Açores pode ser observatório do clima
BRITO DE AZEVEDO: “(…) penso que uma estrutura com vocação internacional nos Açores, mas também ao serviço das necessidades específicas da região, faz sentido”.
Estão em curso a negociações para a regionalização do Instituto de Meteorologia (IM). Concorda?
Regionalização?
Regionalização?
Não sei. Decididamente não, se for para pagarmos nós e decidirem outros, à distância. Parece-me antes que temos todos a ganhar se, através de uma parceria forte, gerida com proximidade, cada um de nós, a partir da sua vocação, da sua esfera de actuação e do seu papel institucional (sem “tiques” de prepotência centralista), possa contribuir com as respectivas capacidades para, a par da resolução dos problemas locais, recuperar para os Açores a principal referência portuguesa no que diz respeito às questões climáticas.
Prefere o aprofundamento de parcerias?
Quero em primeiro lugar esclarecer que só me pronuncio em relação às componentes climatologia e meteorologia, pelo que as mesmas questões mas referentes à geofísica, outra das competências do IM, devem ser avaliadas por outras pessoas. As metodologias utilizadas na caracterização do clima (presente e futuro), bem como aquelas relacionadas com a previsão do estado do tempo, baseiam-se em aproximações a diferentes escalas e com complementaridade científica, técnica e de meios. É por isso que sou favorável a uma política de valor acrescentado e de parcerias. Naturalmente entre instituições internacionais, nacionais e regionais. E não se pense desde já que, quando me refiro a questões de escala ou de valor, caberá às regiões, como a dos Açores, uma menor importância em qualquer das duas componentes. Até porque a “oportunidade” geográfica é um grande trunfo nestas matérias. Neste enquadramento há no entanto que garantir a coesão de objectivos e a definição de prioridades, normalmente decorrentes de circunstâncias geográficas e de necessidades específicas. É assim que surgem os núcleos especializados nos diferentes domínios da climatologia e da meteorologia (climatologia de montanha nos Alpes, meteorologia tropical no Golfo do México, etc.).
A posição geográfica do arquipélago garante-lhe, no fundo, um papel de observatório. Não será?
No caso dos Açores é óbvia a vocação para a climatologia e meteorologia atlânticas, zona onde ocorrem importantes fenómenos que influenciam o clima e o estado do tempo de vasta zona do hemisfério norte (e onde o clima futuro será em grande parte ditado!), bem como, naturalmente, a necessidade de metodologias mais adequadas à dimensão das ilhas e ao seu enquadramento marítimo. São inúmeras as aproximações internacionais às potencialidades do arquipélago nestes domínios. Exemplo disso é o crescente interesse da comunidade científica internacional pela nossa posição, traduzido recentemente pela montagem de importantes estruturas nas ilhas, a partir das quais serão estudados mecanismos da interacção oceano/atmosfera, factor decisivo para a melhoria dos modelos meteorológicos e climáticos do futuro. É neste contexto que penso que uma estrutura com vocação internacional nos Açores, mas também ao serviço das necessidades específicas da região, faz sentido. Se não for o IM a ter esta visão estratégica, alguém terá de ter.
Prefere o aprofundamento de parcerias?
Quero em primeiro lugar esclarecer que só me pronuncio em relação às componentes climatologia e meteorologia, pelo que as mesmas questões mas referentes à geofísica, outra das competências do IM, devem ser avaliadas por outras pessoas. As metodologias utilizadas na caracterização do clima (presente e futuro), bem como aquelas relacionadas com a previsão do estado do tempo, baseiam-se em aproximações a diferentes escalas e com complementaridade científica, técnica e de meios. É por isso que sou favorável a uma política de valor acrescentado e de parcerias. Naturalmente entre instituições internacionais, nacionais e regionais. E não se pense desde já que, quando me refiro a questões de escala ou de valor, caberá às regiões, como a dos Açores, uma menor importância em qualquer das duas componentes. Até porque a “oportunidade” geográfica é um grande trunfo nestas matérias. Neste enquadramento há no entanto que garantir a coesão de objectivos e a definição de prioridades, normalmente decorrentes de circunstâncias geográficas e de necessidades específicas. É assim que surgem os núcleos especializados nos diferentes domínios da climatologia e da meteorologia (climatologia de montanha nos Alpes, meteorologia tropical no Golfo do México, etc.).
A posição geográfica do arquipélago garante-lhe, no fundo, um papel de observatório. Não será?
No caso dos Açores é óbvia a vocação para a climatologia e meteorologia atlânticas, zona onde ocorrem importantes fenómenos que influenciam o clima e o estado do tempo de vasta zona do hemisfério norte (e onde o clima futuro será em grande parte ditado!), bem como, naturalmente, a necessidade de metodologias mais adequadas à dimensão das ilhas e ao seu enquadramento marítimo. São inúmeras as aproximações internacionais às potencialidades do arquipélago nestes domínios. Exemplo disso é o crescente interesse da comunidade científica internacional pela nossa posição, traduzido recentemente pela montagem de importantes estruturas nas ilhas, a partir das quais serão estudados mecanismos da interacção oceano/atmosfera, factor decisivo para a melhoria dos modelos meteorológicos e climáticos do futuro. É neste contexto que penso que uma estrutura com vocação internacional nos Açores, mas também ao serviço das necessidades específicas da região, faz sentido. Se não for o IM a ter esta visão estratégica, alguém terá de ter.
(In Diário Insular)
Etiquetas: clima, Eduardo Brito de Azevedo, Instituto de Meteorologia
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