quarta-feira, maio 14, 2008

Uma Tuna descontraída

A TUSA, para além de vencer o 4º Certame Internacional de Tunas do Dão, realizado no passado fim-de-semana em Viseu, ganhou seis prémios dos nove a concurso. O que significam todas estes distinções?
Significa muito para uma tuna que apenas tem 6 anos. É já o 6º festival em que vamos a concurso e sempre trouxemos prémios, uma média de cinco prémios por festival. Inclusive já tínhamos ganho um festival, na primeira vez que fomos a concurso. Em Viseu no CITADAO, ganhar seis foi o pleno. Foi o festival em que ganhámos mais prémios. Para além de ganhar melhor serenata, melhor “passa calles”, melhor original, e melhor estandarte, ganhar Tuna mais Tuna e melhor Tuna, num único festival, é muito bom. É uma sensação única e inesquecível para a tuna.

Como se atinge este nível?

Não é fácil. Mas é com muito trabalho, esforço e dedicação, tanto da parte do magister que ensaia e prepara tudo a nível musical, como também do resto da direcção, que trata da parte logística. É um esforço enorme a nível monetário para levar a tuna ao Continente, mas foram dois anos de muito trabalho, visto que a tuna já não ia a um festival há dois anos, por falta de verbas. Somos obrigados a recusar imensos convites.

O que distingue a TUSA das outras tunas do país? Pode-se dizer que as tunas açorianas têm características especiais que as diferenciam, como acontece, por exemplo, entre as tunas de Coimbra e de Lisboa?

Acho que cada tuna tem as suas próprias características e a sua personalidade, e nós não fugimos à regra. Mas o que nos distingue é que as tunas de Lisboa, Porto e Coimbra vão a imensos festivais por ano e trabalham sempre para ganhar e para cantarem melhor. Nós trabalhamos para cantar bem e tocar bem, é verdade, mas, acima de tudo, para nos divertimos e para divertir as pessoas. Acima de tudo, o espectáculo de palco é mesmo de animação para o público. Sair de cima de palco a saber que fizemos o máximo e que foi bom para nós e para as pessoas é o mais importante. Os prémios são só um acréscimo. Mas é sempre bom ganhar prémios, dá motivação e mais força para trabalhar.

Que mais-valias traz a TUSA para a Universidade?

Acho que a universidade é um marco importante para quem para lá vai, e, na minha opinião, a universidade não é só estudar. Acho que as tunas têm a sua importância nesse ponto de descomprimir, reunir o pessoal fora das aulas e ser um passatempo divertido e engraçado que pode marcar muito a passagem pela universidade. Por outro lado, a TUSA, como qualquer outra tuna da universidade, ir a um festival fora dos Açores e levar o nome da Região e da universidade é sempre importante. E é mais um modo de divulgação. Ainda este fim-de-semana fomos nós a Viseu e os Tunídeos, também da Universidade dos Açores, mas do pólo de Ponta Delgada, foram a Vila Real e também ganharam cinco prémios. Acho que isto para a Região e para a universidade é muito importante e deixo o alerta para os estudantes apoiarem mais as tunas, porque as tunas também trazem coisas boas aos Açores e á Universidade.

O que reserva o futuro para a TUSA?

Pretendemos continuar a trabalhar muito e esperar por convites para actuações, porque são a nossa grande fonte de rendimento, de modo a que, no próximo ano, ou ainda neste, possamos voltar a ir a mais algum festival. E já em Novembro vamos ter o nosso festival, a quinta edição do CICLONE - Festival Internacional de Tunas.

(In Diário Insular)

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