Cultura e Desenvolvimento
O crescente interesse pelo papel das actividades culturais no desenvolvimento territorial e pela noção de “cidades criativas” tem trazido a relação entre espaço urbano e actividades criativas para o centro da agenda académica e política.
No entanto, as complexas raízes desta relação estão ainda insuficientemente exploradas, importando aprofundar a reflexão sobre este assunto, seja genericamente em relação a todos os processos criativos, seja especificamente para os ligados aos bens culturais. Pedro Costa ; Bruno Vasconcelos e Gustavo Sugahara pretenderam contribuir para perceber de que forma o espaço urbano (ou um conjunto de algumas das suas características) é determinante para o desenvolvimento de lógicas criativas sustentadas nas actividades culturais.
Após uma breve contextualização do crescente interesse por esta questão, discutiram numa primeira parte a noção de criatividade, identificando as questões centrais que se colocam à sua análise no campo específico das actividades culturais. Num segundo ponto, analisaram o papel do espaço urbano no desenvolvimento de dinâmicas criativas que propiciem a produção e consumo sustentáveis das actividades culturais.
José Portugal e Pedro Quintela apresentaram uma comunicação que procurou abordar o papel que pode a cultura assumir na dinamização e desenvolvimento das áreas de baixa densidade, especialmente em meio rural. Fizeram um breve enquadramento conceptual da problemática, reflectindo ainda em torno de algumas tipologias de projectos culturais que julgaram ter um especial potencial de desenvolvimento destes territórios, capazes de conciliar referências universais com uma ancoragem e envolvimento locais, a saber, as residências artísticas e os centros culturais de proximidade em meio rural. Finalmente, propuseram-se ainda introduzir alguns apontamentos críticos sobre o contexto português, procurando sinalizar algumas das principais preocupações e opções políticas delineadas em termos de intervenção estatal para os territórios rurais de baixa densidade.
No entanto, as complexas raízes desta relação estão ainda insuficientemente exploradas, importando aprofundar a reflexão sobre este assunto, seja genericamente em relação a todos os processos criativos, seja especificamente para os ligados aos bens culturais. Pedro Costa ; Bruno Vasconcelos e Gustavo Sugahara pretenderam contribuir para perceber de que forma o espaço urbano (ou um conjunto de algumas das suas características) é determinante para o desenvolvimento de lógicas criativas sustentadas nas actividades culturais.
Após uma breve contextualização do crescente interesse por esta questão, discutiram numa primeira parte a noção de criatividade, identificando as questões centrais que se colocam à sua análise no campo específico das actividades culturais. Num segundo ponto, analisaram o papel do espaço urbano no desenvolvimento de dinâmicas criativas que propiciem a produção e consumo sustentáveis das actividades culturais.
José Portugal e Pedro Quintela apresentaram uma comunicação que procurou abordar o papel que pode a cultura assumir na dinamização e desenvolvimento das áreas de baixa densidade, especialmente em meio rural. Fizeram um breve enquadramento conceptual da problemática, reflectindo ainda em torno de algumas tipologias de projectos culturais que julgaram ter um especial potencial de desenvolvimento destes territórios, capazes de conciliar referências universais com uma ancoragem e envolvimento locais, a saber, as residências artísticas e os centros culturais de proximidade em meio rural. Finalmente, propuseram-se ainda introduzir alguns apontamentos críticos sobre o contexto português, procurando sinalizar algumas das principais preocupações e opções políticas delineadas em termos de intervenção estatal para os territórios rurais de baixa densidade.
Leonida Correia; João Rebelo e Artur Cristóvão afirmaram que a cooperação interinstitucional, parcerias e redes são palavras-chave cada vez mais presentes nas dinâmicas de desenvolvimento de qualquer território ou sector de actividade. Trata-se, na essência, do estabelecimento de novos modelos de coordenação ou articulação entre actores, com objectivos diversificados, que se podem situar em domínios como o planeamento, a gestão de recursos, o fornecimento de serviços, a dinamização das organizações, a promoção da inovação e, em última análise, a criação de sinergias e a animação do desenvolvimento local. O sector da cultura não foge a este quadro, embora não abundem exemplos de Redes Culturais em Portugal.
Cláudia Helena Henriques apresentou uma comunicação que pretende reflectir sobre os desafios futuros do turismo cultural/criativo, enquanto indutor de desenvolvimento local, tendo como ponto de partida a apresentação de dois percursos turístico-culturais assentes em dois escritores, Fernando Pessoa e James Joyce, de duas cidades periféricas da Europa: Lisboa e Dublin. Turismo cultural enquanto experiência cultural criada através da literatura, estatuária, música, entre outras formas de arte, visa que a cultura seja “vivida” enquanto uma totalidade coesa. Em consequência, planear e gerir o turismo cultural, por parte dos poderes locais, deve associar-se ao estabelecimento de “redes de elementos culturais”, “redes simbólicas e semióticas”, com vista a possibilitar ao turista uma experiência de aprendizagem e transformação. O estabelecimento destas redes pressupõe a existência prévia e consolidada de uma forte dinâmica cultural societal, indutora de criatividade, a qual deve ser integrada pelos poderes públicos, sob o pressuposto de que a cultura não é um facto residual ou neutro relativamente à economia, mas ao invés, constitui-se como um dos seus motores de desenvolvimento.
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