Chuvas intensas, via-rápida, furos geotérmicos e arroteias
O aumento das chuvas intensas, as obras na via-rápida, a realização de furos geotérmicos e as arroteias (transformação de zonas florestais em pastos) foram algumas das causas apontadas para a falta de água no concelho de Angra, no colóquio promovido ontem pela Universidade dos Açores no Campus de Angra do Heroísmo, na Semana da Ciência e Tecnologia.
Segundo Francisco Cota Rodrigues, especialista em recursos hídricos, “há uma relação directa entre a precipitação e o caudal dos aquíferos suspensos, que têm uma capacidade de armazenamento muito baixa, da ordem de dias”. “Em períodos muito longos de precipitação, esses caudais desaparecem”, explicou. O especialista referiu, por outro lado, que os problemas verificados num dos furos do aquífero dos Cinco Picos deveu-se à entrada em funcionamentos dos três furos situados a sul “muito mais cedo”, como consequência de perdas provocadas pelas obras da via-rápida. Acrescentou ainda que “todos os furos geotérmicos realizados na Caldeira do Guilherme Moniz, na zona do Cabrito, intersectaram lençóis de água subterrânea, uma vez que são compatíveis com a sua quota”. A diminuição da precipitação oculta provocada pelas arroteias em zonas florestais e turfeiras foi outra das questões abordadas no colóquio.
(In Diário Insular)
Etiquetas: aquífero, Cota Rodrigues, Falta de água, Semana da Ciência e Tecnologia
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