A educação Ambiental do jardim de infância nos Açores deve "mudar de lentes"
Foi defendida no Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores a tese de Mestrado em Educação Ambiental de Cidália Maria Gorgita Pacheco, orientada pela Professora Rosalina Gabriel e pelo Professor Francisco Sousa dos Departamentos de Ciências Agrárias e Ciências da Educação, respectivamente, ambos da Universidade dos Açores.
A tese intitulada “Os Educadores de Infância e as temáticas ambientais desenvolvidas nos jardins-de-infância dos Açores: principais abordagens e necessidades” estudou os jardins-de-infância dos açorianos de todas as ilhas, tentando descortinar quais os conhecimentos ambientais que os educadores, enquanto construtores do currículo, transmitem às crianças, tendo sido pesquisadas sete temáticas ambientais: 1) Mar e recursos hídricos, 2) vulcanologia e sismologia das ilhas, 3) Desequilíbrios provocados pela acção humana, 4) Preservação do Ambiente, 5) Observação e registo de fenómenos naturais, 6) Fauna e flora regional e 7) História, património e manifestações culturais. Em simultâneo foram averiguadas as necessidades sentidas pelos educadores açorianos em cada uma das temáticas referidas anteriormente e inventariados os recursos mais desejados por estes profissionais, no sentido de documentar e obter informação que possa vir a proporcionar um melhor apoio à prática da Educação Ambiental no contexto escolar.
Verificou-se que a maioria das crianças açorianas deste nível de ensino estão a receber informações generalistas, sobretudo no que respeita à Observação e Registo de Fenómenos Naturais e Desequilíbrios Provocados pelo Homem.
Cerca de um quinto dos educadores de infância evoca a falta de informação para não abordar temas que consideram importantes, enquanto cerca de um terço advogam que a faixa etária das crianças com quem trabalham não lhes permite trabalhar esses aspectos.
Os recursos que os educadores consideram mais pertinentes são as acções de formação e materiais audiovisuais para as crianças, nomeadamente CD’s e DVD’s.
Verificou-se que são os educadores mais velhos, com mais de 35 anos de idade, os que mais abordam os aspectos ambientais e são também aqueles que dizem necessitar de menos recursos. Esta evidência vai de encontro a vários estudos que reconhecem que o docente está sujeito a mudanças associadas ao crescimento etário e profissional. Assim, a ideia de fomentar oficinas de formação entre os Educadores dos Açores, deverá ter como alvo preferencial os educadores mais novos na carreira, isso porque os dados deste estudo confirmam que quanto menos anos de serviço menor é a diversidade das abordagens, especificamente sobre o contexto regional. São os educadores provenientes da Escola do Magistério Primário e os Educadores formados no Campus de Angra do Heroísmo aqueles que mais abordagens fazem sobre os aspectos ambientais no jardim-de-infância, principalmente no que se refere a aspectos de índole açoriana, não acontecendo o mesmo relativamente a educadores formados noutras instituições.
Verificou-se que somente um décimo dos educadores de infância na região é que estão integrados no programa Eco-Escolas. A integração dos educadores nesse programa acarretará uma mais valia ambiental, visto se ter verificado que existe uma influência positiva deste programa sobre as abordagens dos aspectos ambientais.
Urge que os educadores açorianos “mudem as lentes” nas suas abordagens, relativamente à educação ambiental no jardim-de-infância.
A tese intitulada “Os Educadores de Infância e as temáticas ambientais desenvolvidas nos jardins-de-infância dos Açores: principais abordagens e necessidades” estudou os jardins-de-infância dos açorianos de todas as ilhas, tentando descortinar quais os conhecimentos ambientais que os educadores, enquanto construtores do currículo, transmitem às crianças, tendo sido pesquisadas sete temáticas ambientais: 1) Mar e recursos hídricos, 2) vulcanologia e sismologia das ilhas, 3) Desequilíbrios provocados pela acção humana, 4) Preservação do Ambiente, 5) Observação e registo de fenómenos naturais, 6) Fauna e flora regional e 7) História, património e manifestações culturais. Em simultâneo foram averiguadas as necessidades sentidas pelos educadores açorianos em cada uma das temáticas referidas anteriormente e inventariados os recursos mais desejados por estes profissionais, no sentido de documentar e obter informação que possa vir a proporcionar um melhor apoio à prática da Educação Ambiental no contexto escolar.
Verificou-se que a maioria das crianças açorianas deste nível de ensino estão a receber informações generalistas, sobretudo no que respeita à Observação e Registo de Fenómenos Naturais e Desequilíbrios Provocados pelo Homem.
Cerca de um quinto dos educadores de infância evoca a falta de informação para não abordar temas que consideram importantes, enquanto cerca de um terço advogam que a faixa etária das crianças com quem trabalham não lhes permite trabalhar esses aspectos.
Os recursos que os educadores consideram mais pertinentes são as acções de formação e materiais audiovisuais para as crianças, nomeadamente CD’s e DVD’s.
Verificou-se que são os educadores mais velhos, com mais de 35 anos de idade, os que mais abordam os aspectos ambientais e são também aqueles que dizem necessitar de menos recursos. Esta evidência vai de encontro a vários estudos que reconhecem que o docente está sujeito a mudanças associadas ao crescimento etário e profissional. Assim, a ideia de fomentar oficinas de formação entre os Educadores dos Açores, deverá ter como alvo preferencial os educadores mais novos na carreira, isso porque os dados deste estudo confirmam que quanto menos anos de serviço menor é a diversidade das abordagens, especificamente sobre o contexto regional. São os educadores provenientes da Escola do Magistério Primário e os Educadores formados no Campus de Angra do Heroísmo aqueles que mais abordagens fazem sobre os aspectos ambientais no jardim-de-infância, principalmente no que se refere a aspectos de índole açoriana, não acontecendo o mesmo relativamente a educadores formados noutras instituições.
Verificou-se que somente um décimo dos educadores de infância na região é que estão integrados no programa Eco-Escolas. A integração dos educadores nesse programa acarretará uma mais valia ambiental, visto se ter verificado que existe uma influência positiva deste programa sobre as abordagens dos aspectos ambientais.
Urge que os educadores açorianos “mudem as lentes” nas suas abordagens, relativamente à educação ambiental no jardim-de-infância.
Etiquetas: Cidália Pacheco, Educação de Infância, Francisco Sousa, Mestrado em Educação Ambiental, Rosalina Gabriel, tese
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