Árvore, Pai Natal e Menino Jesus
Tomaz Dentinho (Professor de Economia no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores)
Portugal deixou de ser um país com liberdade de manifestação. Se calhar nunca o foi. No entanto, a maior parte das vezes a restrição à liberdade de manifestação não é explicitada por quem tem poder nem muito menos é orientada pela consciência de cada um. O que restringe a liberdade é o medo e é por medo de não ser politicamente correcto, ou pelo atávico pavor do ridículo, que muitos deixaram de fazer Presépio no Natal, outros deixaram até de apresentar o Pai Natal e só colocam a Árvore, e outros ainda já só colocam fitas e uns bonecos feios. Qualquer dia não se coloca nada pois o que existe passa a ser melhor do que uns bonecos feios que nada representam para os outros.
Todavia, lá no fundo de quem tem o trabalho de colocar os bonecos, existe certamente essa sede inata de amor do Pai Natal que traz presentes e que fica presente; existe também, necessariamente, uma busca de mudança que nos é respondida pelo Menino Jesus; lá está, sem qualquer dúvida, a procura de encontro com a família que vem de longe ou que estando perto está longe. E é assim que parece mais interessante procurar aquilo que une a Árvore, o Pai Natal e o Menino Jesus do que procurar classificações que espartilham este tempo grande.
A Árvore é o símbolo da terra e da vida que nos foi dada. As folhas permanentes das árvores que escolhemos para o Natal dão-nos a certeza de que a dormência de todas as outras formas de vida é passageira, até que o sol volte de novo a aquecer aquilo que era frio e ameaçava morte.
O Pai Natal traz-nos a certeza de que não é só a árvore que admiramos que recebe sol e renasce mas que também nós dependemos da graça que Deus nos dá de presente. Na verdade é cada vez menos credível pensar que a Terra vive só da energia que recebe do sol sem que nesse sistema não entre o Homem e a sua criatividade sempre reactivada pelo presente da Graça do Pai. Não há grandes dúvidas de que o Pai Natal nos traz presentes todos os dias.
O Menino Jesus é um milagre e um enorme desafio. É a Verdade que encarna desafiando todos nós a sermos com Ele. O problema é que não é possível desligar a vinda do Menino com a revolução interior que nos é pedida, todos os momentos, na consciência de cada um. A maior parte das vezes distraímo-nos, umas vezes com o Pai Natal do Antigo Testamento que assumimos como moralista e justiceiro. Outras vezes com o encanto das Árvores que nos rodeiam. Tantas vezes na amargura de quem tem receio de pedir porque tem medo das mudanças que tal pedido possa trazer. O que é certo é que o nascimento do Menino Jesus trouxe desde logo a reacção dos poderosos, desde a matança dos inocentes à morte de Jesus, desde o alheamento de Pilatos ao pavor dos discípulos.
No entanto Ele continua no meio de nós, a querer que cada atitude e gesto nosso seja criador do Reino de Deus e não adulterador dos talentos que nos foram dados. O segredo parece estar na oração, que nos permite rever e gozar a Árvore que temos de volta, que nos dá a graça, a protecção e o perdão do Pai e que nos dá a força do gesto de amor e de encontro com o Menino Jesus.
Todavia, lá no fundo de quem tem o trabalho de colocar os bonecos, existe certamente essa sede inata de amor do Pai Natal que traz presentes e que fica presente; existe também, necessariamente, uma busca de mudança que nos é respondida pelo Menino Jesus; lá está, sem qualquer dúvida, a procura de encontro com a família que vem de longe ou que estando perto está longe. E é assim que parece mais interessante procurar aquilo que une a Árvore, o Pai Natal e o Menino Jesus do que procurar classificações que espartilham este tempo grande.
A Árvore é o símbolo da terra e da vida que nos foi dada. As folhas permanentes das árvores que escolhemos para o Natal dão-nos a certeza de que a dormência de todas as outras formas de vida é passageira, até que o sol volte de novo a aquecer aquilo que era frio e ameaçava morte.
O Pai Natal traz-nos a certeza de que não é só a árvore que admiramos que recebe sol e renasce mas que também nós dependemos da graça que Deus nos dá de presente. Na verdade é cada vez menos credível pensar que a Terra vive só da energia que recebe do sol sem que nesse sistema não entre o Homem e a sua criatividade sempre reactivada pelo presente da Graça do Pai. Não há grandes dúvidas de que o Pai Natal nos traz presentes todos os dias.
O Menino Jesus é um milagre e um enorme desafio. É a Verdade que encarna desafiando todos nós a sermos com Ele. O problema é que não é possível desligar a vinda do Menino com a revolução interior que nos é pedida, todos os momentos, na consciência de cada um. A maior parte das vezes distraímo-nos, umas vezes com o Pai Natal do Antigo Testamento que assumimos como moralista e justiceiro. Outras vezes com o encanto das Árvores que nos rodeiam. Tantas vezes na amargura de quem tem receio de pedir porque tem medo das mudanças que tal pedido possa trazer. O que é certo é que o nascimento do Menino Jesus trouxe desde logo a reacção dos poderosos, desde a matança dos inocentes à morte de Jesus, desde o alheamento de Pilatos ao pavor dos discípulos.
No entanto Ele continua no meio de nós, a querer que cada atitude e gesto nosso seja criador do Reino de Deus e não adulterador dos talentos que nos foram dados. O segredo parece estar na oração, que nos permite rever e gozar a Árvore que temos de volta, que nos dá a graça, a protecção e o perdão do Pai e que nos dá a força do gesto de amor e de encontro com o Menino Jesus.
(In A União)
Etiquetas: Natal, opinião, Tomaz Dentinho
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