quarta-feira, junho 10, 2009

É preciso divulgar os vinhos regionais

Maria Teresa Lima, professora universitária do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores defende que é preciso divulgar os vinhos regionais.

“O vinho é já um produto turístico, no entanto é necessário que haja uma maior aposta na divulgação”, avança a professora do departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores (UAC), Maria Teresa Lima.A afirmação vem na sequência do seminário, que decorreu durante a tarde de ontem no Auditório do Ramo Grande, sobre Gastronomia e Turismo.Maria Teresa Lima falou neste seminário a propósito do vinho enquanto produto turístico, realidade que afirma existir, mas que, ao mesmo tempo, “necessita de maior divulgação e de pessoas com formação, no ramo da hotelaria, para que tenhamos um turismo com qualidade”.A propósito, refere que a universidade tem já desenvolvido, nos últimos anos, projectos sobre o tema, dos quais um com a Escola Básica Integrada dos Biscoitos, desde 2007, que tem como objectivo, segundo a mesma, “criar uma relação afectiva entre os adolescentes e a vinha”; refere ainda o projecto INTERREG, com a participação dos Açores, Madeira e Canárias, que Maria Teresa Lima considera “ter dado uma noca dinâmica ao vinho”.Um dos pontos em destaque na apresentação da professora da UAC foi o consumo do vinho, que defende que “deve ser moderado e ter em conta o desenvolvimento sustentável”.“Não há escolhas taxativas na escolha de um vinho para acompanhar uma refeição, tudo depende dos gostos de cada um”, explica, acrescentando que “um prato deve ser confeccionado com vinho de boa qualidade e de preferência acompanhado pelo mesmo”.Maria Teresa Lima falou ainda sobre o “o jogo social à volta do vinho”, no que diz respeito à escolha do mesmo, “antes feita pelos homens, mas agora também pelas mulheres”.Defende que “as cartas de vinhos devem ser apelativas e organizadas e devem ter vinhos regionais”, o que “não acontece numa grande maioria dos restaurantes”.
Alcatra

A origem, tradição e preservação da alcatra foi outro tema do seminário, abordado por Duarte Fournier, da Confraria da Alcatra da ilha Terceira, que define este prato como “o único típico a nível regional”.A importância de “manter e incentivar o consumo deste prato, consumido em épocas festivas, mas não só,” é afirmada por Duarte Fournier, que fez uma abordagem das teorias sobre a origem da alcatra.

(in Diário Insular)

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