Métodos e Indicadores Espaciais
A acessibilidade revela a importância, em termos de vantagem locativa, de uma área relativamente a um conjunto mais ou menos alargado de outras áreas que com ela dividem um território em análise, quer se trate de uma região, de uma cidade ou de um corredor, afirmam Anabela Salgueiro Narciso Ribeiro; António José Pais Antunes e Álvaro Jorge Maia Seco. O cálculo da acessibilidade é realizado com recurso a indicadores, que podem assumir diferentes formas em função dos objectivos específicos associados a esse cálculo e das características do território. A oportunidade da sistematização e classificação de um conjunto de indicadores de referência surge na medida da crescente importância do papel das infra-estruturas de transporte no desenvolvimento territorial. Sendo a acessibilidade o principal produto do sistema de transportes, constitui assim um dos critérios fundamentais na avaliação das relações entre infra-estruturas de transporte e desenvolvimento territorial, as quais não se têm apresentado tão claras quanto seria desejável, dada a variabilidade de situações que resultam dessa interacção.
Pretendendo alcançar uma medida única que permita dar-nos a posição relativa no ranking do bem-estar dos municípios portugueses de um dado concelho em particular medida essa que deve ter na devida conta as centenas de variáveis que influenciam o bem-estar, desde variáveis quantitativas como o PIB ou o consumo até variáveis qualitativas como a disponibilidade de bens culturais e outros de difícil medição, José R. Pires Manso e Nuno Miguel Simões, apresentaram uma comunicação que em termos metodológicos recorre a técnicas originais que misturam desde as mais simples a outras mais elaboradas como a análise multivariada (análise factorial).
Tomaz Ponce Dentinho afirmou que nos critérios de distribuição de fundos pelas autarquias locais estão sempre presentes a área, corrigida ou não por factores orográficos, e a população, aperfeiçoada porventura pelos fluxos turísticos. No entanto os limites das circunscrições territoriais e a variabilidade da densidade populacional introduzem distorções na afectação dos fundos e nem mesmo a ponderação entre área e população conduzem a distribuições compatíveis com as diversas atribuições e competências municipais. Propôs-se testar dois novos critérios de distribuição de verbas pelas autarquias locais: o potencial demográfico que atenua os efeitos dos limites das circunscrições territoriais e a área de pressão urbana, calculada com base na área e na população, que reduz o efeito da variabilidade da densidade populacional. O teste destes dois indicadores face aos alternativos é feito com base nas contas dos municípios dos Açores.
Embora o Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita) seja um indicador importante para conhecer a distribuição do rendimento tendo em conta o local onde é gerado, isto é onde ocorre o processo produtivo, a análise de Carla Cristina Esteves Coimbra e Pedro Miguel Nogueira Ramos pretendeu ir mais além, tentando conhecer a distribuição espacial do rendimento para além das regiões de geração do PIB. Analisaram-se os diferentes fluxos de redistribuição do rendimento que partindo do PIB permitem chegar ao rendimento disponível ajustado das famílias – agregado a partir do qual as famílias executam o seu consumo efectivo (inclui o consumo não pago das famílias, isto é, financiado pelas administrações públicas ou pelas instituições sem fins lucrativos).
Portugal caracteriza-se por um forte declínio na natalidade, afirmam António Caleiro; Flávia Maria de Melo Bliska e Sônia Santana Martins, sendo este um fenómeno que requer uma análise que sirva de base a uma intervenção, certamente necessária, dados os custos, nomeadamente económicos e políticos, associados àquele fenómeno. Não obstante aquela tendência a nível nacional, uma observação dos dados suficientemente desagregada do ponto de vista regional permite verificar que, em determinadas regiões, o problema da baixa natalidade parece ser (bem) menos grave do que noutras, onde a desertificação humana parece eminente. Tendo em conta este contexto, o objectivo deste trabalho consistiu em relacionar as taxas de fecundidade por regiões (concelhos) com variáveis económicas relevantes, para tal utilizando uma metodologia simples de análise espacial, nomeadamente a identificação das regiões (concelhos) que se posicionam, em termos económicos, melhor que as suas regiões vizinhas e verificação se tal também acontece em termos demográficos.
Partindo do princípio que o desenvolvimento económico e social é um processo que, inevitavelmente, conduz a mudanças nas condições de vida das populações, constitui sempre um desafio para os economistas do desenvolvimento regional definir formas de medir o nível de desenvolvimento das diferentes sub-unidades territoriais face ao país onde se inserem. Assim o objectivo do trabalho de Francisco Diniz e Teresa Sequeira foi o de em primeiro calcular um Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) ao nível de cada concelho (NUT IV) do continente e comparar com o que se verifica para Portugal Contiental. O IDES tem por base variáveis que tentam espelhar as dinâmicas demográficas, educacionais, económicas, do emprego, do tecido empresarial, da saúde e das condições de habitabilidade de cada concelho. De seguida procuraram-se homogeneidades entre os diversos concelhos, através do recurso a um método estatístico multivariado: os clusters. Estes clusters foram obtidos através de um processo faseado, aplicando-se inicialmente uma metodologia hierárquica, e posteriormente um método não hierárquico (K-means). Os resultados apontam para a existência de grupos de concelhos com características claramente diferenciadas dos restantes grupos, salientando-se a dicotomia litoral/interior e significativas assimetrias entre os concelhos que integram a NUT I, o que sugere a necessidade de uma especial precaução na delimitação espacial da aplicabilidade de políticas de desenvolvimento regional, em nome da sua eficácia real.
Pretendendo alcançar uma medida única que permita dar-nos a posição relativa no ranking do bem-estar dos municípios portugueses de um dado concelho em particular medida essa que deve ter na devida conta as centenas de variáveis que influenciam o bem-estar, desde variáveis quantitativas como o PIB ou o consumo até variáveis qualitativas como a disponibilidade de bens culturais e outros de difícil medição, José R. Pires Manso e Nuno Miguel Simões, apresentaram uma comunicação que em termos metodológicos recorre a técnicas originais que misturam desde as mais simples a outras mais elaboradas como a análise multivariada (análise factorial).
Tomaz Ponce Dentinho afirmou que nos critérios de distribuição de fundos pelas autarquias locais estão sempre presentes a área, corrigida ou não por factores orográficos, e a população, aperfeiçoada porventura pelos fluxos turísticos. No entanto os limites das circunscrições territoriais e a variabilidade da densidade populacional introduzem distorções na afectação dos fundos e nem mesmo a ponderação entre área e população conduzem a distribuições compatíveis com as diversas atribuições e competências municipais. Propôs-se testar dois novos critérios de distribuição de verbas pelas autarquias locais: o potencial demográfico que atenua os efeitos dos limites das circunscrições territoriais e a área de pressão urbana, calculada com base na área e na população, que reduz o efeito da variabilidade da densidade populacional. O teste destes dois indicadores face aos alternativos é feito com base nas contas dos municípios dos Açores.
Embora o Produto Interno Bruto per capita (PIB per capita) seja um indicador importante para conhecer a distribuição do rendimento tendo em conta o local onde é gerado, isto é onde ocorre o processo produtivo, a análise de Carla Cristina Esteves Coimbra e Pedro Miguel Nogueira Ramos pretendeu ir mais além, tentando conhecer a distribuição espacial do rendimento para além das regiões de geração do PIB. Analisaram-se os diferentes fluxos de redistribuição do rendimento que partindo do PIB permitem chegar ao rendimento disponível ajustado das famílias – agregado a partir do qual as famílias executam o seu consumo efectivo (inclui o consumo não pago das famílias, isto é, financiado pelas administrações públicas ou pelas instituições sem fins lucrativos).
Portugal caracteriza-se por um forte declínio na natalidade, afirmam António Caleiro; Flávia Maria de Melo Bliska e Sônia Santana Martins, sendo este um fenómeno que requer uma análise que sirva de base a uma intervenção, certamente necessária, dados os custos, nomeadamente económicos e políticos, associados àquele fenómeno. Não obstante aquela tendência a nível nacional, uma observação dos dados suficientemente desagregada do ponto de vista regional permite verificar que, em determinadas regiões, o problema da baixa natalidade parece ser (bem) menos grave do que noutras, onde a desertificação humana parece eminente. Tendo em conta este contexto, o objectivo deste trabalho consistiu em relacionar as taxas de fecundidade por regiões (concelhos) com variáveis económicas relevantes, para tal utilizando uma metodologia simples de análise espacial, nomeadamente a identificação das regiões (concelhos) que se posicionam, em termos económicos, melhor que as suas regiões vizinhas e verificação se tal também acontece em termos demográficos.
Partindo do princípio que o desenvolvimento económico e social é um processo que, inevitavelmente, conduz a mudanças nas condições de vida das populações, constitui sempre um desafio para os economistas do desenvolvimento regional definir formas de medir o nível de desenvolvimento das diferentes sub-unidades territoriais face ao país onde se inserem. Assim o objectivo do trabalho de Francisco Diniz e Teresa Sequeira foi o de em primeiro calcular um Índice de Desenvolvimento Económico e Social (IDES) ao nível de cada concelho (NUT IV) do continente e comparar com o que se verifica para Portugal Contiental. O IDES tem por base variáveis que tentam espelhar as dinâmicas demográficas, educacionais, económicas, do emprego, do tecido empresarial, da saúde e das condições de habitabilidade de cada concelho. De seguida procuraram-se homogeneidades entre os diversos concelhos, através do recurso a um método estatístico multivariado: os clusters. Estes clusters foram obtidos através de um processo faseado, aplicando-se inicialmente uma metodologia hierárquica, e posteriormente um método não hierárquico (K-means). Os resultados apontam para a existência de grupos de concelhos com características claramente diferenciadas dos restantes grupos, salientando-se a dicotomia litoral/interior e significativas assimetrias entre os concelhos que integram a NUT I, o que sugere a necessidade de uma especial precaução na delimitação espacial da aplicabilidade de políticas de desenvolvimento regional, em nome da sua eficácia real.
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