sexta-feira, julho 17, 2009

“Noite das Estrelas” no Alto das Covas

Angra do Heroísmo está entre as cidades portuguesas que aderiram à iniciativa “Noite das Estrelas” que se realiza no próximo sábado para assinalar o Ano Internacional da Astronomia. A “Noite das Estrelas” decorre no Alto das Covas, onde a iluminação pública estará desligada entre as 22h30 e as 24h00 para facilitar as observações do céu profundo. A iniciativa é organizada pela Universidade dos Açores e conta com o apoio da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, de astrónomos amadores e professores das escolas Vitorino Nemésio e Tomás de Borba e marca também o início do programa educativo Astronomia no Verão, da responsabilidade da Agência Nacional Ciência Viva, no arquipélago. Segundo Miguel Ferreira, serão medidos os efeitos da poluição luminosa no Alto das Covas e a sua interferência na observação do céu. “Vamos fazer observações a olho nu, com binóculos e telescópios antes e durante o período em que a iluminação pública do Alto das Covas vai estar apagada”, refere Miguel Ferreira. De acordo com o docente da Universidade dos Açores, “muitos de nós certamente encolherão os ombros quando se fala em poluição luminosa. Mas a verdade é que o excesso de luz causa graves prejuízos ambientais e sociais”. Tendo em conta essa realidade a “Noite das Estrelas” será uma ocasião para sensibilizar a população para o problema.
INICIATIVA NACIONAL

Para chamar a atenção de todos para os perigos da má utilização dos candeeiros e projectores, cidades de vários pontos do país vão medir os níveis de poluição luminosa no dia 18 de Julho (sábado). A poluição luminosa resulta da má utilização dos sistemas de iluminação e é produzida sobretudo por candeeiros e projectores que, por concepção inadequada ou instalação incorrecta, emitem luz muito para além da zona pretendida. A luz emitida em excesso causa graves prejuízos ambientais e sociais, para além de exigir gastos supérfluos de energia, agravando o problema da poluição ambiental, afectando, por exemplo, o comportamento dos condutores e dos peões nas ruas, mas também o bem-estar das populações. No caso dos Açores, em particular, é bem conhecido o efeito nefasto da poluição luminosa na população de cagarros que são atraídos para terra pela luz dos candeeiros.

(In Diário Insular)

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