Félix Rodrigues é candidato às Eleições Legislativas
António Félix Rodrigues é o cabeça de lista do CDS-PP Açores às Eleições Legislativas, marcadas para o próximo dia 27 de Setembro, segundo decisão tomada pela Comissão Directiva Regional do Partido e ontem anunciada por Artur Lima, líder regional dos populares.
“É fácil votar, o que é difícil é saber escolher”, afirmou o candidato democrata-cristão pelo Círculo dos Açores ao lamentar o facto de hoje “vivermos num período de demissão da democracia, em que se serve ao eleitorado, numa bandeja de ilusão, promessas e sorrisos, t-shirts e canetas, mas poucas ideias, acompanhadas de fraca credibilidade”.
Félix Rodrigues, professor universitário do Departamento de Ciências Agrárias, afirmou que aceitou o convite porque sente “a necessidade de mudança, a necessidade de nos candidatarmos, por falta de alternativas”.
“Entendo ser necessário fazer pedagogia democrática, esclarecer o que está em jogo numa eleição à Assembleia da República e combater a abstenção pela coerência, pertinência e humanidade das ideias. Não faremos um rol de promessas ridículas para esta eleição, como se de cartas de amor, ridículas, se tratassem”, disse o candidato.
Numa intervenção muito virada, precisamente, para a pedagogia, Félix Rodrigues sublinhou que “os Açorianos vão escolher (a 27 de Setembro), de entre todos os candidatos, os cinco que melhor os representam”, frisando que “não há razões aparentes para que o rosa, o laranja ou o vermelho sejam melhores do que o azul, ou o amarelo”.
Segundo o centrista açoriano “nestas eleições não estamos a votar para escolher a cor de uma bandeira ou de uma farda, nem a cor do cabelo que melhor nos acerta”, isto é, “em democracia manifestamo-nos, julgamos e professamos cidadania”.
Nos Açores, prosseguiu, “não escolhemos qual é a cor que governa Portugal, pois não elegemos partidos, elegemos pessoas de dentro dos partidos que representam a Região. Enganam-se todos aqueles que pensam que estão a escolher um partido. Quando se escolhem partidos ou cores, escolhe-se muitos daqueles que não defendem nada nem ninguém, excepto o seu umbigo, e vivem a besuntar o caminho por onde passa o chefe”.
Félix Rodrigues vai mais longe e salienta que “ninguém, em seu perfeito juízo, e numa democracia, é de direita – fascista ou franquista –, como também ninguém, em seu perfeito juízo, é de esquerda – trotskista ou leninista. Essa direita não existe de facto em Portugal, mas a extrema-esquerda, essa sim, existe a ganha força”.
“Fazer discursos de esquerdas e direitas é pura demagogia. Posicionar as questões e acções políticas à esquerda e à direita não é dialéctica, é argumento teleológico sem razão e fundamentos. Nesse contexto, o voto continuadamente clubista, mesmo quando o clube não é razoável, é a antítese da democracia”, alertou.
O candidato popular lamenta que hoje se viva numa sociedade cujos membros “se demitem de participarem com as e nas instituições, encontrando nelas uma corrupção moral com a qual não estão dispostos a pactuar nem a transigir. Se assim é, há que votar, ou de outro modo, candidatar-se”, apelou.
Democracia esclarecida
Félix Rodrigues sublinhou que nas eleições para a Assembleia da República não se está a votar no primeiro-ministro, facto que o levou a lembrar que quem o fizer “está enganado, pois o primeiro-ministro sairá provavelmente de um círculo eleitoral que não o do eleitor”.
E mais: “Quando se vota exclusivamente no primeiro-ministro arriscamo-nos a ficar com um mudo ou um trauliteiro a representar-nos”.
O cabeça de lista do CDS-PP diz acreditar viver numa Região com “democracia esclarecida” pelo que acredita que será “possível eleger um deputado à Assembleia da República por qualquer partido, desde que seja credível”.
Por isso, frisou, “acreditamos que somos capazes de eleger um deputado do CDS-PP pelos Açores”, bastando para tal “conquistar apenas metade dos votos daqueles que se abstiveram, sem mobilizar votos cromáticos de qualquer partido”.
Por fim, o docente da Universidade dos Açores e dirigente regional dos populares, afirmou que “se formos um dos melhores cinco candidatos à Assembleia da República pelos Açores, acreditamos que os Açorianos nos darão o seu voto. Se formos dos melhores candidatos e mesmo assim não formos eleitos por questões de cor partidária ou historietas de esquerda e direita, Deus que perdoe aos Açorianos”.
Deputado activo
Na ocasião, o presidente do CDS-PP Açores afirmou-se “honrado” por poder apresentar Félix Rodrigues como candidato à Assembleia da República.
“No entender do CDS é um dos melhores candidatos, se não o melhor, para esta eleição. O Professor Félix Rodrigues não será um deputado de requerimentos, será um deputado activo, de intervenção; não será um deputado de São Miguel ou da Terceira, será um deputado que defenderá os Açores e a Autonomia”, referiu Artur Lima.
Para o líder centrista, “os Açorianos têm que pensar em fazer boas escolhas e despir a camisola partidária. Se querem a evolução da Autonomia têm que escolher os seus melhores representantes e fazer esta escolha é não continuar a escolher os mesmos, é não continuar a jogar no campeonato dos mesmos (PS e PSD)”.
Por isso, acrescentou, “apresentamos um candidato credível e que dispensa grandes apresentações pela sua participação cívica e profissional na sociedade açoriana”.
Artur Lima disse, ainda, que o CDS - PP vai “fazer uma campanha esclarecedora, com a intenção de conseguir ter uma voz diferente e exigente na Assembleia da República, numa defesa intransigente dos Açores e da Autonomia, com seriedade, competência e honestidade”.
(in A União)
Etiquetas: eleições, Félix Rodrigues, opinião
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