Potencialidades adormecidas
Não estou errado se transcrever o sentimento de indignação das pessoas que vivem na Terceira, quando se apercebem das potencialidades “adormecidas” que esta ilha evidencia.
A responsabilidade tem um nome e uma morada. Falo das decisões políticas e, forçosamente, no peso político do PS na Terceira que, simplesmente, passa desapercebido. Seis Deputados eleitos pelo PS de um círculo eleitoral de dez, um Vice-Presidente do Governo e duas Câmaras Municipais do PS.
É perante este manto rosa, que a Ilha Terceira parece ganhar a única centralidade que conheço, ou seja, no parque de estacionamento do imobilismo económico. Qual foi a vantagem deste número de Deputados do PS para a Ilha?
As obras obedecem à máxima dos dez anos, e muitas estão desprovidas de estratégia e de visão, inclusive, algumas atentam contra a Ilha, como é o caso das obras de requalificação da Via Rápida.
A apregoada importância da geo-posição da Terceira no conjunto arquitectónico do Arquipélago não se faz sentir nos transportes nem na economia que resulta de e para o exterior da Região. A ligação à diáspora repele mais do que atrai.
Estamos atrelados ao tempo do espectador. Angra não consegue servir-se do facto de ser Património Mundial para seu proveito económico, a sua riqueza militar não é utilizada, o seu pólo do conhecimento – Departamento de Ciências Agrárias – não consegue diversificar-se como centro exportador de saberes, e, principalmente, não se motiva o empreendorísmo privado.
A capacidade produtiva na agro-pecuária carece de adaptabilidade à realidade da Terceira. Uma realidade que precisa de jovens e tecnologia.
A ruralidade e a naturalidade são duas vantagens comparativas que vão sendo substituídas pelo betão.
A naturalidade ambiental da Ilha e, em especial, dos seus espaços de natureza, deve constituir um pólo de atractividade para o seu progresso, todavia, está ainda pouco aproveitada.
A diversidade biológica da Ilha atendendo à sua especificidade assume-se como um património natural que deve ser conservado, protegido e dado a conhecer não só aos visitantes, mas também, às populações locais.
Interessa, neste sentido, perceber-se que existem, e estão em crescimento, novos públicos para estas questões ambientais, procurando os Açores, essencialmente, por uma razão sobretudo de natureza.
Também, a ruralidade Terceirense deve assumir-se como um forte factor de competitividade, por exemplo, o meio natural da Ilha e a especificidade da produção, decisivamente acrescentam valor comercial aos produtos, pela associação da biologia e da geografia com os benefícios para a saúde humana daí decorrentes.
A ruralidade da Ilha Terceira não deve ser esquecida nem está fora de moda, constitui uma base para o surgimento de novas actividades socioeconómicas, através da tradição e da inovação.
A Ilha Terceira é detentora de enormes potencialidades socioeconómicas das quais enunciei algumas, porém mais parece uma espécie de “Bela Adormecida”.
Certamente que melhor é possível.
A responsabilidade tem um nome e uma morada. Falo das decisões políticas e, forçosamente, no peso político do PS na Terceira que, simplesmente, passa desapercebido. Seis Deputados eleitos pelo PS de um círculo eleitoral de dez, um Vice-Presidente do Governo e duas Câmaras Municipais do PS.
É perante este manto rosa, que a Ilha Terceira parece ganhar a única centralidade que conheço, ou seja, no parque de estacionamento do imobilismo económico. Qual foi a vantagem deste número de Deputados do PS para a Ilha?
As obras obedecem à máxima dos dez anos, e muitas estão desprovidas de estratégia e de visão, inclusive, algumas atentam contra a Ilha, como é o caso das obras de requalificação da Via Rápida.
A apregoada importância da geo-posição da Terceira no conjunto arquitectónico do Arquipélago não se faz sentir nos transportes nem na economia que resulta de e para o exterior da Região. A ligação à diáspora repele mais do que atrai.
Estamos atrelados ao tempo do espectador. Angra não consegue servir-se do facto de ser Património Mundial para seu proveito económico, a sua riqueza militar não é utilizada, o seu pólo do conhecimento – Departamento de Ciências Agrárias – não consegue diversificar-se como centro exportador de saberes, e, principalmente, não se motiva o empreendorísmo privado.
A capacidade produtiva na agro-pecuária carece de adaptabilidade à realidade da Terceira. Uma realidade que precisa de jovens e tecnologia.
A ruralidade e a naturalidade são duas vantagens comparativas que vão sendo substituídas pelo betão.
A naturalidade ambiental da Ilha e, em especial, dos seus espaços de natureza, deve constituir um pólo de atractividade para o seu progresso, todavia, está ainda pouco aproveitada.
A diversidade biológica da Ilha atendendo à sua especificidade assume-se como um património natural que deve ser conservado, protegido e dado a conhecer não só aos visitantes, mas também, às populações locais.
Interessa, neste sentido, perceber-se que existem, e estão em crescimento, novos públicos para estas questões ambientais, procurando os Açores, essencialmente, por uma razão sobretudo de natureza.
Também, a ruralidade Terceirense deve assumir-se como um forte factor de competitividade, por exemplo, o meio natural da Ilha e a especificidade da produção, decisivamente acrescentam valor comercial aos produtos, pela associação da biologia e da geografia com os benefícios para a saúde humana daí decorrentes.
A ruralidade da Ilha Terceira não deve ser esquecida nem está fora de moda, constitui uma base para o surgimento de novas actividades socioeconómicas, através da tradição e da inovação.
A Ilha Terceira é detentora de enormes potencialidades socioeconómicas das quais enunciei algumas, porém mais parece uma espécie de “Bela Adormecida”.
Certamente que melhor é possível.
(In A União)
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