BIOTECNOLOGIA Avaliação de "Muito Bom" traz exigências de maior investimento
Humberta Augusto
Este é um reconhecimento de grande importância que, para o director da CBA, Artur Machado, acarreta novas exigências de investimento científico e, sobretudo, financeiro.
O Centro de Biotecnologia dos Açores (CBA), do Departamento de Ciências Agrárias (DCA) da Universidade dos Açores (UA) acaba de receber uma classificação de “Muito Bom” atribuída pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos três anos.
Segundo o director do CBA, Artur Machado, este reconhecimento reveste-se de grande importância, sobretudo numa altura em que 57 centros de investigação e desenvolvimento (I&D) no país, um dos quais nos Açores, perderam o financiamento da FCT por não obterem avaliação positiva.
O painel de especialistas estrangeiros convidados pela FCT para analisar, in loco, o CBA, numa visita realizada no último Verão, considerou que o Centro “já obtém um elevado nível de reconhecimento científico no domínio da biotecnologia vegetal e animal, possuindo também algumas iniciativas promissoras na biotecnologia alimentar”.
Criado em 2004, o CBA, segundo as observações do relatório da FCT, “tornou-se um fócus nacional em várias áreas da biotecnologia agrícola”, tendo a unidade publicado artigos científicas em co-autoria com grupos e investigação estrangeiros “podendo já reclamar um certo grau de reconhecimento internacional no domínio da sua actividade”.
Ciência açoriana de âmbito internacional
Para o investigador, a atribuição traduz-se no “reconhecimento do bom trabalho que cá se faz” e, adianta, “do objectivo que é ter um centro de investigação não à dimensão da ilha ou da região, mas trabalhar para a região ter uma dimensão internacional no campo da investigação científica.”
Mas, mais importante, refere Artur Machado, é o facto de a classificação de “Muito Bom” impor que “se mantenha e melhore a qualidade da investigação”, facto que não depende só dos investigadores “com provas dadas”, ressalva, mas da “política de investimento que se faça” no sector e no reconhecimento do papel que a ciência pode desempenhar no desenvolvimento do arquipélago.
Segundo Artur Machado, houve um “bom início” na criação de condições para esse desenvolvimento, relembrando a criação, por parte do Executivo, do IBBA, Instituto de Biotecnologia e Biomedicina dos Açores (IBBA) um consórcio de I&D açorianas ( Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular do Hospital de Angra; Unidade de Genética e Patologia Moleculares, do Hospital de Ponta Delgada; o CBA; o Centro Imar; o Centro de Investigação e Recursos Naturais e o Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias da UA).
Porém, os apoios continuam escassos: “um projecto científico nos Açores pode ter um orçamento de 50 a 100 mil euros e na Europa, o mesmo projecto, com os mesmos objectivos é orçado em 400 a 800 mil euros”, exemplifica,
Com um orçamento global de 3,2 milhões de euros, para três anos, o CBA, – “e a investigação nos Açores” acresce – continua com investimentos “precários”, referindo que, para já, o CBA necessita de 750 mil euros para a aquisição de um equipamento tido como “fundamental” para a investigação que desenvolve, para além da melhoria das infra-estruturas do seu espaço, no DCA, na Terra Chã.
“Tem de haver uma aposta séria para confirmar as expectativas criadas”, conclui.
O Centro de Biotecnologia dos Açores (CBA), do Departamento de Ciências Agrárias (DCA) da Universidade dos Açores (UA) acaba de receber uma classificação de “Muito Bom” atribuída pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) pelo trabalho desenvolvido ao longo dos últimos três anos.
Segundo o director do CBA, Artur Machado, este reconhecimento reveste-se de grande importância, sobretudo numa altura em que 57 centros de investigação e desenvolvimento (I&D) no país, um dos quais nos Açores, perderam o financiamento da FCT por não obterem avaliação positiva.
O painel de especialistas estrangeiros convidados pela FCT para analisar, in loco, o CBA, numa visita realizada no último Verão, considerou que o Centro “já obtém um elevado nível de reconhecimento científico no domínio da biotecnologia vegetal e animal, possuindo também algumas iniciativas promissoras na biotecnologia alimentar”.
Criado em 2004, o CBA, segundo as observações do relatório da FCT, “tornou-se um fócus nacional em várias áreas da biotecnologia agrícola”, tendo a unidade publicado artigos científicas em co-autoria com grupos e investigação estrangeiros “podendo já reclamar um certo grau de reconhecimento internacional no domínio da sua actividade”.
Ciência açoriana de âmbito internacional
Para o investigador, a atribuição traduz-se no “reconhecimento do bom trabalho que cá se faz” e, adianta, “do objectivo que é ter um centro de investigação não à dimensão da ilha ou da região, mas trabalhar para a região ter uma dimensão internacional no campo da investigação científica.”
Mas, mais importante, refere Artur Machado, é o facto de a classificação de “Muito Bom” impor que “se mantenha e melhore a qualidade da investigação”, facto que não depende só dos investigadores “com provas dadas”, ressalva, mas da “política de investimento que se faça” no sector e no reconhecimento do papel que a ciência pode desempenhar no desenvolvimento do arquipélago.
Segundo Artur Machado, houve um “bom início” na criação de condições para esse desenvolvimento, relembrando a criação, por parte do Executivo, do IBBA, Instituto de Biotecnologia e Biomedicina dos Açores (IBBA) um consórcio de I&D açorianas ( Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular do Hospital de Angra; Unidade de Genética e Patologia Moleculares, do Hospital de Ponta Delgada; o CBA; o Centro Imar; o Centro de Investigação e Recursos Naturais e o Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias da UA).
Porém, os apoios continuam escassos: “um projecto científico nos Açores pode ter um orçamento de 50 a 100 mil euros e na Europa, o mesmo projecto, com os mesmos objectivos é orçado em 400 a 800 mil euros”, exemplifica,
Com um orçamento global de 3,2 milhões de euros, para três anos, o CBA, – “e a investigação nos Açores” acresce – continua com investimentos “precários”, referindo que, para já, o CBA necessita de 750 mil euros para a aquisição de um equipamento tido como “fundamental” para a investigação que desenvolve, para além da melhoria das infra-estruturas do seu espaço, no DCA, na Terra Chã.
“Tem de haver uma aposta séria para confirmar as expectativas criadas”, conclui.
(in A União)
Etiquetas: Artur Machado, Biotecnologia, Centro de Biotecnologia dos Açores, investigação, Investimentos
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