Ananás e chá dos Açores combatem cancro
O ananás e o chá dos Açores têm propriedades anti-cancerígenas, defende o investigador do Departamento de Ciências Tecnológicas e Desenvolvimento e do Centro de Investigação em Recursos Naturais da Universidade dos Açores, José Baptista. De acordo com o professor que participa, em Angra, no “9º Encontro de Química dos Alimentos”, o ananás produzido na ilha de São Miguel, em estufas, contém elevadas quantidades de bromelina, uma enzima que vários estudos indicam ter propriedades que combatem o cancro. “Um estudo realizado na Alemanha concluiu que a bromelina inibe a formação da prostoglandina pré-inflamatória, que acelera o avanço do cancro. Já no Japão, cientistas perceberam que esta enzima inibe o factor de necrose tumoral, que também acelera o cancro”, explica.A bromelina reduz também a agregação de plaquetas sanguíneas, isto é, de coágulos, servindo como um poderoso agente contra problemas cardíacos. Além desta propriedade, o ananás produzido no arquipélago reduz ainda a possibilidade de se desenvolver artrite reumatóide. José Baptista lembra ainda que os médicos costumam prescrever o medicamento “Ananase” para casos de endemas, de inchaço. “A bromelina tem o efeito de aumentar a permeabilidade dos tecidos, reduzindo endemas, por exemplo. Se antibióticos forem tomados com esta enzima, o seu efeito é muito mais poderoso”, afirma.Estes efeitos benéficos para a saúde são muito fortes no ananás açoriano, visto que a produção em estufa é feita com um substrato que aumenta a presença da enzima. O chá também tem propriedades anti-cancerígenas, devido à presença de antioxidantes, que combatem os radicais livres, tendo também acção contra as doenças cardiovasculares. “O nosso corpo produz antioxidantes, mas o tabaco, exercício físico muito intenso ou a poluição podem aumentar em muito o número de radicais livres. O chá combate-os”, assegura.José Baptista identificou também no ananás dos Açores uma forte presença de ciamina, face a outros chás do globo. O aminoácido altera a química do cérebro, produzindo um efeito de relaxamento. “Ao contrário de medicamentos como o Xanax, há relaxamento, mas não adormecimento do cérebro”, conclui.O chá combate ainda a formação de placa dentária, sendo rico em fluór.
Polpa da beterrabaJá na quarta-feira, foi debatida, no encontro de Química dos Alimentos, a utilização da polpa de beterraba sacarina (Beta vulgaris L.) açoriana na confecção de alimentos.O estudo apresentado por L.S. Paiva, Z.C.C. Teves, E.M.C. Lima e J.Baptista começou por lembrar que a polpa de beterraba sacarina, subproduto da indústria açucareira, é geralmente rejeitada ou aproveitada para a alimentação do gado, procedimento que “subavalia o seu valor como fonte rica em fibras e proteínas”.Na opinião dos autores, este subproduto da indústria açucareira pode ser utilizado no fabrico “de alimentos funcionais com interesse comercial e terapêutico”. O estudo teve por objectivo o desenvolvimento de uma metodologia de extracção e de purificação da fibra da polpa da BV. Seguiu-se a confecção de bolachas e posterior estudo da sua aceitação avaliada por um painel de provadores.“Os resultados da análise sensorial revelaram uma forte aceitação das bolachas confeccionadas com 7.5% de FDT quando comparadas com bolachas comerciais contendo o mesmo teor de fibra”, concluíram.O encontro, que decorre até sábado, é organizado pela Sociedade Portuguesa de Química, em colaboração com a Universidade dos Açores, através do Departamento de Ciências Agrárias e do Centro de Investigação em Tecnologias Agrárias dos Açores (CITAA).
Polpa da beterrabaJá na quarta-feira, foi debatida, no encontro de Química dos Alimentos, a utilização da polpa de beterraba sacarina (Beta vulgaris L.) açoriana na confecção de alimentos.O estudo apresentado por L.S. Paiva, Z.C.C. Teves, E.M.C. Lima e J.Baptista começou por lembrar que a polpa de beterraba sacarina, subproduto da indústria açucareira, é geralmente rejeitada ou aproveitada para a alimentação do gado, procedimento que “subavalia o seu valor como fonte rica em fibras e proteínas”.Na opinião dos autores, este subproduto da indústria açucareira pode ser utilizado no fabrico “de alimentos funcionais com interesse comercial e terapêutico”. O estudo teve por objectivo o desenvolvimento de uma metodologia de extracção e de purificação da fibra da polpa da BV. Seguiu-se a confecção de bolachas e posterior estudo da sua aceitação avaliada por um painel de provadores.“Os resultados da análise sensorial revelaram uma forte aceitação das bolachas confeccionadas com 7.5% de FDT quando comparadas com bolachas comerciais contendo o mesmo teor de fibra”, concluíram.O encontro, que decorre até sábado, é organizado pela Sociedade Portuguesa de Química, em colaboração com a Universidade dos Açores, através do Departamento de Ciências Agrárias e do Centro de Investigação em Tecnologias Agrárias dos Açores (CITAA).
(in Diário Insular)
Etiquetas: alimentação, comunicações, Encontro, química alimentar
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