sexta-feira, maio 08, 2009

PROMESSA DO CDS/PP -Rever políticas europeias que prejudicam os Açores

A candidata açoriana do CDS/PP às eleições para o Parlamento Europeu, e docente do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, Emiliana Silva, comprometeu-se, a “rever as políticas comunitárias que têm posto em causa o desenvolvimento dos principais pilares económicos das ilhas”.
Emiliana Silva, colocada em quarto lugar na lista nacional do CDS/PP às Eleições Europeias, de 07 de Junho, sustentou que as suas posições no Parlamento Europeu serão norteadas pela “defesa dos Açores nas áreas da agricultura, pescas, transportes, comunicações e coesão territorial”.

No sector da agricultura, admitiu existir "preocupação" com o desmantelamento das quotas leiteiras, pelo que reivindicou “um apoio urgente e indispensável às explorações leiteiras dos Açores pelo facto de serem uma região ultraperiférica”.
Emiliana Silva pretende que este apoio, “ainda que possa ser transitório para potenciar a competitividade”, seja avaliado “após um estudo sério, que apure se o rendimento dos agricultores [sem a quota leiteira] lhes permite viver com dignidade”. Para a candidata “este apoio permitirá também a subsistência de muitas explorações leiteiras e da economia regional, dada a importância deste sector no contexto açoriano”. O estudo também servirá para estimar a quantidade de subsídio a atribuir tendo por base as perdas das explorações com o fim do regime de quotas leiteiras.
A candidata democrata-cristã anunciou ainda que vai lutar pela continuidade da produção e transformação da beterraba sacarina nos Açores, assim como de todos os produtos tradicionais açorianos. “Os queijos, o ananás, o chá, os vinhos, entre outros”, especificou.
A aposta do CDS/PP dos Açores passará pelo reforço e extensão do apoio à comercialização dos produtos, não só hortícolas, mas também do leite, lácteos, carne de origem nos Açores, recorrendo a verbas do POSEI. “Tem de se dar espaço prioritário às produções primárias regionais”, salientou
No caso das pescas, a sua intervenção terá como objectivo “a recuperação das 100 milhas da zona económica exclusiva e a criação de condições adequadas ao respeito pela diversidade marinha nas milhas que a região ainda detém”.
Emiliana Silva, que é doutorada em economia agrícola, pretende igualmente “transparência na comercialização do pescado ao longo da sua cadeia de valor, bem como na segunda comercialização, para tornar mais justa a remuneração dos pescadores”.

Teorias da liberalização
Manifestando-se contra “a liberalização do espaço e dos transportes aéreos”, defendeu a sua “utilidade pública, aérea e marítima, para que as ilhas possam ligar-se a mais baixos custos e igualdade de oportunidades”.
Nesta área, a professora universitária explicou que é preciso ter muito cuidado com as teorias da liberalização do mercado dos transportes, uma vez que, caso tal acontecesse, “passaríamos a ter viagens mais baratas e mais frequentes para uma ou duas ilhas, ao mesmo passo que aumentariam as dificuldades dos residentes nas ilhas mais pequenas”.
A candidata do CDS/PP, anunciou ainda a intenção de apresentar propostas para “o reforço dos equipamentos de telemonitorização das ilhas onde não estão assegurados os cuidados mínimos de saúde”.
No que toca à coesão territorial, os centristas prometem lutar pela “a unidade na diversidade”. Para Emiliana Silva é necessário “defender a nossa Autonomia num contexto de solidariedade com o país e a Europa”.
Na apresentação pública da candidata, o líder açoriano dos centristas, Artur Lima, garantiu que esta “é a melhor escolha para os açorianos”, frisando que esta é a opção para quem “não quiser votar em Sócrates e em Vital Moreira”.
O líder do PP açoriano destacou ainda o facto de Emiliana Silva ser a candidata dos Açores em lugar mais destacado (4º) nas listas nacionais de todos os Partidos e de não ter sido convidada “por imposição de quotas, mas pelo seu reconhecido mérito”.
(in A União)

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