terça-feira, abril 15, 2008

Deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos

O Professor Félix Rodrigues, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, participou no passado sábado nas actividades do Cenáculo, uma actividade para caminheiros do Corpo Nacional de Escutas (jovens dos 18-25 anos) de todas as ilhas dos Açores, onde apresentou uma conferência sobre alterações climáticas globais e abordou a necessidade de implementação da Agenda 21, quer a nível dessa Associação de Escutas quer a nível das comunidades onde estes jovens estão inseridos.

Pegando na máxima de Baden Powel, Fundador do movimento escutista: "Deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos", Félix Rodrigues, em interacção com os jovens presentes levou-os a identificar as grandes questões ambientais e sociais das comunidades em que estes se encontram inseridos. Surgiram três grandes grupos de preocupações: Alterações climáticas, poluição ambiental e degradação das relações humanas.

As alterações climáticas globais, resultam efectivamente da desarticulação entre estes três grandes domínios, que interessa articular com racionalidade, competência, liderança e particpação cívica.
Tendo surgido no Relatório Bruntland o conceito de sustentabilidade como a estratégia de desenvolvimento das sociedades que garantem o seu sustento e se preocupam com a equidade de condições sócio-ambientais das gerações futuras, o movimento escutista tem uma máxima que se coaduna na perfeição com esta princípio: "Deixar o mundo melhor do que o encontrámos".
A Universidade dos Açores, através de um projecto de intervenção ambiental no âmbito do Mestrado em Educação Ambiental, pretende iniciar o processo de construção da Agenda 21 na ilha Terceira. Esta conferência esteve embuída desse preocupação e tentou promover a iniciativa também junto do Corpo Nacional de Escutas na Região.
A temática das alterações globais é propícia a essa abordagem já que a irracionalidade das nossas acções, o excesso de emissões associadas ao estilo de vida moderno e o consumismo desenfreado levam a um desiquilíbrio ambiental colocando, a todos e cada um, dilemas éticos e morais que tem que ser discutidos num processo democrático e de participação cívica permitindo a resolução dos problemas que a própria sociedade identifica dando sentido ao "Pensar globalmente, agir localmente".

(In A União)

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