quarta-feira, janeiro 21, 2009

Crítica a Gonçalo Pereira do National Geographic

João Pedro Barreiros

Na revista do DI publicada no passado dia 21 de Dezembro surge, na íntegra, a anunciada entrevista com o insigne Director da National Geographic Portugal, o Sr. Gonçalo Pereira. Umas semanas antes, durante a apresentação dos trabalhos do Sr. Paulo Henrique Silva, o CD-ROM e a inauguração da exposição de fotografias – belíssimo ensaio estético sobre as Ilhas Selvagens – a que assisti na Galeria do IAC, foi com um misto de expectativa e descrença que esperei pelas palavras com que Gonçalo Pereira iria presentear a assistência. Ao fim da primeira frase percebi que o dito Gonçalo Pereira, sob a capa emblemática da National Geographic, apenas teceria algumas banais considerações, nas quais demonstrou não fazer a mínima ideia dos conceitos com que quis “embelezar” a sua fala. De facto, Gonçalo Pereira falou de ambiente sem saber o que isso é, de ecologia pensando em ecologistas, de mudanças climáticas com a leviandade ignara de quem atribui à camada de ozono e ao degelo na Groenlândia a perda de uma colheita de melões porque caiu granizo em Agosto e de biodiversidade quando deveria dizer riqueza, fala de espécies quando nem deve saber lá muito bem o que é, de facto, uma espécie, e debita outros dislates disparatados de quem tenta dissertar sobre algo que, profundamente, desconhece. A culpa não é dele, é de quem o convenceu de que ele até sabe de alguma destas coisas porque um dia foi nomeado Director da NG Portugal.
Mas depois veio a entrevista e aí, Gonçalo Pereira demonstra, preto no branco, que se Chris Johns, o Editor in Chief da revista “Mãe”, o tivesse lido estaria o pobre Gonçalo a estas horas à procura de outro emprego, de preferência um em não fosse autorizado a abrir a boca. Talvez como estátua humana ou mimo na Rua Augusta.
Para além dos sucessivos disparates com que explica os critérios que devem ou não levar à publicação de um artigo sobre este ou aquele tema, às vezes roçando um ou outro absurdo mais mercantilista, atreve-se o pobre Gonçalo a disparatar ainda mais sobre a Universidade dos Açores e o seu Reitor.Começa por se referir à perda de alunos insinuando que a UA está na cauda dos que mais perdem quando é precisamente ao contrário e estamos neste momento no ano lectivo em que há mais alunos na UA. Depois ataca a tripolaridade sem se ter dado ao esforço de fazer um pouco do trabalho de casa e sem sequer imaginar o que é de facto a tripolaridade – futura multipolaridade – da UA. Refere-se ao DOP, às geociências e ao Dpt. de Biologia como aqueles departamentos que “têm investigadores com provas dadas” – aqui tenho mesmo de fazer um parêntesis para tentar deixar bem claro que o Sr. Gonçalo Pereira não faz a mínima ideia nem sequer do que é fazer ciência quanto mais opinar sobre “investigadores com provas dadas” – e culmina com uma crítica ao Reitor, que só pode ser efeito de uma espécie de alucinação, insinuando que o facto de o mesmo não ser da área, como ele diz, das “Ciências da Natureza” lhe dará uma menor percepção para as oportunidades de investigação!O Sr. Gonçalo Pereira, encovando o pedunculado berlinde que lhe serve de apêndice nasal na bojuda papada que lhe prolonga os beiços e o queixo, não tem qualquer tipo de competência e/ou conhecimento, como foi escrito pelo Reitor da UA, para opinar sobre nenhum Reitor de nenhuma Universidade. A este ponto eu acrescentaria que também não a tem para opinar nem sobre um Vice-Reitor, nem sobre um Pró-Reitor, nem sobre o contínuo que distribui o correio.
Sou assinante da National Geographic desde 1980 e, pontualmente, compro um ou outro número da edição portuguesa ou de outras edições por esse mundo fora. É uma revista importante, emblemática e uma referência mundial de divulgação científica. Porém, essa capa não pode nem deve abrigar personagens que debitam boçalidades como as frases que Gonçalo Pereira babou. Gonçalo Pereira mostrou ser indigno de estar associado a uma revista com aquele nome ou então a National Geographic Portugal não sabe (ou não consegue) encontrar um Director digno desse cargo.

(In DI-Revista)

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2 Comments:

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