NA UNIVERSIDADE - Importância da Sorte de Varas em conferência
A Tertúlia espera, com estas iniciativas, promover um debate “esclarecedor e didáctico” sobre a necessidade da reintrodução da Sorte de Varas nos espectáculos de toureio a pé regionais.
Arlindo Teles, presidente da Tertúlia, disse ao nosso jornal que as iniciativas anunciadas são abertas à população e que esta é uma tentativa de dotar os menos esclarecidos sobre o assunto de argumentos. “Mesmo quem não gosta de toiros ou as pessoas que se manifestam contra esta Sorte devem participar para poderem ajuizar sobre o tema”.
A Tertúlia continua a defender que o regresso desta sorte aos espectáculos taurinos realizados nas ilhas “beneficiaria em muito a excelência qualitativa” e permitiria que a tauromaquia açoriana se situasse ao nível dos grandes centros taurinos.
A Tenta Comentada realiza-se na Praça de Toiros Ilha Terceira (pelas 18H00) e de seguida (pelas 21H00), no auditório da Universidade dos Açores, no Pico da Urze, será a conferência sobre a “Importância da Sorte de Varas”.
A Tertúlia conta com a presença de José Carlos Arévalo, director da revista 6toros6; João Folque de Mendonça, ganadeiro Português (da Casa Palha); Rafael Trancas, o mais conceituado Picador português; António Castañares, autor de uma obra sobre a Sorte de Varas e Gomez Escorial, matador de toiros.
Nos últimos tempos tem sido amplamente discutida a hipótese da reintrodução da Sorte de Varas na região. O tema já chegou ao parlamento regional onde os autores do projecto favorável às lides picadas exigem “o direito constitucional à diferença, mesmo que seja de uma minoria”, e garantem que os Açores ganhariam, em termos turísticos, com um espectáculo como este, que faria atrair às ilhas aficionados de todo o mundo.
Todavia, o órgão máximo da autonomia dos Açores tem recebido igualmente várias manifestações contra a implementação desta sorte.
No Fórum Mundial Taurino, que se realizou na ilha Terceira, no início de Fevereiro, o investigador e jurista açoriano Álvaro Monjardino abordou o tema e disse, na ocasião, que "só é preciso vontade política para que a Assembleia Legislativa Regional dos Açores legisle sobre touradas picadas.
Álvaro Monjardino sustentou que "desde que desapareceu da Constituição o interesse específico o caminho está aberto".
Admitiu, porém, que "até talvez nem falte vontade política mas não tenha existido, até ao momento, oportunidade para os políticos se manifestarem sobre esta matéria".
Etiquetas: Álvaro Monjardino, debate, touradas, touros
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