O ensino da Matemática está a melhorar
ALEXANDRA DÂMASO, Professora na Universidade dos Açores e participante no VIII Encontro de Inovção Educacional que decorreu em Angra do Heroísmo a 24 e 25 de Abril de 2009, afirma: “A forma como os alunos aprendem Matemática nos primeiros anos é crucial para a sua atitude nos anos posteriores como alunos”.
Qual o segredo para ensinar e aprender matemática nas oficinas que promove?
O trabalho realizado nas oficinas de matemática tem por base os actuais Programas de Matemática e as orientações subjacentes ao conjunto de competências consideradas essenciais para o 1º Ciclo do Ensino Básico, nas quais se reconhece que o desenvolvimento do raciocínio, da comunicação e da capacidade de resolução de problemas constitui o cerne do ensino da Matemática logo nos primeiros anos. Esta perspectiva vem romper com a concepção anterior sobre esta disciplina que era caracterizada pelo ensino e execução de procedimentos mecânicos “para obter a resposta correcta”, limitando-se ao contar numa altura em que se vivia numa sociedade ainda não “muito modelada” pela Matemática. Assim, tentar-se-á desenvolver nas crianças o sentido do número e das operações, dar-se-á atenção aos padrões, símbolos e modelos, considerar-se-á a geometria e o sentido espacial, valorizar-se-á a medida e aos processos de medida, a organização e análise de dados e processos matemáticos, proporcionando um ambiente informal durante o qual lhes é pedido que, construam, argumentem, criem, modelem, provem e investiguem, e que assim aprendam matemática.
Tem alguma explicação para o aparente desastre (a avaliar pelos resultados) que é o ensino de matemática em Portugal?
O sucesso educativo para todos só é possível com a colaboração de todos. A educação não é exclusiva dos professores e das famílias, “para educar uma criança é preciso toda a aldeia”, não podendo excluir a influência fortíssima que exerce toda a sociedade, onde se incluem os meios de comunicação social, sobre a imagem da Matemática. Neste momento podemos afirmar que o ensino da matemática está a melhorar, há uma nova consciência a emergir que muito se deve a iniciativas como a que aqui propomos.
Há pessoas com mais e outras com menos facilidade na aprendizagem da matemática ou essas supostas qualidades inatas não passam de um mito?
Hoje sabemos que a forma como os alunos aprendem Matemática nos primeiros anos é crucial para a sua atitude nos anos posteriores como alunos de Matemática e para o seu desempenho como profissionais e cidadãos. Hoje acreditamos que todos os alunos são capazes de fazer matemática.A educação matemática não é, como a aprendizagem de uma língua estrangeira, por exemplo, uma actividade que podemos iniciar num qualquer momento da vida… a aprendizagem da matemática começa de forma espontânea com as primeiras experiências que são proporcionadas à criança no seu universo familiar que, quanto mais ricas e diversificadas, melhor contribuirão para o “sentir” a matemática como algo natural.As calculadoras, hoje altamente desenvolvidas, têm contribuído de alguma forma para dificultar o ensino da matemática?O relatório da Associação de Professores de Matemática (APM), Matemática 2001, revela que a calculadora não assume uma proporção significativa do trabalho dos professores e alunos dos 1º e 2º ciclos do E. B. Inclusivamente há escolas que reconhecem não possuírem uma única calculadora.
O trabalho realizado nas oficinas de matemática tem por base os actuais Programas de Matemática e as orientações subjacentes ao conjunto de competências consideradas essenciais para o 1º Ciclo do Ensino Básico, nas quais se reconhece que o desenvolvimento do raciocínio, da comunicação e da capacidade de resolução de problemas constitui o cerne do ensino da Matemática logo nos primeiros anos. Esta perspectiva vem romper com a concepção anterior sobre esta disciplina que era caracterizada pelo ensino e execução de procedimentos mecânicos “para obter a resposta correcta”, limitando-se ao contar numa altura em que se vivia numa sociedade ainda não “muito modelada” pela Matemática. Assim, tentar-se-á desenvolver nas crianças o sentido do número e das operações, dar-se-á atenção aos padrões, símbolos e modelos, considerar-se-á a geometria e o sentido espacial, valorizar-se-á a medida e aos processos de medida, a organização e análise de dados e processos matemáticos, proporcionando um ambiente informal durante o qual lhes é pedido que, construam, argumentem, criem, modelem, provem e investiguem, e que assim aprendam matemática.
Tem alguma explicação para o aparente desastre (a avaliar pelos resultados) que é o ensino de matemática em Portugal?
O sucesso educativo para todos só é possível com a colaboração de todos. A educação não é exclusiva dos professores e das famílias, “para educar uma criança é preciso toda a aldeia”, não podendo excluir a influência fortíssima que exerce toda a sociedade, onde se incluem os meios de comunicação social, sobre a imagem da Matemática. Neste momento podemos afirmar que o ensino da matemática está a melhorar, há uma nova consciência a emergir que muito se deve a iniciativas como a que aqui propomos.
Há pessoas com mais e outras com menos facilidade na aprendizagem da matemática ou essas supostas qualidades inatas não passam de um mito?
Hoje sabemos que a forma como os alunos aprendem Matemática nos primeiros anos é crucial para a sua atitude nos anos posteriores como alunos de Matemática e para o seu desempenho como profissionais e cidadãos. Hoje acreditamos que todos os alunos são capazes de fazer matemática.A educação matemática não é, como a aprendizagem de uma língua estrangeira, por exemplo, uma actividade que podemos iniciar num qualquer momento da vida… a aprendizagem da matemática começa de forma espontânea com as primeiras experiências que são proporcionadas à criança no seu universo familiar que, quanto mais ricas e diversificadas, melhor contribuirão para o “sentir” a matemática como algo natural.As calculadoras, hoje altamente desenvolvidas, têm contribuído de alguma forma para dificultar o ensino da matemática?O relatório da Associação de Professores de Matemática (APM), Matemática 2001, revela que a calculadora não assume uma proporção significativa do trabalho dos professores e alunos dos 1º e 2º ciclos do E. B. Inclusivamente há escolas que reconhecem não possuírem uma única calculadora.
(in Diário Insular)
Etiquetas: Educação, Encontro, Ensino básico, Inovação, Matemática, opinião
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