terça-feira, outubro 02, 2007

Curso de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores

A agricultura assume particular importância nos Açores, não só por termos uma região com cerca de 102 mil vacas leiteiras, num universo de 236 mil bovinos, o que demonstra bem a nossa vocação para a produção de leite, com 43,2 por cento do efectivo destinado a esse sector. A área dos Açores, que representa apenas 2% do território nacional é responsável por 27% da produção de leite portuguesa.
A agricultura açoriana ultrapassa a visão reducionista de ser apenas o conjunto dos agricultores e das suas produções, existindo para além deste, um outro conjunto muito significativo de actividades, que dela faz parte. Esse último conjunto de actividades desenvolve-se em íntima relação com a agricultura e dela depende nos seus desempenhos, como afirmam os responsáveis políticos do sector.
A formação técnica é o motor da criação e promoção de condições que favorecem a competitividade e sustentabilidade desse sector produtivo no Arquipélago.
É incompreensível, que numa Região com estas características, um curso superior nessa área, como é o caso do de Ciências Agrárias ministrado pela Universidade dos Açores, não tivesse candidatos.

Na primeira fase das candidaturas de acesso ao Ensino Superior, apenas um aluno manifestou interesse em formar-se nessa área. Por lapso, impossível de contornar atempadamente, foi exigido como disciplina de acesso a matemática, que foge às expectativas de exigência científica de qualquer aluno que se pretenda formar em Ciências Agrárias.
A bem da verdade, tal lapso não foi impeditivo de que neste momento, o curso esteja completamente cheio, incluindo as 20% das vagas destinadas a acessos especiais. Apraz-nos assim informar que o curso de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, que tem a duração de seis semestres lectivos organizados pelo sistema de créditos curriculares (regime de Bolonha), e que permite, após a licenciatura, ter acesso a dois ramos de especialização (Mestrado): na área da produção animal e vegetal, encheu completamente no corrente ano lectivo.
(In Diário Insular)

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