tibério ; Artur Cristóvão e Sónia Abreu teve por base resultados obtidos no âmbito da Acção de Investigação “Microproduções Agrícolas e Desenvolvimento Local no Douro-Duero”, inserida no Projecto INTERREG III A “Aproveitamento e Valorização dos Recursos”, desenvolvido em parceria por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e da Universidade de Salamanca. A área geográfica de incidência do estudo corresponde ao território fronteiriço abrangido pelos Parques Naturais do Douro Internacional (PNDI) e Arribas do Douro (PNAD). A realidade socio-económica em geral e, em particular, a actividade agrária desenvolvida naquele território servem de referência à reflexão que se propuseram fazer em torno do potencial contributo da pequena agricultura tradicional e familiar para o desenvolvimento sustentável de territórios rurais periféricos. A reflexão foi contextualizada pela apresentação de um conjunto de elementos, de carácter geral, que explicam o interesse actual pelas produções tradicionais, enquanto instrumento de desenvolvimento dos seus territórios de origem. Com base na investigação realizada no âmbito da acção referida foram apresentadas as principais potencialidades e limitações ao desenvolvimento das pequenas produções agrícolas locais. Concluíram com a apresentação de um conjunto de elementos que julgaram fundamentais para que estes produtos possam constituir um instrumento de desenvolvimento territorial sustentável, entendido este nos seus múltiplos desafios: económico, social, ecológico e de mercado. Abel Ciro Minniti Igreja ; Geovana Tirado ; Flávia Maria de Mello Bliska e Sônia Santana Martins, analisaram a evolução recente da pecuária bovina de corte e da indústria de abate e processamento de bovinos no Estado de São Paulo, e sua inserção na economia brasileira e no mercado internacional de carne bovina. O objectivo é auxiliar na formulação de políticas sectoriais coerentes com a viabilidade do sector de carne bovina naquele Estado, tendo em vista a melhoria da capacitação tecnológica, o aumento das pré-condições dinâmicas de produtividade e competitividade, o desenvolvimento de recursos humanos, a agregação de valor e o desenvolvimento equilibrado e sustentável, do ponto de vista regional e sectorial.
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